Páginas Sobre

terça-feira, 29 de maio de 2018

A Ordem dos Ventos: Uma introdução

Na comemoração dos dez anos do primeiro livro escrito por Gerson Avillez, falaremos hoje sobe a Ordo Ad Ventus, antiga conhecida da série de livros de ficção científica num universo compartilhado. A ideia do texto seria elucidar questionamentos de alguns leitores o qual acreditam ser uma alusão a uma sociedade secreta real, mas ainda que tenha paramentos com a realidade - e francamente acredito que possivelmente possa ser distorcidamente copiada - a ordem é uma criação numa tentativa do autor de exemplificar o poder de profecias antigas a exemplo da bíblia.
Originalmente criado para o livro 'Crônicas Atemporais' em 2009, a Ordo Christianitas Ad Ventus ou Ordo Ad Ventus (Ordem dos Ventos) que faz alusão a 'Advento' era uma suposta Sociedade Secreta fictícia criada para os livros de viagem no tempo de Gerson Avillez. A ideia central seria a de proteger os segredos pertinentes as viagens no tempo até seu advento num futuro próximo onde tudo seria revelado e assim a ordem seria desfeita. Todavia ainda que investigue aspectos de variáveis dimensionais de outros mundos paralelos conforme é aludido nos livros da série 'Herdeiros do Destino' o objetivo central da Ordem é proteger o advento das equivalentes viagens temporais e dimensionais, ou seja, a proteção de um destino ao contrário de organizações e seitas criminosas como a 'Bug's Time' e a 'Ordo Ad Chaos', inimigas da Ordo Ad Ventus através dos tempos. Abaixo algumas novelas e romances o qual aborda a sociedade fictícia ou memética.

- Crônicas Atemporais (2009)
- Herdeiros do Destino (2013)
- O Livro Maldito (2014)
- Herdeiros do Caos (2017)
- Sombras dos Tempos (em produção)

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Poder Simétrico e Assimétrico

O Estado deve em essência e origem servir ao povo, porém, quando a cobrança, o enfado desigual do dever é desproporcional ao direito oferecido seja tributário ou por oportunidades ele se torna um poder assimétrico de modo que o povo passa a servir ao governo, não ao contrário. Assim como o estado deve garantir que o cidadão não cometa crime como dever do povo o governo tem igual dever de assegurar seus direitos básicos, porém, não é o o que ocorre quando a constituição não é direito de todos, mas privilégio de poucos comprovando que esse governo é no mínimo ineficiente, quando não corrupto. Isso ocorre quando criminosos se aparelham da máquina do estado em benefício exclusivamente próprio, de poucos.
Seria o mesmo que cobrar que o cidadão não cometa crimes, mas mas não lhe dá a menor condição e possibilidade disto por uma má gestão ineficiente e incompetente. A sociedade harmonizada prima por relações em todas as esferas e graus de modo simétrico e proporcional pois é opressor e desigual que alguns tenham apenas deveres e outros apenas privilégios como estabelecendo uma relação exclusivamente parasita com o povo, pelo simples fato de que não pode existir lei sem justiça e justiça sem lei por preceitos básicos dos três poderes.

Trecho de 'Confissões de Uma Mente Autista' de Gerson Avillez.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A Realidade Não É a Verdade

A realidade nem sempre é a verdade pois há realidades culturais que se escoram em mentiras, ainda que o resultante possa ser uma verdade a respeito da realidade, mas o mesmo nem sempre pode ser dito da realidade. O exemplo mais vivo disso estão nos mitos culturais e religiosos em que derivam práticas reais do qual são provenientes, mas de raízes muitas vezes falsas. Isto acontece pois a construção da realidade parte da prática das interpretações da verdade, não da verdade em si. Ora, enquanto a verdade é objetiva a interpretação da mesma e sua percepção sempre será subjetiva. Os maias matavam aos milhares pois em sua subjetividade acreditavam que isso seria necessário para fazer o sol amanhecer, similarmente os negros eram escravizados pois eram considerados menos humanos, mas sabemos que ambos casos são mentiras o que prova que sua crença em algo não a torna verdade pois os negros nunca foram menos homens assim como o sol nasce independente do que fazemos. Isto parte de um conhecimento incompleto da verdade, não a verdade, pois seu conhecimento da verdade não é a própria verdade, assim como há diferença entre informação e conhecimento. Ou seja, é um pensamento anticientífico pensar que algo deixou de ser verdade quando na verdade a crença nele que não era verdadeira assim como não devemos moldar os fatos as teorias, mas o contrário. Se crença fosse verdade o desejo igualmente o seria, mas sentir e desejar por mais verdadeiro que seja é um processo interior ao contrário da verdade exterior a ela. Se a verdade é subjetiva logo a crença é a verdade, quando sabemos que muitas vezes não.
Um exemplo estão em árvores que caem em lugares que não vemos, crer que não caíram não mudará a verdade mas sim a realidade em que pertence. Similarmente padrões da realidade determinam posições sociais onde muitas vezes alguém sem cometer crimes é marginalizado como criminoso, seja por ser pobre ou de etnia diferença e etc, enquanto alguém de grande prestígio e posição social possa vir a ser o verdadeiro criminoso, mas apenas por não se ver seus crimes ele não é considerado de tal forma. A realidade vende ilusões a verdade não.
Assim podemos supor que há graus e tipos de verdades e não somente variáveis de subjetividades, mas verdades por convenções, por causalidade e por circunstâncias. O próprio ato de definir uma verdade é semanticamente conclusivo ainda que verdades por convenção, mas assim como algo pode ter nomes diferentes em culturas diferentes a essência disto não será diferente em ambas ao se tratar de uma verdade não meramente por convenção cultural ou religiosa, como a morte - ainda que para esta crie-se mitos metafísicos.
Assim compreendo que há verdades o qual independente de sua interpretação divergente não altera sua essência, há verdades o qual o oposto ocorre.

Trecho de 'Confissões de Uma Mente Autista' de Gerson Machado de Avillez. 

domingo, 6 de maio de 2018

Autoconhecimento é a Essência do Ser

O autoconhecimento é imprescritível para se ter autoconfiança e amor próprio e, cientificamente o princípio da sapiência, você não pode amar ou confiar em algo que não sabe, desconhecido, enigmático, misterioso, obscuro, vago mesmo que eventualmente haja atração nisto por respostas, o mesmo aplica-se a si próprio. Autoconhecer-se sobretudo é definir-se, não deixar-se definir, assim como uma videira não pode dar laranja, ou uma laranjeira uva pois pelo fruto conhecereis a árvore, você apenas será o que faz não o que fazem de você e muito menos meramente o que dizem de você. Afinal você não pode chamar um pássaro que voa de rato pois é oposto a essência da natureza, assim alguém que defende de modo integral e imparcial a lei como bandido. Ainda que haja forças atuantes na sociedade se algo sobrepõe seu livre-arbítrio determinando suas ações logo você não é culpado pois na escolha resiste o certo e errado e consequentemente a culpa - algo o qual a esquerda está inclinada a crer. Porém, há uma mescla de fatores e não um único fator de influência, pois sempre há escolha na mais hostil situação nem que seja no conhecido lutar ou voar (do inglês fight or flight) da psicologia.
Mas não é por um pombo cagar na sua cabeça que você será privada ou por um raio cair em você que você será para-raios, mesmo que te pisem isso não te torna tapete pois assim como numa nota de dinheiro seu valor não é determinado pela condição que é tratado. Ser vítima muitas vezes não é uma escolha, seja das circunstâncias ou da ação de terceiros, dos outros, mas isto não determina que você seja perdedor ou inferior a menos que você desista, pois continuar sendo vítima depende exclusivamente se você aceita passivamente ou toma as rédeas de sua vida e se torna protagonista de sua história ou se será um relés coadjuvante de si próprio pelo que os outros determinam. Liberdade exige coragem e deve ser tomada com firmeza e responsabilidade. Mas se for se conformar lembre-se que coadjuvantes nunca ganham o premio principal. 
Naturalmente que há sempre o risco, mas para se cair basta estar de pé assim como para se morrer basta estar vivo, a única perda total é a morte pois na vida você já nasce vencedor, pois dentre milhares de espermatozoides você fecundou o óvulo. Ainda que num rio uma corredeira te pegue se você não lutar a certeza é que se afogará ao invés de agarrar-se numa madeira. Procure o meio, a moderação, não extremos, não seja pessimista nem otimista, seja realista ainda que forças negativas atuem para tornar a realidade má. Mas se você lutar e nada der certo lembre-se do apóstolo Paulo, um dos cristãos mais perseguidos: "combati o bom combate", pois sobretudo "somos mais que vencedores".
 
Trecho de 'Confissões de Uma Mente Autista' de Gerson Machado de Avillez.