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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Crônicas de Pangeia

Sinopse de 'Protogênises: Crônicas de Pangeia'
Um peregrino após ser arrebatado por um anjo guardião da ponte temporal com o passado narra eventos e fatos do Império do Amanhecer onde o rei é Lúcifer, uma entidade formidável mas entretido com sua condição enquanto busca alguém capaz de enxergar sua fronte sem ser cegado não percebendo que a visita do mortal antes da existência do homem será o prenúncio do fim de seu reinado sobre as terras de Pangeia. A jornada do Peregrino encontrará os mitos antes dos mitos na Terra antes da Terra como conhecida pelo homem. Segue abaixo um trecho do começo do livro:

Toda mitologia parte de um princípio, a do homem em sua ignorância inocente em procurar compreender a essência e origem das coisas, que por falta de ferramentas e métodos entrega à Imaginação a tarefa de responder dando o poder de toda criação a deuses da fantasia que imanam da mente humana. O tenebroso ganha forma e a esperança personalidade, lições morais emergem para acalentar anseios, logo toda um panteão surge rico de seres que vivem dos pensamentos humanos em sua transmissão, normalmente oral.
Toda mitologia nasce desse estado inocente e pueris que se torna fonte de religiões e culturas e mesmo seu ethos comum, turvado pelas névoas do passado a ausência de fatos os fortalecem no imaginário até ser revelado lentamente pela imparcialidade da ciência do homem, o que resta então, somente poderá ser a verdade.

***

Era uma vez um homem mortal, mas virtuoso que habitava uma terra distante, de coração nobre e corpo vigoroso, defendia os seus mas era de simples pensar. Nele não se encontrava qualquer sofia, mas o sentimento que permeiam os poetas. Desse homem pueris um ser alado observou e vendo que os maus tramavam uma crueldade contra ele e que sua vida estava enlaçada a emboscada eminente e injusta lhe ofereceu um acordo ante seu destino.

- Na história sua morte está escrita, todavia lhe ofereço outra vida para que seja seu cronista. Clamo para que com sua pureza e seus sentimentos poéticos relate o que veres, as coisas antes das coisas, do rei antes dos reis numa Terra antes da Terra.

O homem então, que muito amava os seus, fora tirado do seio de seu povo para esse outro mundo, por uma ponte que nele havia aberta entre eles. Uma terra única antes do Legislador parti-la com sua ira e cajado como quem dividiu Babel, uma Terra antes da Terra, a Terra de Pangeia onde habitam deuses antes de serem demônios e os mitos antes de toda mitologia humana pois a pré-Terra precede o paraíso do Éden num tempo antes do passado. Vendo isso o homem aceitou relutante o pedido do ser alado e viu a dourada Terra governada pelo seu único rei, Lúcifer, ser de suprema beleza e sabedoria antes de tramar seus planos que tentassem corromper os estatutos de Deus como sua estratégia. Assim então disse o ser ao homem.

- Numas das histórias serás testemunha, noutras participe, mas assim como os modernos de seu mundo juntaram as peças dos continentes a deduzir Pangeia, escreve com sua inocência o que veres e o que sentires. A terra que pisas antes de ser remexida pela fúria de Deus habita tesouros e lendas caríssimas que cabe a ti revelares batizando-as com as palavras de sua língua para que o tempo antes do passado seja memória daquele que era e não mais será.

Vislumbrando por esta terra dourada ao atravessar a ponte dos mundos, o homem o qual era Peregrino nessa terra, assim lá fora batizado para que em sua odisseia conseguisse compreender mesmo o mal antes de ser mal, de modo que num tempo futuro os degenerados seguidores do Degenerado, serão impiedosos e amassarão e massacrarão com ódio mortal os honestos, sem causa justificável mas como o diabo amassa o pão. Esses são de extrema crueldade, pois o rei deles, Lúcifer, quer tornar a seu mundo de outrora através do inferno o qual é cerrado.

Trecho de 'Crônicas de Pangeia' de Gerson Machado de Avillez

sábado, 6 de dezembro de 2014

Capa do ensaio 'Críticas Ao Poder'


Acima a capa do livro 'Críticas Ao Poder: A Política e Filosofia do Anarquismo de Gravata' de Gerson Machado de Avillez, clique na foto para amplia-la.
O ensaio usa o anarquismo como crítica a postular tratados sobre a sociedade, poder e hierarquia, que servem não somente ao anarcopacifista, mas a toda oposição igualmente crítica e benevolente ao poder vigente, inclusive a despeito do comportamento humano como estes pontos críticos ao convívio em sociedade. O texto é mais um manifesto crítico do que uma prática coletiva efetiva por ater-se ao rigor opositor ainda que se proponha modelos praticáveis ou experimentáveis. O texto é uma crítica ao poder humano sob o corpo da visão anarquista, destila sinteticamente verdades criticas a cerca do poder e hierarquias. É de supra importância estudar os problemas do poder em suas divisões hierárquicas, analisar suas deficiências pois representa a essência problemática do mal que é ausência de equilíbrio.
O problema crítico do anarquismo, assim como da humanidade, é comportamental análogo ao conflito hierárquico, justamente o ponto central que a anarquia combate. O texto do autor a seguir expressa após um longo exercício de reflexão e pesquisa, inclusive análogas a filosofia e física, um sistema de crenças que aspiram a uma cosmovisão por um corpo de conhecimento original.

Para adquirirem seu exemplar da edição beta apenas clique aqui.

Abaixo a capa completa do livro, clique para ver ela completa.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Trecho de 'O Tempo e o amor' de Gerson Avillez

Abaixo um trecho do segundo capítulo do livro 'O Tempo e o amor' de Gerson Machado de Avillez:

O crime, num inócuo mistério, havia sido por dentro como  por um vírus no organismo. Com as portas fechadas pelo interior, deixou perplexa as autoridades que sentiram-se incompetentes em resolver o crime, como era comumente irrelevante naquele mundo. Mas então resolveram chamar o mais improvável dos investigadores, Johansen Pirro Ockham, um aspie que sofria de sinestesia generalizada.
Apelidado entre os forenses como 'O estranho' o sujeito, esquisitão tinha o dom de seguir padrões de cheiros e ruídos visuais que levasse revelar componentes e provas não conhecidas na cena do crime.
O jovem Johansen Pirro sentia o cheiro de crimes e era nascido num ano bissexto. Tinha sinestesia que misturava os sentidos e que por sua condição do dia de nascimento, tinha apenas 14 anos, oficialmente.
Apesar daquilo render piadinhas óbvias e pedantes, Pirro levou a compreender a sinestesia de forma única que permitiu literalmente cegos enxergar ao induzir o sensorial plástico pela sinestesia, porém, nisso toparam com algo mais, algo extra-sensorial. Aparentemente Pirro aprimorou seus dons sinestetas e hoje era como uma aranha na teia percebendo vibrações nos fios de eventos e tempo a procura de padrões e indícios no fluxo de eventos, como se referia.
Fosse no século XIX seria uma peça de circo, pois o sujeito acumulava dotes incomuns de modo único, pois era igualmente tetracromonotia, isto é, via muito mais cores que um cérebro normal era capaz de compreender, na realidade mais que as 16 milhões de cores que um computador é capaz de identificar em seus quase infinitos tons.
Ao adentrar a cena do crime tapou o nariz ainda que não tivesse nenhum odor irritante as narinas comuns, pois o cheiro era traduzido na verdade em seu peculiar cérebro. Virou-se e contemplou o blusão que a jovem e bela assistente do delegado vestia e disse.

- Seu blusão é muito barulhento.

A jovem abriu um sorriso, achava tudo aquilo muito brilhante e original, sobretudo pelo fato de Pirro ser irritantemente honesto em tudo que investigava dentro de seu distrito policial, a ponto que colocava em risco a impunidade de alguns de seus colegas corruptos.

- Por que ele disse isso? - indagou um forense que não o conhecia.
- Ele ouve a música das cores - respondeu a jovem assistente com um sorriso atípico a situação do crime ocorrido. - É um sinesteta.
- Ahh - respondeu o homem observando ele conversar com o delegado.

O Estranho, então, sem perder tempo, observa a cena do crime silencioso, mas barulhento por dentro, que ao ouvir as cores soa uma melodia aterrorizante com seus tons que não poderiam ser ao acaso. A frequência dos crimes soavam como um fluxo de uma melodia agonizante.

- Sempre tive a sensação de que as cores do mundo real estão erradas, mesmo os números tem mais informações do que aparenta. A visão humana esconde muito mais do que revela normalmente. - disse Johansen Pirro ao ver a assistente aproximar-se dele.
- Precisamos é de provas, mas se você tem certeza absoluta de algo, está completamente errado - disse o delegado de modo sisudo.
- É para mim ter certeza absoluta de sua afirmação, ou não? - perguntou o estranho sendo irônico sem querer.

O delegado ignorou e a assistente tentou fazer piada.
- Alguns só tem certeza que não tem certeza, pois no mais creem piamente na dúvida!

O oficial da lei olhou com semblante fechado para ela e respondeu em tom de reprovação.
- A busca por respostas leva, as vezes, alguns a deliberar inventando interpretações por não se conhecer o verdadeiro significado de algo ou simplesmente o ignorando.
- Lúcido, - respondeu a assistente com notável ironia - lembro que o sobrenome de Pirro é Ockan.
- O material é o aparente, o espiritual o inerente. - disse Pirro olhando para o vazio como um cão seguindo um lastro de odores, ignorando o que ela disse. - Mesmo se tapasse os ouvidos continuaria ouvindo aquela melodia quando pega na direção certa, de onde veio. - concluiu contemplando a melodia visual que era disforme. - Na dúvida de algo, sempre siga os padrões, eles sempre indicam a verdade ainda que não revelada, quando não são assinaturas de ocorrências.
- Caos e tempo, informações e ondas, duas faces da mesma chave universal a todos segredos científicos. - disse a assistente.
- As cores têm relações com o caos e o tempo. Por isso as cores são o alfabeto do infinito. - continuou Pirro quando topou com algo.

A assistente virou-se para o delegado e disse-lhe impressionada.
- Temos que admitir, ele é autentico.
- Ser autêntico é ser o melhor imitador de si próprio. - arriscou responder o delegado constrangido, tentando cobrir aquela situação com sua eloquência acadêmica na pratica forense. A pontada de inveja era evidente.
- E uma cópia só pode ser medida em termos do original. - repercutiu Pirro vendo uma relação concreta com o dito, nunca fora dado a subjetivdades e analogias parabólicas.
- O que encontrou? - perguntou a assistente notando ele se abaixar diante de algo.
- A verdade. - respondeu Pirro tapando as narinas. - Em terra de mentira, a verdade mata porque é marginal.
- Crime é o perfume do cruel - disse a assistente rindo quando ele pegou um anel sujo de sangue no chão.

Naquele momento o delegado passou a ter certeza no misterioso dom de Pirro onde os sentidos eram embaralhados como cartas num jogo de buraco o elevando quase ao status mediúnico até então proibitivo ao meio acadêmico.
Mas a felicidade está na dúvida ou na certeza? Quantas dúvidas se podem carregar?
Alguém diz que quem tem certeza está completamente errado, então temos que duvidar da afirmação dele ou ter certeza? O absurdo da afirmação é etimológico, a certeza vem de certo, logo a dúvida está errada.
A dúvida é uma incoerência da lógica inerentemente ao homem, um vago que não serve nem para estacionar. A ambiguidade é uma via que não se sabe onde chegar a não ser no inconcluso. Não posso ter certeza na dúvida, se contradiz. Havendo dúvida, duvido até da incerteza, mas da certeza estou certo.
As dúvidas são caminhos mais curtos para a insegurança e medo, na contramão da fé. Depressão é duvidar, felicidade é certeza. A depressão pergunta-se por que viver, a felicidade tem certeza. Mesmo a infelicidade há alguma certeza, mas a depressão é a dúvida como atuação. Pois em terra de incertezas habita do achismo.
Índios fazem a dança da chuva, mas alguns dança em volta da verdade para nunca toca-la, porque, o indefinível não é nada e pode ser interpretado como tudo. Porque tudo tem porque, mesmo ante o por que.
Maldito aquele que não busca respostas, mas incertezas. Sua vida é vã. Os que matam por dúvidas a condenação é certeza. Não é possível ter razão com certeza se há dúvida da razão.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Os sentimentos e o tempo

Crimes violentos afetam mais do que tudo o plano temporal porque as energias negativas de sentimentos maus de um lado e da angústia, medo, aflição de outro ecoam a influenciar padrões caóticos tanto a frente do tempo através de ecos de morte, por exemplo, quanto atrás no tempo por precursores da vítima, do criminoso ou de terceiros com sensibilidade aguçada, sensitivos. Todo crime violento tem precursores emocionais e estes afetam mais do que o ato em si porque é justamente a emoção que leva ao crime, cria como uma onda que se alastra pelo tempo, em múltiplas direções, e mesmo que não consumado ele acontece numa variável em algum grau e intensidade.

As vezes ecos de mundos paralelos podem ser sentidos e o próprio medo da possibilidade de ocorrer é um desses ecos. O medo não é apenas uma resposta emocional ante o risco, perigo ou dúvida, mas um eco de variáveis futuro do que ocorrerá ante uma atitude não tomada, isso soa como parcela sensorial na humanidade.

A violência marca profundamente pela emoção que cria, tanto ou mais que o amor pois pode ser mais intensa e por isso chamada de paixão. Crimes movido pelo desejo ou passionalidade são exemplos comuns e mesmo a um cético é possível sentir o clima pesado das relações de tais crimes que empreguiçam um local ou mesmo individuo.

Porém, o amor é diferente, tem um envolvimento de reciprocidade quando retribuído que atribuí-se não variáveis, mas destino, algo puro quando equilibrado e que favorece igual sensibilidade sensitiva e é justamente pela empatia do amor que um sensitivo percebe tais energias.

Por isso procuro fugir de ambientes e pessoas impregnadas de ódio, discriminação, ganância, raiva e hipocrisia pois isso está relacionado diretamente com energias negativas desse plano o qual sempre orbitam crimes violentos ou movidos por estes desejos.

Os sentidos emocionais tem relação com a direcionalidade do tempo, seu próprio sentido. Ainda que tal prerrogativa seja puramente especulativa e espiritualista isso explica inúmeros eventos paranormais e que as leituras de supostos videntes, quando certas, são leituras emocionais, empáticas, por um conhecimento adquirido não sensorialmente, mas emocionalmente, conhecimento sentimental que é por si só inteiramente especulativo, quer seja confirmado ou não.

São tais sentimentos com sua influência que formam o ethos coletivo de determinada população em sua moralidade comum, pois a moralidade em sua relação de imparcialidade ainda que aparentemente racional está relacionada diretamente com sentimentos de empatia.

Os sentimentos por ser imateriais são temporais e por isso nutrem relação com o caos mas de modo não linear, mas de sincronicidade conforme Jung suponha numa relação não aparente similarmente ao entrelaçamento quântico. O dia em que conseguir ter a relação entre tais eventos síncronos haverá a resposta para fenômenos paranormais, pois a resposta para todos eles estão no tempo e caos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Trecho de 'Cidadão Anarquista'

O ensaio originalmente chamado de 'Sistemas Anarquícos' a medida que se desenvolve teve seu nome alterado para 'Cidadão Anarquista' e poderá se tornar um livro de autoria de Gerson Machado de Avillez como uma crítica ao poder e hierarquia que sempre levam a imoralidade e anti-ética. O Trecho a seguir é do segundo tópico seguindo a crítica de como o poder centrado numa figura ou grupo será incapaz de harmonizar todo sistema o estabilizando por longo periodo.


O Acumulo de poder é a maior meta-tragédia da humanidade, tanto que apenas boçais são os que mais acumulam poder ordenadamente apenas a própria vontade arbitrária. Os que mais tem poder são os que menos são aptos a ele, não se conhece na história nenhum tirano bondoso ou imparcial, pois autocratas tem por lei a própria vontade, mas a lei da verdadeira anarquia é o bom senso solidário. Mas a proposta de 'Ars Ad Speculum' é contrária a da lei da atração, diz que quem deseja muito nunca sai como quer. Pois o pensamento nunca é igual a realidade, pois ele postula uma realidade própria.
O fascismo, autoritarismo, totalitarismo assim não nivelam, "harmonizam" pela força, por baixo. Harmonia no sentido nato da palavra é equilíbrio livre e espontâneo. Assim, independe de tão sofisticado seja o regime ou ideologia, pois não produzindo frutos melhores do que se crítica é inútil. Tais coisas contraditoriamente sempre levam a casos de anarquia espontânea e negativa por isso, por causa dos heróis de causa própria, idiotas dominantes. Ordem através do medo é tão volátil, vil e perigoso quanto anarquia através do medo.
O Poder centrado numa só figura ou grupo sempre estará fadado a incapacidade de harmonizar e estabilizar o sistema e o todo por longo período pois nunca será uniforme na dispersão de seu poder, seria emblematicamente impossível a nível quântico, é a balança em desequilíbrio. Porque esse poder em desequilíbrio sempre será corrupto.
O herói dos abastados é o abismo, o defensor do inócuo queima mendigos de um lado e enriquece ricos doutro, forte apenas sobre o fraco, grande apenas ante o pequeno. Se a autoridade não resolve o crime, impunidade, injustiça e corrupção não só é incompetente como irrelevante, para os que defendem tal autoridade a vida é pergunta e a morte resposta. Ora, autoridade que favorece discriminação alimenta não só abismos, mas crimes. Uma doença não pode ser a cura, como se observa. A anarcoguerrilha somente é conveniente nestes casos, pois passando disso é anarcoviolência.
O domínio da batalha simbólica confunde-se com a ideológica pois ela tenta, por meio de precedentes criar marcos a um novo tipo de comportamento ou ideias neles inseridas, podendo assim ser comum como meio a guerra ideológica, mas normalmente tal prática é subversiva, mas seria um modelo de harmonização ou de metas, fomentando alterações no ethos coletivo. Preza a lenda que Stalin seria hábil na guerrilha simbólica.
Um exemplo que ocorreu com o autor que serve para ilustrar isso, fora o roubo de brindes que haviam sido encomendados pelos correios. O objeto em questão tem valor mínimo, mas o crime era federal. Ou seja, se o crime é repudiado pelo valor das mercadorias abre-se um precedente a crimes federais e talvez posteriormente correspondências de maior valor possam ser roubadas.
Ao traduzir a ideia de que fora um roubo 'insignificante' discute-se em seguida num quase overton ou etapas da mudança de comportamento que seria aceitável tal delito ainda que com restrições aos roubos mais severos, e por conseguinte a oposição gradualmente cede quando o ato gradualmente se torna 'normal' ou 'natural'. A guerra simbólica assim atua lado a lado com o overton onde as ideias que ganha espaço são inseridas homeopaticamente como cozinhar uma rã gradualmente em banho Maria. A diferença do começo ao resultado final é alarmantemente mais grave e assustadora, onde por fim o absurdo poderia ser colocado como: 'não há mal em torturar e matar o autor para roubar-lhe seus livros, pois justifica-se como um bem comum ao grupo'.
Os precursores são perigosos, quando surgem e a medida que se tornam cotidianos, a abordagem, por mais invasivo e agressivo que seja tende a ser uma aceitação por sobrevivência, afinal todos os judeus não concordavam em viver num campo de concentração nazistas, mas eles passaram por procedimento similar e gradual que os levaram aquilo até ao holocausto, a dita solução final pois eles se tornaram um 'peso indesejável'.
Naturalmente, como se observa, isso pode levar a uma inversão completa dos valores e morais, porém, podem haver aplicações igualmente inversas da guerra simbólica ao simplesmente a expô-la podendo anular seus resultados. Afinal a briga não é por brindes, mas por abrir precedentes a crimes mais graves, afinal para que estes simplesmente se interessariam roubar meramente brindes? Isso provaria, porém, que a guerra simbólica é uma faca de dois gumes ao hábil especulador.
Por isso a fim de harmonizar um sistema de modo a atingir o equilíbrio é desejável, pois uma sociedade sem conflitos não há vencedores, nem perdedores. Porque onde há vencedores, há perdedores havendo assim desigualdade. Para isso o fator educacional deve ser uniforme e medidas disciplinares e educativas devem ser tomadas como penalizantes, os educadores são os mestres da orientação e conduta, o mais perto de uma autoridade que há nesse sistema anárquico. Inconstâncias são repelidas pois é própria de sistemas instáveis. Os inconstantes não gostam de definições para se contradizerem a todo instante, sendo assim impossível de se atingir um grau de pureza desejável. Puro é o que não apresenta distorções ou adulteração, é definível, assim a ideologia de distorções e adulteração não somente é indefinível como a própria impureza.
Assim um estado anárquico de sistema caótico seria formado não somente por educadores e mestres, mas sugestionadores e especuladores. O Caminho do especulador é enxergar o fluxo do futuro, se tornar visionário a conceber onde darão as estradas e tendências, deduzir a conclusão, intuir o melhor caminho a ser tomado no fluxo de tempo, um oraculo da sina do caos e do tempo. Enquanto o educador analisa os fluxos do passado, o especular é um sábio das coisas que ainda não aconteceram, um profeta de mundos paralelos.
Sugestionadores podem ser tanto educadores quanto especuladores, mas também adeptos da ideologia vigente, preza-se o pedir, não o mandar, em alguns casos a liderança, não a chefia. O Sugestionador é um avatar do bom senso.
Por fim encontramos o copiador. O copiador é intelectualmente passivo, só reproduz como receptor, normalmente acrítico, do que se propõe, não sendo criativo perpetua as ideias devendo ser conveniente a humildade, pois o acrítico não é permissivo a retórica moral. Mas estes pode se tornar algo mais quanto críticos, sugestionadores e os melhores adeptos podendo gradualmente integrar o próprio corpo de formadores de opinião precisos numa anarquia coerente e praticável.


Cidadão Anarquista - Políticas e Filosofia do Anarquismo de Gravata de Gerson Machado de Avillez para ver a versão atualizada do original inacabado clique aqui.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Certeza na dúvida ou dúvida na certeza?

A felicidade está na dúvida ou na certeza? Quantas dúvidas se podem carregar?
Alguém diz que quem tem certeza está completamente errado, então temos que duvidar da afirmação dele ou ter certeza? O absurdo da afirmação é etimológico, a certeza vem de certo, logo a dúvida está errada.
A dúvida é uma incoerência da lógica inerentemente ao homem, um vago que não serve nem para estacionar. A ambiguidade é uma via que não se sabe onde chegar a não ser no inconcluso. Não posso ter certeza na dúvida, se contradiz. Havendo dúvida, duvido até da incerteza, mas da certeza estou certo.
As dúvidas são caminhos mais curtos para a insegurança e medo, na contramão da fé. Depressão é duvidar, felicidade é certeza. A depressão pergunta-se por que viver, a felicidade tem certeza. Mesmo a infelicidade há alguma certeza, mas a depressão é a dúvida como atuação. Pois em terra de incertezas habita do achismo.
Índios fazem a dança da chuva, mas alguns dança em volta da verdade para nunca toca-la, porque, o indefinível não é nada e pode ser interpretado como tudo. Porque tudo tem porque, mesmo ante o por que.
Maldito aquele que não busca respostas, mas incertezas. Sua vida é vã. Os que matam por dúvidas a condenação é certeza.

Gerson Machado de Avillez

sábado, 8 de novembro de 2014

Guerra Simbólica

O domínio da batalha simbólica confunde-se com a ideológica pois ela tenta, por meio de precedentes, criar marcos a um novo tipo de comportamento ou ideias neles inseridas, podendo assim ser comum como meio a guerra ideológica, mas normalmente tal prática é subversiva. Preza a lenda que Stalin seria hábil na guerrilha simbólica.
Um exemplo que ocorreu com o autor que serve para ilustrar isso, fora o roubo de brindes que haviam sido encomendados pelo correios. O objeto em questão tem valor mínimo, mas o crime era federal. Ou seja, se o crime é repudiado pelo valor das mercadorias abre-se um precedente a crimes federais e talvez posteriormente correspondências de maior valor possam ser roubadas.

Mas porque discutir por brindes, algo tão banal?
Ao traduzir a ideia de que fora um roubo 'insignificante' discute-se em seguida num quase overton ou etapas da mudança de comportamento que seria aceitável tal delito ainda que com restrições aos roubos mais severos, e por conseguinte a oposição gradualmente cede quando o ato gradualmente se torna 'normal' ou 'natural'. A guerra simbólica assim atua lado a lado com o overton onde as ideias que ganham espaço são inseridas homeopaticamente como cozinhar uma rã gradualmente em banho maria. A diferença do começo ao resultado final são alarmantemente mais graves e assustadoras, onde por fim o absurdo poderia ser colocado como: 'não há mal em torturar e matar o autor para roubar-lhe seus livros que recebe via correio, pois justifica-se como um bem comum ao grupo'.
Os precursores são perigoso, quando surgem e a medida que se tornam cotidianos, a abordagem, por mais invasivo e agressivo que seja tende a ser uma aceitação por sobrevivência, afinal todos os judeus não concordavam em viver num campo de concentração nazistas, mas eles passaram por procedimento similar e gradual que os levaram aquilo até ao holocausto, a dita solução final, porque eles se tornaram um 'peso indesejável'.
Naturalmente, como se observa, isso pode levar a uma inversão completa dos valores e morais, porém, podem haver aplicações igualmente inversas da guerra simbólica ao simplesmente a expor-la, podendo anular seus resultados e efeitos. Afinal a briga não é por brindes, mas por abrir precedentes a crimes mais graves, afinal para que estes simplesmente se interessariam roubar meramente brindes? Isso provaria, porém, que a guerra simbólica é uma faca de dois gumes ao hábil especulador.

Extraído de 'Sistemas Anarquistas' de Gerson Machado de Avillez

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Anarquia: O Problema crítico do poder e suas classificações

A centralidade do poder num grupo ou indivíduo favorece a não aplicação imparcial das leis onde os poderosos privilegiam-se da impunidade, algo que é comprovado hoje em dia praticamente sem exceções, pois o poder, tem se provado, ter a capacidade inigualável de corromper numa quase autocracia. A corrupção considera-se outro problema central nas esferas de poder mais precisamente, problema que nunca fora completamente resolvido ao longo do curso da história humana.
Mais pensadores antigos nutrem ideias semelhantes relegando a ideia de que não existem governantes incorruptíveis mas que são corruptos a medida do poder que detém a exemplo de Diógenes de Sínope, os cínicos e Zenão de Cítio, o fundador do estoicismo.
A conceptualização moderna teria tido seus preceitos formulados por Jean-Jacques Rousseau ainda aproximado de ideias iluministas mas somente levando a auto-intitulação pelo filósofo e político francês Pierre-Joseph Proudhon a quem coube o título de fundador do anarquismo moderno.
Assim em tempos modernos tentou-se aplicar o anarquismo em vários momentos históricos levando-os a papéis importantes em conflitos, normalmente através da revolução. Ainda que nunca tenha conseguido êxito ele emergiu na revolução ucraniana, espanhola e russa o qual Nestor Makhno tentou implanta-lo.
Não sendo qualquer forma de religião ou doutrina o anarquismo respeita seus mestres sem reverencia-los de modo que ignora qualquer tipo de guru do movimento e apesar de alguns terem vínculos com o marxismo preza por um socialismo libertário, não autoritário como vem sendo praticado no mundo.
Não podemos falar de anarquia sem mencionar e discutir o poder, ponto crítico da humanidade e a raiz de todos problemas assim como sua possível resolução, o poder de forma centrada num grupo ou indivíduo sempre leva a hierarquia que o anarquismo combate. O poder humano divide-se em quatro tipos: o político, o de força, o capital e o de conhecimento. A interação entre eles numa sociedade é comum de modo que um poder de força sem política ou conhecimento é ignorante e bruto (comum a de ditaduras, por exemplo) de modo que possam se completar. Mesmo a religião demonstra-se como um tipo de poder político, pois ensina normas de conduta e comportamento em sociedade mas que centrado em hierarquias podem levar a elementos fanáticos. Assim a anarquia não seria ausência de poder, mas sua diluição homogênea em liberdades de modo que mesmo o poder do conhecimento - assim como supôs o manifesto hacker - está presente, mas não pela imposição como o poder da força, mas pela influência, pois fluí como numa onda caótica.

Poder Político: Pode ser descrito como poder social-coletivo e estabelecem normas de convívio podendo assim também ser descrito na religião, regime governamental e etc. Por isso eles frequentemente flertam e se influem mutuamente.

Poder de força: O poder de força isolado é violência, imposto, todavia a exemplo de uma democracia deve ser subordinado a um poder político como de repreensão a crimes e a violência, por exemplo. Porém, quanto menos político mais sem proporção apresenta-se a exemplo das ditaduras onde determinadas coisas são impostas sob coação de força. O poder mais hierárquico assim como primitivo.

Poder de conhecimento: O poder mais presente e onipresente, ele normalmente não é imposto, mas influenciatório, pode apresentar-se numa hierarquia mas sendo dialógico. Um dos poderes mais importantes pois altera a percepção, compreensão e consequente comportamento.

Poder capital: O poder financeiro que ao lado do político pode ter maior capacidade de abismos. Ainda que seja normalmente por influência ele demonstra-se como facilmente corruptor.

Para lerem o ensaio de Gerson Machado de Avillez completo clique aqui.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Origem da Eternidade (projeto de 2015/2016)

Abaixo a sinopse e alguns detalhes da trama do livro 'A Origem da Eternidade' que prova de que minhas ideias não são para alguns por realmente resolver problemas - ao menos se propor a tentar -, como a dos 10 pontos da Origem da Eternidade. Lembrando que trata-se de uma obra especulativa de ficção científica a postular o que alguns de fato podem procurar.

A história da humanidade narrada de um futuro longínquo por um ser humanoide assexuado semelhante a um deus, onde o ser humano em suas historias de guerras, injustiça, doenças, misérias e violência é questionada em sua existência na Terra. Épico intemporal nos moldes de 'Sombra nos tempos' onde várias histórias ao longo dos tempos e de diversas civilizações são narradas e questionadas por este ser aparentemente sumério.
O contato com esse ser de evolução limite mostra ao grupo de exploradores que tudo que alguns acreditavam em seu domínio terrestre não estava certo, e com uma revelação surpreendente entenderão porque a humanidade ainda vive numa mera pré-história do multiverso extraterrestre e que ainda tem muito o que evoluir principalmente moralmente para abandonar sua adolescência. O dialogo segue com os humanos onde o extraterreno (ou ultraterreno) mostra um extenso relatório sobre a precariedade da espécie humana e sua frágil sociedade e civilização de modo que passa por inúmeras histórias ao longo de sua existência, da Suméria ao futuro o qual pertencem.
Um grupo assexual que crê na evolução não sexuada do ser humano e que realiza pesquisas no campo da imortalidade, cria os pontos da chamada 'Origem da eternidade'. O grupo na realidade tornou-se a própria variações das mais improváveis, algo que aspirava a tornar homens em anjos.

Pontos da Origem da Eternidade:
1 - Atingir não apenas a singularidade tecnológica e da informática, astronômica e intelectual. Explorar novos níveis de consciência e estados mentais humanos, ampliar a capacidade intelectual em detrimento ao físico. O infinito será o último passo de compreensão humana.

2 - A morte é a maior das doenças do qual o objetivo de curar moléstias é impedir a morte. Sua erradicação conduzirá a evolução final do homem a um ser celestial pela vida eterna. Mas o preço da imortalidade será o fim da reprodução, pois um povo que não morre não necessita se perpetuar em seus genes a herdeiros. Uma população estável e imortal é a que não há nem mortes ou nascimentos.

3 - A erradicação do sentimento do ódio, inveja, e ganância será a motriz para uma população altamente evoluída ao contrário da imaturidade imoral que leva as maiores aberrações e injustiças de um expurgo dominante pelos abismos assim como dos crimes de ódio e discriminação.

4 - O fim das classes sociais pois todo trabalho braçal passará a ser robotizado por seres auto-replicantes e aparentemente conscientes. Seres capazes de igualmente evoluir e realizar upgrades em si próprios.

5 - Extinção de toda e qualquer moeda de troca e valorização do conhecimento e informação como única riqueza e patrimônio humano cumulativo.

6 - As variáveis disto serão analisadas pelo cripto.oraculo que pesquisará nas linhas do multiverso as 'variáveis de falha'. O Cripto.oraculo será o maior engenho computacional do mundo e utilizará a linha de computação quântica de simulações, variáveis de dinâmica de ondas e pesquisas fluídicas do tempo. O programa será capaz de prever o comportamento humano e as variáveis do livre-arbítrio a fomentar melhores planos de controle populacional.

7 - Variáveis de erros será a liderança do cripto.oraculo em prol das eminentes inteligências artificiais em operação no mundo.

8 - As únicas fronteiras deverão ser o tempo e os limites entre individualidade e coletivo.

9 - A extinção completa e total de todo centro de poder desordenado sobre liberdades individuais, não haverá representação ou lideranças eleitas, o poder deverá ser diluído. Todo tipo de acumulo, tirando o intelectual deverá ser abolido, principalmente os relacionados ao poder. A última fase será a extinção dos governos e toda autoridade onde apenas o cripto.oraculo deverá ser o guia senciente e previsor da humanidade.

10 - Será estabelecido o culto epistêmico a memória de todos os tempos e culturas com objetivo de responder todas as perguntas jamais respondidas da humanidade.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Evolução e Formação do Ethos pela Educação e suas deficiências no Brasil

"Não há nada permanente, exceto a mudança."
Heráclito, fragmento (século VI a.C.)

O Mito da Caverna escrito por Platão serviu para demonstrar não somente um protesto sobre a morte de seu mentor Sócrates, mas uma crítica a ignorância dos que isso fizeram. Os paralelos tornaram-se amplos e inúmeros especificamente sobre a realidade, afinal a ilusão tem-se como uma forma de ignorância.
A educação tem um papel de supra importância nisso pois compõe, desde sua etimologia, a orientação para que este vá pra fora da caverna onde suas interpretações são baseadas apenas em sombras. Educere, significa literalmente, conduzir pra fora.
Assim como o empirismo e ignorância atem-se como sombras de uma verdade nessa caverna, enquanto o julgamento superficial não atém-se seus valores intrínseco como composto numa metafísica. O saber é parcial, nunca é atingido o saber reto.
A caverna enclausura, detém o desenvolvimento, a exemplo de peixes criados em espaços curtos não crescem, o mesmo se aplica a ignorância ao não permitir desenvolver a consciência e a compreensão. Tais aspectos levam a um retrocesso sendo reprodutores da ignorância e sensos comuns – tal como consequentes preconceitos -, assim como os que tiram motivações a exemplo de condições insalubres, bulling, injustiças e discriminação a menos que se utilize a revolta disso como motivação.
Tais são características que denotam que determinadas realidades são a própria caverna. Isso cria elementos desajustados, estes assim viram discrepantes das massas podendo se tornar molas propulsoras ou desalinhando seu comportamento ao crime ainda que não por prazer, mas revolta mau canalizada. Assim mesmo estes aprendem algo, um aprendizado necessário para sobreviver nesta realidade hostil e de abiose social.
A sobrevivência, e não vivência, pode igualmente ensinar, mas em termos de instintos pois o instinto relaciona-se diretamente a sobrevivência. Aflora-se o inato que leva a um aprendizado involuntário, de hábitos e de comportamentos instintivos, podendo criar indivíduos igualmente hostis, agressivos e violentos que perpetuem essa realidade de abiose social. Para Vygotsky desenvolvimento e aprendizado são sócios inseparáveis quando imerso no contexto cultura.
Só muda quem aprende, mesmo a evolução é um aprendizado a nível biológico onde a mudança procura melhoramentos ao habitat pela aptidão. O aprendizado assim é inerente a absorção de informação e desenvolvimento de habilidades e na humanidade está presente de diversas formas e em vários setores, nos filmes, na propaganda e a cultura em geral. Aprender, na verdade é evoluir a uma consciência mais ampla de habilidades e compreensão enquanto a ignorância é involuir. A ignorância também pode ser ensinada e aprendida assim como a violência e maus costumes. E ela, nessa realidade não ensina a não ser pelo trauma.
Assim percebemos que não é o ambiente que influí no individuo, mas a realidade. Enquanto o termo político traz a conotação de subjetivo zelo por uma realidade (polikós) e má realidade surge pela alienação na ignorância, idiotes, de onde vem o termo idiota. O lema da alienação é: Melhor que enganar é fazer com que se enganem e o senso comum cristalizado pela que cultura alimenta isso.
Só se aprende para a algo levar, algo melhor. A aprendizagem do indivíduo precede o detalhe, a do coletivo a realidade complexa e este por veículos próprios, de comunicação. Ou seja, o ato de educar, ensinar, pode ser literalmente transformador ao transcender a realidade comum a compondo.
Mas para se compreender o desenvolvimento humano é preciso compreender o que é ser humano. Assim como o ser humano é essencialmente um ser de morais, de certo o ser humano se diferencia dos demais animais por sua capacidade de aprender mais e consequentemente ter melhor desenvolvimento a ponto de estabelecer uma sociedade onde a troca é a lei, simbiose. Para isso ser sociável é essencial.
Assim não considero humano pleno o que não possuí consciência, isto é, habilidades afetivas e empáticas mínimas, pois o ser humano é o único ser capaz de estabelecer relacionamentos acima do instintivo (vide, selvagem) inerente aos animais. Os hábitos sociais assim se estabelecem como vinculo comportamental inerente a humanidade que a exemplo dos psicopatas não emergem ou apenas se simulam.
Só o instinto é inato, enquanto ser sociável requer articulações e certo esforço psicológico, o instinto é físico pois relaciona-se mais ao corpo do que com a própria mente ainda que seja guiado por combustores mentais inconscientes de perpetuação e autoproteção. Estudos, por exemplo, revelaram que a crença em Deus é inata, isso creio ocorrer por ser uma resposta instintiva aos medos primordiais ante a busca de ater-se a algo que acalente os anseios. Esse é um elo do inato ou instintivo a consciência do qual desenvolve-se os aprendizados subsequentes de modo moral pelas relações dos demais seres afetivamente, de modo empático. Elemento que torna possível a sociedade.
A moralidade igualmente é educação, um exemplo é a gratidão a quem produz algo bom, uma educação moral de modo que o termo mal educado exprime a ideia de um mau comportamento e costumes não aprendidos.
Nesse estágio, creio, a crença em Deus torna-se importante ao desenvolvimento de valores morais que dão consistência a humanidade como todo, enquanto na caverna segue caminho oposto, a uma ‘antisociedade’. Mesmo eu sou vítima desse tipo de aberração.
Ainda que haja equivalentes de aprendizado a certo desenvolvimento, que acompanha as diversas idades do crescimento, para compreender melhor como ambos caminham juntos é preciso separar o desenvolvimento biológico/neural do mental. Creio que o desenvolvimento cerebral precede o mental pela maturação ao lado do inato dando partida ao desenvolvimento subsequente, o mental pelo aprendizado. Creio que o aprendizado é um tipo de desenvolvimento pois quando associado a emoções (vide, motivação) desenvolve a consciência.
A etapa da primeira infância é uma constante absorção de informação do mundo a fora por vias sensoriais e emocionais.
Assim vem a imitação que é assimilação, o lado mais primitivo do aprendizado e por isso mais presente na infância e exemplificado pelo exercício. Isso porque a criação vem do conhecimento prévio e anterior – pontos de ancoragem - pois transforma o conhecimento adquirido em ferramentas de criação não sendo posteriormente mero "dono" colecionador de conhecimentos, mas autor do próprio conhecimento adaptado de conhecimentos anteriores transformados. Isso justifica ditados como: 'quem cola não saí da escola'.
O estágio infantil é mimético, que vem do grego mimesis, e defendido por Aristóteles como preciso para se completar o mundo físico das pessoas o que cede posteriormente a criação complexa ao reunir talento e imaginação, o supra sumo das artes. Ao ver de Platão a arte era apenas como imitador do mundo físico enquanto Aristóteles afirmava ser assim uma adaptação. Para Horácio e Longino a mimética era mais importante do que ser original ao copiar as pessoas alheias, não o mundo físico, com o fim de agradar e entreter. Apesar de propor-se que a vida imita a arte, para Plotino era o contrário tal como com Platão como forma de procurar o caminho de volta a sua origem natural.
Talvez na bíblia isso seja discordado, uma vez que Jesus diz para ser seus imitadores com a intensão de tornar não a origem natural, mas divina, da criação. Sendo como for as facetas da imitação tem o claro sinal de aprendizado uma vez compreendendo que mesmo o entretenimento transmite ideias que ensinam.

Trecho do TCC de Pedagogia de Gerson Machado de Avillez

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sistemas Anárquicos

Anarquismo s.m. Doutrina política que rejeita toda autoridade, em especial a do Estado, e preconiza a liberdade absoluta e a cooperação voluntária.

Ditador s.m. 1. Chefe de Estado que governa arbitrariamente e sem controle democrático; autocrata. 2. indivíduo autoritário.

Sistemas anárquicos; problemas das hierarquias; lei e comportamento; caos harmônico;

Creio não expressar a opinião geral dos que creem no anarquismo, todavia as implicações filosóficas e antropológicas acerca do tema creio ser relevantes às questões e dúvidas acerca disto. O problema crítico do anarquismo, assim como da humanidade, é comportamental análogo ao conflito hierárquico, justamente o ponto central que a anarquia combate. O texto do autor a seguir expressa após um longo exercício de reflexão e pesquisa, inclusive análogas a filosofia e física, um sistema de crenças que aspiram a uma cosmovisão por um corpo de conhecimento original.
A fim de compreender a anarquia temos que ter uma compreensão do sistema de desordenação da matéria, a entropia assim como consequentemente da teoria do caos. Ainda que possam haver fluxos e padrões o caos não segue hierarquias ou é espacial. Dela deriva-se mais informação do que energia ainda que possa se dar por exponenciação.

A lei são normas comportamentais, mas quem comporta-se não precisa de leis, por isso um sistema anárquico deve ser plenamente de consciência coletiva e individual onde a única lei é o bom senso, justamente a consciência ao compreender que um não pode estar acima do outro em suas liberdades, pois anarquia é ausência de hierarquia.
A Anarquia não significa inexistência de um sistema, pelo contrário, representa sua diluição completa, pois é o único sistema não hierárquico pleno. Sistemas sempre estão presentes, na natureza, física à biológica e o mesmo segue a fatores antropológicos. Mas quando hierárquico contradiz a própria essência anárquica, na prática explicando porque que muitas vezes falha pateticamente ao ser aplicado como exercício, um sobre o outro em suas liberdades. A anarquia é um compromisso não somente com a própria liberdade, mas a alheia.
Os problemas das hierarquias tornam-se quando acentuam-se abismos, ora o problema não está encima ou embaixo, mas justamente nos abismos que os criam. As discriminações, por exemplo, representam a acentuação das diferenças sem justificativas coerentes, o discriminado é rejeitado, não tem oportunidade, porque é julgado como inferior seja na cor, sexo, raça, orientação sexual, altura, crença ou etnia. Não existe discriminação que não tenha pretensa hierárquica. A discriminação é um recurso barato e imoral de hierarquização afim de submeter a quem é indesejado, e argumentos fracos ou falaciosos tendem ser compensados por força bruta.
A escravidão torna-se um exemplo de como a discriminação é hierárquica, o feudo ao animal selvagem territorial e o sexismo e machismo a igual estado análogo ao selvagem macho alfa. Mas estes não compreendem que ao abandonarmos as savanas desenvolvemos algo chamado socialização e cooperação, habitamos cidades, não selvas onde somente há conceitos retrógrados e antiquados de predadores e presas. Hoje são chamados de psicopatas, predadores sociais que tornam a sociedade insociável, estes tornam impossível a democracia plena quanto mais uma anarquia benevolente e altruísta.
Enquanto houver avidez pelo poder hierárquico, haverá discriminação, perseguidos, injustiçados e abismos. A discriminação, obstáculo a igualdade, superficial e vulgar não permite oportunidades iguais, pois a oportunidade torna o poder, poder almejado por indivíduos gananciosos, o ganhar a todo custo vem disto.
Ao honesto é mais importante estar certo do que vencer, pois sua vitória não está sobre o alheio, mas sobre si próprio, um valor que deve ser onipresente na anarquia. Quando necessita-se de inimigos a combater é porque se quer se soube conviver, àquele que briga por pequenas coisas é porque é grande a mesquinhez. A raiz do ódio, que demonstra-se na discriminação, não se pode agradar pois o ódio só se satisfaz na miséria e destruição de sua presa. O resultando anárquico pleno é vencer a própria condição humana de antagonismo e abismos, um ideal, não uma realidade.
Porém, observemos o caos como explicação adequada. Nele o tamanho não importa, ou seja, uma suposta posição hierárquica que a exemplo do efeito borboleta e sistemas complexos diz-se que mesmo uma borboleta pode provocar um furacão noutro lado do mundo. Um ser de posição aparentemente insignificante tem potencial anárquico que pode ser volátil. No caos não existe hierarquia de interações, não ordenança, mas influência.
A anarquia verdadeira assim é um sistema complexo de caos, uma rede que deve trabalhar harmonicamente pois subentende-se que a harmonia não é ausência de caos, mas sua presença equilibrada como fato entrópico. A anarquia sempre vai falhar quando o indivíduo sobrepor ao outro em seu poder ou liberdade, criando desequilibro e rompendo com os próprios princípios ao se sobrepor. A anarquia deixa de sê-la a tornar-se algo sem equilíbrio.
Melhor esquerda ou direita do que em cima ou embaixo, pois o poder ao manifestar-se hierarquicamente normalmente é perigoso, todos exemplos de conflitos, sem exceção, ocorreram em algum momento por má gestão hierárquica ou desejo por ela.
Todos conflitos da história humana foram na verdade conflitos de poder em sua hierarquização sendo na centralização dele ou na luta pelo domínio que fomentou a luta de classes de Karl Marx. Na luta de classes de Marx ele estava apenas circundando um problema pelo eterno paradigma da sucessão de hierarquia. Não se pode ir a frente quando se dá voltas em círculos.
Nestes casos a anarquia pode apresentar-se apenas como meio, um ponto, normalmente sem equilíbrio que leva a transitoriedade do poder. Mesmo isso pode ser demonstrado no capitalismo que fora uma criação feita para derrubar o sistema de governo monárquico a exemplo de revoluções. O domínio de capital leva a dominação de poder assim como a maioria dos sistemas totalitários ou autoritários.
O sistema democrático é o mais coerente hoje em voga nesse sentido, mas somente sofre crise de representatividade o que precisa ser representado. Ora, o melhor governo que existe é o que não precisa estar presente.
A verdadeira democracia é uma anarquia amena pela representação, mas quando o representante serve ao povo, não o contrário. Isso porque em teoria o poder deve estar centralizado no povo, não no governante, na constituição, não no indivíduo que deve zelar por ela. O preço da democracia é a oposição, da anarquia a harmonização, anarquia plena é um sistema com ausência de conflito e adversidades, pois o bom senso e o consenso é o melhor dos governos.
Os sistemas anárquicos assim dispersam o poder através da harmonização do consenso e bom senso e da conscientização. Somos parte integrante do sistema que criamos, mas uma anarquia somente dará certo sendo responsável individual e coletivamente.
Sobre casos de calamidade uma anarquia sempre deve estar abastecida de indivíduos de guarda, formadores de opiniões e intelectuais modelos prontos para tornar a harmonia o sistema anárquico, eles formariam um comitê permanente de membros alternadamente rotativo de opiniões e conselhos. Estes se permitiriam pedir e sugerir, tornando apenas necessário a ordenança em caso de calamidade onde um estado provisório se instalaria. A influência é melhor que a ordenança, o povo responde melhor a sugestão do que a obrigação. Isso porque o mais perto de hierarquia seria o conhecimento, indivíduos que possuam mais conhecimento devem ser mais ouvidos, no caos o que mais influí é a informação, não a energia ou a massa da matéria.
O papel desse governo provisório é transitório a um estado anárquico harmonioso, sempre que há problemas sociais esse manifesta-se até resolve-lo, isso seria uma anarquia organizada. A associação da anarquia as calamidades sempre levarão a seu oposto antagônico, a calamidade exige guias e líderes, pois a orientação se torna imprescritível quando há pânico.
Assim a anarquia vem sendo utilizada como antítese ao Estado, quando não é. É, na verdade, a síntese da harmonia igualitária entre indivíduos ante o coletivo, o povo é o estado. A anarquia é apenas antagônica diametral a ditadura e autoritarismo.
O totalitarismo aspira a unanimidade, assim torna-se arrogante, irresponsável e circundante. Os que se dizem impecáveis e inquestionáveis são os que mais se deve desconfiar, pois todos ditadores aspiram a essa pretensão. Os mais ávidos pelo poder são os que mais precisam é ser governados, poder e ganância são compatíveis apenas com regimes totalitários e autoritários, porém, seus resultados sempre são catastróficos.
O conceito de utopia dos tiranos seria um delírio unilateral de parasitismo onde os inferiores devem ter função dobrada para os que não tem função pra nada, uma ineptocracia autoritária. O modelo não é bom, nunca foi praticável, pois somente funciona para os que dele se privilegiam, poucos. Isso prova apenas que os abastados precisam dos pobres, não o contrário.
O impacto do sistema anárquico é uma representação antropológica do caos, não territorial/espacial como nas disputas de animais selvagens que se reproduzem aos homens pela disputa de poder e fronteiras ou luta de feudos, mas social inerente ao estado avançado de civilização madura, temporal pelo ícone da informação, a única verdadeira hierarquia o qual não precisa submeter a não ser pela retórica, pois o caos não nutre respeito hierarquia e pela dimensão espacial, mas a temporal. A melhor compreensão de suas premissas são expressas no livro 'Ars Ad Speculum' do qual igualmente sou autor.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fluxo de Sentido e as ondas e informações

A complexidade emerge do micro - ou nano - ao macro num sistema de relações que transitam uma quantidade enorme de informações de modo que não seriam processáveis nem pelo mais potente dos supercomputadores. E justamente de tal relação caótica que a relação da ondularidade o qual se expressa que é definida na dinâmica de fluídos. A aleatória dos átomos é imprevisível até se tomar um fluxo definido como o equilíbrio no caos, mesmo não sendo água a dinâmica de fluídos assim como função de onda tem aspectos comuns a física quântica por isso pois o caos e o fluxo comporta-se como fluído. Tudo são ondas e informação, e como percebemos o tempo tem íntima relação com esses eventos que dele testifica, afinal o que é o fluído?
Mesmo os átomos formam um sistema de ondularidade como se a nível micro e nano tudo fosse na realidade fluídos somente consistentes pelo fluxo que nele dar-se-á equilíbrio a nível macro, afinal há pedras e objetos concretos consistentes de modo que deduz-se constantes nisso. Como dito anteriormente mesmo a gravidade pode ser interpretada como fluído. A entropia alarma a concepção temporal que deduz o qual o tamanho assim não tem a mesma importância que normalmente se tem na física de newton. Mesmo sistemas emergentes e de complexidade a exemplo de imãs supõe um fluxo que dá consistência e neste caso síncrono e mesmo a supercondutividade interpreta-se como uma super fluidez. Tudo isso porque o tempo e flexível não como elástico, mas como fluído o qual partículas incomuns como cronotons poderiam criar seu campo, as ondas por si só, por isso sob tais condições podem ser vistas eventualmente algumas variações temporais e relações com demais forças pois todas elas se interligam pela fluidez. O comportamento emergente e de complexidades somente ocorrem graças a tal concepção de fluídos, afinal o próprio conceito de ‘emergência’ vem de emergir, ou vir a tona algo que pode ser encaixado perfeitamente dentro do intuitivo conceito de horizontes de realidades previsto por mim nos capítulos anteriores.
As leis que regem tais interações assim podem surgir nos horizontes de realidade e serem aparentemente igualmente flexíveis mediante dados eventos incomuns pois o comportamento pode ser previsto dentro da margem de fluxo, não o contrário onde excede previsões pelo caos. Poderia assim supor que há, no tempo, uma força o qual dá forma e esse fluxo o que filósofos poderiam interpretar como destino, mas refiro-me como um mapa de informação do universo, como seu DNA, uma lei das leis. E essas seriam as leis mais elementares e básicas de nosso universo.
O horizonte de realidades apresenta interações de complexidades assim como diversos níveis da mesma, por vezes de modo escalar – a exemplo de fractais – e noutras com eventos e fenômenos próprios de sua natureza micro ou macro, mas todas de importância ímpar. Compreender esses sistemas complexos é a chave para se compreender a relação que interliga todo universo e mais, e a chave está as margens do horizonte de realidade.
O caminhar de um fluxo de tempo indica não um conceito mero de seta do tempo, mas que há algo prévio a onde chegar com variáveis. Mesmo turbulências gravitacionais de buracos negros força a um ponto não somente do espaço, mas do tempo e assim supor que seria algo fora de nosso tempo é o que rege o movimento desse fluxo o ordenando com razoável precisão ainda que havendo inúmeras flutuações e variações em diversos níveis e graus. O fluxo atua em momentos e não o tempo todo presente, mas soa como lago que dá consistência ao universo quase o moldando, esse fluxo é como uma aspiral de DNA que diz para onde deve rumar parcialmente o universo com um nível de ordenação razoável, não somo um rio.
Seria assim mais do que leis, mas uma espécie de fluxo que indica flexivelmente o comportamento de átomos a eventos e fenômenos de nível macro numa sincronicidade ímpar, esse fluxo que poderia ser interpretado parcialmente e superficialmente como destino é o tempo a própria dimensão que emerge a guiar o rumo das demais. Como um oceano o qual a diversas correntes assim é o universo a indicar mesmo explicações para a matéria escura e a energia escura.
A vida definida como um fluxo de informações de via dupla emerge de tais complexidades interagentes, talvez ela mesma pode ser definida como parte de um fluxo de sentido, não uma mera receita de bolo químico. E quanto mais complexa é a forma de vida maior é o fluxo de via dupla de informações o que definem inteligências e consciência. Assim a evolução é uma maneira de ordenação e adaptação de informações em feedback. Ou seja, esse é o conceito de um ‘evolucionismo bio-quântico’ pois deriva-se de um fluxo de comportamento análogo a mecânica quântica a nível macro. Talvez isso deriva-se de um conceito de um fluxo de informações que ressoem não somente de um presente, mas síncrono de modo intemporal onde um exemplo quântico poderia ser expresso no entrelaçamento quântico onde o espaço não importa e o qual os trechos de um fluxo ainda não completamente compreendido por nós se expõem.
O Fluxo de sentido é uma temporalidade constante num universo de variáveis e desses fluxos emergem não somente sistemas, mas forças operacionais no universo, em diversos níveis e escala, é o que lhe dá forma tanto espacial quando de suas leis que regem as interações como uma equação variante esse fluxo é a constante lhe dando coerência e forma.
Sistemas complexos não podem ser explicados e compreendidos por uma concepção espacial a geometria euclidiana limitada a formas espaciais não explicam os fractais de autosimiliaridade, por exemplo. Os fractais não são representados por números inteiros, se quer, mas de dimensões fracionárias como intermediários entre números como 1 e 2. Isso compreenderia quadros caóticos de padrão que novamente se confirmam, assim, como não espaciais pois ligam-se ao tempo, não espaço. Padrões caótico determinam o fractal, onde parte equivale ao todo nutrindo peculiaridades com a simetria. Esses padrões seriam assim formados por um fluxo de sentido onde a replicação a nível micro poderia alcançar o macro.
Os fractais que são aplicados em vários ramos da ciência, da computação à química e presentes mesmo nos flocos de neve demonstra um padrão de fluxo de sentido que no caos determina-se como dinâmica de ondas como parte integrante de complexidades. A resolução de tal equação poderia fomentar respostas a previsão do tempo, reações químicas e mesmo a formação de cristais. Imagine então um fluxo desses interdimensional, poderiam surgir objetos impossíveis fractais?
A relação de ondas num fluxo assim é intermitente a informação. As "ondas" criam informação de variáveis e constantes, informações que se interagem refletindo-se em diversos graus e criando por demais outras ondas que quando orientadas por um fluxo especifico de sentido elas vão em rumo a uma direção, declinam a resultados específicos e disso pode surgir, em condições propriedades mesmo a vida. De modo que esse fluxo pode orientar determinada complexidade a uma espécie de ‘plano’ determinando reações e reatividades ante a aparente aleatória.

Trecho de 'Os Infinitos tons da eternidade' de Gerson Machado de Avillez

domingo, 19 de outubro de 2014

Sobre o autor

A maior parte dos livros e de seus conhecimentos já foram realizados, feitos, registrados e estão seus trechos - isto é, do corpo de conhecimento - sob forma de postagens e vídeos pela internet, a autoria é ética e indelegável signo da honestidade epistêmica ao contrário do empirismo mítico do abismo que representa sua oposição. Restando apenas algumas páginas para finalizar 'Sombras dos Tempos', 'os infinitos tons da eternidade' e 'O Livro Maldito' talvez somente posteriormente eu pegue 'Os oito Filhos dos Anjos', 'Underidion' e 'O Tempo e o Amor' pela quantidade de material já reunido assim como seguimento a obra sintética de minhas criações com 'Mistérios da Bíblia'. Naturalmente que no percurso tenho muito o que ainda aperfeiçoar, especificamente quanto a ortografia em seus eventuais erros de pontuação e acentuação, principalmente.
Apesar de nunca ter me pago pelo extenso trabalho de seis anos, a perseguição ao autor prova seu valor por uma classe parasita que cresce as custas da subjugação, obrigam uma mentalidade de classe inferiorizada de servidão. Todas as características de agentes regressores em oposição ao avanço que representa as ideias estão presentes: inferiorização, infantilização, ameaças, torturas e ganância mórbida através do desejo incontrolável de me deixar pobre e isolado como provas de que estou certo. O fato é que minha família está sendo ameaçada e mesmo sofrendo males por estes retrógrados que não aceitam que seja autor do que sou e por isso peço socorro a quem ler tal postagem, pois o mesmo autor que voz fala já tentaram matar e mesmo sequestrar. Ainda que com processos, inquéritos e registros de ocorrência feitos a lei fajuta em voga nada faz para impedir a não ser permitir as diretrizes do diabo de matar, roubar e destruir. Sobrevivo num inferno astral por esse fascismo nas entrelinhas.
Poderia ser mentira do autor, porém, a evidência de algo importante feito por mim seria a única justificativa - ainda que não moral - para tamanha perseguição comprovada ainda que fútil. De espionagem - invasões a contas virtuais comprovadas - a chantagens desses charlatões salafrários, qualquer meio é válido para seu fim escuso de luta obstinada e insana pelo poder absoluto.
Convém a obsoleta força retrógrada utilizar fraudes e de detalhes como prova do incomprovável, a obsessão pela mentira denota não somente a não confiabilidade destes, mas de que eles não são mãe de nada a não ser do que a humanidade já reprovou unanimemente, tirando os próprios. Que o ódio e ganância deles seja guia de sua vontade do qual de onde veio, o abismo onde o vazio é lei e a insignificância norma.
O Trabalho aqui realizado não necessitei matar, estuprar, escravizar, ou saquear quaisquer pessoas, mas antes todas as fontes e inspirações são colocadas nos apêndices, o mais vem diretamente do território da mente do autor e desafio aos acusadores mentirosos provar o contrário. A sociabilização é uma condição natural e seu oposto considera-se uma aberração.

Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 - Presidência da República  - Lei dos direitos autorais.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm?  - enfâse no artigo 46.

Coisas sobre uma Ineptocracia...
- Adaptar-se a uma ineptocracia é um contrassenso em termos.
- Numa ineptocracia você não é o que faz e suas vocações, mas o que se permite ser dentro da realidade social.
- Numa ineptocracia não se produz a própria riqueza, se tira ou explora quem produz. Não faz, ordena fazer.
- Considerar-se-à um demérito ser criativo e inteligente numa ineptocracia.
- Não há de existir obstáculo maior do que portas fechadas, porque daqui só abre a dos sanitários.
- Para atrapalhar e atrasar todo inapto é muito capaz!
- O "merecimento" é o mando dos inaptos! E até hoje só vi meritocracia estuprar...
- Quando se dá volta em círculos, esquerda e direita são irrelevantes, pois sempre chega-se ao mesmo lugar.
- Alguns não são caso pra filosofia, ciência ou religião, são um caso pra depressão.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Críticas a Política

Há alguns anos assisti uma reportagem no Fantástico – quando ainda era bom – sobre uma cidade no interior dos Estados Unidos em que o governo quase não era presente. O experimento social que se seguiu involuntariamente parecia dar razão a alguns pressupostos do movimento anarquista. Não havia crimes, tão logo não havia necessidade de polícia, economicamente mantinha-se com autonomia e maturidade social.

Aquilo me impressionou e me levou a questionar o modelo convencional de política e consequentemente a crise de representividade no Brasil. Uma sociedade debilitada, com problemas sociais, econômicos, na saúde, educação e transportes é preciso um governo para procurar intervir em resoluções práticas aos problemas sociais, ou seja, o governo é preciso para os que precisam ser governados.

Compreensível que mesmo as leis existem para guiar a conduta e comportamento humano numa sociedade servindo de guia a suas obrigações e direitos, como diz o apostolo Paulo, a lei é para os que estão sem lei, no contexto de não terem uma conduta coerente. Precisamos assim de alguém que represente nossas necessidades e não só, mas ser melhor do que nós para orientar, guiar e governar, ora mesmo médicos se fazem necessário por haver doenças assim são os políticos.

Mas o problema se agrava quando as imperfeições da sociedade são utilizadas como instrumentos da convocação do poder, dos que não nos governam, mas a si próprios, não estão interessados em liderar, mas dominar. Há daqueles o qual a política aproveita-se das dificuldades como se vendesse um remédio por uma doença, graças a doença. Por isso o experimento social da anarquia nunca deu certo: não havia preparo evoluído e maduro o bastante para a autonomia social.

Um exemplo disso são as ditaduras, o regime fascista e tantos mais, ainda que mediante uma situação caótica e de calamidade se faça necessário líderes, heróis, polícia e médicos a de ser considerado um retrocesso numa sociedade anarquista benevolente e altruísta onde a sociedade atingiu um nível de evolução e maturidade ímpar e creio que mesmo os sistemas de castas e classes não se fariam necessário, como diz na bíblia ‘cada um daria conta de si’.

O governo funciona assim como um pai ou mãe, eles são precisos até que a criança se torne adulta e madura, evoluída o bastante para que cuide de si mesma sem a necessidade do governo dos pais ou uma governanta, que recebe esse nome justamente por isso. Para ver a discussão original sobre anarquia clique aqui.

Problemas sociais não se curam sozinhos, por isso o modelo ideal de anarquia é um fim não um meio. A anarquia como meio é caos e calamidade, como fim é utopia. Enquanto houver problemas sociais o estado e o governo serão precisos, assim enquanto houver crime será preciso polícia e havendo doenças é necessário médicos. Governo é para quem precisa ser governado. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ciência, Religião e ambiguidades

É justificável a separação entre ciência e religião, todavia não em serem contrarias, pois ambas, quando legítimas, buscam respostas e a verdade. Isso porque compreendemos que sendo quatro os tipos de conhecimento (empírico, científico, filosófico e teológico) o teológico segue um caminho próprio, definido pelo ritual, não metodológico como a ciência ainda que a ciência pode sondar os antigos do conhecimento teológico que não diferenciavam do filosófico, e consequentemente científico.
Há irrefutáveis diferenças entre ciência, gnose e sofia, mesmo a mentira pode ser uma forma de conhecimento (empírico, por exemplo), sobretudo determinado por sua contrariedade absoluta ou parcial aos fatos, provas e evidências. A objetividade de dado conhecimento direto, exato e preciso convém a realidade experimentada diretamente, porém um conhecimento especulado pode formar um corpo de expectativas teóricas tanto quando guiar a formação de uma realidade por via viral, em sua fonte não é conhecida, sendo assim, na realidade, um conhecimento incompleto e parcialmente oculto por ser proveniente de uma meta-realidade ou realidade alternativa. A concepção da especulação das águas forma o próprio conceito da especulação em si, que é refletir pela luz, 'espelhar' não somente a uma direção assim como as ondulações das águas. Não é uma interpretação das águas, mas uma forma de interpretar como as águas, uma ciência o qual somente as pontas reveladas na realidade podem ser sondadas, assim, de modo objetivo, sendo assim mais sofia do que gnose, pois ao ter conhecimento de parte de um fractal podemos especular com certa precisão o todo.
Uma discussão muito mais profunda sobre o tema fora abordado no livro 'Ars Ad Speculum' de modo a determinar os motores que formam a realidade numa metafísica de corpo teórico plausível o qual as resultantes são mensuráveis pelas ferramentas científicas vigentes.
Pra cada conhecimento religioso, normalmente conhecimento pela fé, isto é, crença, tem seu par esotérico, o islã o sufi, o cristianismo a gnose e o judaismo a kabala. A kabala em suas sefiras propõe 32 caminhos a sabedoria que lá poderia ter equivalentes a estrela dos tempos e as 32 direções dos ventos. Coincidentemente, ou não, creio que a especulação parte em diferentes direções com equivalentes mais temporais por sua intima relação com o caos do que espacial, um princípio presente na ficção pela 'Ordo Christianistas Ad Ventus' como linguagem e meio de comunicação a ideias especulativas.
Pelo caos a de se formar, e parir, a realidade, todavia não pela aleatória nela presente, mas pelo propósito. O sistema caótico não somente elementar, é simples de funcionamento da parte e complexo na interação do todo, fomentando sistemas complexos graduais de modo que podemos conjecturar por uma correta aplicação da navalha de occan sobre sua funcionalidade, não no seu mapa.
Na verdade esses sistemas de conhecimentos místicos que leva a interpretações do mundo conforme ele não é mais válido do que as especulações sobre conspirações, por exemplo, se segue a navalha de occan quanto a validade de evidências.
Na realidade observavelmente nenhum desses sistemas misticos, esotéricos ou ocultistas me trouxeram quaisquer respostas ou explicações levando a formar o próprio sistema de compreensão especulativo. Pois religião que não busca respostas e verdade é inútil, principalmente as que não redimem.
Sou um crente de credo sistemático, nesse sentido nem homem de fé ou ciência, mas de ideias por ferramentas teóricas da lógica. Ao acreditar numa fé professa sua equivalente escritura sagrada deve ser seguida a risca, quer o cristianismo a bíblia sagrada e o islã o Alcorão. Por isso tendo compreender o porque a medida que uma religião cresce ela se distorce onde ao se tornar cultura se diluí seus valores a exemplo do extremismo muçulmano. Ora, o problema não é a religião, mas o fanatismo de todas as matizes que dela vem, como um eco distorcido da mesma. E quando algo não produz resultados positivos - a não ser em doenças -, independente do que se diga ser não é bom.
A dificuldade é que a cultura favorece ao senso comum, de onde advém parcialidades e falhas, quando minha busca mais que saber, é um saber reto, objetivo, não ambíguo do senso comum, mas do criar e descobrir por esforço próprio, não pelo pisar ou humilhar alheio, mas do auto-sacrifício.
Naturalmente que ao mundo da abstração onírico/psicológico/espiritual é subjetivo, mas não ambíguo, ambiguidades não se compreendem, se interpretam ainda que como nos sonhos, mas não mesclam a figura do material, pois é abstração. Assim é pensar o imaterial em termos de matéria quando o relativismo é presente a física, disso distingue-se a mística do espiritual, o espiritual se abstém da matéria dominando sobre ela (vide mente sobre corpo), o místico sincretiza material e espiritual, de modo pagão. Isso não penetra qualquer mistério o dissipando, apenas o amplifica e torna a crença não numa certeza, mas na dúvida como se a confusão fosse uma definição paradoxalmente indefinível. O pleno discernimento dos detalhes, tal como de tais palavras, são toda diferença.

Trecho de 'Mistério das águas' de Gerson Machado de Avillez

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cronotons: A "partícula" do tempo

Observamos que nos limites do universo afloram o estranho e o incomum quer da invariância da velocidade mínima, zero absoluto onde na mais baixa temperatura as partículas tem o comportamento mais quente possível, assim como na entropia nula, e na velocidade limite da luz e as singularidades que tornam mesmo o vácuo quântico em algo mais como um novo tipo de “éter”.
Assim como ficaria difícil imaginar como uma dimensão poderia comportar-se como um fluído, a resposta talvez esteja na possibilidade de que o tempo talvez seja um campo. Para melhor estipular isso postulemos a conjectura de uma partícula, o cronotons, os hipotéticos cronotons seriam partículas escorregadias com um relógio próprio e por isso capaz de alterar sensivelmente o tempo a seu entorno e interação. Surge nas curvas de ondas tendo dopplers entrelaçados nas zonas limites do universo como áreas de singularidade, afetando o limiar dimensional, na verdade o que torna a curva de onda existente e suas partículas consequentemente definem a percepção temporal de acordo com a profundidade dimensional. O doppler simétrico, por sua vez, repercutiria o eco podendo soar por outras dimensões que dele perpetuasse como variação ao interagir com o caos diretamente.
Obviamente que tal partícula não presente na química e sendo muito incomum, no tempo teria uma função similar a de Higgs criar um campo que permeia o universo mas temporal o que seria sua dimensão.
O conjunto de tais partículas criam uma onda que ondula sensivelmente o tempo como um campo temporal discrepante de todo de acordo com a intensidade e profundidade dimensional.
Cronotos recebe esse nome por ser linear ao contrário de um anticronoton que completaria a onda em outros sentidos dimensionais e temporais, não lineares, completando uma formação ondular multidimensional. Tais partículas chegaram ser anteriormente teorizadas nos livros de ficção científica. Isso poderia afetar na percepção de velocidade de eventos cósmicos como da observância da velocidade da luz. Mesmo a curva fechada de tempo de algumas partículas, poderiam ser descritos entre cronotons e anticronotos similarmente.


A imagem, tal como o texto acima, coloca um trecho do 
texto do livro 'Os Infinitos Tons da Eternidade: A filosofia e a 
ciência dimensional do tempo' de Gerson Machado de Avillez.

OBS:. O grande obstáculo ao autor de tais conjecturais são éticos por pessoas ruins movidas pelo um julgamento derivado do ódio e ganância sempre profundamente discriminatório e imoral.

domingo, 14 de setembro de 2014

Reflexão

Lógicas e leis são parentes próximas, elas são constantes, imparciais e sempre reativas, nem toda lógica é verdade, mas toda verdade é lógica como as leis. De modo que alguém que ignore toda lógica é suspeito de ser criminoso e mentiroso. A ilógica ainda que tratada por uma lógica contrária a lógica por ter a lógica simplesmente de contrariar a lógica é uma ignorância por ignorar suas verdades. E a ignorância ao contrário do que se pensa, nunca é plena como o conhecimento, mas esta por ser parcial, sempre ignora a verdade. Naturalmente alguém assim, parcial, nunca é plenamente nada, nem justo nem mal mas um errante do pensamento. Isso é lógico.

sábado, 13 de setembro de 2014

Incentivando a criatividade

A fonte de inspiração a criatividade vem de formas variadas e todas descompromissadas, o entretenimento a assuntos de interesse são o comum, de modo que quando se mantém predileções a filosofia e ciências o material que terá para trabalhar criativamente será muito mais vasto.
O material de pesquisa é um conhecimento mais rígido, enquanto o mais criativo apresenta uma faceta mais livre das regras do convencional sendo uma visão mais pura e livre de paradigmas e que por isso deve ser remetida por um entusiasmo infantil e até mesmo ingenuo. A diversão é consequência do gosto da pessoa pelo exercício onde hobby torna-se habilidade e assim mais fácil de se tornar associadamente competências criativas, mesmo Einstein disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento, pois ainda que a criatividade alimente a produção do conhecimento este tem a motivação espontânea do prazer.
Ver filmes, séries, ler bons livros e mesmo músicas que transmitam certo espírito que se deseja evocar no que pretenciona produzir são comuns ferramentas de inspiração, mas todas ao quase acaso. Contemplar a natureza e o cosmos também é inspirador, observar sua harmonia ao contrário de forças avessas a isto fomenta ideias particulamente pra mim, onde a exemplo de observar as águas me trouxe meditações e reflexões filosóficas profundas me permitindo tirar conhecimento das coisas mais comuns e simples conhecidas. Da Vinci era mestre nisso.
Sobretudo criatividade é a resposta natural do cognição em procura de respostas, somente críticos e questionadores que procuram solução de problemas e responder o 'porque' das coisas conseguem estimular melhor isto como motivação, pois, sobretudo, é na inspiração que envolve o brain storm que está repleto de sentimentos, não sendo nunca algo gelado e meramente lógico ainda que construtor de lógicas próprias.
Lógicas e leis são parentes próximas, nem toda lógica é verdade, mas toda verdade é lógica, elas são constantes e sempre reativas a criatividade não as ignora por completo, mas as utiliza para fazer seu avião voar. Somente idiotas não tem criatividade e todos eles não são nem poetas, muito menos filósofos, uma pedra normalmente tem mais sentimentos.
Tratando-se de livros reúno por alguns meses uma série de ideias e argumentos correlatos ao tema do livro, tudo num bloco de notas. Digo que esse é um modelo ideal pois dá resultados, e resultados que copiam, isto é, os que não são aptos a criatividade.

domingo, 7 de setembro de 2014

Método científico não linear?

Como observar-se toda ciência a de apresentar um método científico para sê-la, caso contrário, em contrapartida, não há de ser ciência mas no máximo pseudociência. As ciências investigam questionamentos e problemáticas levantadas na busca de responder o 'como', 'pra que' e 'porque', ainda que o 'pra que' seja mais relacionado a sínteses mais complexas e o 'porque' apresente mais um teor moral por aplicar-se igualmente a disciplina ética. A pergunta nunca mente, antes é um clamor da dúvida pela certeza.
O método científico inicia-se pela observação que leva ao questionamento e ao próximo passo que é a experimentação. As observações científicas normalmente são sistemáticas por serem criteriosas no objeto de estudo em questão, não ignorando em qualquer hipótese qualquer elemento ou variável, pois supõe que causas iguais produzem, a priori, efeitos iguais. Onde postula-se por reflexão um raciocino coeso e coerente pela lógica.
Observamos assim que o método científico a grosso modo é variavelmente uma complexação especificada do silogismo (quer por indução ou dedução), levando, na experimentação provocar uma causa para estudar o efeito seguindo as tábuas de Francis Bacon onde estuda-se o efeito para compreender a causa, assim como a causa para se compreender um efeito. A indução, por exemplo, segue um raciocínio fractal julgando todos pela parte antes suas relações factuais de constante.
Mediante isso postulasse a ideia de que na mensuração as leis determinam constantes (e muitas vezes vice e versa) sem exceção. Assim fatos restritos podem ser generalizados mediante relações constantes, por exemplo, a esfera é redonda por ser um efeito generalizado por sua relação do giro ante o rompimento da inércia.
Porém, há exceções, pois na astronomia podemos observar convergências de singularidade onde independente das causas chega-se ao mesmo efeito, a exemplo, dos buracos negros assim como a experimentação, ainda que criteriosa, de fluídos ou de função de onda mesmas causas sempre chegavam variavelmente a efeitos diferentes, ainda que neste aspecto observar-se-á que as probabilidades fomentam hipóteses aproximadas das resultantes. Todavia algo não atingido pela síntese de uma complexidade caótica por serem experimentalmente irreprodutíveis com precisão, ainda que represente um percentual de erro insignificante na maioria dos experimentos fenomenológicos, mas em fenômenos quânticos (por exemplo) são imprescritíveis.
Enquanto o primeiro exemplo (buraco negro) poderia determinar como aberração o segundo aparenta sair das esferas de mensuração do método científico. Isso acontece porque o embate do método científico está entre a busca de constantes ante variáveis, nestes casos as constantes são de relação muitas vezes prescritas como leis ainda que neste caso sejam a causa e os efeitos as variáveis enquanto o oposto pode ser notado na aberração do buraco negro.
O método assim sendo em sua mecânica de formação dos efeitos almeja a compreensão do 'porque' de resultados diferentes como o próprio padrão quer por tábua de ausência de Bacon, ou não. Um exemplo de aberração seria a problemática da maldade que apesar de submeter mais aos princípios éticos ela mesma pode ser observada metodologicamente numa causalidade e resultantes assim como a estética, ora é compreensível que a maldade é um fenômeno previsto ainda que suas relações não parecem claras por não responder o 'porque' ainda que o 'como'. Isso porque as premissas que resultam no fenômeno da maldade não apresentam proporção consequente ou insuficiente de modo que declinam a premissas falsas ou superficiais a exemplo da discriminação e que independente das premissas os resultados consequentes sempre serão os mesmos, ou seja, negativos.
Naturalmente que apelos filosóficos ao predeterminismo tentam desvincular o fenômeno da maldade de sua moralidade buscando desqualifica-lo como tal, porém, ainda assim são falsos a exemplo do postulado da "lei" de Murphy. Naturalmente que mesmo sendo inerentemente humano, a problemática do mal pode ser estudada pelo método científico (talvez a psicologia e a psiquiatria ainda que o como pela criminalística), mas como aberração.
Uma vez observando que a maldade é uma problemática científica de aberração, como se determinar demais aberrações? Ou mensurar objetos de estudo caóticos de efeitos diferentes ante causas iguais? Ou mais, a não observância prova efeitos quânticos de caos iguais por toda observação se quanticamente participante?
Como observado não se pode recriar fenômenos caóticos com precisão pois os fenômenos resultantes nunca são inteiramente previstos, isso porque a relação constante no caos, não está nas resultantes mas no meio de transformação, em sua mecânica, assim como no tempo. A metodologia científica nestes casos falha porque é sobretudo linear sendo limitada a causalidade não abrangendo assim a mensuração do caos e singularidades. Isso acontece porque o método científico na realidade analisa a natureza resultante, vão de valores ditos intrinsecamente pela como metafísicos. O estudo metodológico linear em si deveria ser reavaliado nestes casos a exemplo numa eventual observância do rompimento das leis da termodinâmica como sugere alguns fenômenos de singularidade sugerindo assim não somente uma nova disciplina - a exemplo da temporal aqui proposta - mas por uma metodologia originalmente não linear ainda que não ignore postulados dedutivos ou sua lógica. Ou seja, semelhantemente a uma inferência, dedutivas ou não, que levem do conhecido ao não conhecido por uma ilação por meio de sínteses complexas necessitando, no caso, das teorias propostas no livro conjecturas conjuntas.

Trecho de 'Os Infinitos Tons da Eternidade' de Gerson Machado de Avillez

sábado, 6 de setembro de 2014

14 Melhores livros de Gerson Machado de Avillez

Atualizado: São mais de 35 livros escritos pelo autor no período de seis anos entre tribulações e perseguições, marginalizado pela discriminação e arrogância dos maus o autor barrado ao comunidade, mas excluído, construiu todo um corpo de conhecimento a partir do que pesquisou como auto-ditada antes mesmo de ter começado sua vida acadêmica. Ainda que um número razoável de livros não seja considerado pelo próprio publicável abaixo separa-se uma série dos melhores livros do autor, livros que sintetize todo corpo de conhecimento por ele construído no período de aflição. A indelegável identidade do autor é colocada como sua cara de modo implagiável em sua totalidade, por ser não somente livros interligados, mas um conjunto de teorias que se completam, de modo que nada pode deter uma ideia, e como filosofia não ignora-se a lógica, mas antes ao estabelecer regras próprias vincula-se a uma lógica original. Alguns dos livros como 'Crônicas do Tempo', por exemplo, não considera-se como o que possuí a melhor escrita e desenvolvimento, porém, livro que tem as bases ideológicas dos demais livros além de melhor sintetizar o conjunto de ideias e teorias. Há também livros ainda em produção, mas que pelos argumentos e desenvolvimento alcançou um padrão de qualidade ambicionado pelo autor. Assim, o autor, não tem a pretensão de que todos os livros sejam lidos, mas sua obra básica como a explanada abaixo:

Manuscritos do Tempo - 2013
Escrito com contornos e linguagem entre o poético e bíblico a série de livros nos remete não somente a filosofia de 'Corpus Ad Ventus' como sua rica mitologia contendo supostas obras antigas compiladas pelo autor e citadas nos demais livros da coleção de ficção. A obra reúne 15 livros onde a síntese de todo corpo de conhecimento produzido pelo autor é colocado a uma proposta de cosmovisão e teoria do tudo onde ciência e crença se interligam sem se contrariarem ou se anularem.

Sombras dos Tempos (sendo produzido)
Considerado pelo próprio autor seu livro mais ambicioso e extenso, narra a épica viagem de uma misteriosa Caixa ao longo dos tempos, por inúmeras gerações, culturas e civilizações e a busca de seus guardiões para compreender o enigma que ela esconde. O livro nos remete a nostalgia dos melhores e mais importantes momentos da humanidade, históricos ou não, onde a Caixa direta ou indiretamente influí nos destinos da civilização até seu futuro onde todas perguntas são respondidas e o fantástico, torna-se, enfim a mais pura e poética ficção científica com contornos épicos.

Adormecidos
O original e mais importante dos livros da série 'Universo Ofir' nos apresenta a um futuro distópico improvável onde a humanidade decadente mergulha em seus próprios sonhos como escapismo a uma realidade cruel e possivelmente dominada por alienígenas. Somos apresentados ao mítico personagem Hedi Ofir que investiga um crime onírico ocorrido nos corredores de uma empresa produtoras de sonhos para descobrir que mesmo ele fazia parte de um experimento e que sua caça na realidade é uma busca por si mesmo ante um misterioso projeto entitulado 'Oneiros Kronos' que pode dar respostas sobre a natureza de sua realidade. Filosofia e ciência mesclam-se numa das obras prediletas do autor, neste tendo a premissa de que ao dormir despertar-se a outra realidade.

Ars Ad Speculum
O livro de não ficção postula as teorias do poder das ideias e como sendo um verbo interagem com a realidade a modificando. Utilizando de fatos científicos e casos históricos reais ainda que com uma linguagem de realismo fantástico o livro prova-se como sendo mais do que uma teoria, mas que a própria especulação em si, assim como ideias, como arte ou ciência, tem poder de mudar os rumos da realidade como se modificasse o destino.

Neuroversus
Similarmente tecendo contos que se interligam, como em 'Crônicas do Tempo', ainda que inicialmente de modo independente, o livro foca-se no pai do mais importante cronólogo da TEMPUS, Rupert Keystone, cujo poder despertou a consciência multidimensional a ciência temporal remetendo a um mix da mitologia multidimensional dos livros de 'Corpus Ad Ventus' e onde o conto final expõe o verdeiro e mais importante dos poderes, a mente de Rupert capaz de interagir com similares por outras dimensões e mesmo criar dimensões paralelas e adormecidas.

Crônicas do Tempo: Parallel Tales ®(Contos Paralelos) – 2009
Partindo-se da Teoria da Flor-do-Tempo de Ecce Libro aqui nesta obra de ficção, o autor Gerson Avillez nos apresenta uma série de 8 contos aparentemente desconexos, que apresentam diversos elementos paralelos comuns que serão gradualmente sentidos ao longo do livro, o que tem por finalidade abordar as diversas teorias e teses especulativamente propostas em Ecce Libro na demonstração dos mundos de Saga dos Tempos.

Crônicas Atemporais ®(Timeless Chronicles) - 2010
Aqui 'Crônicas Atemporais' trata das fundações da própria T.E.M.P.U.S. e seu conflito com as misteriosas entidades sombrias chamada homo nulus e o vilão Designium onde a busca pelos cinco desaparecidos, após um dos primeiros experimentos de Tempo se tornará vital. Enquanto John Roberts no passado (Oitavo Peregrino), após evitar uma guerra entre judeus e muçulmanos e salvar a linhagem Seth foge dos Templários e faz um acordo secreto para guardar os segredos das viagens temporais, chamada Ordo Christianitas Ad Ventus que, porém, um destes acaba se pervertendo se aliando aos homo nulus, onde funda a precursora da Bug´s Time do qual Alvaro Watchman participa.

O Império do Tempo - 2011
O Quarto livro da série de ficção de 'Universo Diamante' remete ao inspirativo e mítico personagem chinês que teria introduzido, dentre outras coisas a ideia dos computadores numa concepção temporal onde o espaço pouco importa. Narra as aventuras da TEMPUS, uma agência temporal que desde seu inicio se vê as voltas com o simultâneo fim de sua própria civilização e uma busca pelo lendário povo do tempo chamado de O Império do Tempo que seria de outra dimensão. Enquanto seu protagonista inicialmente dividido entre a loucura e a possibilidade aterradores de dimensões paralelas onde mesmo o WTC nunca fora derrubado terá de embarcar numa missão pelo tempo e ainda salvar sua amada antes que os famosos prédios desabem no fatídico 11/9.

As Duas Faces do Espelho - 2013
O Quinto livro da série nos remete ao primeiro experimento bem sucedido da emergente ciência temporal que os leva a seu primeiro paradoxo e dilema quando se vêem as voltas com um perigos grupo rival da TEMPUS ao abrirem a ponte temporal com futuro, anti-éticos senhores que utilizam do poder ressoante dimensional para invadir inúmeras outras dimensões levando o idealizador do projeto original a uma impensável aventura através do tempo e do multiverso.

O Filho da Eternidade - 2014
O último livro da série mergulha num dos mais importantes incógnitos da série, um ser teomídeo que teria aparecido a um dos fundadores da TEMPUS, o ser procurado pelos remanescentes crononazistas para possuir seu imensurável poder por deter a convergência de todas dimensões do multiverso, proveniente da dimensão Impossível enquanto um projeto nefasto pode por em risco todo multiverso temporal.

Kairos: O Livro do Tempo - 2012
Um dos poucos livros de não ficção do autor tece em quase toda sua abrangência a teoria do Tempo Ressoante ondular - postulada exemplificativamente nos livros de ficção - e parte de suas teorias subsequentes se alicerçando sobre fatos científicos e contestações acadêmicas sobre os incógnitos que a ciência ocidental e atual não conseguiu responder, de modo que cria uma série plausível de conjecturas para que tais perguntas respondam.

Os Infinitos tons da Eternidade (sendo produzido)
Dando seguimento aos conceitos e conjecturas de 'O Livro do Tempo' onde postula-se a teoria do tempo e do multiverso o livro levanta uma série de discussões e questionamentos quer sobre o método científico em voga, transitando pelos números primos, luz, gravidade e tantos mais em conceitos elaborados para serem tecidos no mesmo conjunto de teorias que explique os fenômenos do universo. O livro é uma versão mais detalhada da teoria onde mais vale o conhecimento filosófico do que o científico por considerar-se uma compreensão além dos limites estipulados pela ciência atual, ainda que sem contraria-la ou nega-la.

Herdeiros do Destino - 2014
Estabelecendo uma narrativa em primeira pessoa, inicialmente remete a uma autobiografia para
posteriormente revelar-se como uma obra escrita pelo próprio autor num mundo ressoante paralelo. A narrativa reúne em três tempos fatos históricos com incrementos de ficção científica onde os pontos sem respostas são preenchidos pela mais pura especulação com aspectos filosóficos e bíblicos de modo sintético a toda minha obra e modo de pensar tendo por partida a benevolente Ordem dos Ventos que resiste a subversiva Ordo Ad chaos, sua diametral oposta.

Chronomicon ® - 2012
Dividido em oito histórias sob a temática inicialmente tropical, abordando aspectos sobrenaturais do imaginário destes locais indo ao espaço sideral e ao futuro longínquo, liga os universos propostos e conceituais de ‘Saga dos Tempos’, ‘Sleepers’, ‘Abin’, ‘Dark Sector’ e ‘Síndrome Celestial’ num só universo, onde encontros e desencontros ocorrem a revelar o embate que excede o tempo. Variando do suspense, ficção cientifica ao terror, propostas morais e aspectos nunca revelados destes mundos mitológicos criado por Gerson Avillez.
Dando seguimento aos livros de Saga dos Tempos, outros universos ressoantes são mostrados em vários contos que muitas vezes se interligam. Quando após o Big One, um jornalista encontra ao seguir mothmans nos escombros subterrâneos um misterioso manuscrito em português sobre viagens no tempo, levam ao ex-temponautas em aliança a Fo-Hi desvendar o desaparecimento da ZT do Brasil, onde num mundo paralelo ressoante o nazismo venceu a guerra graças a Designnium e domina o Brasil e na Argentina, um culto chamado Tempus ad Templus adora Chronos levando a descobrir o meio de destruí-lo e salvar seus amigos temponautas tendo que enfrentar os nazistas no Brasil e a encontrar a sociedade perfeita em outro extremo reflexivo.

Operação Cerberus (sendo produzido)
Após uma série de casos sem aparente relação leva a uma seita atrás de um conhecimento capaz de romper dimensões. Enquanto isso uma jovem livreira com uma vida comum conhece um misterioso jovem sem passado aparente, enquanto um investigador com habilidades incomuns penetra na cena de um crime enigmático. A medida que a livreira e o misterioso jovem se envolvem traços indicam que sua realidade não é a que vivemos e sendo diferente ao conhecido, igualmente seu namorado que na realidade revela-se ser um viajante do tempo. Duas histórias sem aparente relação que cruzam-se e por fim se entrelaçam num ponto comum, pois o amor é o destino.
Mas quando um projeto inescrupuloso chamado 'Operação Cerberus' revela-se percebemos que nossos protagonistas estão numa teia não só de conspirações, mas do destino, os levando a uma busca que pode romper o tempo e as dimensões.
A aventura que a jovem parte então a leva conhecer um mundo de possibilidades infinitas por uma ciência definitiva onde o comum torna-se extraordinário, e assim diversos casos são contados em forma de contos.