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terça-feira, 30 de maio de 2017

Sonhos Lúcidos?

Sempre tive sonhos desconcertantes, muitos dos quais inspiraram contos e livros meus ao transmitirem ideias e enredos completos, não por menos termino o terceiro conto totalmente inspirado num sonho meu, mas poucos sonhos superaram o último tido por mim. O sonho da madrugada de 29 de maio para o dia 30 de 2017 dentre outras coisas era de que estava saindo do meu próprio corpo ao dormir pra matar pessoas que me faziam mal ou queriam isto fazer. O mais curioso é que sabia que estava dormindo não somente no sonho que sonhava dormir, mas no dormir de verdade e, de alguma forma achava ver meu rosto de fora de meu corpo dormindo, ou seja, na verdade os sonhos se misturaram aos sonhos de que estava dormindo me trazendo certa dificuldade em discernir o dormir sonhado ou dormir real. O incrível é que matava estas pessoas de modo lúdico, como se influindo num substrato do inconsciente que afetava a realidade. Por isso considero os sonhos a realidade virtual da mente.

O mais incrível é que estes sonhos muitas vezes ocorrem fora do estágio REM do sono, algumas casos tem início ao suave adormecer do breve fechar dos olhos que dá lugar a uma profusão de imagens inicialmente sem nexo, mas tão logo a sequência de imagens parece gradualmente ganhar coerência e coesão. Não acredito que seja o mero organizar de memórias pois muitas dessas imagens não tem a menor relação com o que vivi no dia antes de dormir. Ao perguntar a um médico sobre essa condição, o psiquiatra afirmou que a ciência não tem respostas para tudo, especialmente para a mente humana. Não por menos ao começar a ler a autobiografia de Nikola Tesla fiquei estupefato ao descobrir que ele relatava a mesma coisa nas poucas horas de sono que tinha. Talvez seja alguma síndrome incomum ainda não descoberta oficialmente pela ciência da mente, algo que pode dotar a mente de algumas habilidades incomuns ou vice-versa. Algo que relato em meu livro de memórias.

Durmo muito mais que Nikola Tesla o qual sou fã, e sobretudo pareço ser profundamente afetado durante o dia por uma noite má dormida de sono, de dores de cabeça a falta de concentração, tudo em apenas um dia. O fato é que com este último sonho acordei com medo de que tivesse matado alguém dormindo, mas em poucos segundos adormeci novamente com o que aparentava ser o mesmo sonho, ou sonhei que acordei e voltei a dormir num sonho dentro do outro.

A Visão Pessoal do Autor da Teoria do Tudo

A ideia do livro (Fantasmas do Futuro) proposta similarmente noutros, parte da hipótese de que as singularidades permitem que se saia das dimensões de nosso universo ao romper o fluxo do tempo tornando possível se alcançar o passado, mas sempre em termos do multiverso pois o passado é impossível de se alterar sem com que, na verdade, crie um desvio a um universo paralelo onde a "alteração" exista. Parte dos fenômenos que indicam essa possibilidade podem ser sentidos na mecânica quântica o qual considero uma manifesta-se de quase singularidade expressa no limiar e fronteira de nosso universo ao além. Daí o comportamento atípico de particular que parecem literalmente sair do universo tangível dando veracidade a ideia de que o vácuo quântico não é tão vazio assim, tal como fenômenos do emaranhamento quântico e a incerteza de Heinsenberg indicando que ocorre uma interação entre universos a esse nível de modo a influir na randômica entrópica do mesmo pois por uma relação percentual o que tem a possibilidade de 1% ocorrer aqui, ocorrerá noutro universo caso o nosso esteja configurado entre os demais 99%. Se o que não acontece aqui acontece noutro universo logo há uma relação entre eles ainda que indireta, ou seja, o caos de todos universos estaria entrelaçados em algum grau.  A relação estatística consiste em indicar a relação caótica do universo com o multiverso a fomentar a ideia de sorte e destino.

    Ao influir no fluxo do tempo e consequentemente do caos podem emergir padrões da configuração de universos a exemplo das sincronicidades o qual determinadas frequências formam não somente padrões no espaço, mas também no tempo. Tais ideias são parte do conjunto de hipóteses da Teoria Ressoante Ondular.
 
    Certa vez um gênio, o britânico Lord Rayleigh, postulou um fenômeno bizarro caso a velocidade do som fosse invariável e fixa, uma espécie de reversão dele seria possível caso superasse sua velocidade de modo que se poderia ver ao contrário. Mais atualmente os cientistas atestam isso não para o som, mas qualquer fenômeno de onda. Isso permitirá o desenvolvimento de câmeras com super visões capazes do que nenhum câmera é capaz uma vez que a luz também é onda, permitindo a Reversão de luz. Como assim postulo que o tempo mesmo como dimensão ele se comporte como ondas isso também seria aplicável ao tempo!
 
    Os cientistas utilizam a luz como paradigma para o tempo e sua possibilidade de viajar através dele, porém, ele apenas é o porteiro, mesmo o tempo lhe dita o ritmo. Creio que a ausência falseabilidade da incerteza de Heinsenberg consiste no fato de que os espaço e tempo são conectados, mas distintos, por isso não se pode identificar a posição e velocidade de uma partícula ao mesmo tempo por seu afastamento nos limites do universo, aqui a nível macro. Similarmente isso pode nutrir aspectos de relação com o Efeito Observador - recentemente comprovado - pois as propriedades da luz se distorcem, de acordo com minha teoria, em tais limites. Ou seja, se o tempo é ondular igualmente fenômenos parecidos seriam observados o qual o prenúncio pode ser percebido, sem que se saiba na fenomenologia quântica, falo da reversão do tempo!

Trecho dos Apêndices de 'Fantasmas do Futuro' de Gerson Avillez.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Conto 'O Poço' na 3ª edição de Litera Livre


O conto 'O Poço' de minha autoria selecionado entre 629 trabalhos para a 3ª edição da revista digital Litera Livre, página 74. Baixe já seu exemplar clicando aqui.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O Futuro Existe!

O trecho a seguir está contido no começo do projeto literário 'Fantasmas do Futuro' como um indicativo filosófico dos acontecimentos posteriores na novela. Proferido numa palestra de apresentação de um dos personagens centrais do livro explana algumas das ideias centrais do livro e das hipóteses postuladas pelo autor ao longo de seus livros. Fragmentos das ideias propostas salpicam a toda obra do autor ao discutir questões comuns a Filosofia assim como da ciência

"O futuro existe. Não podemos prever com precisão a extensão de uma tempestade de verão, mas podemos prever as estações do ano onde ela pode se inserir. A previsão do tempo é o mais perto que a ciência chega de ver o futuro, na realidade prevendo variáveis. Similarmente a série de elementos possíveis dentro da configuração de nosso livre-arbítrio que exprime variáveis e nuances não afetam determinado destino final, pois independente do que acontecer sabemos que após o domingo virá a segunda-feira. Similarmente a uma corda que ao ser esticada cria-se variáveis, mas não altera o destino final e começo, o caos a curto prazo é intenso e imprevisível, mas em longo alcance atinge aspectos cósmicos de harmonia e equilíbrio similarmente ao dissipar de ondas num rio que nunca muda facilmente seu curso. Tanto no espaço como no tempo o dissipar do caos em ondas no curto espaço e tempo é volátil, no longo dissipador tornando ao destino original e inexorável o que indica que o leito existe, ainda que toda água do rio não tenha atingido seu destino definida graças a linearidade imposta pela seta do tempo justamente determinante do inexorável. Como no espaço existe o atrás e o a frente, o tempo é uma via completa o qual a extensão e variáveis são determinadas pela entropia. Alguns pontos desse rio são mais turbulentos de modo que a correnteza da seta do tempo é inexorável outros as ondas podem, no entanto, ir a outro sentido pois torna-se possível romper a 'correnteza do tempo' e seu constante rumo ao futuro."

A trama gira em torno da apresentação experimental de uma possível viagem no tempo que ao dar errado pode por em jogo muito mais que a empresa que a produz, mas o próprio curso da humanidade ao supostamente não completar um destino.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Deum Conveniendum: Temas Polêmicos da Bíblia

 Como teólogo cristão Gerson Avillez desenvolve um projeto literário de não ficção o qual discute seus principais ponto de vistas teológicos e bíblicos, dentre eles alguns dos temas  mais polêmicos como o machismo na igreja tal como o homossexualismo, sob a perspectiva teológica. Leiam abaixo!

Dentre os temas mais polêmicos da cristandade seria a do homossexualismo, prática o que primeiro devemos deixar claro, Deus não condena o homossexual, mas a prática, assim como o cristão deve amar o gay, mas não o homossexualismo dele. O que se diz é que o ser humano já está condenado desde sua queda do Éden restando a ele buscar a redenção para ser salvo. Os motivos da condenação espiritual dessa prática tenha raízes na demonologia, há demônios e deuses pagãos que promoviam a prática na antiguidade, como Baco, Dionísio e outros demônios a figuras mais atuais que dizem ser o próprio Satanás. Por isto aconselho a quem é gay que não escolha o cristianismo, pois os dois são incompatíveis. Seria como ser umbandistas e crer no batismo com espírito Santo, mas como se sabe há muitos casos de terreiro o pai de Santo se torna homossexual por causa da entidade, mas nunca pelo Espírito Santo.

Daí muitas seitas e religiões defendem a prática da homossexualidade, não o homossexual, por ser uma questão de doutrina ou crença enquanto o cristão deve ser ao contrário, defender o homossexual, mas não o homossexualismo. Já que uma vez que Deus não gosta de compartilhar sua adoração com outras entidades não é sensato, mesmo porque algumas adorações são personificadas muitas vezes não somente pelo ritual formal, mas pelas práticas cotidianas, e isto vale tanto para o cristianismo quanto outras religiões, daí elas serem norteadoras do comportamento e moral tornando difícil dissociar cultura de doutrina. Seria como uma guerra espiritual o qual deuses disputam a humanidade por seu comportamento, cada qual associando a um destes. Mas há comportamentos neutros que quando não se adequam a deuses e demônios opostos ao Deus bíblico não seria espiritualmente proibitivo.

Por decorrência disto muito a igreja como centro conservatório tem sido acusada em sua condição patriarcal de machista. Frequente alvo de grupos feministas eventualmente alguns abusos realmente são perpetrados pela decadência moral da instituição além de um modelo que evidentemente coloca o homem com privilégios acima demonstrando-se defasado em relação a sociedade atual.

O contexto cultural em que se insere a bíblia no período em que fora escrita é da androcêntrica permeada por quase toda humanidade da antiguidade, não sendo algo exclusivo da sociedade de Israel. Porém, enquanto os fatores culturais eram passados por histórias bíblicas, doutrina e cultura se mesclam ainda que a exemplo dos dez mandamentos não se faça quaisquer distinções entre gêneros sexuais. Por isso deve se separar a palavra de Deus a do autor que está inserido em determinada cultura ainda que este transmita a palavra dEle, de modo a tornar possível discernir cultura de doutrina, caso contrário as mulheres teriam que cobrir as cabeças até hoje dentro das igrejas.

A igreja fora fundada dentro dessa realidade culturalmente machista de modo a reproduzir os aspectos do homem como centro poder humano mesclado as doutrinas, ou seja, a instituição religiosa reproduz parte da cultura da época em que foi fundada.

Trecho de  'Deum Conveniendum' de Gerson Machado de Avillez

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Autodidata Versus Academicismo

Ainda que tenha domínio de conhecimentos sobre história e algo de física meu viés sempre fora mais restrito da filosofia. Comecei como autodidata nos meus estudos e práticas de produção literária, forma que creio ser correta pois oferece autonomia de uma visão mais ampla e customizada por interdisciplinaridades livres. Mas a vantagens da instrução formal e acadêmica é para lhe apurar o senso crítico e servindo-lhe ferramentas adequadas ao pensamento e a pesquisa de modo a dilapidar seu talento fomentado pela ética acadêmica assim como o conhecimento anteriormente adquirido. Porém, no sentido do conhecimento adquirido no meio acadêmico é restritivo, ou seja, estreitado por uma especialização especificada que é oposta a visão do autodidata ao servir normalmente ao interesse exclusivo do mercado de trabalho, não interesses artísticos e filosóficos pessoais. O ideal seria não deixar que o academicismo ofusque a sensibilidade criativa original anteriores as certezas acadêmicas mas lhe sirva para suas investigações do mesmo dominando as palavras em seu significado, e suplantando o senso comum e achismos derivados do mesmo.

Uma cosmogonia pessoal vai muito além das fronteiras acadêmicas, mas por concepções de complexidades irredutíveis somente compreendidas por uma visão holística, de modo que o viés autodidata ainda me é indispensável nas investigações não reducionistas da filosofia em sua cerne original, mas crítica pela problematização da humanidade, sociedade e do cosmos.

O objetivo de minhas obras que determinam como resultado, sobretudo, de minha experiência de vida como fonte de inspiração seria a maior tentativa de não somente responder anseios a dúvidas mas dar significância, valor e sentido para vidas a começar pela minha própria. Usar da criatividade como navegação além da realidade atrás de respostas e verdades que a maioria das vezes a realidade do aparente não fornece. Verdades filosóficas que são assim como terapia ao próprio autor ao definir claramente elementos. Minha fonte de água no deserto de abominações desiguais e iniquidades.

Pra discernir com clareza, reclamar e dizer "ai" ou dar esporro, criticar a uma analise criteriosa e avaliativa de algo. Mas quando essa gente nem saber diferenciar os termos e o que significam como irão saber o que se quer falam?

"Os perdedores, assim como os autodidatas, sempre têm conhecimentos mais vastos que os vencedores, e quem quiser vencer deverá saber uma única coisa e não perder tempo sabendo todas, o prazer da erudição é reservado aos perdedores."
Umberto Eco Número Zero