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domingo, 26 de maio de 2013

O Tempo e a ilusão do espaço

Aos que creem o Tempo ser uma ilusão o que é o espaço então? Ar, matéria ou vazio navegável?
Pressupomos que estamos num espaço vazio até a vista, algo como espaço sideral onde no vácuo não há qualquer referencial de estrelas. Não a gravidade e consequente sensação de onde é encima ou embaixo. Como saberíamos se estamos navegando ou não? Como poderíamos perceber se de fato estamos se quer em movimento em determinado espaço? A percepção aqui pode fazer a diferença pelo consciente assim como virtualmente mover-se e não se mover seriam a mesma coisa. Proponho o paradoxo onde deste modo para se perceber o espaço e movimentar-se por ele somente tendo corpo material que naturalmente é consequência do espaço. O espaço depende da matéria para existir tal como o movimento...
Somente se é possível perceber o esse espaço pelo movimento ou noção de movimento pela interação da matéria com esse espaço. Elementos como o ar e a força gravitacional fazem a sensação de espaço real, mesmo que passível de enganos como das águas do mar sob seus pés com o arrebentar das ondas na areia da praia. Ainda confere noções de espaço a visão, porém não menos enganosa a exemplo dos filmes em 3 dimensões. O Tempo porém permanece mesmo em ausência destes elementos, o que nos leva a perguntar o que nos faz perceber o Tempo?

Oh tempo, implacável e silencioso,
rei do universo a que tudo faz vibrar,
onipresente cria e corroí, a energia faz jorrar
é, era, e será,
fluí nem de onde nem para aonde

Quantos tempos há para o Tempo?
Quem pode conte-lo?
Cerra em suas mãos, Kairos!
Tempo, Mestre do universo
casado com o espaço, pai da matéria
bolha e onda confunde e não fluí?
O Tempo é anedonta sutil e cruel

— Sombras do Tempo – Gerson Avillez

tempo37.jpg


Para tentarmos compreender isto supomos que há espelhos do alto para o baixo, e do baixo para o alto, assim como do passado para o futuro e do futuro para o passado, porém, não mais a repetição que é o eco do verdadeiramente existente, o que é o reflexo sem o original? Assim sucede o infinito, inexistente quimera eco do finito. E estamos nós entre o finito e o infinito. Ora, o infinito se que existe, sendo não mais que reflexões interagentes do qual somente algo em seu centro pode vir a ser a verdade substancial. São destas as concepções dos mundos ondulares, por tanto, o que é determinado como real é a troca de informação como vertente central. Naturalmente que tal ideologia favorece o fraco em moral que por este motivo escora-se em réplica igualmente reflexiva do argumento alheio, como cópia, o que jamais condiz ao original, não podem haver duas mona lisas originais assim como dois homens com as mesmas digitais. Notamos deste modo que aqui as reflexões são interagentes, isto é, não são cópias de si mesmas se não cruzamento diversificado a ínfimas combinações consequentes, o doppler é fenômeno de padrão e do qual ainda assim indicará sempre o original como verdadeiro. Aqui o espelho refere-se a concepção proporcionalmente consequente do reativo natural. Aqui é o princípio da engenharia dimensional.

Trecho de ‘Com Ciência’ de Gerson Avillez – 2012®

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