Desde o começo o homem viu a necessidade de perceber o tempo para
realizar suas tarefas, assim logo começou a se desenvolver métodos para
medir e calcular o tempo por meio de ciclos, como as horas, os dias e
anos ou fenômenos, períodos, eventos ou passagens determinadas pelas
estrelas em sua posição no céu ao exemplo do Stonehenge. Já por volta de
3500 a.C. teria sido o período em que surgiu o primeiro aparelho que
medisse o tempo num primitivo relógio de sol, que utilizava de um
obelisco como ponteiro. Depois começaram a surgir engenhos mais
complexos como o relógio de água uma vez que o relógio de sol
apresentava limitações óbvias como apenas atuar durante o dia sob o
tempo limpo. Clepsidra como é conhecido teria tido o primeiro exemplar
deste relógio em 2679 a.C. no reino de Hoang-Ti, já em 1400 a..C, no
Egito, e por volta de 400 a.C. na Grécia. Este relógio de água era
construído num reservatório onde a água escoava em pequenas quantidades
reguladas por um orifício onde uma bóia no recipiente que se enchia
indicava o tempo. No entanto, ainda assim sua precisão era determinada
por elementos climáticos como temperatura e a densidade do líquido
mediante sua viscosidade, mesmo que chegou a ser utilizado em tribunais
primitivos grego-romanos dando origem ao termo “Aquam dare” para os
períodos de fala para cada uma das três partes, e “Aquam perdere” para
tempo perdido, chegando ser citado por Platão nos seus escritos como uma
crítica aos oradores em suas estipulações de tempo. Também era
utilizado na astronomia e medicina como por Herófilo para determinar o
sincronismo dos batimentos cardíacos se disseminando rapidamente ao ser
levado para Roma em 157 a.C. por Scipião Násica.
Chegou-se também ser utilizado na China uma espécie de corda com nós
regulares como forma de medição para o intervalo de tempo necessário
para o fogo consumir a corda até o próximo nó.
Porém, semelhante ao relógio de água surgiu o relógio de areia ou
como é conhecido por ampulheta, utilizados normalmente para se medir
tarefas específicas como um tipo de cronômetro, mas curiosamente
surgindo somente depois dos relógios de mecanismos, que tiveram seus
primeiros exemplares no século XIII.
No entanto, mediante registros e nosso conhecimento o homem poucas
vezes levou suas descobertas e questões para além de meras medidas ou
cálculos sobre o tempo - no aspecto científico - tendo seus primeiros
conceitos formulados por Issac Newton que teria resultado na física
clássica onde determinava o tempo pela relação entre o espaço e tempo
percorrido (v = e / t) conforme publicado no seu livro Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, onde o tempo era considerado algo
absoluto. Neste aspecto somente com Albert Einstein que inicialmente era
apenas um empregado duma biblioteca de patentes na Suiça conseguiu
trazer a tona o que seria uma revolução para a física assim como nos
demais ramos da ciência pela concepção da Teoria da Relatividade Geral,
onde num artigo propunha que o tempo era relativo de acordo com a massa e
gravidade, onde determinava como única constante invariável à luz. Sua
teoria que na realidade se comprova como resultante da observação de
outros eventos se comprovou em 1971 por Joseph Hafele e Richard Keating
num experimento onde se mediu por dois relógios atômicos - um numa base
fixa e outro num avião que deu a volta ao mundo - a discrepância em que
revelava que o tempo no avião havia passado mais lentamente. Ora, se do
outro lado do mundo alcança-se primeiro o ano novo, significa que para
eles instantaneamente estamos ainda no passado...
Sobretudo esta conjectura serve para descrever não somente a própria
relatividade de Einstein, mas as próprias variações naturais do tempo,
mesmo que neste caso o tempo seja limitado a geográfica, em sua posição
espacial. Mas é esse princípio que rege a fictícia TEMPUS em Crônica dos
tempos (Parallel Tales). Seguindo-se linhas temporais - passado/futuro -
paralelas numa continuidade de interação atemporal, demonstrar-sei-ia a
possibilidade.
Não obstante, noutros planetas as variáveis de medidas dos dias, e
anos são diferentes da nossa, podendo ser mais extensas ou curtas
mediante seus períodos de ciclos de rotação e translação – em torno de
sua estrela, sol - tal como proporções de massa destes corpos,
determinado que nossa noção de tempo é exclusivista ao nosso mundo, logo
limitada. Talvez por isso personalidades da astronomia como Carl Sagan
preferia se referir aos aniversários por voltas em torno do sol. Do
próprio ano que se inicia de acordo com nossa contagem, quando está
entre sua menor distância entre o sol, anteriormente como março até
ganhar dois meses por Júlio César, no ano 46 a.C. sendo este calendário rê-adaptado ainda pelo Papa Gregório XIII conforme citado em Ecce Libro.
Assim conforme notamos nos capítulos anteriores surgem algumas
discrepâncias neste conceito, de modo, que essa aparente inconsistência
poderia determinar uma série de problemas mediante estas teorias que
desde já o próprio Einstein percebia que necessitava de ajustes
especialmente mediante a algumas "falhas" sob o aspecto da quântica.
Os ritmos de medida, das estações, horários, meses e anos são ritmos
ditados por uma telúrica em disposição ao movimento ante o sol e os
demais astros em algum grau interativa e influente, são ritmos
resultantes de dentro dos ritmos mesmo que auto-inteferentes, do qual
acredito haver simplesmente algo mais fino e imperceptível a estas
medidas, mas talvez ligue-se aquela sensação de que o tempo está
passando mais rápido ou lento, como propostos por Mesmer ou Schumann.
Frequências dos quais os mesmos equipamentos e medidas estão presos
assim como nós e por isso o senso comum e científico negará, pois não
que esteja errada a mesma ciência que mede o tempo, mas está presa aos
parâmetros de compassos resultantes, não concausuais.
Porém, a Relatividade nos concedeu nisso um passo importante para a
compreensão destas interações não somente de energia, mas de tempo e
espaço, percebendo que este tempo e sua percepção não é simultânea em
todo lugar do universo como um fenômeno absoluto e sólido a transcorrer
inflexivelmente para apenas uma direção, mas que para se notar estas
diferenças só mesmo se medindo os tempos de lugares diferentes, e quem
diria nos deu luz de que tais medidas não são tão astronômicas ao serem
confirmadas em precisos relógios nucleares orbitantes da terra, para
constar: mesmo que a diferença seja ínfima o tempo aqui é diferente do
lá de fora, e assim quem não dirá que tal não interfere em nosso próprio
tempo não somente da influência que dita marés e as estações?
O erro na concepção do tempo é comum no inicio da própria física,
onde sua compreensão matemática inevitavelmente são por medidas
comparativas em relação a matéria (massa) e espaço compreendendo que
esta somente é alterada por estes elementos não vice-versa. Mas se um
corpo celeste pode alterar o tempo comprovando que o tempo não é
absoluto, logo até mesmo a luz não é. Mas o acerto diz que apesar do
tempo e espaço não serem uma só coisa, estão sim dependentemente
interligados.
Óbvio, que sob os aspectos cronológicos isto poderia soar até óbvio,
mas refiro-me a interferência a nível quântico mediante oscilações que
seriam imperceptíveis a nossa consciência-comum, se não por alguns
fenômenos. Justamente neste aspecto de obvialidade um elemento não passa
pelo senso comum dos instruídos e cientistas do ramo, o tempo pode não
ser um "elemento" completamente a mercê de outras forças, mas talvez
apresente padrões e até mesmo leis próprias, que se interfiram
mutuamente. Estes poderiam ser determinados por analises de fenômenos de
singularidades e paradoxos, ou melhor, muitas das aparentes
discrepâncias e contradições nas leis e astronomia poderiam ser indícios
desta influência, perante a maior força regente que existe.
“Sem a matemática não podemos penetrar no fundo da filosofia. Sem a
filosofia não podemos penetrar no fundo da matemática. E sem as duas não
penetramos no fundo de nada”
Gottfried Leibniz
Muito se estuda na física sobre as propriedades do universo que nos
cerca, mas poucas vezes o tempo em si - não refiro-me ao tempo climático
- se não quando encontra-se nas concepções da Relatividade Geral. Mas
se toda a física em si depende do tempo de modo que suas equações sejam
formuladas sempre tendo-se em vista estas, sabemos que o tempo é
justamente o que permite os movimentos, a velocidade, o próprio clima,
de onde depende a luz, energia, eletricidade e a tudo que se dá por
existir no universo. Ou seja, podemos nós apenas controlar, medir e
calcular as resultantes, mas quem controla ou gera tempo? Qual o marca passo que o regula? Mas afinal de onde vem a vibração das
partículas? Mesmo em dizer que uma pedra seja estática esta é formada
por partículas que vibram de modo que, e se estas não vibrassem? Ou
melhor, o tempo que a permitia ganhar forma, é o que poderia as fazer
vibrar - não somente permitir - em suas partículas e somente das
vibrações se criar a energia e a matéria, um universo sem tempo, não
vibra e assim não pode nem existir. O Tempo assim é a meta-existência
para todas as coisas. Talvez o único modo de se comprovar isto seria
possível se fosse investigar o interior de um Buraco negro onde o tempo
poderia se extinguir e assim a matéria numa inexistência, mas assim como
sua própria concepção pode ser apenas teórica, esta concepção aqui
demonstrada inicialmente também.
Neste aspecto o tempo não poderia ser trabalhado como uma
propriamente dita dimensão, mas em sua concepção seria definido como
ondas vibrações (jamais partículas, mas que as fazem vibrar) do qual
advém sucessões indefiníveis e ilimitadas podendo esta ser alterada por
corpos a seu caminho, de modo que o tempo presente é resultado da
sobreposição de diversas camadas (não dimensões) do tempo anterior
(passado), como na geologia, e de igual modo com o seu ser - que é
resultante do somatório do eu anterior (EL XII.7). Essas ondas atuariam
nas demais dimensões propostas por espaço, cada onda a qual vibrando
numa frequência de onde seria responsável pela modificação de algumas
partículas, se não a criação destas do qual depende assim sua existência permitindo-se na quântica sua rápida inexistência como a exemplo da
Energia de Ponto Zero como se saísse da dimensão conhecida, em algum
tipo de singularidade. O segredo dos Tempos!
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