Labirinto s.m. (gr. Labyrinthos). 1. Construção com muitas passagens ou divisões, disposta para dificultar que se ache saída. 2. Parque ou jardim cortado por vários caminhos de sebe entrelaçados. 3. Complicação, dificuldade. 4. Órgão do ouvido interno formado por um tubo enrolado por espiral e que contém as terminações sensoriais do nervo auditivo.
En-migrom é uma terra distante, para se chegar a este lugar é
necessário atravessar um imenso pântano ao sul onde reside sua entrada
principal. Do lado norte da cordilheira se ergue a imensa cidade
labirinto de paredes exteriores douradas a uma altura de aproximadamente
210 metros por uma extensão de vários quilômetros. Seus caminhos são
aspirais em sentido horário que por suas charadas tem muitas vezes
correlação com coordenadas e horas, onde muitos destes caminhos seguem
estilos e correntes distintas e(ou) divergentes de conhecimentos. Seus
ciclos aspirais de 32 níveis contam-se a partir do sul e muitas das
entradas-saídas estão no norte, onde por vezes se é necessário fazer um
arco ou volta completa para a próxima passagem, até a cúpula central no
topo. Muitas das passagens, no entanto, podem convergir nos labirintos
menores-internos que se estendem pelo interior da torre até suas
fundações e subsolo no que se chama de níveis negativos por formar uma
torre invertida, e em ambos os casos sustentando pequenas cidades ou
fortes. Pelo Oriente exterior acessa-se a chamada torre menor pelo nível
três do labirinto. Esta é uma aspiral não-laberíntica de quatro níveis
em sentido anti-horário que leva a uma pequena cidade-forte.
Pouco se sabe sobre a cúpula central do topo. Hora diz-se ser um templo
onde haveriam algumas relíquias e outra a fonte jorrante do conhecimento
pelo qual esta cidade-torre teria sido construída em volta afim de
protege-la. Esta fonte ninguém pode tocar, pois vem do alto. No entanto,
por haver no mesmo ponto central níveis inferiores alguns especulam que
esta fonte pode estar em suas fundações. Muitos de seus exploradores
passaram toda sua vida decifrando seus mistérios, mas muitos se perdendo
em definitivo, morrendo em armadilhas, desistindo e se tornando
habitante de uma das cidades ou literalmente acabando trancados em
muitos de seus engenhosos mecanismos ou como alguns dizem sendo
"assimilados" pelos seus corredores. Há ainda aqueles que dizem até
mesmo que a topografia natural fora uma criação de deuses (anjos caídos)
para dificultar o acesso a fonte pelos perigos que se enfrentam aos
arredores sendo a torre em si apenas uma extensão de En-Migrom.
No tocante que se diz, no entanto, o portador da bússola Verbalis tem-se
uma espécie de manual cifrado para seus caminhos e alcançar a fonte.
Sendo assim antes de tudo a busca pela fonte subsiste em várias etapas
do qual uma das principais é a busca pela bússola perdida. Não há
relatos factuais do que exista na cúpula do topo, pois somente uma
pessoa em tempos remotos diz-se ter até lá chegado e retornado, mas, no
entanto seus relatos são tão incógnitos quanto os muitos perdidos que
são atraídos por seus mistérios, pelo qual em muitos casos os que
sobreviveram tornaram-se homens extremamente perversos por muitas das
forças lá presentes.
Um jovem peregrino ao acordar sob a misteriosa morte de seu avô,
percebe-se em meio a este labirinto de intrigas em que fora jogado sem
saber. Estando em meio ao Gigal deste labirinto delimitado por Hazar
Sur, também chamada de Hul Del Diablo é uma cerca fortificada cujo onde
só há uma entrada chamada Halul que é precedida por duas esfinges que
por enigma alerta sobre os perigos do labirinto em seus Mirmas. Este
labirinto apresenta conhecimentos numa das fundações chamada Blakaba, e
de logias extraordinárias, mas que apenas fazem andar em círculos somada
a pseudologias e prazeres ilusórios com o objetivo de escravizar a
todos os subvertendo, que não obstante são usados para desviar-se da
fonte original deste, o tesouro Hatá Arcano (Mat 6.21; Mat 13.44) de
onde seu criador utiliza todo conhecimento autrora por ele descoberto e
usurpado para construir o labirinto, a fonte de todo saber, paz e da
vida eterna (Isaias 45.3). Este tesouro seria guardado por Quedar
Miquéias, e Anrael Laquiz que seriam uma espécie "elo" perdido entre
Deus e o homem, antigos transladados, e cujo O Caminho (João 13.36;
14.6) para se chegar chamado Yesua que é fortificado desde sua entrada
por Pedazur é considerado o único caminho que leva sem erros ao Peniel
onde estaria o lendário tesouro e por isso sofre constantes ataques.
Este fora aberto há dois mil anos por Jesus Cristo, e o tesouro é o
Gamaliel, todo En-Migrom fora construído a sua volta a fim de que não se
alcançasse este tesouro, uma vez que o criador do labirinto não o podia
também. Seus caminhos se cruzam e se confundem sobre o que se chama de
Pinom. Ao longo desta jornada será inevitável enfrentar demônios que
habitam em cada um dos elementos neste mágico mundo prestes a
desmoronar.
O Peregrino então chega a En-Hesbon, uma fonte-refúgio de Dor-Ginate em
Gezer Meroz para muitos peregrinos em meio ao labirinto, que, no entanto
parece estar por cair diante de constantes ataques Belial apenas
precedidos por suas torres chamadas Mispa, cujo os esforços de
protege-la falharam e ambas foram destruídas. Muitos Quedes já haviam
sido invadidos com o objetivo de destruir Quesalom nome que estes davam a
sua fé e esperança em sair do labirinto por resgate ou utilizando-se da
lendária bússola Veritatis Verbalis agora em posse do viajante
encontrado por ele numa fonte guardada por uma pomba chamada El-Semida
Sitri que traria imensa sabedoria e conhecimento a fim de suportarem o
mal.
Sabendo-se que, no entanto, energias negativas ou Lacum buscavam
confundir em meio ao Quisom do labirinto, o viajante peregrino é alvo de
covardes ataques morais por Abdom Hefer e seu pai Abadom Malom (uma
espécie de minotauro) afim de destrui-lo em sacrifício para com este não
haver mais obstáculos para a concretização de um obscuro plano maior.
Este então parte numa jornada de conhecimento até chegar a Zafom (norte)
depois de passar por Zalmom, porém tendo que ultrapassar os muros de
Araro Haquila que aparentemente sugava a luz e as vidas como impostos
para os que por este caminham e transitam: Avareza Del diablo, tornando a
mente dos escravos vazias e redundantes muitas vezes perdendo suas
almas, mas ao ultrapassa-lo busca libertar Edom Hezrom que tendo seus
esforços inúmeras vezes sabotado por Abdom, Abadom e Refaim Semede
parece sucumbir.
Então chegou-se a um caminho chamado Espejos Ainsi no qual se perdia em
centenas de espelhos que distorciam a imagem dos que por este caminho
passam levando muitos a se combaterem sem saber, e de onde se criou um
fac-símile pelo reflexo do viajante que duplicava invertidamente seus
movimentos para o mal, no entanto, se vendo perdidos, ao reencontrar um
martelo dourado que era usado para identificar o mal, o viajante quebra
um enorme espelho Lacum que bloqueava o caminho afim deste lugar
escapar, levando-os então a Heres que era um caminho iluminado, mas que,
no entanto suas paredes pareciam vivas, sendo formadas por pessoas boas
que se tornaram escravas por um mal vindo das raízes do labirinto,
estas iam se tornando aos poucos parte do próprio labirinto. O Viajante
então parte numa viagem aos subterrâneos chamado de Mecaná Pinom em
busca de respostas, onde no caminho encontra Los Hatifas um povo que é
liderado por Ardom (fugitivo), que unidos muito tempo atrás formaram uma
aliança chamada Hebrom, e juntos buscam alcançar os subterrâneos Mecaná
a fim de derrubar os limites do labirinto libertando seus prisioneiros e
limites mesmo sob enormes ataques Abdom Hefer e Acor Madom, jogando uns
contra os outros e corrompe-los afim de que se condenem. Sinsai Sage e
Sinrom guerreiros poderosos que buscavam libertar os escravos junto aos
irmãos Zabdiel e Zadoque possuidores de uma proteção contra
encantamentos realizados por Zemira, uma estranha mulher que enfeitiçava
e destruía seus amantes pelo sexo apenas posteriormente mostrando sua
real aparência, Zoelete Zerua.
Enquanto isso ao chegar em Mecaná o viajante acha uma peça-chave dos
quebra-cabeças no qual revela a verdadeira natureza do labirinto em sua
origem, um portal que planeja utilizar seus "exilados" deste mundo como
forma de abri-lo. Tendo ciência disso o viajante busca aliança a fim de
impedir o fim, mas seus esforços são constantemente sabotados, e sua
tentativa de acordo aparentemente fracassa. Por intermédio da bússola
Veritatis Verbalis e da fonte El-Semida Sitri este constrói a Filoversia
a fim de compreender todo conhecimento e mapear o labirinto antes que
seja tarde, por meio desta bússola e seu raro dom ele tinha capacidade
de alterar alguns desses caminhos, e por isso era freqüentemente
sabotado e roubado por Belial e Apoliom afim de não impedir o trabalho
de Abdom que é de abrir o portal invocando mal supremo.
Per aspera ad astra
Trecho de ‘Ecce Libro’ de Gerson Avillez
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