Aterrorizante realmente é constatar um mundo instaurado por uma única
visão que compele no demais ser cego, como se somente um olho visse o
que quisesse, onde lei é teoria e teoria lei. Porém, quando encontra-se
um ponto de descoberta chave o natural de um salto revolucionário
científico ocorrer como uma enxurrada de teorias e outras descobertas subsequentes, assim como ocorreram no período de 1825 a 1928 com o
advento da mecânica quântica que ao contrário da Relatividade foi
gradual e tendo partes de muitos nomes de colaboradores, um verdadeiro
‘leque’ de possibilidades se abrem.
O francês Louis-Victor-Pierre-Raymond, conhecido por Louis de Broglie,
por ser 7.º duque de Broglie começou no campo da física originalmente
pesquisando sobre os raio x, mas acabou ascendendo a uma disciplina da
quântica chamada a mecânica ondulatória a partir de sua tese de doutorado
"Recherches sur la théorie des quanta" onde se propõe uma teoria de
dualidade a onda-corpúsculo dentro das ondas de elétrons partindo-se dos
fundamentos de Max Planck e Einstein sendo comprovada posteriormente em
experimentos realizados por Clinton Davisson e Lester Germer em 1927.
Abaixo veremos como a mecânica evoluiu sobre o debruçamento dos demais
cientistas, teóricos e físicos sobre as descobertas anteriores:
• Wolfgang Pauli propôs o princípio de exclusão sendo consequentemente o fornecedor de uma base teórica que permitiu a
concepção da Tabela Periódica.
• Werner Heisenberg junto a Max Born e Pascual Jordan, foram
responsáveis por descobrir a chamada mecânica matricial – como era
chamado originalmente a mecânica quântica. Levando e elevando a
compreensão do movimento de elétrons dentro dos átomos fazendo a
anterior ser abandonada em favor de um método sistemático para organizar
as linhas espectrais observadas.
• Erwin Schrödinger descobriu a mecânica das ondas, a secundária
forma de mecânica quântica que resolveu a equação de Schrödinger sob a
concepção da condição de ondas. Unificando as duas teorias de mecânica
matricial e a mecânica das ondas numa só de modo funcional.
• Fermi-Dirac demonstrou nos Elétrons um tipo de lei estatística
também conhecida como estatísticas de Bose-Einstein, e que as duas
classes possuem propriedades fundamentalmente diferentes.
• Heisenberg enunciou o Princípio da Incerteza, que formalizou não
somente a condição de estatística como de incerta medição entre
movimento e posição.
• A.M. Paulo Dirac desenvolveu uma equação de onda relativística para
o elétron que explicou o spin do elétron e previu antimatéria.
• Dirac lançou as bases da teoria quântica de campo, fornecendo uma descrição quântica do campo eletromagnético.
• Bohr anunciou o princípio da complementaridade, um princípio
filosófico que ajudou a resolver aparentes paradoxos da teoria quântica,
particularmente dualidade onda-partícula.
Após a descoberta da Relatividade Geral em sua formulação cada vez
mais aprimorada a confrontar-se com a Mecânica quântica, os preceitos de
Newton parecem cada vez mais se distanciar como paradigmas pertencentes
ao passado onde o tempo ganhava valores inflexíveis não diferentes de
uma rocha, sendo absoluto. Quando então a descoberta das possibilidades
das interações entrópicas com a gravidade numa tendência natural a
encontrar-se com a teoria das Cordas, Newton parece definitivamente
dizer adeus as concepções absolutistas temporais e de leis meramente
locais e superficiais. Mesmo se foi especulado anteriormente que corpos
diferentes em queda livre alcançariam a mesma velocidade, conceitos errôneos como estes pouco a pouco foram se dispersando a suceder teorias
mais complexas e corretas, mesmo a em detrimento de espaço maior.
"Em velocidades elevadas e gravidades fortes, a física de Newton se desmantela"
Carl Sagan - O Mundo Assombrado pelos demônios
De modo similar que o vento surge do aquecimento ao ar por reações
que segue a lei da termodinâmica a suceder-se e precipitar-se sob todo
universo, resultantes dos raios emitidos por uma estrela que muito antes
da bomba atômica funciona sob os princípios da fissão nuclear
interferindo sob os níveis entrópicos e gravitacionais tal como
especulados pela relatividade geral de Einstein. A ligação sutil entre o
quantum e o macro faz-se presente diante de nossos olhos pelas
engrenagens invisíveis que regem o universo, não com um Big Bean
newtoniano, mas como o maior engenho flutuante jamais concebido.
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