Páginas Sobre

sábado, 25 de maio de 2013

Sonho e realidade

Quisera os filósofos idealistas conceberem tal imagem daquele mundo que fazia jus ao ‘verso’ como se contraditoriamente “provassem” que a realidade abstraí-se de existir se não em nossa mente como sendo o universo não mais que isto, formações de mentes em suas ideias - como tal Berkeley - e fomentando, porém, mero nó epistêmico e empírico aos que concebiam o mundo como fonte reativa de interação intrínseca como a exemplo do dialogo sucedido por Hilas e Filonous no livro de equivalente autor. Na realidade, com o perdão do trocadilho, são ambos. O problema é que tal abstração nada prova sendo deste modo auto-negável em vista que para ser verdade tal concepção é passível de se comprovar. A limitação de tal pensamento colocada sabiamente por Bertrand Russel em que somente as ideias podem ser pensadas e assim somente elas existem “de fato” confere o teor nonsense quando sabemos que mesmo o real pode ser convertido a ideias para pensarmos, vias percepção. O que estes não haviam concebido é que não trata-se da percepção e ideologia, se não sentido a suplantar mesmo sua lógica por destas advir a realidade. Os Sentidos estão presentes em todas as partes, quer como canais de percepção o mesmo de onde veio e para onde vai, ao sentir propriamente dito, o que justamente adequasse a genealogia da realidade até seu tronco-raiz, a verve do meta-verso e a verdade somente atingível em plenitude justamente pelo sentir, que finalmente expõe como todo conhecimento ser apenas compreensível, quando verdadeiro, pelo sentir não mero perceber, pois há os que veem e não enxergam.
Trecho de Adormecidos: O Despertar de Hipnos - Appendix - Gerson Machado de Avillez

Nenhum comentário:

Postar um comentário