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domingo, 19 de dezembro de 2021

Quando Não Escolher se Torna Escolher Errado

Não escolher também é uma escolha pelo mesmo motivo que inércia também é movimento, e assim tem consequências, logo requer responsabilidade. Por isso a “neutralidade” ante o saber de injustiças reflete em si uma cumplicidade complacente com a impunidade, pois ao contrário de demagogias de baixas filosofias o livre-arbítrio é determinista apenas aos efeitos dos próprios atos diretamente escolhidos. O ódio contra o livre-arbítrio humano é o ódio misantrópico que contra a humanidade é por dele advir o remorso, amor e afeição. 

Ainda que mediante a promoção de realidades e circunstâncias hostis que suplantem as escolhas livres (e sua responsabilidade), a inconsistência do negacionismo apenas expõe a proteção dos próprios erros promotores dessa realidade que necessita da cobertura não apenas para a consumação protetiva somente ao erro e ao algoz, mas sua reprodução cancerígena sobre alheios e vítimas.

Quando se ultrapassa os próprios direitos como liberdade individual o problema deixa a individualidade (mesmo que individualista) e passa a ser interesse público por ser um problema coletivo e assim político, como a segurança pública.

Disso a obstinação sádica no sofrimento e injustiça torpes atestam apenas o ímpeto da maldade pura. Ainda que multiforme sob muitas mascaras sabemos assim que a maldade muitas vezes não se apresentará nua e crua como é, antes se adorna das fantasias moralistas e pomposas do qual a maioria das vezes sob nomes bonitos ataca em alheios o que apenas ela mesma é. Disso o descrédito em valores como reforço apenas ao niilismo do qual o vão abissal apenas alimenta a desigualdade dicotômica. Quando estes são dominantes os limites da justiça é até onde aos que se dizem serem donos dela, não a lei e fatos.

Porém, independente da máscara, a crueldade sempre precisa se saciar contra o mais fraco e oprimido, a pretexto de ser preciso, necessário, complicado demais ou meramente ser perdedor. Mas a negação tanto da verdade dos fatos quanto da liberdade e direitos alheios sempre serão sintomas comuns. Similarmente é universal o fenômeno de que o silêncio apenas favorece os erros e algozes, sendo sob censura ou silenciamento de vítimas.


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