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sábado, 30 de abril de 2022

Melhores Frases do Autor em Abril de 2022 - Parte 3

Seleciono abaixo algumas das melhores frases e reflexões do autor no período de abril de 2022. Clique nas imagens para amplia-las.






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sexta-feira, 29 de abril de 2022

O Grande Picadeiro da Triunfante Corrupção e Ódio


"A divisão internacional do trabalho significa que alguns países se especializaram em ganhar e outros em perder."
Introdução de 'As veias abertas da América Latina' de Eduardo Galeano

A política no Brasil apenas produz resíduos  tóxicos que como poluição moral penetra até os poros das vítimas, pois como toda poluição grande parte destes estão todos juntos e misturados apenas no erro. Como bestas irracionais apenas lutam por domínio e poder, pois a única vitória deles é a corrupção e impunidade.

Por isso não ganho sempre ou sempre estou certo, alguns são quem sempre perdem a razão ao estarem errados. As atitudes desses fracassados morais, decadentes intelectuais, e derrotados legais sempre será enunciada pelo desastre da ameaça criminosa, emoldurada pela injustiça consumada, pois o retrato é do Dorian Gray nas vítimas.

Disso o fatalismo gosta de dar aula de como não ser um mero aventureiro na desventura inexorável da perdição da injustiça. É a especialização em ser vítima como desgraça exemplar de seus frutos. Quando o fatalismo se pronuncia, a sorte é a melhor esperança. Para que o fascismo seja eterno precisamos ter nosso fim pra estes, pois é da desigualdade que o despotismo é edificado. Para que a maldade não acabe ela necessita acabar conosco. Por isso um mundo bom não é possível para todos, pois a medida em que houver pessoas que vivam da crueldade e injustiça ser justo implica não ser bom igualmente para seus opostos, logo nunca será bom pra todos.

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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Do Ódio as Liberdades e Originalidade

Para totalitários, tiranos, ditadores e déspotas a liberdade de uma ideia nova e as liberdades individuais tem efeito mais nocivo ao seu poder que suas bombas e tiros que matam em centenas os desprovidos disto. A força física da brutalidade e do crime, das atrozes guerras, massacres e estupros apenas teme ao terrível poder devastador do amor ou ideias contra  seu despotismo draconiano e extorsivo. Jesus é um exemplo na sua pacifica revolução do amor, assim como tantos outros pacifistas através da história, como Martin Luther King Jr.

Disso como represália os dominantes fazem o que já faziam antes, mais mortes, torturas e violências, pois a maldade é como uma energia negativa que acumulada no ímpeto do mau caráter e dos homens de má fé, sempre precisou de suas rodadas sacrificiais, aonde a cada passo a frente uma dor, pela força reacionária do oposto ao prender em correntes o livre progresso. 

Sendo por uma arma de fogo ou faca, sendo por ódio contra um negro, judeu ou neurofobia, estes necessitam escoar a maldade que alimenta em si mesmos e do qual o mais apenas é pretexto, sendo a roupa da mulher ou uma revolução tecnológica. A dor é o negócio e a corrupção sua maior multinacional , sendo por petróleo, venda de armas ou as meras drogas sob a fachada de órgãos de informação.

Não sou burro, psicopata ou incapaz para ter necessidade de cometer corrupções e crimes por motivo de benefícios de torpes privilégios. Caso estes queiram ser inimputáveis que vá pro manicômio judicial, caso precisem de babás pra sua irresponsabilidade que vá pro jardim de infância dos analfabetos morais e éticos. Caso necessitem da sujeira do crime, que os outros corruptos limpem. Os que pregam ódio, medo e injustiça nunca terão amor e respeito, pois nunca conquistarão mentes e corações.


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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Usos Práticos da Teoria da Matéria Espelhada

Tudo o quanto é relativo advém do movimento, sendo da matéria ou das dimensões do espaço-tempo mediante sua massa. Todavia, constantes e suas leis determinam limites donde advém padrões duma physic ad legis. Da encruzilhada disto o caos e probabilidades tal como as conjecturas e teorias físicas e astronômicas como da relatividade ou da energia e matéria escura.

Caso colocássemos um grande espelho direcionado sobre a Terra na mesma distância do Sol e assim conseguíssemos ver o reflexo do próprio planeta seríamos capazes de enxergar 16,6 minutos no passado de nosso próprio planeta.

O conceito da Matéria Espelhada parte do mesmo preceito em similaridades a um efeito Doppler a longa distância, como sendo capaz da possibilidade de não ter dissipado os raios solares. A medida da distância desse fenômeno terá o dobro do tempo de distância-luz da contemplação do próprio passado. Como algo há um ano luz de distância tornaria possível ver dois anos no passado de nosso próprio planeta. Assim como tornaria possível testar possibilidades relativistas sobre as distorções do espaço-tempo mediante sua possível defasagem. O desvio gravitacional da suposta matéria ou energia escura é detectado a medida da distância em anos luz, de modo que seu desvio deve ser calculado em sua razão proporcional mediante o desvio de duração-luz. Caso sendo real, sem qualquer influência gravitacional direta e numa distancia menor sua proporção não deve ser detectada.

Obviamente que a matéria ou energia escura não tendo em tese a capacidade de retardar a luz como um objeto massivo, tal distorção ou retardo disto provaria distorções inerentes ao próprio tecido do espaço-tempo tornando possivelmente descartar as teorias incomprovadas da matéria e energia escuras. Assim um experimento que usando a teoria da Matéria Espelhada com um espelho de alta precisão poderia criar condições de experimentação dessa teoria mediante um laser de similar precisão medidos por instrumentos de exatidão de medição, da duração da emissão. A defasagem de milissegundos num período de 16 minutos, por exemplo, seria o bastante para comprovar a teoria que sou autor.


Trecho do livro 'Verbogonia: Nascimento do Filoversismo' de minha autoria.


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terça-feira, 26 de abril de 2022

A Grande Aventura do Moralismo de Alta Periculosidade


"As sociedades têm esses monstros. E esses monstros não acabam junto com ditaduras. Os monstros estão permanentemente nas sociedades".
Nancy Guzmán

A verdade que é racionada de um lado, e esbaldada como mentira doutro. Isso, pois a formalidade é o limite e regra daqueles que tem por fachada o moralismo e duplo padrão moral dos que no oposto acham ter o direito de fazer qualquer crime. O mesmo preceito da menoridade intelectual pelo qual os maiores estupradores e matadores seriais de vítimas indefesas e sem culpa costuma se colocar na comunidade como aqueles "acima de qualquer suspeita" ao ater-se em círculos sociais e uma vida diametralmente oposta do que leva as escuras. Esse efeito é necessário a vaidade narcisista, sendo a maior fonte de engano e simultaneamente sua maior fraqueza, a exposição integral de seus atos atrozes. 

Ted Bundy é um dos exemplos mais clássicos, enquanto levava uma vida aparentemente comum, com mulher e filhos, tendo aparentemente ótimos relacionamentos, o oposto pode ser visto nas vítimas deles ao serem destroçadas quando não desaparecidos e mortos.

Das religiões aos diversos tipos de governos de sociedades de todos os tempos, criaram regras dos quais buscam formalizar práticas de conduta do qual o expoente maior é a lei. Disto da honra, virtude a moral, suas múltiplas formas criam convenções sendo doutrinárias ou filosofias de vida. A exemplo da etiqueta como pequena ética (termo originado nas cortes francesas) são apenas formalidades do aparente ao contrário da ética do inerente ao ser integral, isenta e transparente (independente do momento, lugar ou circunstância), disto o conceito do caráter que ao contrário da elegância ou reputação quando o primeiro denota a verdadeira natureza e personalidade da pessoa.

O íntegro trata todos de modo igual, não todas atitudes de maneira idêntica, antes em proporção repreende o erro, elogia o acerto, condena o crime e beneficia o direito, ainda que sabendo haver um modo de se portar e se vestir numa praia ante a diferença de estar numa entrevista de trabalho, isto não significa fazer ou aceitar o crime em circunstâncias diferentes.

Um hipócrita se traveste de acordo com a circunstância, não em resposta a ela, mas de acordo com esta. Entre bandidos é bandido, entre estupradores um estuprador, entre padres é santo casto, ante um policial um trabalhador, mas entre miseráveis e vulneráveis desdenha! Este não entende a simbiose e proporcionalidade da situação antes julgando a pessoa de acordo não por suas atitudes, mas posição. Disso a mesma raiz discriminatória do preconceito, que julga o adjacente ou aparente, não o inerente. O tipo que trata bem apenas ao superior e pisa sobre o subordinado ou os que estão em menor posição,  como exemplos.

A honra, virtude, moral e ética são organizações de regras sociais e comportamentais da relação do indivíduo ante o coletivo. Sendo inerentes as relações estabelecidas em dado momento de uma cultura e sociedade estas tem por ápice a lei como delimitadores legais entre o certo e errado. Ainda que a lei defina o agravo (pois nem todo erro ou pecado é crime, mas todo crime é um erro e pecado na democracia) estas buscam normatizar padrões de condutas harmoniosas a ordem social e pública. Disto deduzimos que determinada moral pode ser criminosa ou antiética (como visto em outras culturas como gangues ou tribos, por exemplo), levando a uma lógica que atende a critérios estéticos de simetria das relações ao contrário da etiqueta como da estética da aparência de formalidades enquanto a ética aplica-se igualmente a informalidade tanto quanto a diferença entre a elegância e caráter.

Logo, definimos abaixo os seguintes critérios de uma legítima ética:

Recíproca: Apresenta uma proporcionalidade respeitosa correspondente a uma atitude aprazível, sendo aplicável em vários setores da sociedade, como a exemplo de um preço correspondente a qualidade de um produto ou serviço comercial; Similarmente ao afeto, cordialidade, amor e etc.

Proporcionalidade: diferente da recíproca esta não representa uma resposta igual a atitude, mas na simetria corretora ou neutralizante correspondente ao ato de um crime ou erro;

Integridade: A correspondência isenta em prática das anteriores. O íntegro trata todos de modo igual, não todas atitudes de maneira idêntica, podendo estas serem recíprocas ou proporcionais, porém, todas simétricas;

Disto sabemos que cada ato bom suporta a si mesmo numa recíproca ao estabelecer um vínculo de simbiose simétrica ao contrário de más atitudes que por essa razão devem ser neutralizadas e corrigidas. Similarmente sabemos assim que a verdadeira justiça não sofre a si mesma, pela mesma razão que uma penalização apenas convém ao equivalente erro, não o ato de justiça por não sê-lo, mas corrigi-lo e puni-lo. Logo, o correspondente anula o oposto, e o recíproco corresponde ao que complementa a si mesmo em mútuo.

A relação simétrica de ambos ao ser estabelecida, sendo pacificadora, traz harmonia ao contrário de seus opostos em conflitos, desigualdades, danos e prejuízos dolosos. 

Sendo dentre relações de indivíduos que sabemos que do conjunto dessas relações individuais que nasce o coletivo, tanto como dada cultura e seu Ethos. E sua ruptura tem por sintomas as características citadas; logo, mesmo a desigualdade de direitos sob um viés constitucional, por exemplo, pode considerar-se um crime contra a democracia. Por isso sob a etiqueta e formalidade de rituais ou ritos podem se camuflar verdadeiras bestas o qual a monstruosidade manifesta-se apenas na informalidade e oculto.


segunda-feira, 25 de abril de 2022

Biografia do Autor (2022)


Pseudônimo literário do novelista, contista e ensaísta Gerson Machado de Avillez, fotógrafo, pedagogo e teólogo graduado, com 4 pós-graduações em filosofia, filologia e letras. Portador da autismo com dupla excepcionalidade (superdotado), trabalhou em eventos culturais nas Lonas Culturais no Rio (2002) onde produziu e fotografou, com fotos publicadas em jornais cariocas e em diversos sites. Posteriormente trabalhou na Globo como fiscal de figuração pela agência MMCDI na novela Avenida Brasil (2012). Membro votante do Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Rio de Janeiro, membro do CLFC (Clube de Leitores de Ficção Científica), Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), Academia Independente de Letras (AIL - Ordem Scriptorium) número 408, UBE (União Brasileira de Escritores), da Sal (Sociedade de Artes de São Gonçalo), escreveu artigos para a Revista Somnium, teve mais de 50 contos selecionados e publicados na Revista Litera, site Maldohorror (Coletivo de Autores Malditos), Primeiro Capítulo, Site CLFC, Conexão Literatura, Revista Literomancia, Creepypasta Brasil, Sedo do Edy e nas antologias Arte do Terror: História e Apocalipse, Mirage, Nemephile, assim como autor da semana com artigos de destaque na Obvious Mag e Lounge, sendo o autor mais lido da semana por mais de dois meses consecutivos. Fundador do Blog Filoversismo com mais de 7.000 visualizações por mês. Autor de teorias filosóficas sobre o tempo, informação e o Ethos, finalista de diversos concursos literários, tendo os contos 'O Poço' (2017) e ‘Inominável do Além’ (2018), 'Império de Tendor' (2019), 'Assassino do 7' (2020) e ‘Memórias Póstumas de Um Mundo Morto (2021) selecionados como um dos melhores de seus respectivos anos pela revisa Litera Livre. Tem 40 livros escritos e publicados no Clube de Atuores (CDA) e dois publicados, 'Adormecidos' (2011 - Ryoki Produções), 'Síndrome Celestial' (2013 - Ed. Multifoco).

Títulos Honoríficos e Outros:
- Imortal na cadeira 'Verbun', 408, da Academia Independente de Letras (Ordem Scriptorium - AIL);
- Membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB);
- Membro da União Brasileira de Letras (UBE) em 2018;
- Membro do Clube de Leitores de Ficção Científica (CLFC);
- Membro votante do Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Rio Wo Janeiro (2016);
- Membro da Sal (Sociedade de Artes de São Gonçalo);

Títulos acadêmicos:
- Graduaçao em Pedagogia (2014/18) na Unilagos (Alma matter);
- Pós-graduações (lato sensu) em Metodologia do Ensino de Filosofia (Faveni - EAD - 2019/20), Filosofia, ética e cidadania (Faculdade Metropolitana - EAD - 2021); Língua Latina e Filologia Românica e Letras (Facuminas);

domingo, 24 de abril de 2022

Conto 'Sanitários da Insanidade'


Virgílio Fontana era o cientista que criou o I-logic, um detector quântico de discrepâncias na causalidade e caos. Capaz de identificar pontos de ruptura da causalidade reativa ou casuísticas desproporcionais na randômica. Seu laboratório passou usar tal tecnologia para identificar potenciais pontos de desvios dimensionais ou mesmo possíveis pontos de ruptura do contínuo espaço-tempo. Disso ele deduzia que mesmo a injustiça e crueldade eram elementos comuns ao justamente identificar tais aberrações caóticas aonde hediondos e tais agravos ocorriam, até que este por fim descobriu uma zona aberrativa onde ele acreditava que uma falha abriria um espaço entre dimensões.

Ao identificar uma região do espaço-tempo aonde o caos crepitava tais aberrações randômicas, sua teoria fora finalmente posta em prática ao decretar aquela zona de exclusão, um ponto de fissura dimensional a algo que parecia emergir do inferno contra as leis físicas. Um buraco donde mesmo as pessoas que tinham contato tinha sua natureza alterada. Dentre envios de sondas e análise instrumental pelo I-logic Virgílio fora para seus aposentos descansar, onde como hobby estudava palavras incomuns (e lia nisso um livro) quando fora abordado por sua promissora assistente que adentrou seus aposentos ao pedir licença e lhe perguntou.

– Qual livro você está lendo?

– Titina Humana.

– Gostou? Tem muitos capítulos?

– Não, apenas uma palavra.

Virgílio fechou o livreto do qual discorria basicamente sobre uma só palavra, a maior palavra escrita, a que especificava o elemento do DNA no título.

O homem se levantou e ajeitou seu jaleco quando a jovem mulher interrompeu e disse.

– Tivemos uma sensação de jamais vu. Creio ser associado aos efeitos da zona de exclusão. A anomalia cinzenta no espaço-tempo avança sobre a região desolada transformando tudo numa versão cruel de uma dimensão espelho, do inferno. Antes o avanço estava a 1 metro 35 centímetros por hora e agora aumentou para 1,47.

– Essa dimensão está emergindo na nossa sobrepujando o mundo. Temos que conseguir selar a fissura antes que ela venha a reverter totalmente a causalidade.

Virgílio sabia o que dizia, os efeitos da zona de exclusão eram um equivalente a fazer um ato de bondade e caridade e em troca lhe sobreviver castigos. Mesmo ondulações nas águas criavam distorções aberrativas com fundo na mecânica quântica, aumentando a preocupação dele e dos demais cientistas.

– Tenho que ir ao banheiro, Adalberto ainda não saiu de lá faz uma hora, tem certeza que a aberração não avançou para dentro do perímetro de nosso laboratório de campanha?

Naquele momento, Lorena sorriu dizendo.

– Ela avança de modo assimétrico, porém, nos últimos minutos não. Soubemos de relatos de uma anomalia física décadas atrás. Era muito similar, mas num banheiro de hotel abandonado, mas duvido que esta tenha vindo até ao nosso banheiro.

Por via das dúvidas, Virgílio pegou seu leitor I-logic e o ligou ao abrir a porta do banheiro o adentrando ao deixa-la esperando do lado de fora.

Haviam relatos de que dessa dimensão infernal mesmo símiles sombrios fugiam substituindo suas outras versões ao chama-los para participar de seu grupo. Um destes que veio desse mundo relatou que estes parecem com os originais, mas são uma cópia doentia, corrompidas por um sistema governamental parasítico e opressor.

Todavia, Virgílio mal sabia que estava a embarcar numa expedição ao entrar o próprio banheiro atrás de seu amigo, sem saber que lá a aberração avançou.

Ao abrir a porta do espaçoso banheiro chamou por Adalberto em vão. O cientista que era um homem honesto e sincero parecia simplesmente ter desaparecido. Logo, Virgílio urinou enquanto ao fitar a si mesmo no espelho notou algo incomum em seu reflexo. Uma vez que os efeitos de fundo quântico criavam aberrações, mesmo a função de onda ele sabia que a luz (que era ondas e partículas) era afetada e por isso criava em tudo tonalidades cinzas.

Porém, Virgílio pensou ser coisa da cabeça ainda que ao terminar de lavar as mãos pegou seu I-logic a constatar o inegável, a anomalia física lá se manifestava inexorável ao transpor as fronteiras de seu mundo.

Virgílio tremeu como se estivesse atravessado as portas do inferno. Seguiu a porta do banheiro a abrindo para constatar que todo seu laboratório estava em ruínas. Abandonado como há muito tempo. Ao seguir ele viu um bilhete novo sobre a escrivaninha, era de seu amigo Adalberto onde ao abrir dizia.

– Adentrei a boca do inferno, um buraco para cruz gerada pelo triunfo da iniquidade e abominação, um hediondo lugar onde Jesus não ressuscitou das injustiças. Não me procure, minha versão aqui é funesta, um psicopata cruel de um regime pancrático que usou de você para tentar passar para esse mundo. Eu não sou mais eu, mas uma versão funesta de mim mesmo ao reverberar em mil possibilidades de aflições que ecoam nesse vazio.

Virgílio ficou perplexo, como se através do espelho cópias degradadas deles surgissem nesse mundo inferior dominado pela crueldade. Porém, seguiu para fora contemplando uma enorme megalópole  cinzenta e poluída. Era o mais senil dos sistemas governamentais do mundo. Aquele era maior experimento hiper capitalista global, o regime político mais cruel e fechado do mundo. O Estado Pancrático de dever, ou como era conhecido pelos poucos Estados democráticos livres das sociedades abertas que ainda sobreviviam as permanentes guerras, era o "Estado 171".

Os donos daquele mundo privado impunham taxas para tudo, mesmo que estes apenas lucrando, ganhando, recebendo nunca pagassem, respondessem ou fossem punidos podendo pegar o que quisesse e fazer qualquer coisa contra o direito a alheio. O corpo dos cidadãos privados eram monitorados e mesmo nas atividades físicas que eram taxadas. O sexo era a atividade mais cara e mesmo coleiras pneumétricas mediam a quantidade de ar, água e comida ingeridas mensalmente para serem cobrados. No final mesmo com seus salários sempre deviam, de modo que caso não conseguissem pagar o básico para respiração e alimentação tinham apenas duas opções, ser morto ou passar ser uma propriedade do governo privado o qual todos cidadãos eram serviçais.

Todos tinham que trabalhar feito condenados, pois todos os meses mortes brutais eram realizadas como simbólico aviso a quem não pagasse. Desse modo ninguém era feliz, tudo tinha que ser comedido de modo racionado e calculado. Mesmo um sorriso por taxas de mora sobre os bons sentimentos eram cobrados!

Os talentos e vocações eram pagos de acordo com a qualidade, e mesmo medidores neurais impunham limites para o pensamento e raciocínio do qual questionamentos e reflexões muito críticas e originais eram multadas. Sobretudo, o regime pancrático era o mais corrupto de todo mundo e qualquer pessoa que expusesse seus crimes eram banidos ou simplesmente sumiam.

Os documentos onde todos créditos e dívidas destes eram colocadas num QR code feito numa tatuagem invisível na testa. Todo sistema de crédito era indissociável a identidade de modo que desde o nascimento o indivíduo nascia sob um empréstimo que deveria ser pago assim que tivesse idade para trabalhar. Os que tentavam fugir do sistema por deverem eram tratados como leprosos até serem mortos ou serem forçados ao suicídio. Vender órgãos era um modo de desconto, mas caso a dívida fosse na família o suicídio muitas vezes era o pagamento.

Obviamente que uns deviam mais do que outros, mas não apenas por gastos, senão associações meramente discriminatórias como de cor, origem, etnia dos quais tinha taxas específicas tanto quanto os caucasianos bem nascidos tinha promoções e descontos especiais.

Ao fitar aquilo, Virgílio chorou após o embargo na voz ao fitar seu próprio corpo morto no chão. Um esqueleto dentro de um macacão donde era reconhecido apenas pelo crachá. Tinha um tiro na testa, provavelmente a queima-roupa, e o gravador narrava tudo aquilo quando este descobriu que para aquela versão de Virgílio aquilo era apenas uma probabilidade infernal. Ao pegar as credenciais ele seguiu um rastro de movimentos discrepantes de seu amigo, Adalberto. Sabia que qualquer ato legítimo e espontâneo de altruísmo, mesmo a menor criatura, teria consequências funestas, principalmente caso detivesse algum dos asseclas daquele regime pancrático que regulava num feroz totalitarismo todos os aspectos da vida de seus cidadãos como reféns permanentes do medo. Por aquela tecnologia de Virgílio que os "agentes laranjas", como ele chamava, que tentavam transpassar ao mundo ordinário.

Não tinha a quem denunciar os crimes daquele mundo e caso reagisse os efeitos negativos eram em cascata. Assim ele pegou a coleira de sua versão morta e logo notou computar mesmo seu respirar ofegante afim de acrescer na sua conta. Virgílio não havia morrido oficialmente, de modo que nada daquela versão fora finalizado, eles eram a conta o qual apenas com a morte deles eram fechadas.

– Dr.Virgílio, favor de não respirar muito pois sua conta está em dívida o bastante pelas próximas duas reencarnações. – Soou a voz vindo da coleira que lia e mente dele.

Sim, a religião pancrática era de reencarnações (ainda que fingisse o oposto) do qual por acreditar que Jesus não ressuscitou ele sempre tinha que voltar pra morrer milhares de vezes novamente e todos eram obrigados a aceitar, ainda que sem provas de sua veracidade.

Assim, ele tentou esvaziar o pensamento afim de não computar críticas e raciocínios onerosos pra ele no sistema pancrático. Porém, nem todo treinamento bastava ao que estava por vir. Ele seria caçado e teria que sofrer muito antes de darem cabo de sua vida como desconto para a próxima.

Por sua sorte ele soube da sucursal que expedia membros privilegiados daquele mundo, contemplados por missões de excursão ao mundo deles se passando por suas versões. Todavia ele era tal versão restando a este tentar burlar o sistema de segurança para atravessar, o que não conseguiu ao se identificado como devedor e morto.


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sábado, 23 de abril de 2022

Conto 'Dominação de Demiurgo'

Essa é a história de Gerson Machado de Avillez, um perigoso psicopata matador e estuprador serial de pessoas sem culpa. Costumava se esconder sob a fachada de autista e escritor, plagiando de mim, Adalberto, que sofreu perseguição injusta dele por anos, mas em sua cruel sagacidade armou contra mim produzindo álibis falsos e provas de modo ardiloso. Diziam que todo mundo via quem era de fato, mas tentei avisar a todos como era cruel. Saia a noite escondido e burlando todas as câmeras para caçar vítimas inocentes a estupra-las e mata-las. Sumia com pessoas, enquanto publicava contos e ensaios e artigos dos quais apenas eu era comprovadamente autor. Aquele maldito pardo neurodiverso era a prova viva de que a semente do mal plantada em oculto germinava atrozes atos que colocavam em risco a própria sociedade. Sabia quem ele era em sua verdadeira face demoníaca, havia mesmo feito reféns mas os quais convencia autoridades e provas de que não. Sua persuasão diabólica provava o monstro que era contra todos os fatos. 

Ele fora responsável por vários estupros e mortes, mesmo de policiais e seus parentes, tudo para conseguir impunidade e poder. Promovia exploração sexual para conseguir poder, publicações e dinheiro, estava ficando rico ao ter as mulheres que queria apenas para pegar-lhes o coração, pois tudo que conseguia de diplomas, trabalhos, publicações eram por meio desses crimes, pois nem escrever conseguia. Coagia meio mundo para ter sempre mais poder por meio desses crimes numa esquizofrenia moral absurda. Não sabia como fazia isso tudo sozinho mas me juntei com outros amigos para provar, porém, não consegui. 

Tive um espasmo ao lembrar de tudo isso e espumei minha boca de ódio. Abri os olhos e vociferei com raiva pela crueldade de ser incompreendido ante o que era necessário ser feito, ao ter finalmente dado fim nele ao estupra-lo e esquarteja-lo.

Estava amarrado numa camisa de força espumando minha boca com olhos esbugalhados ao me sacudir como num espasmo de convulsão. Um enfermeiro entrou correndo para me acudir com uma injeção e vociferei.

– Seus burros! Tudo que fiz era necessário. Precisei! Faço o papel de Deus nesse mundo com seu poder divino ao encarna-lo.

– Doutor, mais um surto psicótico. O que faço? – Comentou o enfermeiro, um loiro.

– Em seus surtos de ódio persistentes ele ainda acha que invadir seus emails para produzir provas contra a vitima, usar sua identidade furtada para criar contas e provas contra ele ou gravações criminosas na privacidade dele ao serem editadas contra vitima ante sua situação ainda provam a culpa dos seus próprios crimes. Ele e seus dois amigos estupraram todas as pessoas que eles acusaram a vítima de ter feito e ainda insiste que ele era o responsável pelos próprios crimes. Ele chegou mesmo roubar esperma da vítima! Mesmo pedofilia eles cometeram pra coagi-lo e tentar culpa-lo!

– É mentira! É tudo mentira! – Vociferei, mas eles acreditavam em toda aquela miragem. Uma ilusão de Demiurgo!

O enfermeiro aplicou-lhe a injeção dentro da jaula de vidro, ao lado de seu comparsa que dormia enquanto o terceiro havia conseguido fugir. O trio de maníacos (possivelmente mais) era formado por um médico ginecologista, um policial exonerado por tortura e coação e um cracker que chantageava empresas dos quais roubava dados.

O doutor anotou no prontuário em todo histórico e refletiu sobre o rastro de crimes que eles deixaram e era absurdo, mesmo caso a vítima tivesse mesmo cometido crimes. Até mesmo eles tentaram subornar ou torturar agentes da lei afim de fraudar processos e induzir psiquiatras para falsificar laudos contra a vitima, antes de mata-lo ao sequestrar Gerson na frente de todos. Torturou entes queridos, estuprou as garotas que os amava. Mas a carreira daqueles estupradores e matadores seriais, de pessoas indefesas e sem culpa havia chego ao fim. Ainda que faltasse tantos outros que estavam cada vez mais cometendo estupros e mortes inspirado neles (e outros) em nome de suas alegadas necessidades divinas. De copy cats ao mero sadismo estes obstinados tentavam replicar toda escala Hare e sua tríade sombria de ódio e medo contra a sociedade, pondo em risco milhares de famílias, suas mulheres e crianças.

Um gênio pode cometer eventuais erros e burrices, mas dificilmente um burro cruel fará rotineiramente coisas que não sejam idiotas e estúpidas.

Conto parte integrante da antologia 'Verboversos' de William Fontana.

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sexta-feira, 22 de abril de 2022

O Deserto da Desesperança e Medo



"...fantasmas, iétis, espíritos, elfos e outras entidades míticas/lendárias são classificados como AN3".
Documentos revelados da Cia em 2022 pelo jornal The Sun através da FOIA, o Freedom of Information Act (Ato pela Liberdade de Informação).

Kant definiu ideais que se tornaram inatingíveis a medida com que seus opostos eram alimentados numa sociedade niilista e volátil. Da desejada maioridade intelectual aos altos prazeres de uma filosofia que prezava pela autonomia autoconsciente donde os prazeres lícitos arraigados na coerência da razão ao amor consensual parecem ser combatidas por ranços contrários a medida que os maus instintos maquiavélicos são distribuídos contagiosamente no reducionismo sobrevivencialistas. Não que Kant estivesse errado em seus postulados, pelo contrário, justamente por estar certo passou a ser indesejados nisso pelos poderes dominantes que passaram negligenciar sua influência e a acusa-lo contraditoriamente dos "males" dele. Antes optaram por remendar filósofos dos quais ainda que pioneiros em alguns acertos, unia seus enxertos onde justamente falhavam, tudo a único de interesse de fazer o mesmo com os sucessos de Kant e outros, de Platão, a mesmo nas qualidade dos acertos dos escolásticos.

Kant era prova de sua própria filosofia, e ainda que não seja aplicável em sua totalidade a interesses monopolistas e excludentes não invalida sua busca em seus acertos. Ao contrário das reformas de alguns dos quais tenham gerado apenas neonazistas, neofascistas, neopentecostais e neoliberais preferível seria manter o modo clássico. Há verdades definitivas em sua efêmera condição por sua universalidade, tal como de males. Todavia, estes que tais coisas fazem estão na prática apenas interessado no último, ou o oposto da verdade ao propor uma transitoriedade perene e relativa nos deixando a deriva da fluidez do inconstante nauseante. 

O ódio e medo são claros indicativos disso, os sintomas precedentes como sombras pungentes de cavernas platônicas ou da desertificação da desesperança árida ante os sedentos por miragens. E destes não haverá maná do céu, águas das pedras ou pedras se tornando pães, o deserto como o labirinto visa se perder e perder a si mesmo até seu fim, o abismo da perdição como única terra prometida. Curiosamente mesmo isso Kant percebeu ao observar a existência desse oposto através da morte moral que agora é conflagrado na conjunção massiva aos povos ao conduzi-los como gado ao abate do suicídio moral. Os promotores do medo e ódio aos comprovadamente ausentes de culpa não são apenas inimigos de um, mas de toda humanidade. A iniquidade tem por seu melhor símbolo o diabólico, por isso. Os que se ofendem da refutação, ofendem e ameaçam como treplica achando refutar quando apenas o reforça. 


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quinta-feira, 21 de abril de 2022

A Justiça de Deus Não Contradiz o Livre-arbítrio

O fato da onipresença de Deus não significa que Ele esteja em tudo ou tudo seja Ele. O Deus bíblico não é panteísmo, pois as atividades seculares não são sacramentos, e muitas vezes nas injustiças do mundo muito menos está presentes, ainda que permita não o aprova a não ser o privado e provado pela injustiça. A verdade apenas condena o erro, o justo é problema apenas para quem o faz.

Caso contrário haveria de ser os crimes divinos, os pecados sagrados e todas guerras santas! Porém, mesmo o livre-arbítrio advém e convém apenas a própria pessoa. Como no jardim do Éden, Deus proibiu, o diabo instigou e o ser humano transgrediu. Não há lei proibida pois toda proibição vem da própria lei (Romanos 2:23), todavia o ato de poder transgredi-la não anula o livre-arbítrio (Coríntios 10.23), antes seu cumprimento. Disso nos fazemos conhecer o diabo e seus servos, pela influência e seus frutos como opostos ao de Deus e seus legítimos servos. E o diabo tenta e atenta cada qual a seu modo (Tiago 1.14), de Jó lhe espoliando à Jesus lhe oferendo riquezas e impérios mundanos. Por esse mesmo motivo aos gentios não vivemos uma teocracia, pois seu reino não é deste mundo (I João 5.19, João 38.16).

O diabo não apresenta-se sempre como é (II Coríntios 1.14) caso contrário quem o seguiria e adoraria como se fosse mesmo um deus? Até porque ele necessita é da corrupção humana para ter seu poder. Logo, sendo pela injustiça, dor ou prazeres ilícitos ele intenta corromper consciências sendo antagônico a verdade de Deus que liberta e salva, ele deseja é a condenação do ser humano por ódio a criatura de Deus, mas apenas pode fazer isso com a ajuda do próprio ser humano para condenar a si mesmo em seus atos! Induzindo ao erro para acusar, sendo tropeço para derrubar, e oprimindo para corromper (Mateus 22.24).

Uma vez que o próprio diabo não nasceu condenado, o próprio ser humano dotado de livre-arbítrio pode escolher seu destino, o que leva ao diabo odiar o livre-arbítrio por esse motivo! 

Por esse motivo sua verdadeira face combate toda justa esperança e fé, e pelo ódio e medo se manifesta. Sendo este incapaz de atentar diretamente ao ser humano, antes joga uns contra os outros, usa de seus serviçais para consumar sua obra de destruição e miséria. Disso de nada serve o sofrimento sem arrependimento, antes mais vale um coração contrito do que sacrifícios para o Senhor (Salmos 51.17).

Terror! Medo! Ódio! Onde há confiança nisto senão na morte? Os que misturam fel com mel não há de proceder bênçãos. Onde misturam o crime e a lei, o erro com acerto, a verdade com a mentira senão na lama da iniquidade e corrupção? Mesmo a bíblia diz: de uma só fonte não pode vir duas águas (Tiago 3.11-12) assim como não podemos servir a dois senhores (Mateus 24.6). A impureza não pode se unir a pureza e ainda assim prevalecer o último! A ambição de um "tudo" que isto abranja resulta apenas em destruição. Opróbrio, a insanidade tem parte com a sanidade! Seremos felizes no oneiroso da desonestidade e injustiça, quando no inferno o único sorriso é do diabo? O almoço sádico do diabo é o masoquismo de suas vítimas.


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quarta-feira, 20 de abril de 2022

Melhores Frases de Abril de 2022- Parte 2

A seguir seleciono algumas das melhores frases e pensamentos do autor no período de abril de 2022. Clique nas imagens para amplia-las.








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terça-feira, 19 de abril de 2022

Não Confie Nas Aparências

"Pelle sub agnina latitat mens saepe lupina”


Há os que mudam (e fazem mudar) pra melhorar, os que tentam mudar e os que fingem mudar – mas quando mudam é apenas para pior. Os dois primeiros reconhecem e se arrependem de seus erros publicamente, mas o último dissimula perfeição como agravo a suspeita apenas do oposto estruturado. A falsidade da hipocrisia é como uma discriminação ao contrário, julga alguém ser melhor ou superior, como honesto e justo pela aparência, status, posição social, cargo, cor e origem. Curiosamente pelo mesmo motivos os que tais assim julgam taxa de modo oposto os que assim não atendam os mesmos requisitos. A semelhança entre ambos é que estes nunca julgam com isenção suas atitudes e obras. A associação semântica entre isenção e o taxativo disso advém tanto como das excessivas e desproporcionais cobranças da discriminação.

Antes, pelo contrário, reclama mesmo o impossível, de que ter seus crimes expostos que é o erro. Como se fosse possível plantar repolho e colher batatas e eu o oposto. O mesmo que sonhar acabar com minha vida e bens e provarem serem heróis. 

O terror disso é precedido pelo medo e ódio como prova da presença de algo o qual não representa em absoluto nada que preste, senão um totalitarismo, ainda que velado. 

Todavia, esse auspicioso poder nebuloso gosta de se esconder por de trás de doutrinas e políticas de todas matizes gerando apenas possibilidades de todos terrores dispóticos possíveis, tais sendo apenas versões genéricas de ideologias e crenças sem qualquer princípio ativo que valha. 

Do mesmo modo que antes algumas guerras declaradas eram exteriores a um povo, grupo e etnia hoje ocorre por dentro, a devorando e corrompendo por infiltrações e conluios.

A exemplo do Brasil onde a discriminação (racista ou misógina) se camufla no velado, esta apenas sai do armário em condições adequadas.

Para cada trigo há um joio, para cada movimento dos sem terra burgueses infiltrados para tirar proveito de invasões. Mesmo eu vi quando criança a invasão de um desses terrenos antes de tornar-se uma favela, uma picape mais cara que o carro o qual estava, marcando terrenos que posteriormente se tornaram comércio, mesmo lugar onde uma década mais tarde vi traficantes matarem dois policiais a paisana. 

Muito mais fácil fingir militar uma causa para esconder suas reais intenções, do que assumir-se como é, o clássico "lobo sob pele de cordeiro". Da década de 1990 onde ser cristão era sinônimo de honestidade, comerciantes começavam a usar músicas de rádio cristãs para afugentar assaltantes que respeitavam os que eram da igreja, o mesmo ocorre de modo oposto, sendo para se esconder por de trás de posições e status ou para literalmente extorquir a fé.

Mesmo autodenominados missionários sob a égide altruísta e filantrópica, ostentava riquezas e testemunhos de caridade enquanto faziam fortuna roubando terrenos  dos mesmos pobres que alegava auxiliar.

Se antes o lobo mau dos contos chamava literalmente a morte ao assoprar por de fora da casa, hoje ele usa a fantasia de ovelha e porco para entrar nelas. A vovozinha indefesa e vulnerável nunca mais será confiável. O ódio e terror psicológico sob a camada dos sorrisos públicos monitorados pelas câmeras escondem em pontos cegos sua verdadeira face hedionda. Em tempos de marketing o veneno é vendido como remédio. O sorriso de alguns pode ser um rosnado, pois o oculto por de trás destes que desvela sua verdadeira natureza.


AVISO:

Um off-topic que foge ao tema do blog, porém, preciso avisar. Estou tendo emails pessoais apagados. Não bastando a comprovada adulteração de visitações do blog,  algumas pessoas enviaram emails pra mim e comprovadamente não recebi. Nao sei há quanto tempo isso acontece, porém, qualquer email incoerente e suspeito de minha parte desconfie. Ainda que usando verificador de duas etapas eu não sei o que está acontecendo e por isso peço para o caso de receberem algum email meu suspeito ignorem e me avisem pelo wahstapp, assim como qualquer resposta de avaliação, por favor. Não entrarei em detalhes, porém, esse fato tenho que avisar e não dá pra esconder dentre a multidão de crimes que sofro e apenas me prejudicam. Obrigado.


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segunda-feira, 18 de abril de 2022

A Razão da Lei e a Loucura do Medo

A lei não proíbe a si mesma, pelo mesmo motivo que a justiça não sofre a si mesma, mas os que lhe são opostos. A justiça legítima é pimenta nos olhos do estuprador, mas refresco as vítimas deles. Porém, a constituição brasileira é muito bonita, e o problema é justamente esse, pois apenas enfeita a miragem democrática ante um mar de lama da corrupção e crimes ocultos.

Graças aos que impõe narrativas mais inverossímeis que a ficção, o máximo que ensinam de ilusão e miragem é dizer serem o que nunca foram ou serão.

Ora, os maiores crimes são os que acontecem em silêncio, as maiores corrupções em oculto e os maiores conluios são os desconhecidos. Disso necessita da discrição, os maus que trabalham pela perdição e dominação da humanidade. O medo do escuro nascem por causa do erro e dos maus que nele se ocultam.

Das ranhuras do incógnita os profanos mistérios do medo emana a dúvida gerando anseios, é do desconhecido que a humanidade tem medo por uma razão simples, não sabemos o que esperar. Ao contrário da fé que acalenta esperança e conforto zelo no melhor, o medo é a antítese da fé, tanto da coragem.

Qual inteligência há no ódio ou lógica no medo? Antes infecta nossas mentes ao nos trespassar por sua centelha incendiária, ante o receio niilista que entorpece a razão. É da destituição da lógica e razão que nascem a loucura e os maiores monstros.

A razão apenas pode ser fazer pelo conhecido pelo mesmo motivo que a sabedoria apenas pode se fazer pelo saber, e o que a lei não julga é apenas seus opostos, tanto como a insanidade. Mesmo que com motivo qual razão há no crime? Qual desconhecido há saber a não ser o saber que não o sabemos?

O terror e medo tenta se impor como autoridade do desconhecido ao contrário da fé que irradia esperança e razão. Por isso ante o terror da total ausência de justiça resta-nos a fé ante seu oposto do medo.


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domingo, 17 de abril de 2022

Diário Esquecido de Viny Vicius

Dando seguimento a publicação gratuita de contos da antologia 'Verboversos' para este feriadão, publico o conto 'Diário Esquecido de Viny Vicius'. O conto que abarga uma antologia num universo de vampiros abarca um dos capangas de Nosferatu e seu fim digno de sua vida e obra como um matador e estuprador serial.

Ainda não sei o motivo pelo qual escrevo esse relato ao encontrar o que encontrei, mas cá estou ante o insólito bizarro. A casa estava abandonada há mais de uma década quando, nós da vizinhança, resolvemos pular o muro após deixar cair a bola lá dentro ao jogar queimado. Repleto de mato desbravei o terreno entregue a natureza. Tendo arbustos crescendo as raízes parede a dentro enquanto subiam ao telhado e outras plantas que grudadas na parede cobriam a pintura descolorida da casa após tantas décadas sob Sol e chuva sem os devidos cuidados. Na verdade, desde tenra idade ouvia rumores sobre o antigo dono do qual alguns alegavam que havia fugido por dever agiotas. Todavia, tomado pela curiosidade (ao fitar a bola no mato) notei a porta da casa com os vidros quebrados e a raiz de um arbusto a arrombando lentamente a medida com que crescia com os anos. O trinco estava rompido me levando abrir a porta arrancando as raízes de plantas e quebrando partes podres da porta de madeira. Ao fitar o interior notei muita sujeira, mas um fato peculiar, todos os móveis e eletrodomésticos estavam presentes tomados pela poeira e fezes de ratos por todos os cantos. 

Havia também um cômodo cheio de vinis, mas ignorei. Adentrei outro cômodo e fitei o esqueleto de um gato morto que ao olhar mais longe vi um corpo estendido no chão do quarto. O esqueleto vestido estava de bruços fitando a cama cheia de bolores e fungos enquanto segurava um diário nas mãos apenas de ossos. Era o diário do senhor que morava lá, chamado na época de Vini Vicius por estar envolvido com agiotagem e trocas de favores sexuais com devedoras, isso até ele mesmo se tornar um devedor. Havia relatos de que ele inventava até mesmo dívidas de pessoas vulneráveis, e caso não pagasse em favores sexuais, ou bens, forçava suas vítimas até se matarem para ficar com os espólios como pagamento.

O homem não havia fugido, mas se encontrava jazido em sua casa que agora se tornara um mausoléu, uma tumba ao ignóbil tiozão. Confesso que ruborizado minha respiração acelerou com o ar pesado e pegando o diário o abri ao tirar dos ossos de sua mão, e o que li me deixou estupefato. O homem não apenas fazia serviços de agiotagem como era algum tipo de tarado onde narrava uma série de estupros em sequência, segundo ele muitas vezes seguido de morte!

O nome dele era Alberto Vinicius. O apelido dele era Vini por repetir suas bobagens e asneiras de trocadilhos sujos como vitrola enguiçada, como amante de vinil. O sujeito que trabalhava a mando de um tal Sr.Noswill tinha nas horas vagas o hobby e fetiche de ser um predador sexual. Selecionando suas vítimas que ao serem abordadas usava de um jogo de trocadilhos para definir o que aquele tiozão do inferno faria com elas. Há 15 anos ouvia os rumores de um estuprador serial. Chamado de 'o estuprador dos trocadilhos' pelas vítimas que lhe escapavam na surdina da noite por ouvir dele abordagens por piadinhas torpes e maliciosas, ainda que nunca o reconhecendo com clareza por estar sempre de boné e óculos escuros, mesmo a noite.

Virei as páginas quando notei um caso dentre vários em particular, este ao encontrar um casal jovem com seus vinte e poucos anos num ponto de ônibus.

Num lugar ermo, ao fim da tarde, ele abordou  um casal enquanto aguardava a condução. Após estes o cumprimenta-lo ele irrompeu o constrangedor silêncio seguinte perguntando ao sentar-se no banco do ponto de ônibus.

– Olá, qual seu nome? – Perguntou ele a garota.

– Sou Julia, tenho 20 anos e o senhor? – Respondeu ela tentando ser educada.

– Vinte anos, como O Código Da Vinci? – Respondeu ele rindo e prosseguiu. – O nome é Julia? Posso te chamar de Jú? Você não quer ajudar-me não? Preciso de alguém pra limpar minha casa, vocês conhecem?

– Não. –  respondeu a mocinha com um sorriso amistoso. – Moramos numa quitinete noutra cidade. Não somos bons nem pra limpara própria casa.

– Fico feliz que vocês não devem! – Falou o tiozão em deboche sem ter o retorno em risos da piada em fazer trocadilho de quitinete com quitar dívidas. Mas ele fora além. – Você não tem cozinha? Não sabe limpar?

O namorado notou certa maldade na conotação anal da pergunta sem menor intimidade, mas ante a dúvida resolveu se calar. Mas o inoportuno senhor prosseguiu.

– Olha, pago bem. Caso limpem minha casa prometo depositar todo mês na poupança dela.

Naquele momento o jovem namorado ruborizou e quase enfurecido lhe respondeu.

– Olha aqui tio, não te conhecemos e não fazemos serviço de faxina alguma, tá okay?

O senhor ajeitou o boné e então sorriu com seu bigode platinado e fez o sinal de "okay" com a mão num deboche, aludindo ao ânus. A menina visivelmente constrangida olhou para o relógio.

– Quer saber que horas são? Tem uma igreja aqui perto. Digo isso pois pelo pingente no pescoço noto que vocês são cristãos. – Ele soltou vários pigarros nervosamente e seguiu. – Vou contar uma história, sabe por qual motivo Hitler odiava os hebreus? Pois a babá dele era judia, judia dele!

O garoto então bufou irritado e levantou-se pegando nas mãos dela a puxando para sair dali. Mas o velho não se dando por satisfeito falou mais uma vez.

– O que eu fiz? Tem culpa eu?

Os dois ignoraram e continuaram caminhando ao entrar numa rua erma de terra e cascalho, cercada de ambos lados por florestas de uma fazenda. Subiram a rua quando ao olhar pra traz viu o velho vindo a seguir-lhes.

Eles apertaram o passo ficando agora visivelmente nervosos a notar um volume na lateral de sua calça. Lugar que ele ajeitava o tempo todo como se fosse uma arma. De longe então ele irrompeu ao silêncio e falou alto.

– Acho que vocês estão ficando doidos, precisam de um ré-médio. Voltem aqui pra gente conversar.

Obviamente que eles não recuaram ante aquele velho doido. Porém, o tiozão do inferno no diário dele narrava aqueles fatos como se fosse um incompreendido por falta de inteligência deles. Todavia, eles visivelmente não conheciam o lugar e estavam num beco sem saída, de frente pra portaria de uma fazenda. O velho subia lá debaixo enquanto a noite caia com o escuro tomando toda parte, mas o único poste próximo estava na via de onde saíra. No entanto, esdrúxulo e medonho no assédio eles ouviram ele assoviar até vê-los e o velho disse.

– O que vou fazer na fazenda? Vou com ela fazenda! – Completou ele soltando uma gargalhada quando tirou do bolso uma arma calibre 22.

O jovem ficou em desespero e se colocou ainda assim na frente da namorada. Pálido de medo a escondia por de trás dele quando apontando a arma pra eles disse.

– Agora quero limpar a cozinha dela pra mostrar como se faz. E se tentar me cobrar como uma cobra te indenizo depositando também na sua poupança, rapazinho! Ganhar de indenização um milhão na sua poupança. Portanto fiquem caladinhos ou vão pro saco!

O que aquele velho nojento narrou no diário a seguir não ouso traduzir, as náuseas me tomaram a vomitar sobre o esqueleto daquela besta. Virei a página e depois a seguinte, e vários relatos de estupros se sucediam, uns seguidos de morte e outros contando com o silenciamento da vítima que as vezes era obrigada até selecionar outras vítimas ou culpar alheios pelo crime que sofreram. Todavia, na última página com uma escrita que parecia inacabada, ele escrevia que estava apaixonado quando veio a óbito, como num trocadilho que como castigo ele viveu e morreu escrevendo agora seu epitáfio.

– É pai-chão, meu coração por aquela menina, Júlia, me comoveu ao saber que era a filha de uma outra vítima que há vinte anos estuprei. Meu coração dói, e a paixão me corrói como até o chão...

Ao terminar aquilo, adentrando a mente daquele maníaco depravado, percebi que seu trocadilho de paixão com pai-chão coincidentemente no rubor de um infarto o fez cair morto no chão e lá esquecido aquele porco tarado apodreceu com seu diário. Uma besta patética num fim patético que lhe apraz.

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sábado, 16 de abril de 2022

Conto "Grande Hospital dos Horrores

Neste feriadão publicarei gratuitamente contos da mais nova antologia 'Verboversos', de minha autoria.

Tinha as vezes sensações de que estava sendo observado. A princípio ignorava acreditando ser apenas um engano, todavia com o passar dos meses ocorrências incomuns aconteciam como se alguém soubesse o que fazia na minha privacidade. Com o tempo aquilo se tornou perturbador e notifiquei a detetives particulares para que investigassem vigilâncias clandestinas e escutas ilegais quando dei-me conta de que trabalhos por mim produzidos no campo da física teórica pareciam vazar. Era algum tipo de espionagem, todavia algo não meramente institucional, mas pessoal e por isso obsessivamente comedido contra mim. Sinais foram detectados por transmissões criminosas de alta tecnologia, câmeras e grampos de última geração esquadrinhavam meu particular. Apenas não sabia quem era, um executivo que morava três andares acima, no meu prédio. E o que desvelei era aterrador e doentio.

Este observava sistematicamente minha vida (e de outros) particular por anos a fio. Era apenas uma célula de vigilância criminosa da população o qual parte fora vazada por um hacker que invadiu os sistemas dele dando acesso a câmeras dos próprios moradores e outras instaladas - em casos específicos, como o meu.

Como um vigilante do mal policiava apenas a liberdade alheia, e buscava tudo do qual pudesse obter vantagem privilegiada de informação, sendo para chantagem, golpes ou fraudes. Ele tinha acesso a câmeras de todos apartamentos do edifício e me inquiriu de modo obsessivo e maníaco a cada detalhe. Analisou toda minha, da rotina, gostos, preferências, desejos, sonhos, fraquezas, habilidades. Pois me destacava dos demais ao ver em mim uma oportunidade de fazer fortuna com meus talentos e inteligência através da injustiça sádica.

Do lixo revirado a invasões as escuras, dos roubos de peças como troféus de fetiches, logo aquele cão do inferno  travestido de humano e o seu séquito de párias legais e intelectuais passou abarcar meu círculo social ao abranger seu estudo torpe e voyeur, em sua mediocridade intelectual, todos a quem me eram relacionados. Espreitavam pacientemente o momento oportuno para atacar tais como presas que estariam em seu momento mais vulnerável. A força deles apenas se perfazia sobre a fraqueza alheia e sua grandeza sobre a subjugação rebaixadora de suas presas. Valentões covardes nunca salvariam alguém de um linchamento, estupro coletivo ou tortura, pois estes estariam participando, a menos que estivessem sendo vistos. 

As vítimas que tinham crimes flagrados, ou casos de adultério, eram chantageadas, usavam das provas ilícitas sob ameaças de serem vazadas criminosamente, caso este não pagassem cotas ou fizessem favores para ampliar sua vantagem. O submundo é o pesadelo da inconsequência.

Eram sociopatas, e como os psicopatas eram predadores sociais tão implacáveis e aproveitadores oportunistas, que manipulam e se aproveitam o máximo que podem, sem menor bônus as vítimas que eram odiadas. Antes de suas carências, medos, necessidades sociais e sentimentais, as deficiências e fraquezas estes induzem por escassez, privações ou isolamento. Todas as maneiras imagináveis de abusar e explorar, drenando qualquer esperança, vitalidade ou fé ao esvaziar suas vítimas apenas ao ônus, deveres e cobranças cujo peso desigual e desumano rebaixa a qualidade a apenas sobreviver em sofrimento ou mesmo desejar a morte. A indução do problema desejado levava a falsa piedade apenas proferida a fins de consumar seus interesses, destrui-los de vez pelo que eles mesmos provocaram.

Pois, estes são a própria morte, ainda que em vida, das vítimas. Muitas vezes conhecemos mais eles pela legião de sequelados que deixam, do que por si mesmo. Me tornei um dos sequelados em pouco tempo entregue a exaustão, ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Tinha medo de defecar em minha própria casa. Isso até o dia que liguei para uma renomada jornalista que expôs escândalos investigativos internacionais, Jordane Alves. Avisei ser uma das pessoas que tiveram as câmeras de vigilância vazadas na internet com outras centenas numa notícia que fora abafada. Minha vizinha havia sido extorquida até o último centavo por um alegado vidente que "adivinhava" até a cor de suas roupas íntimas, nos dias das sessões. Ela fora tão hipnoticamente manipulada e induzida que não apenas ele contraiu o patrimônio dela (e ela as doenças dele), como a molestou várias vezes antes de ser internada por "problemas mentais crônicos" após ela fazer um escândalo no condomínio. 

O problema é que tal questão era mais grave, corporações cooperavam junto a governos em clandestinidade não apenas facilitando a invasão telefônica, mas investindo em projetos secretos de aprimoramento de espionagem. 

Porém, Jordane ao ir a empresa do executivo ela desapareceu, dando tempo apenas de avisar pelo fax que eles possuíam fichas com detalhes da maior parte da população. 

Fora quando médicos suspeitos, com olhares frios e vazios, foram a minha casa em momentos tão artificialmente comedidos como se fossem robores. Era 20 horas da noite e os três eram destituídos de pelos e frequentemente fixava a visão no meu pescoço e pulsos, por vezes lambendo os lábios.

Com uma pasta de documentos de credibilidade suspeita, eles diziam que havia um agente contagioso na água do prédio tornando os moradores a terem surtos psicóticos e outros problemas mentais. E eu era um dos denunciados ao terem sido supostamente  alertados de uma conduta errática e potencialmente perigosa, ainda que nunca tenha destruído ou feito mal a ninguém sem menor motivo. Um policial, também sem pelos pelo corpo, surgiu pedindo para segui-lo até a ambulância que me aguardava no térreo, após alegar alucinações de "crimes que não existiam", ainda que tivesse fartura de provas do qual ao sumirem estes diziam ser parte do “quadro psiquiátrico’.

Do dia pra noite passei a ser imputado por doenças mentais, para ser levado a força ao único hospital do mundo que criava literalmente seus doentes, induzindo seus pacientes a loucura absoluta para serem desacreditados e descartados.

O hospital se chamava Instituto Psiquiátrico São Jacob Frank. Lá criaram métodos para gerar doenças psicológicas, mentais e neurológicas especificas, e sob encomenda, afim de atender a demanda de uma elite nazista de vampiros do qual todos opositores que descobrem a verdade podem ter apenas quatro destinos: morrer, se tornar bandido, sumir ou se tornar louco. Os procedimentos secretamente evasivos envolviam todo tipo de brutalidade técnica de tortura e uso de drogas afim de gerar as alterações neurológicas e psiquiátricas desejadas combinadas. Era o único hospital que literalmente promovia a doença até que a indução o problema desejado levava a falsa piedade apenas proferida com fins de consumar seus interesses, nos destruirmos de vez pelo que eles mesmos provocaram.

Foram longos meses lutando contra aqueles vampiros, até que os medicamentos fizeram efeito e comecei a me sentir melhor. Assim o diretor, um psiquiatra que eu jurava ter visto praticar canibalismo veio pessoalmente até mim, para me entrevistar.

– Como você está, Wellignton Vieira? Ainda tendo alucinações com vampiros sanguessugas e canibais? Sabe que tudo isso é ficção? Você andou lendo e vendo ficções de terror demais.

Ao ouvir aquilo, minha mente pela primeira vez fez acreditar nas palavras dele.

– O senhor não canibalizou nenhum paciente? E Jordane Alves, as câmeras?

– Respostas da degeneração neurológica provocada por componentes químicos vazados na água da região. Jordane Alves na verdade teve um surto de identidade, uma idosa que se achava ser jornalista. Ela fora presa tentando invadir a empresa de um grande executivo e filantropo que investe em pesquisas científicas sérias como física teórica, e dentre outras coisas, a psoríase provocada por questões ambientais de poluição, como a que sofremos. A idosa estava surtando, coitada... coitada. E invadiu áreas do prédio se passando por jornalista ao alegar que todos os calvos sem pêlos, como eu, somos vampiros.

Naquele momento ele assentiu a um enfermeiro de quase dois metros para abrir a porta trazendo uma idosa que parece aturdida, babando.

– Tudo bem, com a senhora? Como estamos hoje?

– Não.. não sou Jordane Alves.

– Não, a senhora não é. Sinto muito, a senhora era faxineira e agrediu sua patroa por motivo torpe antes de invadir a empresa. E ainda nos chama de psicopatas por tratar da senhora? Somos a maior empresa psiquiátrica privada do mundo a trabalhar em parceria terceirizada com governos de vários países. A senhora era ninfomaníaca e adorava fazer sexo com qualquer um na rua! Houve um caso de surto psicótico coletivo altamente contagioso similar uma vez, donde uma pobre diabo chamada Tatiana denunciou com outras mulheres que sofriam abusos sexuais de um grande líder espiritual. Agora pensa no transtorno e injustiça que ele sofreu ante tamanha injustiça? Foi como Jesus, um homem tão puro, sublime e santo!

Fiquei consternado e desiludido ao fitar aquela senhora muito distante da realidade.

– Agora, vê Wellignton? Graças a nós livramos vocês e outros de tenebrosos processos legais onerosos! Foi pra ela quem você ligou afirmando estar sendo plagiado. Você nem tem graduação e nunca produziu nada! E agora pelo risco que oferece a sociedade temos a curatela de vocês e seus bens! Tudo para poder pagar os custos dos sofisticados tratamentos inovadores de nosso hospital do qual você achava ser apenas uma fachada para a masmorra do oposto! Mas te perdoamos, pois sabemos da doença! Sabemos fazer parte da loucura falar coisas sem menor cabimento. Havia até um paciente que acreditava ter consciências de outras realidades numa neuropatologia inédita chamada múltipla  percepcionalidade. Pobres pessoas como vocês alternam fantasia e ficção, enquanto lutamos por um mundo melhor ante essa pandemia inexplicável de loucura! Absurdo sermos psicopatas sanguessugas que espionam todo mundo! Agora conseguem entender a realidade, tem noção?

Ao terminar aquelas palavras fomos levados de cadeiras de rodas em nossas camisas de força por um longo e frio corredor aonde o silêncio era intercalado por gemidos e choros. Finalmente acreditava que era um caso de manicômio judicial ao acreditar naquilo, um inimputável que por ser incapaz de viver em sociedade colocava em risco a vida de pessoas próximas. 

Chorei amargamente após notar que toda semana um paciente sumia carregado numa maca, o que aconteceu com a idosa após receber uma visita.

Pranteei por descobrir que era tão monstruoso e cruel, sem saber ao atacar pessoas acima de qualquer suspeita, quando uma coceira me tomou no pescoço. Persistente fui até um espelho sob as grades e notei dois furos de presas, teriam sido injeções do tratamento, ou mais uma alucinação?


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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Conto: Submersores das Emoções

No breu absoluto das trevas soturnas podíamos sentir seus sussurros. Além aparelhos sensoriais enxergamos com os corações numa projeção empática que conectava a nós as dores e vítimas e ao sadismo dos algozes. A 'máquina dos profetas', como chamavam seus usuários, potencializava suas sensíveis empatias ao extra-sensorial afim de detectar mediante conexões sentimentais pistas de meliantes sádicos e psicopatas, assim como suas vítimas. Era um perigoso mergulho no submundo do qual nas projeções da máquina as partes claras era o mundo ordinário dos quais pessoas viviam suas vidas, e as partes trevosas o submundo nebuloso de obscuridade. Quando este cruzava a linha zonas cinzas e choques maiores ocorriam. Como sombras o submundo não emergia na totalidade, ainda que rumores persistentes dentre todos usuários sentiam algo de um poder cruel do ódio e medo a jurar trazer as trevas definitivas ao mundo da superfície. Era como um Tor de volições para as camadas de valores civilizatórios inferiores, ainda que muitas vezes escondidos no alto do espaço comum e social, como elites com relações diretas ao submundo. Algo custoso e niilista que era fonte apenas de infelicidade e ausência de autoestima para nós.

Fora assim que numa de minhas viagens senti a presença de uma criança em sofrimento. Muitas vezes recebemos as emoções como recados de volições sem saber o remetente. Buscamos por informações volitivas, associações que identifiquem a transmissão emocional para que finalmente a identifiquemos e possamos saber onde está e o que lhe fazem. A menina de 12 anos pranteava, sentia ela clamar por seus país, ao dizer o nome deles soubemos se tratar de uma das inúmeras crianças, e pessoas desaparecidas de modo misterioso. Aquele sinal de volição aludia a outros semelhantes, e uma vez estabelecendo conexão empática com imagens, pertences e sons da vítima eu pareava com seus sentimentos, mesmo sendo bons. Alguns não conseguia sentir senão vítimas associadas, como se fosse um vão esses propulsores do medo e ódio é como fosse vazios de qualquer humanidade, apenas os ecos são sentidos.

Fora assim que descobri o paradeiro de Angelina Alves, tinha apenas 17 anos e estava num shopping abandonado na zona norte do Rio. Parecia estar sendo molestada entre outros crimes, por mais de uma pessoa.

– Salve as vítimas, Professor Xavier. – ironizou o controlador ao ouvir de mim os dados.

Todavia, aqueles homens eram um agravo aos demais ao virem acompanhados da "A Voz" enquanto os oficiais da lei realizavam as buscas no lugar. Terminei meu trabalho e tive que me desconectar, o cancro sádico e psicopata era a própria maldição e ser exposto por tempo prolongado drenava a vitalidade mental de nós, usuários.

Aquela máquina de detecção de sofrimentos e aflições visava mapear no mundo real indivíduos do submundo, tanto quanto localizar vítimas e desaparecidos. O problema é que conectar-se ao submundo tem efeitos psicológicos graves a estes usuários que frequentemente sofrem sintomas de depressão e síndrome do pânico ao serem expostos a sentir focos de injustiça e sofrimento no mundo. Quando nós não nos matávamos erámos levados a enlouquecer, precisando de frequente terapia e medicamentos ante aposentadoria por insalubridade social ser breve. 

O Sistema de Ressonâncias Volitivas, era uma espécie de radar das emoções negativas, tanto dos que sofrem aos que fazem sofrer. O medo e ódio afetam negativamente o caos intrínseco ao deteriorar as relações sociais.

Por isso precisamos frequentemente desconectar, mesmo que "A Voz" - como os usuários falavam - nós chamavam frequentemente à morte e de que apenas o submundo do qual habitava era real. Alguns diziam ser ecos emocionais ou sincronicidades emocionais de nossas mentes em reação a estes contatos, todavia sabia que se olharmos muito para o abismo este olharia de volta para nós. Submergir naquele charco de sensações negativas era como um pesadelo desperto.

Por isso, certo dia tal fato parecia se confirmar quando encontraria alguém semelhante a mim. Porém, sem as ferramentas da 'máquina da profecia' que a distância fazia leituras emocionais de nós, por onde rastreávamos tais elementos, o que me levantou suspeitas. Havia relatado a primeira vez que este localizou minha mente vagueando pelos corações alheios, era como se devolvesse os sentimentos transmitindo recados por meio de volições, ausente de palavras, apenas sentimentos. Era uma alma sofredora e igualmente atormentada pelo pesadelo do submundo que era um equivalente humano ao inferno. 

Obviamente que o superior descartou tal hipótese considerando apenas hipotética ciência marginal da parapsicologia, afinal conflagrava um Fator X, um contato supostamente telepático, tanto quando dos relatos da funesta "A Voz".

Todavia, dessa vez ela estava mais intensa e parecia estar ressequida pelo ódio e medo, de que para este era uma colmeia coletiva do ódio e medo do submundo, algo que se alimentavam. Tentei indaga-lo sem boca e ouvi-lo sem ouvidos e assim senti.

– A Voz me sitiou, ela invade outras mentes para trabalharem contra mim. Eles desejam destruir nossa autoconsciência afim de emergir uma consciência global junto "A Voz", disso levam pessoas a cometerem crimes ou a loucura, muitos deles são parte da Grande Escola dos Mistérios da Insanidade do qual acreditam que a loucura é a mais pura forma de contatar o deus deles, " A Voz" do qual a medida que traga mentes a sua utilidade se torna mais forte.

– O que é "A Voz"? – Pensei pesaroso com ele.

– Algo ancestral que carrega mentes do passado e geram as ilusões da reencarnação, podemos chamar de um demônio que possuem pessoas quando tomam controle de suas mentes ou as enlouquecem. O símbolo deles é uma tocha invertida, o qual o objetivo é trazer o pesadelo do submundo ao mundo ordinário.

– Preciso te salvar, qual seu nome? Onde está? – Perguntei quando repentinamente a conexão do sistema fora cortada por meu superior. Saltei do divã volitivo e vociferei de supetão.

– Havia encontrado o peregrino das mentes! Por qual motivo desligou?

– Você perdeu a concentração! Os recursos do aparelho são caros e temos metas e objetivos que não foram cumpridos hoje!

Me levantei ruborizado, peguei o copo de café e segui quando ao ver o superior dar as costas tinha o símbolo tatuado mencionado, uma tocha invertida.

Perplexo fui para o quarto e pesquisei notando se tratar de um símbolo de Hipnos. Fiquei estupefato, aquilo talvez explicaria o motivo destes frequentemente isolarem ruídos volitivos não desejados, demonstrando que no mínimo o sistema estava infiltrado por aqueles agentes da Escola dos Mistérios da Insanidade, uma agremiação secretista que promoviam toda sorte de doenças mentais e medos presentes no imaginário popular. Envolta em conluios, ainda que oficialmente diziam ser um grupo de amadores filósofos especulativos. Por esse motivo esperei terminar o expediente e ir até a máquina e me conectar, o que era arriscado sem técnicos e superiores especializados monitorando. 

Vaguei a procura da mente em questão, sem resultado. Senti o ódio de uma mulher pega o marido a traindo, a de uma menina chorando a morte do pai e a de um estuprador desejando práticas sexuais repulsivas inomináveis (as mentes sãs) com uma celebridade. Porém, logo algo interrompeu, era o peregrino dos corações, como chamava. Um prisioneiro do qual apenas a mente e o coração eram livres. Como uma pessoa com tais habilidades inatas poderia existir, era como os profetas!

– Tenho pouco tempo, preste atenção. A corporação que serve tem envolvimento em crimes e os usam para desviar o foco de mim que fui usado como cobaia, um mero rato de laboratório de maus ante quem tem as habilidades naturais para tornar possível a criação dessa máquina. Estou isolado para tentar usa-me para os próprios crimes que alegam combater. É um experimento que visa na verdade impor o controle total e absoluto sobre todas mentes para alimentar "A Voz". O DDV na verdade é uma empresa privada sob uma fachada governamental.

Como o Departamento de Detecção Volitiva poderia fazer tal coisa? Me indignei, porém, perguntei novamente.

– Onde você está?

Ao perguntar isso este me surpreendeu ao sentir que ele estava mais próximo do que pensava, ligado diretamente ao máquina que utilizava. No porão, do subsolo, abaixo do piso o qual ao tirar a tampa da grade do ralo fitei uma cápsula com um homem conectado por cabos por toda cabeça. Seus músculos haviam atrofiado por estar sendo obrigado a vegetar num estado de coma induzido a fim de usar seus dons drenando lhe toda vitalidade. Era um experimento cuja hediondez mesquinha e funesta era uma insana profanação dos direitos naturais, constitucionais e mesmo bíblicos. A máquina explorava o cérebro dele até o âmago sendo nutrido apenas por canudos ligado a boca. Parecia uma figura artesanal presa dentro de uma garrafa.

Ao ver aquilo prantei ante tamanha crueldade e pegando um extintor de incêndio quebrei o vidro da cápsula. Puxei os cabos com ela ainda desacordado, estava pálido apesar de ser pardo. Uma barba espessa e desgrenhada tomava seu rosto enquanto sua boca entortada no canudo escorria uma baba. Era um crime, mesmo ante um estado de guerra.

O levei para cima e pus ele no piso onde parecia recobrar a consciência lentamente. Quando devagar abriu os olhos me fitou visivelmente enfraquecido e vulnerável, porém, num sussurro comentou.

– Você, era você que sentia e me sentiu?

Assenti com a cabeça tendo os olhos mareados, e tirei um casaco e pus sobre ele. Peguei o telefone e liguei para a polícia.

– O que acontecerá agora?

– Eu não sei, mas sinto que eles estão nos vendo. O ódio deles está crescendo e se aproximando, é como a bússola deles ante nosso medo. Alguém deve ter acionado eles. Nunca consigo sentir o que seriam apenas seu exalar do ódio contínuo como sombras.

Perguntei a ele se conseguia andar, mas suas pernas flácidas estavam finas e fracas demais para correr. Consegui erguer ele quando atendia a ligação ante o flagrante crime. Ele caminhou trocando passos ao se apoiar em mim quando passei o cartão de segurança na área restrita.

O alarme soou, e luzes vermelhas piscavam dentro do edifício quando surgiu um homem desprovido de pelos no corpo, vestindo um alinhado terno preto. Seus olhos exalavam ódio e seus dentes cerravam o rosnado disso. Estava quase na saída do prédio quando vi a viatura flagrante vindo quando o meliante segurança empunhava a arma. O que se seguiu fora o óbvio ante olhos vistos, o inegável flagrante tornava o fato incontestável. Conseguimos fugir.

Todavia ante o incidente mesmo com ele em lugar seguro teve na poderosa equipe de direitos a tentativa de acordo nos oferecendo dinheiro em troca do silêncio jurídico. Eles achavam que poderiam comprar tudo e a gente apenas pagar. Porém, agora tínhamos provas inegáveis desses cães.

Ele havia sido sequestrado de sua casa e seus bens fraudados para que lançado na servidão todos seus dons fossem usados e abusados.