Páginas Sobre

sábado, 30 de agosto de 2014

Capa alternativa de 'Ars Ad Speculum'

Segue abaixo uma capa alternativa do livro 'Ars Ad Speculum: Discurssos sobre realidades' de Gerson Machado de Avillez. Clique a imagem para vê-la ampliada.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Trecho de 'Sombras dos Tempos'

Abaixo segue um trecho de 'Sombras dos Tempos' de Gerson Machado de Avillez.

Não somente uma edificação desabou, mas todo o mundo, os ventos não eram pacíficos, mas uma tempestade se formou, decrépitos imorais dominavam livremente, um exercito de degenerados se formou. Porém, dentre as ruínas daquela cidade um ser de silhueta tênue se esgueirava como um rato, sentindo-se vítima do Senhor das Moscas, as enxotou de seu redor quando caminhando em fuga entrou abaixo do prédio desabado a se esconder de homens cruéis que não tinham humanidade.
Aqueles homens passaram por entre as ruínas quando pisaram sobre uma boneca, um brinquedo infantil queimado pelo incêndio global da humanidade, pararam para tomar água e com seus dentes apodrecidos riam entre si dando por certa a morte daquele jovem fugitivo. O primeiro homem, então bocejou e disse.

- Isso está ficando chato, tem sido fácil demais matar esses nossos cães.
- Então não matemos, vamos nos divertir com eles antes! – disse o segundo homem rindo com seus dentes podres enquanto a água escorria por seus lábios encardidos.
- Cara, preciso de uma boceta virgem, faz tempos que não vejo. – disse o terceiro homem com um fuzil nas mãos, que era roubado.

Naquele momento todos riram daquele homem como se vagar pelas ruínas daquela cidade fosse um safari de caça humana divertido. Naturalmente que ao mencionar sexo, nunca era por vias normais, não existia entre eles o termo “fazer amor” mas apenas sexo bestial, pois eram bestas humanas.
Daniel permaneceu quieto entre os escombros quando sentia seu peito quase explodir de nervoso com a respiração, tentou acalmar-se pois temia que sua respiração fosse sentida, mas naquele momento pisou sobre algo que lhe chamou a atenção.
Daniel olhou para baixo e viu inerte sob seus pés uma improvável forma geométrica quadrada, um cubo com inscrições em chinês que não era capaz de compreender, mas pelo incógnito abaixou-se e a pegou quando um pedaço de embolso caiu da parede chamando a atenção daqueles degenerados.
Os olhos da jovem vitima quase saltaram das orbitas de medo, mas ele pegou a Caixa e correu quando os homens o viram adentrando uma galeria de túneis pluviais, e por um quase milagre quaisquer balas o atingiu, mas antes o restante do reboco e escombros desabaram na entrada do túnel bloqueando a passagem dos três degenerados em sua obra de morte e aniquilação.
Não havia mais preto e branco, apenas a tênue cor ambígua do cinzento dos céus e cinzas que perpetuavam sobre um mundo dominado pela guerra, peste e fome, não mais havia a formosura de cores naturais entre a fauna e flora dos seres que livremente passeavam entre os homens. Não mais havia prazer, e feliz eram apenas os mortos que escaparam do suplício de uma guerra de aniquilação entre espasmos de resistentes heróis quando não sucumbiam a mortandade por pestes como ebola.
Na verdade estes poucos e bravos resistentes viviam entre frestas das ruínas das grandes cidades seguindo numa guerrilha contra potestades que estavam sistematicamente atacando os últimos humanos livres da Terra, corporações gnósticadas por uma tecnocracia corrupta onde a morte sistemática era burocratizada, pois toda violência transcorria impune.
Aqueles eram tempos severos e servis, as pilhagens e rapinas, estupros e mortes vagavam livres, não havia segurança, nem grávidas, crianças e velhos eram respeitados. Mas havia um lugar entre os subterrâneos em que era vetado aqueles que tais coisas realizavam, mas não concebia seres capazes de tudo pra sobreviver, pois isto era a origem de todo aquele mal. Assim achegou-se o jovem Daniel ao perceber a entrada subterrânea da resistência que carregado a Caixa, maltrapilha, ao ver dois homens parados na entrada daquele lugar protegido ao subterrâneo onde lendas mencionavam um homem que a nada se dobrava e temia apenas ao justo. Se tornou líder, protegeu sobreviventes, quer famílias, mulheres ou crianças e todos aqueles que lutassem contra aquela mazela global, seu mito lhe precedia como resistente, seu nome era impronunciável por ser um renegado excluído, mas seu mito tinha um apelido, Peregrino. Então surgiu ele ao lado de mais dois homens armados e viu ele os então três homens e apontando-lhe a arma lhe disse.

- O que você me faz para justificar viver e por mim não ser morto? - perguntou ele.
- Mato a quem pedir, estupro, canibalizo e me torno gay. - respondeu o terceiro homem, a esquerda.
- Poderia me matar dois negros, quatro intelectuais, dois cientistas e oito judeus e me furtar seus conhecimentos? - disse o Peregrino – Ah, também a última virgem, poderia estupra-la pra mim? – concluiu quando viu o homem concordar com a cabeça e então o homem atirou em sua cabeça e disse. - Somos a resistência e sou eu o Peregrino. Aquele que faz de tudo para sobreviver é como a barata, de nada vale viver ainda que a tudo sobreviva, se para eles estamos mortos por isso lutaremos até formos enterrados. Buscamos aqueles que queiram viver e morrer por um ideal, pela única guerra verdadeira travada, pela humanidade e seus bons costumes, o que nos faz humanos, por aqueles que não sendo capazes de conquistar mentes e corações limitam-se aniquila-los. Melhor o morto por seus ideais ao falecido moral perambulante.

Ao ver isto um dos homens se dobrou de joelhos e implorou para viver, e então o Peregrino atirou em sua testa enquanto o Daniel ficou de pé a encara-lo ainda que pálido de temor. O Peregrino então virou-se pra ele, Daniel, e disse e olhou em seus olhos como se estivesse pronto a mata-lo impiedosamente pra ver se hesitaria e disse.

- Porque está de pé? Me desafia?
- Para mim tanto faz viver ou morrer. Se for pra me matar não me dobarei! - disse Daniel segurando a Caixa em seu braço.
- Então você pode entrar, é apto a viver, ainda que sobreviver. Esse eu curti. - completou o homem guardando sua arma no coltre. - Que daqui pra frente, esteja preparado pra morrer sem se dobrar. Seu passado, passou, não sei o que fez mas que não se repita.

O Peregrino era um homem duro e genial, havia sido condenado pelos poderosos que arquitetaram aquela apocalipse por conceber ideias que os impulsionaram, era um escravo até tudo começar. Sabendo que seria morto então nunca mais quis se dobrar, muitos a eles pediram socorro quando o começo do acabar começou. Vivia ele na clandestinidade a esgueiras, padeceu, mas sobreviveu sem se dobrar, a ele era uma questão de honra, se tiver de morrer nunca se dobraria a vontade dos algozes, e conhecendo que a humanidade agora igualmente estava condenada, muitos a ele se juntou.
Ao grupo haviam negros, mulheres, idosos e todos os quais pudesse auxiliar em planos para reconquistar o que era deles. Daniel sentiu-se aliviado, pois os rumores daquele homem que apesar de justo era implacável para peneirar os degenerados que tentassem se infiltrar no grupo de resistência, e submetido a ideologia apocalíptica e marginal do matar ou morrer, preferia ver estupradores e saqueadores mortos do que idosos, mulheres e crianças como os que ele protegia. Outrora o Peregrino costumava ser um imã a decadentes criativos e morais, daqueles que sabotavam e matavam a concorrência e faziam de tudo para ter o que desejava, andava ao lado de dois cães que havia resgatado duma família, haviam algumas celebridades entre eles como Mark Zuckberg. O homem libertou-se dum hospício que fora colocado ao revelar uma trama genocida e de rapina contra a humanidade quando um PEM (Pulso Eletromagnético) é liberado em maior parte do mundo com o inicio da guerra termonuclear. Ele vaga, pela cidade e redimido de seus delitos decide resistir ao que a humanidade era imposta.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

As piramides são um tributo a relação parasitoide

Ao contemplar a imagem das piramides nunca deixei de me perguntar quantas pessoas morreram esquecidas e escravizadas apenas para construír um túmulo. Como mudaram o meio ambiente o destruindo e escravizaram milhares de pessoas apenas para que um homem ao invés de voltar a natureza fosse guardado mumificado dentro dela, a ideia trouxe o contexto das "obras faraônicas" onde o excesso é comum e não por menos carregou a conotação de escravidão hierarquia, algo que tentou se perpetuar na cadeia alimentar como se o mundo se limita-se a comer ou ser comido.

Porém, o universo mais que competição é troca, tirando as doenças e parasitas não conheço nenhum ser que viva utilizando algo de nós sem nos dar algum benefício em troca. Mesmo as aves quando comem frutos propagam a semente da arvore, pois o contrário pertence a um estado de ausência de equilibrio, uma anomalia, quando mesmo a genética é contra o esquecimento e a ingratidão. Na natureza nem a morte é em vão, somos físicamente perpetuados em genes, memórias e na transformação da matéria. A troca é a palavra-passe da natureza e mesmo a sociedade se mantém em tal relação pois ser social é a capacidade não somente de se afeiçoar, mas oferecer algo em troca ao contrário do parasita o qual sua saude está colocada no adoecer alheio, a vida está em matar, e a vitória em subjulgar enquanto somente a sociedade humana ao evoluir do estado selvagem captou a cerne da natureza que é a troca. Viver em comunidade é ser servido e servir.

O digo pois mesmo os animais irracionais em seu estado selvagem não são capazes de ter ganância, desejar mais do que produz ou lhe é necessário, a única característica nociva que diferencia, negativamente, o homem dos demais animais.

Piramides do Egito

Mesmo a aptidão como verdadeiro signo da evolução está fundamentado no princípio da troca, adapta-se em sua aptidão ao ambiente sem ser preciso destruí-lo ao contrário do homem que com ganância age como um parasita como se tivesse insaciavelmente faminto até com tudo acabar.
O estado parasita faz definhar, como precisar estuprar para se sentirem machos quando mesmo a natureza corteja em troca da procriação em inúmeros exemplos, de certo aprendo mais com as aves do que com eles.

A troca e equivalência são chaves no universo pois ele procura o equilibrio e o equilibrio se mantém, não anula como em estados extremos que sempre são a ausência de equilibrio. Os índios isso conhecem, há alguma tribo que tenha aniquilado a tudo a seu entorno e sobrevivido a exemplo da ilha de Pascoa?

A natureza preza a simbiose, pois quando no equilivrio parasitas são oferecidos na carcaça de cachalotes e bovinos a aves em troca de serem limpos por elas, o único significado de parasitas é alimentar aves. Parasitivismo é uma crença maldita que apenas atrasa, sua aritmética é falha. Uma relação parasita é uma via de mão única, apenas se dá, mas nunca recebe em proporção em troca. Mas não se dá o que não lhe fi dado, mas feito e conquistado.

Não, na natureza todos, na medida em que servem, são por ela servidos pois mesmo o conceito de Deus sobre ela encontra-se fora dela ao contrário de nós, mas Ele depende natureza pra viver? O que não segue tal conceito não pertence a natureza ou ao seu equilibrio, afinal quantos homens independente de sua arrogância no fim não morreram e serviram de adubo a natureza, ou quantos não precisaram de seu ar, comida e água pra viverem? Estes são múmias! Uns servirem e outros apenas serem servidos é a aritmética parasita, a mesma que construí as pirâmides.

Só se conhece o valor do que se produz, por isso alguns só conhecem o valor da miséria, violência, exclusão e injustiça. Mas eu da honestidade, bons costumes e justeza. Para tais isto são apenas palavras, para os bons, atitudes. Cada um oferece o que tem, mas as múmias, nem as piramides!

“Os ricos do mundo estão a consumir mais do que um planeta Terra”.
Mohan Munasinghe

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Ilustrações de 'Zine Magazine'

Abaixo coloco algumas páginas ilustradas do projeto Zine Magazine, dentro das temáticas do Filoversismo como revista eletrônica. Clique nas imagens para ler os textos!