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quinta-feira, 23 de maio de 2013

En-Migrom: O labírinto do conhecimento

Labirinto s.m. (gr. Labyrinthos). 1. Construção com muitas passagens ou divisões, disposta para dificultar que se ache saída. 2. Parque ou jardim cortado por vários caminhos de sebe entrelaçados. 3. Complicação, dificuldade. 4. Órgão do ouvido interno formado por um tubo enrolado por espiral e que contém as terminações sensoriais do nervo auditivo.

En-migrom é uma terra distante, para se chegar a este lugar é necessário atravessar um imenso pântano ao sul onde reside sua entrada principal. Do lado norte da cordilheira se ergue a imensa cidade labirinto de paredes exteriores douradas a uma altura de aproximadamente 210 metros por uma extensão de vários quilômetros. Seus caminhos são aspirais em sentido horário que por suas charadas tem muitas vezes correlação com coordenadas e horas, onde muitos destes caminhos seguem estilos e correntes distintas e(ou) divergentes de conhecimentos. Seus ciclos aspirais de 32 níveis contam-se a partir do sul e muitas das entradas-saídas estão no norte, onde por vezes se é necessário fazer um arco ou volta completa para a próxima passagem, até a cúpula central no topo. Muitas das passagens, no entanto, podem convergir nos labirintos menores-internos que se estendem pelo interior da torre até suas fundações e subsolo no que se chama de níveis negativos por formar uma torre invertida, e em ambos os casos sustentando pequenas cidades ou fortes. Pelo Oriente exterior acessa-se a chamada torre menor pelo nível três do labirinto. Esta é uma aspiral não-laberíntica de quatro níveis em sentido anti-horário que leva a uma pequena cidade-forte.
Pouco se sabe sobre a cúpula central do topo. Hora diz-se ser um templo onde haveriam algumas relíquias e outra a fonte jorrante do conhecimento pelo qual esta cidade-torre teria sido construída em volta afim de protege-la. Esta fonte ninguém pode tocar, pois vem do alto. No entanto, por haver no mesmo ponto central níveis inferiores alguns especulam que esta fonte pode estar em suas fundações. Muitos de seus exploradores passaram toda sua vida decifrando seus mistérios, mas muitos se perdendo em definitivo, morrendo em armadilhas, desistindo e se tornando habitante de uma das cidades ou literalmente acabando trancados em muitos de seus engenhosos mecanismos ou como alguns dizem sendo "assimilados" pelos seus corredores. Há ainda aqueles que dizem até mesmo que a topografia natural fora uma criação de deuses (anjos caídos) para dificultar o acesso a fonte pelos perigos que se enfrentam aos arredores sendo a torre em si apenas uma extensão de En-Migrom.
No tocante que se diz, no entanto, o portador da bússola Verbalis tem-se uma espécie de manual cifrado para seus caminhos e alcançar a fonte. Sendo assim antes de tudo a busca pela fonte subsiste em várias etapas do qual uma das principais é a busca pela bússola perdida. Não há relatos factuais do que exista na cúpula do topo, pois somente uma pessoa em tempos remotos diz-se ter até lá chegado e retornado, mas, no entanto seus relatos são tão incógnitos quanto os muitos perdidos que são atraídos por seus mistérios, pelo qual em muitos casos os que sobreviveram tornaram-se homens extremamente perversos por muitas das forças lá presentes.
Um jovem peregrino ao acordar sob a misteriosa morte de seu avô, percebe-se em meio a este labirinto de intrigas em que fora jogado sem saber. Estando em meio ao Gigal deste labirinto delimitado por Hazar Sur, também chamada de Hul Del Diablo é uma cerca fortificada cujo onde só há uma entrada chamada Halul que é precedida por duas esfinges que por enigma alerta sobre os perigos do labirinto em seus Mirmas. Este labirinto apresenta conhecimentos numa das fundações chamada Blakaba, e de logias extraordinárias, mas que apenas fazem andar em círculos somada a pseudologias e prazeres ilusórios com o objetivo de escravizar a todos os subvertendo, que não obstante são usados para desviar-se da fonte original deste, o tesouro Hatá Arcano (Mat 6.21; Mat 13.44) de onde seu criador utiliza todo conhecimento autrora por ele descoberto e usurpado para construir o labirinto, a fonte de todo saber, paz e da vida eterna (Isaias 45.3). Este tesouro seria guardado por Quedar Miquéias, e Anrael Laquiz que seriam uma espécie "elo" perdido entre Deus e o homem, antigos transladados, e cujo O Caminho (João 13.36; 14.6) para se chegar chamado Yesua que é fortificado desde sua entrada por Pedazur é considerado o único caminho que leva sem erros ao Peniel onde estaria o lendário tesouro e por isso sofre constantes ataques. Este fora aberto há dois mil anos por Jesus Cristo, e o tesouro é o Gamaliel, todo En-Migrom fora construído a sua volta a fim de que não se alcançasse este tesouro, uma vez que o criador do labirinto não o podia também. Seus caminhos se cruzam e se confundem sobre o que se chama de Pinom. Ao longo desta jornada será inevitável enfrentar demônios que habitam em cada um dos elementos neste mágico mundo prestes a desmoronar.
O Peregrino então chega a En-Hesbon, uma fonte-refúgio de Dor-Ginate em Gezer Meroz para muitos peregrinos em meio ao labirinto, que, no entanto parece estar por cair diante de constantes ataques Belial apenas precedidos por suas torres chamadas Mispa, cujo os esforços de protege-la falharam e ambas foram destruídas. Muitos Quedes já haviam sido invadidos com o objetivo de destruir Quesalom nome que estes davam a sua fé e esperança em sair do labirinto por resgate ou utilizando-se da lendária bússola Veritatis Verbalis agora em posse do viajante encontrado por ele numa fonte guardada por uma pomba chamada El-Semida Sitri que traria imensa sabedoria e conhecimento a fim de suportarem o mal.


Sabendo-se que, no entanto, energias negativas ou Lacum buscavam confundir em meio ao Quisom do labirinto, o viajante peregrino é alvo de covardes ataques morais por Abdom Hefer e seu pai Abadom Malom (uma espécie de minotauro) afim de destrui-lo em sacrifício para com este não haver mais obstáculos para a concretização de um obscuro plano maior. Este então parte numa jornada de conhecimento até chegar a Zafom (norte) depois de passar por Zalmom, porém tendo que ultrapassar os muros de Araro Haquila que aparentemente sugava a luz e as vidas como impostos para os que por este caminham e transitam: Avareza Del diablo, tornando a mente dos escravos vazias e redundantes muitas vezes perdendo suas almas, mas ao ultrapassa-lo busca libertar Edom Hezrom que tendo seus esforços inúmeras vezes sabotado por Abdom, Abadom e Refaim Semede parece sucumbir.
Então chegou-se a um caminho chamado Espejos Ainsi no qual se perdia em centenas de espelhos que distorciam a imagem dos que por este caminho passam levando muitos a se combaterem sem saber, e de onde se criou um fac-símile pelo reflexo do viajante que duplicava invertidamente seus movimentos para o mal, no entanto, se vendo perdidos, ao reencontrar um martelo dourado que era usado para identificar o mal, o viajante quebra um enorme espelho Lacum que bloqueava o caminho afim deste lugar escapar, levando-os então a Heres que era um caminho iluminado, mas que, no entanto suas paredes pareciam vivas, sendo formadas por pessoas boas que se tornaram escravas por um mal vindo das raízes do labirinto, estas iam se tornando aos poucos parte do próprio labirinto. O Viajante então parte numa viagem aos subterrâneos chamado de Mecaná Pinom em busca de respostas, onde no caminho encontra Los Hatifas um povo que é liderado por Ardom (fugitivo), que unidos muito tempo atrás formaram uma aliança chamada Hebrom, e juntos buscam alcançar os subterrâneos Mecaná a fim de derrubar os limites do labirinto libertando seus prisioneiros e limites mesmo sob enormes ataques Abdom Hefer e Acor Madom, jogando uns contra os outros e corrompe-los afim de que se condenem. Sinsai Sage e Sinrom guerreiros poderosos que buscavam libertar os escravos junto aos irmãos Zabdiel e Zadoque possuidores de uma proteção contra encantamentos realizados por Zemira, uma estranha mulher que enfeitiçava e destruía seus amantes pelo sexo apenas posteriormente mostrando sua real aparência, Zoelete Zerua.
Enquanto isso ao chegar em Mecaná o viajante acha uma peça-chave dos quebra-cabeças no qual revela a verdadeira natureza do labirinto em sua origem, um portal que planeja utilizar seus "exilados" deste mundo como forma de abri-lo. Tendo ciência disso o viajante busca aliança a fim de impedir o fim, mas seus esforços são constantemente sabotados, e sua tentativa de acordo aparentemente fracassa. Por intermédio da bússola Veritatis Verbalis e da fonte El-Semida Sitri este constrói a Filoversia a fim de compreender todo conhecimento e mapear o labirinto antes que seja tarde, por meio desta bússola e seu raro dom ele tinha capacidade de alterar alguns desses caminhos, e por isso era freqüentemente sabotado e roubado por Belial e Apoliom afim de não impedir o trabalho de Abdom que é de abrir o portal invocando mal supremo.

Per aspera ad astra

Trecho de ‘Ecce Libro’ de Gerson Avillez

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