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domingo, 30 de junho de 2013

Manual de Guerrilha ideológica e a construção de realidades

A construção de realidades é essencialmente de ideias, mesmo que se mesclem cultural e historicamente se distinguem. Tais ideias verdadeiras ou não, tem que ser digeríveis popularmente, coerentes, morais e sinceras pois o que faz a percepção de tal realidade é o modo como ela é sentida para só após fazer sentido com alguma identificação. O povo adormece melhor sonhando do que tendo pesadelos com uma realidade intragável de abismos. Disso o povo acordou mesmo que ainda não saiba contra o que luta, sendo na verdade a metarealidade os engenheiros da ilusão. Assim de nada adianta usar o futebol como ilusão quando os que dizem querer o "novo" são os velhos da religião feudal.
A verdade é única e não tem lados, mas sim versões determinadas por percepções inerentes a uma realidade dela derivada, ora a realidade é relativa, não a verdade como motriz dela e quando falsa realidade escondida a levar todo tipo de contrariedade. A ideia aqui carrega a visão do futuro podendo se tornar verdade e consequente realidade.
Ofereça uma utopia como o sonho, a aprimorar ao melhor ainda que inatingível em totalidade. Oriente mesmo ante diferenças, a direção comum a quase todos e o qual o excedente seriam apenas flutuações inevitáveis e inerentes a própria natureza do universo.
Esconda suas ideias a vista de todos e as associe ao comum e então serão usados por elas pensando eles que as usam, e como mágica tornará o comum em extraordinário.
Nunca ataque diretamente seus adversários mas em seus ideais, na guerrilha de ideais permear ideias contrárias de modo memético a se tornar o tumor no tumor numa conspiração reversa a decidir a realidade, fazendo uso de seus recursos contra si próprios os tornando suas próprias vítimas.
Isso então corroerá sua realidade como o ácido em suas entranhas obrigando-o a mudar suas fantasias e fatalmente seus planos. Engane passando-se por enganado e deixe que seus açoites apenas o lustre como ilustre incomodo.
Na guerrilha de ideias é mais pelo silêncio que por tiros e violência, é o que define percentuais de uma realidade e sua aceitação da mesma. O campo de batalha é a mente coletiva cuja revolução é a percepção, onde a mentira e injustiças alheias são sua força de persuasão, o povo prefere ser tratado por ovelha do que gado. A liderança é identificação de representatividade, não pode ser forçada ainda que um percentual não aceite como flutuação comum.
Conquiste mentes e sentimentos e se assentará no trono das opiniões. Do verbo se fará a realidade pelo sentimento da verdade, nisto consiste o filoversismo e quando captarem a ideia será tarde demais para eles pois já foram infectados.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Conto: O Primeiro Seth

"Somos todos escravos do Tempo, reféns da eternidade"
Boris Pasternak

Em tempos antigos havia um homem do qual mesmo seu pouco tempo de vida conquistou todo o mundo por ele conhecido, rompeu limites e fronteiras, suplantando culturas e civilizações e chorando quando não mais havia nada a conquistar. Assim nem mesmo o Egito o mais era em sua concepção original de modo que este homem batizou toda uma cidade com seu nome, Alexandria. Todavia lá fora honrado o conhecimento humano como um todo, numa lendária biblioteca que fez famosa tal cidade. Havia todo um grupo de protetores de seus livros, os lendários bibliotecários, tal como seus conhecimentos como compêndio do saber humano, mas também pelas sombras se esgueiravam aqueles cujo ímpeto era transtornar o conhecimento e a verdade, mais que escribas replicadores eram falsificadores mudando livros, tirando autorias e criando o que muito se conhece hoje por apócrifos. Homens de negro do qual tinha a pertença de transtornar toda a verdade conhecida em mentira e o aplicando para todo tipo de ato vil e servil com a força de um extremismo cuja única paternidade legítima era o medo, a violência e a discriminação. E assim maquinavam eles pelas sombras daquele que era o maior centro cultural do mundo até o presente momento. O ano era 646 depois de Cristo e mal sabiam os bibliotecários que eram alvo de uma conspiração dentro de suas dez salas, e com seus setecentos mil livros, conspiração para destruir os segredos que guardavam, segredos que rompiam o tempo.
Era noite enquanto um dos nobres protetores caminhavam pelos corredores altos daquele formidável lugar. Carregando rolos de pergaminhos recém adquiridos da China estava levando-o para o vasto acervo e catalogo dos mesmos. O lugar era apenas irradiado pelas luzes artificiais de pequenas chamas tremules a lançar sombras compridas por toda extensão do trajeto, quando o jovem adentrou uma fileira de estantes murmurando consigo mesmo.

- Conhecimentos orientais, autor Wang, próximo as viagens a terras desconhecidas de Platão.
Todavia naquele momento outro murmúrio se ouviu e vendo-se que não era o único a interromper o agradável silêncio do lugar ele parou todo o ruído o quando produzia a encostar os livros numa mesa e virou-se. O som cessou, e assim ele voltou a se movimentar quando ouviu passos atrás dele, numa das estantes.
- Naum? É você ainda trabalhando ou lendo algo nas horas vagas?
Ao falar isso apenas sua voz ecoou por todo sagão tendo apenas o silêncio por resposta. Ele então largou os manuscritos sobre a mesa e deu a volta até o outro lado da estante quando ouviu passos agora ligeiros em sua direção. Pegou ele uma vela e tentou iluminar o lugar quando viu uma sombra tremule atrás dele e ao se virar notou um homem vestindo longas vestes negras a sorrir com dentes apodrecidos ao abaixar seu capuz e ele disse.
- Filoversismo!

O jovem tentou sair, mas o homem tinha um punhal em suas mãos e partiu em direção a ele lhe enfiando em sua barriga enquanto com sua mão seu grito era sufocado enquanto ele falava em seu dialeto.

- Calma, calma... acabou...

O jovem caiu ao chão enquanto ainda torcia a ponta dos pés agonizando. Aquele homem então lhe enfiou novamente a faca, e novamente até que ofegante viu que toda atividade dele cessou, ele se levantou recolhendo dois manuscritos que haviam caído no momento que o jovem caiu ao tentar se apoiar e colocou-os de volta e assim puxou ele até as sombras dizendo em seu dialeto.

- Foi...

O homem olhou para os lados ao sair daquela fileira de livros e levantando seu capuz negro seguiu a passos firmes e velozes até sumir em meio as sombras.
No dia seguinte tudo parecia transcorrer tranquilamente até o momento que um dos jovens bibliotecários tropeçou em algo, o corpo do jovem aprendiz lá assinado friamente por aquele misterioso homem. Em desespero ao reconhece-lo gritou deixando os demais pergaminhos e manuscritos que carregava cair ao chão manchando-os do vermelho de sangue. Todos largaram suas atividades e correram até o lugar onde estava aquele jovem cujo nome era Naum. Rapidamente um turbilhão de vozes se ouviram tumultuando o lugar e fazendo os leitores igualmente se levantarem para verem o que acontecia, alguém havia matado um dos companheiros dele, os guardiões da verdade e do saber.
As horas se passaram e mesmo com as autoridades presentes não conseguiram descobrir quem fora o autor daquele delito considerado infortúnio por uma biblioteca tão protegida, virtualmente. Porém, Naum que era um quase autista e possuía como a palma da mão o dom de decorar a posição de todos os livros que conhecia, mesmo abalado pelo assassinato seguiu com seu serviço após procurar ver se algum manuscrito havia sido furtado do lugar ou subtraído de alguma forma, assim o fim da tarde chegou quando as luzes solares davam lugar as candelabros acessos por um dos colegas de Naum enquanto vários eruditos liam os livros inertes em seus conhecimentos em grande parte inéditos a humanidade. Assim Naum estando de costas ouviu uma voz em meio ao escuro que crescia no lugar.

- Bibliotecário! Já sabes com o que está lidando?

Naum virou-se a olhar a silhueta vestindo trajes árabes, era um homem branco a destoar do tipo cultural que aparentava, mas assim ele continuou.

- São vocês os pioneiros do saber, guardiões da verdade não?
- Sim, e você? A biblioteca está fechando agora, somente amanhã senhor.
- O que tenho é mais importante que horários de funcionamento. Pode me chamar de os Filhos do Tempo. Somos Cronistas e testemunhas dos incógnitos universais, defensores da verdade a qualquer preço, decifradores de mistérios, guardiões da memória e do conhecimento, sou Shiyth. Temos muito em comum, e tenho algo para você.
- Senhor, não podemos conversar aqui. – insistiu Naum.
- Me perdoe, mas as minhas intensões são as mais nobres, já ouviu falar da palavra Filoversismo?
- Não.
- Pois afirmo-lhe que ela fora sussurrada neste lugar! Algo que vocês tem e talvez nem saibam que tenham... mas quando você encontrar saberá.

Naum ficou confuso com aquilo e perplexo apenas respondeu com o silêncio e assim o misterioso homem continuou.

- Tem relação com o assassinato aqui cometido – murmurou ele se inclinando ao pé do ouvido dele. – Vocês estão lidando com os homens de negro, já ouviu falar?
- Como não, porém, não mais do que lendas e mitos que como sombras distorcem este lugar.
- Eles procuram o mesmo do que nós, no entanto, para destruir a verdade.
- Mas o senhor espere que lhe ouça assim sem conhece-lo ou ter provas em mãos? Algumas pessoas se nomeiam do que querer e pra mim um Shiyth é apenas um nome. Sabemos das lendas a cerca dos homens de negro.
- São uma ordem obscura de inimigos do conhecimento e da verdade, tentam possuir um manuscrito específico o ocultando e tirando sua origem para benefício exclusivo e tentando destruir o nome do autor para se atribuírem a autoria.
- Bom, existem falsificadores por aqui, são escribas e bibliotecários que abandonaram as escolas do saber e da verdade. Temos conhecimento de algumas adulterações e livros divergentes até mesmo tentando tirar algumas autorias, mas...
- Você está perto da verdade. Quando ouvir esta palavra, Filoversismo, saberás que está perto do que pode mover o verbo a existência. Lembre-se o honesto é eleito para governar, o mau domina sem eleição, assim são estas sombras.
- O setor de feitiços e palavras de encanto estão no outro setor senhor, são os feitiços de tulpas e golens e de canalização de pensamento, se vier amanhã posso leva-lo até lá. – disse Naum não dando importância ao que o misterioso homem dizia.

Meio que frustrado pela recepção de Naum o misterioso homem se retirou dando-lhe as costas enquanto Naum seguia com suas tarefas arquivando e devolvendo os livros a seus lugares, tudo catalogando cada uso e cada registro com data, livro e autor para que nada se perdesse. Certamente ele era como uma formiguinha ante aquele enorme monumento do saber edificado sob pedras porém, aparentemente insensível completou seu trabalho minutos depois saindo para respirar o ar puro da noite quando notou uma esfera brilhosa corta em rasante próximo a ele.
Assustado com a súbita aparição ele acompanhou inerte com os olhos as evoluções do estranho objeto cor de âmbar a corta os céus e desparecendo após ele ser visto por Naum. Intrigado com aquilo chamou seu superior e por não ter nomes a dar a visão falou se tratar de algum tipo de chama voadora. Aproveitou igualmente para falar-lhe sobre o estranho visitante que lhe abordou porém, sem maior atenção daquele senhor que era o seu mestre na catalogação de todos os conhecimentos.
Assim no dia seguinte, estavam os bibliotecários separando livros que eram imitações de originais como alguns livros relacionados ao cristianismos a exemplo de ‘A Família de Cristo’ e mesmo alguns que eram cópias distorcidas do evangélico tendo por autor outros nomes. Naquele momento ele viu numa pilha um livro que lhe chamou a atenção intitulado ‘O Primeiro Seth’. Curioso com o título e o fato de não tê-lo visto lá anteriormente ele o pegou com cuidado e o desenrolou lentamente. Vendo que era muito antigo procurou qualquer menção que mostrasse qual era seu autor para que o catalogasse ou mesmo procurasse nos registros. Ele sentiu-se vigiado por trás e quando virou-se notou um dos jovens a observa-lo silencioso mesmo que tentasse disfarçar ao ser notado. Naquele momento ele virou-se para o senhor ancião que era seu mestre e perguntou.

- Senhor este não tem quaisquer registros ainda. E seu estado é bastante precário, talvez os escribas...
- Catalogue e depois vemos o que fazemos, conseguiu identificar o autor? – interrompeu o ancião.
- Não senhor, tenho que ler ele. Parece importante, afinal não temos registros dos Seths por aqui.
- Certo então o faça! – consentiu o ancião.

Curiosamente naquele momento o jovem lembrou-se da palavra dita por aquele homem misterioso do qual a sonoridade de Shiyth assemelhava-se muito ao do termo seth, de modo que antes resolveu pesquisar sobre o assunto. Naum fora então até os registros e uma sucessão de vários livros somente de catálogos estavam dispostos de acordo com os tipos: feitiçaria germânica, cristianismo, filosofia grega, e tantos outros. Assim ele procurou um cujo título descrevia ‘Religiões Arábes’.
Naum o abriu e desfolhou suas grandes páginas uma a uma até que viu uma descrição árabe no Zohar. Viu a localização e se encaminhou até o lugar onde o livro estava guardado. Ao chegar no lugar notou que a versão era transcrita por um escriba para conservação mesmo que pontual e detalhasse mesmo o período em que fora feita, autoria original e localização de onde fora encontrado a versão original deles. Naum o puxou e abriu-o desfolhando lentamente até que viu o termo Shiyth que significava ‘concedido’ e ‘nomeado’ na versão árabe de Seth o qual representava toda linha de justos e mesmo considerado como um dos profetas (Seth) do Islão. Fechou então ele o livro pegou O Livro dos Jubileus onde havia uma descrição dos Seth cuja linha havia se perdido. Lá dizia que o Primeiro Seth havia se casado com Azura.
Sinceramente perplexo ele então pegou o misterioso ‘O Primeiro Seth’ e o desfolhou página, por página notando que aquele livro narrava fatos antes desconhecidos por ele mesmo em todo farto catalogo presente naquela biblioteca. Intrigado com as possibilidades, Naum mergulhou em suas palavras pois era instruído na língua em que fora escrito e descrito, um aramaico com variações que nunca tinha visto. Assim ele leu os seguintes versos iniciais:

"E vendo Deus que pelo homicídio se instaurou o caos ante seu propósito, Deus concebeu o destino, Destino que sobre tudo que é contra o propósito divino prevalece e com ele o Sete o qual se refere como designado. E Deus viu que era bom, e se agradou disto.
Assim Deus criou o passado e também o futuro para que se ligassem pelo presente ante o destino, amarrando uma ponta a outra."

Intrigado com as ideias ali colocadas ficou sem compreender ao certo o que significava ainda que parecesse estranhamente fazer sentido o que era dito no livro. Procurou ele então o autor e viu o nome que dizia Wang. Incomum a língua e cultura o qual adveio pensou ele se tratar de alguma transcrição posterior do original e cujo título falava na realidade do escriba que o fez.
Cansado das longas horas em que se debruçou diante dos livros, Naum tendo suas pálpebras já pesando em seu rosto resolveu encerrar suas buscas e leituras do mesmo manuscrito até o dia seguinte quando ouviu ruídos do outro lado da estante onde guardava os livros. As horas eram avançadas e temendo ser algum rato que lá adentrou pegou seu candelabro e seguiu a passos velozes até o lugar de onde via o som quando viu o reflexo de uma luz âmbar assim como a que vira na noite anterior. A luz seguiu por dentro da biblioteca e de tão intensa parecia turvar mesmo as formas pelo qual iluminava. Porém, tão súbito quando surgiu desapareceu ante seus olhos o deixando com mais perguntas ainda. Assim ele passou pela guarda de segurança sem saber o que relatar ou falar quando não resistindo resolveu perguntar aos homens lá presentes se viram alguma luz com tais descrições, tendo a negativa por respostas.
Certamente se fosse algum desvario de uma mente cansada uma noite de sono resolveria o que ele achou ter visto, pensou consigo, de modo que entrou em seus aposentos e ao deitar-se rapidamente suas perguntas deram lugar ao sono.
No dia seguinte a movimentação era intensa no saguão principal da biblioteca que se estendia com seus altos tetos por muitos metros até encontrar corredores não menos extensos até outras salas menores. O ancião que era o instrutor de Naum caminhava ao lado de dois outros bibliotecários quando viu Naum aproximar-se.

- Coloque setuaginto no setor de cristianismo, e altere as especificações para registrar para onde fora movido. – disse o ancião para o bibliotecário tendo o aceno de concordância do jovem e assim o ancião virou-se para Naum e com um sorriso lhe perguntou – Então meu jovem como está a leitura do Primeiro Seth.
- Tem conhecimentos que simplesmente nunca soube ou ouvi falar, e a autoria aparentemente é discrepante com a cultura o qual pertence. – respondeu Naum.
- Nada vem do nada, jovem Naum, tudo tem que ter uma origem, seja qual for o autor ou cultura. Vamos ver o livro.

Naum e o ancião seguiram pelos extensos corredores com pessoas de vários tipos de cultura passando carregando manuscritos e livros, entre eles um homem que vestido de árabe fez lembrar em muito aquele misterioso homem que encontrou a dois dias. Naum parou para olhar para trás e quando ele se virou notou ser outro homem, um barbudo que destoava por completo das feições do misterioso homem, assim ao ver que chamou a atenção do ancião ele resolveu arriscar.

- Senhor, há dois dias um homem misterioso e veio ter comigo quando fechava a biblioteca me indagando sobre um livro do qual os homens de negro procurariam.
- Qual livro jovem Naum?
- Não sei, mas ele se identificou como um Shiyth, que é justamente a transcrição em árabe para Seth.
- Por aqui cruza-se muitas culturas meu jovem – disse o ancião enquanto caminhava - de modo que vemos todo tipo de grupos ou seitas surgirem e procurando conhecimentos comum ao que acreditam, ou seja, sempre algum destes vem aqui.

Mesmo que não tivesse maiores argumentos sobre o tido algo dizia a Naum que aquele misterioso homem tinha algo com o livro que ele justamente lia como se de alguma forma ele descobrira que Naum encontraria este mesmo antes de encontra-lo. Assim chegaram eles até onde o livro estava guardado e o tirou do lugar colocando-o sobre uma enorme mesa de madeira que lá estava. O ancião abriu-o lentamente e respirou dizendo.

- Certo lá vamos nós.

Ele examinou o livro, folha por folha lendo alguns trechos e interrompendo seu próprio silêncio com algumas palavras como “interessante”, “curioso”. Assim ele olhou a última página e com uma lente aproximou de suas margens como se procurasse algo invisível a olhos nus.

- Fascinante, realmente nunca vi nada semelhante. Sensacional conceber o conhecimento aqui. Deixaria Herófilo perplexo. Acho que ele estava certo sobre muita coisa.
- Como os sentimentos não virem do coração, mas do cérebro senhor? Acho isso sem sentido. – retrucou Naum.
- Mas certamente isso interessaria Ptolomeu pelo suposto conhecimento astronômico que estes Seths pareciam ter. Não posso ler todos os livros aqui presentes, pois precisaria de muitas vidas para isso, mas garimpamos o que mais nos importa. Mas realmente não consegui identificar qualquer autoria de modo conclusivo.

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O ancião parecia fideldigno a verdade nos conhecimentos ali presentes de tal modo que a salvo os livros considerados de fabulas e contos eram catalogados como mentirosos quando notava-se propor algo que excedia a verdade e realidade em contradição com esta. E aquela biblioteca mesmo tendo sobrevivido a outros ataques como a de 47 a.C. onde fora saqueada por Julio Cesar um descendente dele, se opôs e desde então sua linha era hereditária protetora de tal biblioteca. O ancião então disse que depois leria todo o livro e pesquisaria mais cuidadosamente com Naum sobre suas hipóteses e sobre a suposta linhagem de seth. Todavia estava ele incumbido de pesquisar livros sobre os druidas para um homem que estudava seus mistérios e assim o fez saindo de lá e deixando Naum a sós com aquela relíquia.
Assim Naum se dirigiu-se a um dos quartos dos consultantes onde leria com maior tranquilidade o livro quando um visitante interrompeu sua caminhada perguntando por obras de Hermes e Salomão sendo prontamente exemplificado por ele o setor. Assim outro bibliotecário recém começado suas atividades perguntou-lhe onde era o setor de “Ciências matemáticas” e Naum respondeu.

- Ao norte, perto do setor de “Ciências Naturais”, aquela onde está os livros de Mochus com suas teorias estranhas.

Quando Naum sentou-se no quarto começou a ler novamente o livro e mergulhar em suas palavras ainda que tivesse dificuldades de identificar e traduzir algumas outras, pesquisou em documentos anexados junto ao livro para saber de onde veio originalmente, mas não havia nada assim como o autor a não ser aquele nome misterioso e possivelmente chinês. Pegando um papel ele começou a notar com uma pena algumas informações que achasse pertinentes ao que estava curioso. Aquela maravilha fundada por Demétrios de Phalére teria descrito fenômeno similar ao visto por Naum nas noites anteriores, um feixe de luz no céu que tanto lhe impressionou que o levou a escrever sobre isto num de seus livros. Assim introspectivos sobre o conhecimento que estudava assim como o que também pensou ele consigo mesmo se tal tinha alguma relação com o fundador da biblioteca. Ficou ele ali por longas horas sentado parando apenas para sua refeição e quando se deu conta já era o fim da tarde.
Naquele momento enquanto lia quase o final do livro ele ouviu como a ecoar pela biblioteca já vazia o nome “Filoversismo”. Levantando seu rosto para procurar de onde veio, notou todos os lugares daquele quarto vazios quando repentinamente ouviu novamente tal termo. Perplexo Naum saiu do lugar e caminhou pelas estantes a notar apenas ao fim do corredor um bibliotecário vagando na porta de saída enquanto o último consultante saia de lá. Olhou ao redor quando sentiu algo como um respiro a ecoar por toda sala. Agora Naum estava assustado legitimamente e quase correu por temer haver alguém. Porém, tentando submeter suas emoções a sua vontade canalizou todos seus pensamentos a procurar sobre a palavra antes dita pelo misterioso homem árabe no setor de livros alquímicos onde haviam alguns escritos secretos que supostamente daria poderes criadores ilimitados a seu conhecedor.
Acendeu um candelabro enquanto os demais bibliotecários assim o faziam por toda extensão da biblioteca pois mesmo após fechar continuava funcionando até que o material fosse organizado e toda movimentação registrada nos catálogos. Assim Naum rodou seus olhos por todos textos possíveis a procura de qualquer pergaminho ou manuscrito que indicasse a existência de tal palavra. Viu encantamentos, magias para criar golens e todo tipo de sussurro mágico que trouxesse a existência algo que não existisse, não havia nada parecido a isso em qualquer tipo de magia. Naum então sentiu um intenso frio e com um medo proporcionalmente intenso levantou-se até que ouviu uma voz, a voz daquele árabe misterioso.

- Você ouviu a palavra, não ouviu?

Naum virou-se tentando manter a compostura e a seriedade de um profissional, mas por dentro estava desabando de medo.

- Não é de mim que tem que ter medo. – disse o homem como quem percebesse o que Naum sentia - O que ouviu fora um eco assim como o sussurro. E o que é o medo se não um eco do abismo?
- Porque? – indagou então ele contendo a voz para não ser um berro.
- Porque é a pergunta que nos fazemos, mas o abismo não responde. Mas você faz seu trabalho direito com todos seus registros, o porque é simultaneamente a pergunta e resposta. A palavra é de outro tempo. Você não encontrará origem etimológica por que corromperam sua origem.
- Como assim?
- Você deve saber apenas o que é necessário para seu destino. – retrucou o árabe ignorando a pergunta – Infelizmente saber mais poderá comprometer negativamente seu tempo. Agora ouça os homens de negro tramam incendiar a biblioteca e todos seu acervo e registros, quanto a isso nada pode fazer, mas pode salvar o que para vocês será perdido.
Naum continou sem entender o que ele queria dizer mas o árabe continuou a falar.
- Perto dos portos, os homens de negro realizam um ritual onde tentam usar as palavras para transtornar o tempo. Filoversismo.
- Isso é o que trouxe aquelas esferas âmbar aqui dentro? – indagou Naum.
- De certo modo sim. É um conhecimento que trás palavras a vida, por versos que como verbo movem a ação e da ação ao fato. Assim como a própria palavra em si surgiu. Porém, sua má aplicação, ou aplicação antes do tempo, trará transtornos. Pois os homens de negro querem tirar sua origem, com certo êxito admito, ao menos aqui. O que quero que você faça e mostrar ao ancião o que está acontecendo no que estes praticam secretamente.
- Mas o que eles fazem? – insistiu Naum.
- Tramar trazer a guerra e culpar quem quer que esteja no caminho. Por vezes o ímpeto egoísta da ganância confunde o alvo da inveja com o motivo da guerra.
- Continuo sem entender, você invade aqui e sem quaisquer provas pensa que pode me dar ordens?
- Estou lhe indicando onde estão as provas e espero que você não queira uma guerra começar para ter provas maiores de que falo a verdade. A guerra é o fracasso do ser humano como humano, é o triunfo essencial do mau, mais que heróis a guerra faz vítimas. E entre elas o conhecimento!
- O livro que você procura é este? – falou Naum mostrando o livro ‘O Primeiro Seth’ sob seu braço, mas ao olhar novamente para onde estava o árabe, ele havia desaparecido.

Naum rodou por toda sala murmurando pelo homem a procura dele, mas nada encontrou, e quando fora até a portaria perguntar se alguém havia por lá passado, prontamente fora negado pela guarda. O homem havia desaparecido como por um encanto assim como surgiu de acordo com a ideia de suas palavras. Sem o que fazer restou a ele apenas ceder mais a sua curiosidade a ir ao lugar onde ele falou do que acreditar ser verdade o que ele dizia. Naum saiu sem falar com seu mestre ancião, antes seguiu pelas ruas de Alexandria temoroso por ser seguido e achando haver homens caminhando nas sombras o observando.
Porém, ele fora até o local designado e procurando entradas para um subsolo conseguiu achar junto a onde depositavam lixo dos navios que lá ancoravam. Naum desceu por um corredor de pedra cujo teto era baixo e o fazia andar curvo sobre si mesmo. Mas tão logo ouviu vozes entoando algo como um cântico a lhe proporcionar arrepios associado aquele lugar fúnebre. Ao ir pelos esgotos viu uma abertura até uma grande sala encravada no subterrâneo a semelhança a um templo e assim ouviu um homem falando em latim e depois em sua língua dizendo.

- Honras as horas e a o Designnium o qual nos trouxeste tais conhecimentos! Temos o poder do Filoversismo de criar assim como levar a inexistência!
- Filoversismo! – disse um coro de todos os homens presentes que vestiam negro e tinham um capuz cobrindo seus rostos.
- Tragamos a existência e tiremos a origem! – falou o homem que estava diante de um altar com um tipo de sacerdote. - Quando alinhamos nosso falar com o que fazemos alinhamos a realidade mental com a realidade em que vivemos, mas antes com o futuro mudemos a realidade!

Aquele homem falava algumas verdades sobre aquela palavra, verdades que, no entanto, estavam sendo distorcidas inerente aquele conhecimento o qual o árabe disse, e sobretudo tirando de alguém que lhe concebeu. Assim Naum notou que tanto o que falava o árabe era verdadeiro, aqueles homens estavam transtornando a verdade e o conhecimento e tinham um poder que aparentemente poderia dar-lhes poder imensurável. Assim seu sacerdote continuou...

- Façamos males e tornemos em bens pelo Filoversismo! Sigamos as ordens de Omar, o vencedor e tornemos em chamas a biblioteca para que os homens não mais saibam a verdade e sua origem, pois nós mesmo a faremos! Vamos tomar o que deve ser nosso, o primeiro seth. sejamos então seus guardiões e autores para que suplantemos os fracos e destruamos os menores.
- Filoversismo! – entoaram os homens em concordância com ele.

Ao ver o rosto do homem notou Naum que era uma pessoa conhecida por aquele lugar, era Amr ibn-el-As, um súdito de Omar e que usava pretextos do cristianismo para tentar impedir o conhecimento lá presente de ser revelado. Estarrecido pelo dito e visto, Naum saiu assustado do lugar temendo ser notado, pois percebeu que os homens de negro, que realmente existiam, carregavam punhais em suas mãos e pareciam prontos a usa-los em quem quer que fosse a cruzar seu caminho assim como em seu companheiro de biblioteca.
Não era a primeira vez que a biblioteca sofreria um golpe e saques. Em 272 d.C. legiões de Aureliano durante uma guerra contra a rainha Zenóbia invadiu a cidade de Alexandria destruindo a biblioteca que em tempos seguintes se reconstruiu, e o mesmo parecia se suceder em iminência naquele momento num golpe verdadeiramente criminoso contra o conhecimento humano.
Ao sair do lugar Naum correu pelas ruas da cidade até a biblioteca a procurar o mestre ancião do conhecimento. Dormindo, Naum o acordou dada a importância da situação, ele tinha provas não somente da existência dos homens de negro como de que tramavam saquear e destruir a biblioteca.
Inicialmente incomodado o ancião resmungou palavras de mau humor ante a interrupção subida de seu sono nos aposentos da biblioteca onde era uma espécie de curador. Porém, tão logo, Naum narrou todos os eventos precursores de uma trama às sombras para minar e sabotar o que era como a babel do conhecimento.
Vendo a gravidade da situação o ancião chamou os demais bibliotecários a irem junto a Naum não somente procurar pelo Primeiro Seth para protege-lo assim como pesquisar sobre quaisquer registros e livros que cruzassem informações sobre tal linhagem e seu conhecimento. Naum reafirmou seu novo encontro com o árabe misterioso – que na realidade se quer parecia árabe tirando suas vestes – e assim caminharam hora antes do sol raiar para iniciar suas buscas e intensificar a guarda da biblioteca.
Seguindo informações de um dos bibliotecários um epiteto do deus Marduque os seth eram descritos como Shitti numa termologia bastante similar a utilizada pelos árabes em seus escritos que os identificavam como profetas. Havia também um seth jaredita no Livro de Éter, porém, desconhecia quaisquer outros relatos ou conhecimentos a estes relacionados.
Ao raiar do sol, o cansaço tomou conta dos que isso buscavam de modo que o ancião procurava conciliar energéticos com as buscas e intensas leituras de textos variados. Naquele momento então todos ouviram um grito a ecoar pelos corredores lotados de livros, alguém do qual havia padecido algum ataque ou descoberto algo. Todos foram correndo ao lugar de onde os gritos vieram a ver um dos bibliotecários estressados afirmando ter visto um dos supostos homens de negro e apontando a direção para onde fora.
Naum correndo pelos corredores se separou dos demais a fim de facilitar a busca pelo invasor e sabotador daquele monumento do conhecimento coletivo quando viu pergaminhos caírem do alto de uma estante. Sozinho ele virou-se para o alto quando notou uma sombra se esconder no topo da estante e assim Naum gritou por seus amigos dizendo tê-lo encontrado. Ao tentar subir o homem começou a lançar livros e pergaminhos contra Naum que prontamente se desviou destes enquanto os via se estraçalhar no chão. Os bibliotecários adentraram o lugar enquanto alguns outros foram por de trás tentando cerca-lo e naquele momento o homem de capuz apenas gritou.

- Vejo a queda deste lugar assim como os que descobriram a verdade! Assim como aquele seu amigo morto por mim.

Naum não se intimidou e mesmo com sua dificuldade social canalizou toda sua concentração ao alcanço do invasor quando este saltou para outra estante olhando para trás. O homem tinha como uma tatuagem tribal em todo seu rosto, e de pelo morena se assemelhava a um mulçumano. Tomando impulso Naum saltou para a mesma estante enquanto ele agora corria sobre ela para seu outro extremo. Ele balançou por cima da estante a fazendo inclinar e ameaçar cair e pulo para outra fileira, mas caindo apenas com as mãos a segurar-se nela enquanto os demais bibliotecários corriam em baixo gritando para pega-lo. Um deles conseguiu agarrar seu pé e nisso Naum o alcançou e levantando seu capuz o viu com seus dentes podres a sorrir e murmurar palavras em latim até que se soltou caindo em meio aos demais bibliotecários. O homem então em meio a evidentes dores por ter caído enfiou as mãos em seus bolsos e tirou uma frasco e o abriu engoliu seu conteúdo. Era veneno.
Não então abaixou-se segurando em suas roupas perguntou.

- Porque não são capazes de compartilhar a verdade em sua plenitude?
- A verdade e sua origem e autoria não importa assim como seus descobridores, mas sim as ideias dela! Estamos aqui desde o começo da biblioteca, e o que tem poder para edificar também o tem para destruir. – disse o homem quando repentinamente começou a agonizar e completou – Isso é maior que você! E assim como Nero incendiaremos e culparemos os cristãos.

O homem morreu ali em meio aos bibliotecários enquanto o ancião caminhava em direção a eles, quando ele resolveu falar.

- Acho que temos de procurar Amr ibn-el-As, no mínimo ele nos deve satisfações.
Naum acenou concordando sem saber que naquele momento o incêndio começaram ao sentirem com suas narinas o cheiro da fumaça chegando-se e sem palavras dando tempo apenas de se entreolharem e assim partirem em direção ao foco de incêndio. Os bibliotecários foram enganados, aquele homem de negro era apenas um batedor usado como isca.
- Peguem os livros mais preciosos e chamem toda guarda! – disse o ancião – Naum vamos até ao Primeiro Seth, temos de protege-lo!

A correria que sucedeu levou os bibliotecários a se espalharem para diversos setores a procurar os livros mais importantes e raros de suas coleções sem dar tempo se quer de pegar o catalogo com todos registros. Certamente alguns deles viram alguns homens de negro sorrateiros pelas sombras pegando alguns manuscritos num movimento coordenado. Um deles fora confrontado por um dos bibliotecários que conseguiu tomar-lhe seu punhal o matando. Porém, as chamas rapidamente avançam fazendo com que o lugar envolto em fumaça dificultasse as buscas pelos livros.
Na realidade o golpe fulminante naquele compêndio do conhecimento fora desferido em vários pontos antes previamente combinados e de acordo com a posição do vento sabendo que este poderia atrapalhar o que antes apenas naquela reunião vista por Naum era a concentração para tal ato iminente. Assim Naum notou que justamente onde estava o livro de Primeiro Seth era um foco do incêndio, de modo que palpando tudo a sua volta procurou pelo livro enquanto sufocava pela fumaça numa crise de tosse. Naquele momento uma estante desabou sobre uma mesa de leitura dando-o tempo apenas de se jogar para outro lado quando viu um dos homens de negro igualmente procurando um livro. O ancião surgiu tentando acudi-lo para resgatar os papéis assim como ele, mas recebeu um chute do homem de negro em seu rosto o fazendo cair. Naquilo ele contemplou o livro perdido e o pegando abraçou com um sorriso funesto quando algo em meio a fumaça o atingiu fazendo-o igualmente cair desacordado. Era o misterioso árabe que vendo o livro pegou em seus braços e levantou seu amigo Naum dizendo para air dali pois a biblioteca estava condenada. O ancião levantou-se e vendo o homem olhou para Naum reconhecendo-o pela descrição. Sem nada dizer apenas olhou para os braços vendo O Primeiro Seth quando o árabe disse.

- Acredite seu eu não salvasse o livro ninguém o salvaria, mais pode ter certeza que toda verdade aqui ocorrida será preservada assim como o livro, onde um dia tudo será contado.
- Mas e os demais livros? – indagou Naum em meio um ataque de tosse.
- Lamento não podemos mudar o curso natural da história. A verdade é constante, assim como os seth, e somente os constantes tocarão o destino. Filoversismo não digam essa palavra até 15 gerações! Fiquem em paz.

O árabe desapareceu em meio a espessa nuvem de fumaça enquanto luzes de chamas já se poderiam ver em labaredas cujo calor já os tocavam, forçando todos presentes a sair com os livros que conseguissem carregar. O ancião ficou em prantos ao contemplar todos os anos de sua vida serem incinerados covardemente por saqueadores e sabotadores, ele havia devotado literalmente todos os seus anos vivendo naquele lugar catalogando cada livro, pergaminho e conhecimento de todo tipo de cultura. Naum colocou suas mãos em seu ombro e disse lamentar profundamente por aqueles covardes e seu ato malévolo. A humanidade naquele dia se tornou mais idiota e ignorante.

- O que vocês conseguiram retirar das chamas? – indagou o ancião tendo olhares lamuriosos dos bibliotecários que diziam.
- Não muito. Disse um deles
- Não salvamos obras de Pitágoras, livros de Bérose sobre seres de outros mundos, de Salomão e raridades indianas – completou outro a observar todos os manuscritos pegos diante daquele bólido de chamas ante o amanhecer dourado por um incêndio.

Naquele momento, porém, Naum observou algo sair em meio as chamas da biblioteca. Como uma esfera de cores semelhantes ao fogo se destacou das chamas ao mover-se rapidamente entre a fumaça a espalhando pelo redor ante o vento. A mesma sonda que ele vira outras vezes e assim se emocionou enquanto o velho igualmente padecia até que a sonda repentinamente desapareceu diante não somente de seus olhos, mas dos demais bibliotecários que todavia juraram não revelar sobre o que vira assim como sobre a misteriosa palavra sussurrada por aqueles corredores.

Algum ponto do futuro distante, séculos mais tarde.
O lugar destoava por completo de todas edificações antigas de Alexandria. Com prédios metálicos e de vidro reerguidos de modo imponente como espelhos a refletir um céu dourado ouvia-se duma multidão centrada num prédio central aplausos e alvoroço de vozes emocionadas com algo. Era um prédio com um títulos em letras maiúsculas escrito TEMPUS e ao lado de uma estátua de seu fundador surgiu aquele árabe misterioso ainda em trajes da época diante de uma multidão em delírio a darem aplausos a este cujo nome era Dominic Kaspar enquanto tirava os trajes diante deles. Emocionado ele olhou para um telão onde imagens holográficas saltavam da tela mostrando imagens da antiga Alexandria enquanto uma mensagem abaixo dizia timestream.
Nisso surgiu um homem recebido igualmente a aplausos, pois era o próprio fundador daquele lugar, Apocon Keystone que em seguida colocando seu braço ao lado de Dominic disse.

- Meus amigos, por séculos padecemos a violência, pestes e mentiras, mas hoje com a TEMPUS temos a oportunidade de contar a verdadeira história da humanidade ligando diretamente o nosso presente ao passado de nós mesmos. Assim como nosso amigo que apresentou esse documentário sobre a história da biblioteca de Alexandria, resgatado de uma vida de condições sub-humanas fazendo o mesmo com a verdade e todos os seus descobridores, criadores e guardiões ao longo dos tempos. – ele parou e olhou então para Dominic que chorava – Por isso agora vos apresento o livro de Primeiro Seth!

Os aplausos foram enormes, pois aqueles cuja linhagem antes desconhecida libertaram a humanidade da mentira ao conceberem um conhecimento a ampliar a visão para outras dimensões. Apocon mostrou o pergaminho original diretamente da missão temporal feita por Dominic ao passado em ligação continua com o futuro. A origem dos primeiros antes de serem lançados pelo ostracismo, mas não ao destino que corriam em suas veias por gerações, ainda que perseguidos e quase destruídos. E assim continuou Apocon, olhando para a enorme tela holográfica que agora mostrava a biblioteca de Alexandria em chamas e enquanto as sondas que filmavam diretamente do passado mostravam aquelas imagens de lástimas a um momento negro da humanidade. Naquele momento uma voz de mulher começou a narrar os acontecimentos quando todos viram o rosto de Naum na tela emocionado ao contemplar a sonda.

- Estes bravos heróis antigos tentaram proteger o conhecimento e a verdade ainda que uma ordem obscura de inimigos do conhecimento e da verdade, tentaram possuir o manuscrito o ocultando e
tirando sua origem para benefício exclusivo e tentando destruir o nome do autor para se atribuírem a autoria. Fora justamente seguindo as pistas da palavra Filoversismo como síntese as dimensões que a nós preexistem que chegamos aos sabotares de nosso conhecimento e linha. Uma palavra sem origem aparente na etimologia, mas que sendo notada no passado indicou uma discrepância na linguagem que fomenta a teoria de interferência temporal, o termo Filoversismo fora criado apenas no século XXI, porém seu feedback rompeu o tempo ao passado de alguma forma, fazendo perder sua autoria deliberadamente. Quem sussurrou tal palavra nos ouvidos dos homens de negro? Designium. O milenar adversário da humanidade assim como de toda origem e verdade.

Todos aplaudiram lançado fogos e confetes de papel que desciam para todos os lados enquanto agora a tela mudou para imagens em close do manuscrito. E a voz continua a falar.

- Enquanto estamos neste momento impedindo os homens de negro revelamos aqui a verdade em seu dia, dia 25 de abril. Todos os importantes livros e raridades foram catalogados e gravados por nós durante 100 madrugadas. Assim mostramos nós a origem e o fim de um dos maiores polos culturais do mundo perante sua eternificação. A História finalmente torna-se ciência empírica e os manuscritos do tempo estão sendo reunidos a compreender este fantástico mosaico que cruza a eternidade. Já possuímos quase todas as peças deste quebra-cabeças e mesmo que os pilares de seth não tivessem em Siriad, já conhecemos quem é o autor deste livro principal de nossa mitologia.

As imagens traziam na tela especificações das condições materiais do manuscrito assim como detalhes de sua composição simultaneamente investigada enquanto eles estavam com o livro na mão. Daqueles dados se deduziu a idade a aproximada e por leituras quânticas o tempo em relação a equivalente entropia do tempo em que pertencia. Agora pego com luvas por uma mulher esta o colocou com um sorriso de felicidade envolto em um tipo de plástico para protege-lo enquanto as palavras eram traduzidas do aramaico antigo a várias línguas revelando as mensagens nele ditas. Por fim o auge de uma civilização ainda que temorosa com seu próprio passado, mas triunfante sobre suas próprias mazelas. Aquela era a história de onde veio o Primeiro Seth, parte dos Manuscritos do Tempo.

Esse conto é parte integrante do livro 'Neuroversus' de Gerson Machado de Avillez.

domingo, 23 de junho de 2013

Sobre meus livros

Respondendo calúnias que como sempre não possuem respaldo factual, mas falacioso resolvi fazer este vídeo para falar um pouco sobre meus livros e o que passo há anos.


sábado, 22 de junho de 2013

OVNIs são essencialmente dimensionais

Certa vez o futuro me visitou. Vi luzes nos céus e elas me trouxeram fé e esperança no impossível, pois eram impossíveis. Objetos que realizam movimentos impossíveis em nossa atmosfera e que realizam grandes jornadas espaciais são implausíveis para a nossa ciência, isso implicaria o fato desses objetos não serem de viagens espaciais, mas de temporais pelos dois seguintes argumentos.

- O tempo percorrido em grandes distâncias espaciais mesmo a velocidade da luz demandaria não somente altíssimo consumo de energia, mas centenas e até milhares de anos de viagem. A única resposta é que estes objetos só podem ser de viagem temporal ou dimensional.

- Os movimentos abruptos destes objetos em nossa atmosfera não somente contraria a aerodinâmica como a densidade do ar não permitiria e a gravidade faria desmaiar qualquer ser consciente dentro da mesma, de modo que conclui-se que estes objetos criam algum tipo de campo temporal ou dimensional a seu entorno permitindo na realidade percepções diferenciadas de tempo (e assim velocidade).


Isso se identifica perfeitamente com as teorias por mim propostas. Naturalmente que o autor o faz escorados em fatos científicos assim como fatos de que o mesmo o fez (baste para que apenas olhe o topo do blog) ao contrário dos usurpadores.


sábado, 15 de junho de 2013

Trecho de 'Manuscritos do Tempo', Chronogenises

O Livro escrito para Manuscritos do Tempo contaria a história do deus do tempo em sua origem e seu propósito inicial até desviar-se por inveja dos homens. Chronogenises, trás um relato em contornos bíblicos descritos por Gerson Avillez mediante as demais teorias e livros do mesmo.

Capítulo 1: O Surgimento de Typhon
1. Deus criou o Tempo, e com o tempo veio o espaço em sua velocidade. E viu Deus que era bom.
2. Porém, o tempo era caos e para cerrar o caos Deus criou Chronos a dar linearidade ao tempo antes fragmentado.
3. Chronos assim se tornou o protetor do Tempo e o querubim do mesmo, quase como um deus. Era Chronos que dava ritmo ao tempo como uma canção aos ouvidos de Deus. E Deus se agradou dele, pois ele fazia bem seu trabalho.
4. Deus legislou no universo e então criou as estrelas e com elas deu a Chronos o poder de criar a primeira Terra habitada por seres celestiais. E assim Chronos fez.
5. E juntou um montante de terra, a fez esférica dando-lhe forma, fez o dia e a noite e deu propriedades temporais as pedras dela, e Chronos a chamou por Typhon.
6. Typhon era como a estrela da manhã e seus dias eram dourados e suas edificações como de ouro, e suas estradas brilhosas como diamante, e Deus cruzou por elas.
7. Todavia Chronos com seu poder via o futuro e dele não se agradou. Porquanto Deus noutra Terra construída sobre a dele criou o homem, e Ele o adorou e quis ser adorado pelo mesmo. E o homem tinha o livre-arbítrio que transtornava o tempo.
8. Vendo isso Chronos reclamou ao guardião da luz, o então grande anjo, e este tomou parte com ele, e ambos indagaram a Deus: Não somos nós o bastante? Porque criará tal ser inferior para transtornar o tempo?
9. O Legislador todavia sendo paciente lhes respondeu: sou eu a Legislação e ela fora criada para criar o homem, disso anseio pois anseio ver-me como num espelho.
10. Chronos então notando que antes já lhe era intencional indagou: Pálido reflexo de sua grandeza! Então planejaste isto, também vê o que farei, porque nada fizeste?
11. Pois assim como o homem que farei tens livre-arbítrio, respondeu O Legislador, poderás fazer e poderás não saber ao saber que fará! Mas nada disso não me é imprevisto, pois tu és o guardião do tempo, mas eu Pai do destino nele.
12. Furioso, Chronos então se calou e tramou secretamente ao lado do grande anjo permanecendo por anos calado, até o dia que ele então fora ao futuro no jardim que Deus fez ao homem, atentar a criatura.
13. E lá secretamente incentivaram que o homem provasse o fruto proibido para que foste usado para transtornar o tempo de Deus em seu designo. E Deus fora surpreendido, pois mesmo vendo o futuro não concebia que o homem pudesse transtornar o tempo de tal modo, assim como o destino.
14. Vendo então o Legislador que Chronos abandonou seu posto, este lhe disse assim como ao anjo da luz: Porquanto soubeste do futuro e apenas o cumpriste também cumprirei meu castigo, porquanto fora avisado.

15. Chronos então fora destituído de seu cargo e para este colocou Gamaliel no lugar, e o anjo da luz assim como aos seus foram lançados por Terra. Todavia Chronos permaneceu em Typhon antes da Terra.

Fatos e indícios que corroboram a teoria dos setianos e o Megalítico

Conforme tratado nos livros 'O megalítico do Tempo' e 'Manuscritos do Tempo' a concepção das teorias propostas nestes livros tem os seguintes respaldos.

- Pesquisadores concluem que mesmo o Stohegne é uma versão de algum megalítico anterior.

- Os seths eram agrícola, ou seja, somente colhiam o que plantavam, de tal prática veio o conceito bíblico de "cada um colher o que plantou" assim como "cada arvore com seu fruto", algo não concernente aos maus a exemplo da linhagem de Caim. Um megalítico assim como a compreensão da astronomia auxiliaria no plantio e na lavoura, mas mediante os primeiros profetas surgir o conceito igualmente de datar eventos futuros tendo por ponto de partida a posição do "firmamento".


- Uma das possíveis provas ou indícios que apontariam essa relação e eventos futuros com datação astronômica está no fato dos três reis magos terem encontrado o lugar e momento do nascimento de Jesus.

- As concepções de linhas ley indicam relações entre construções antigas de modo interligado não somente propondo uma civilização de alcance global (construções nas Américas também correspondem a tais) assim como igual correspondência astronômica de modo a sugerir que possa ter vindo de um ponto "zero", onde teorizo ter sido construído o megalítico em tempos remotos do qual jamais ficaria defasado com o tempo mas antes teria ajustes a futura posição das estrelas.

- Como somente com Moises tais histórias foram passadas com seus livros, a Torá? Não crendo que ele seria um profeta do passado. Dada a o status coerente e de riqueza de detalhes tão pouco não poderia ser uma transcrição de oralidade do povo judeu como meros mitos folclóricos, de modo que mesmo tais se encaixam perfeitamente com os fatos inerentes aos povos antigos. Tal fato indica que Moiseis talvez tivesse acesso ao conhecimento fora do império Egípcio do qual era instruído. Isso nos leva a concepção de Josefo sobre os pilares de Seth, teria Moiseis o encontrado?

- Os próprios pilares de Seth são uma concepção de poderia indicar ter sido uma construção carregada de outro ponto anterior, seria os restos do megalítico?

Fonte: 'Manuscritos do Tempo' - Gerson Avillez

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sobre a Ordo Christianita Ad Ventus

A proposta da fictícia Ordem dos Ventos é aqui publicada a fim de proteger o mesmo de utlizações malévolas e amorais não condizente com as bases do mesmo.
Desde o seu fundamento por Heidrun Adail com auxílio dos Xenomedes Stoneset, Alexis Anor Zanini no século XII, Osmar Olavo entre outros poucos após presenciarem uma manifestação de singularidade a fim de resguardar os segredos pertinentes às viagens temporais no passado assim como de proteger a verdade em sua linearidade temporal até o advento da descobrimento das viagens no tempo. Os chamados Cavalheiros Inexpugnáveis apesar de ter sido inicialmente não mais que uma sociedade do meme de cunho cristão acabou por ganhar outros contornos por seus segredos terem sido passados de geração em geração por seus guardiões normalmente hereditários. Porém, com o misterioso livro guardado pelo Consórcio Secreto do Vaticano chamado Maistrini, cujo título é ‘Tratactus Ad Tempus’ supostamente escrito pelo Heidrun Adail contém segredos pertinentes a fenômenos temporais e eletromagnéticos ao longo dos tempos assim como a misteriosa armadura por ele construída que dariam pistas sobre as viagens temporais. Livro que teria sido utilizados supostamente no obscuro e duvidoso projeto Philadelphia.  O nome do latim trás a concepção dual de advento, ou seja, seu sua prevalência até o evento das viagens temporais assim como christianitas por saber a verdade sobre o conhecimento – na realidade temporal – que levou os reis magos a originalmente tentar matar a Jesus Cristo em seus nascimento. Seu potencial é também para proteger membros da perseguida genealogia dos seths até que seu propósito se cumprisse, pessoas identificadas pro seus bons frutos de igualdade tanto quando de perseguidos em injustiça.
Entre os elementos ditos no livro ‘Tratactus Ad Tempus’ estariam da suposta hierarquia adotada posteriormente como uma sociedade super secreta a procurar desvendar os segredos do Tempo assim como de seus supostos viajantes temporais. Como símbolo a estrela dos ventos que seria uma analogia para a lenda Flor de mil-pétalas (de variações temporais quer futuras e paralelas mediante o poder desta de alterar o destino pelo conhecimento) num paralelo as horas do dia e posições de direção, e por isso também sendo chamada por alguns de Ordo Christianitas Rosae Ad Ventus (OCRV), mesmo que seja uma corruptela ganhando outras ligações com importância com os fundamentos iniciais do mesmo. Seus níveis se divide em módulos que se interagiam entre si demonstrando sua posição mediante o cristianismo, por ter sido protegido do mesmo.

1 - Norte: Jaspe - Primeiro Discípulo do Filoverbalismo: Paulo, com um livro e uma espada (Hora / grau: 12:00 / 0) – Escudo: “Crescit in egregios parva juventa viros” (Salmos 85.10)
2 – Noroeste - Safira: Seguidor da Eqüidade ou Cavalheiro / Amazonas da Onisofia (Caballarius Inexpugnabilis) - Tomé, com uma lança (Hora / grau: 13:30 / 45°) – Escudo: “A digito cognoscitur leo” (II Co 13.8) - Agora um cristianita!
3 - Oeste: Calcedônia - Honrado cavalheiro ou dama do Advento (Hora / grau: 15:00 / 90°) – Escudo: “Alteri ne facias quod tibi fieri non vis” (Pr. 21.8)
4 - Sudoeste: Esmeralda – Diácono da verdade (Hora / grau: 16:30 / 135°) – Escudo: “Aequitas praeferitur rigore” (Pr 2.7)
5 - Sul: Sardônia - Guia Apolíneo: Bartolomeu, com um livro (Hora / grau: 18:00 / 180°) – Escudo: (Pr 18.15)
6 - Sudeste: Sárdio - Avoengo Espiritual: José, com um pergaminho (Hora / grau: 19:30 / 225°) – Escudo: “Docem velle summs est eruditio” (João 15.15)
7 - Leste: Crisólito: Peregrino Designado (Peregrinus ad vertatis verbalis perfectus) - (Hora / grau: 21:00 / 270°) – Escudo: “Dictum et factum” (II Co 13.11b)
8 - Nordeste: Berilio: Guerreiros Inexpugnáveis da paz (Prophetes ad Veritas Singularis)  - Mateus, com um machado - (Hora / grau: 22:30 / 310°) - Escudo: "Audacem reddit felis absentia murem: Fallacia alia aliam trudit" (Salmos 91.4)

Segundo Modulo
9 - Norte dourado: Topázio: Lorde Inexpugnabilis ou Primeiro Mestre de 8  - João, com uma cobra (Hora / grau: 12:00 / 0) – Escudo: “Amicus certus in re incerta cernitur”
10 - Oeste Dourado: Crisópraso: Guardião da Bússola Verbalis ou Guardianus Ad Veritatis (Guardianus Ad Veritatis) - (Hora / grau: 15:00 / 90°) – Escudo: “Beati monoculi in terra caecorum” (Jó 4.3)11- Sul Dourado: Terceiro Mestre de 8 ou Guardião da Chave Dourada (Hora / grau: 18:00 / 180°) – Escudo: “Bene imperat qui bene paruit aliquando”  (Pr 14.8)12 - Leste Dourado: Ametista - Quarto Mestre de 8, Guardião Ametista  ou Palatinus Ad Veritatis (Hora / grau: 21:00 / 270°) - Sabedoria e proteção: “Barba non facit philosophum: Non deterret sapientem mors (Cicero)”

Arbor ex fructu cognoscitur
Arbor bona fructus bonos facit
A fructibus eorum cognoscetis eos
Non male sedet qui bonis adhaeret

A Combinação destes em duplas (mestre e discípulo, sem conotação templária ou sincretista) do primeiro nível com a do segundo formula uma grande quantidade de horários relacionando o mestre dourado como horas e o discípulo minutos (tendo a variação numérica de 7 a 8 minutos entre cada), resultando em 32 onde 4 mestres recebiam 8 discípulos cada, estes referidos em sua combinação iniciado no grau zero (norte) onde no final forma uma rosa dos ventos num quadrado, conforme descrito por horas grau abaixo. São 32 ventos nas suas 32 direções, assim os desenvolvimentos destes em relação a cada um dos 4 mestres não se posiciona em tal, como representa cada uma destas posições, as dos quatro cantos do mundo. Abaixo um vídeo do autor explicando sobre sua criação:


Si mea non coenes, gratior hospes es

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dialogos com o abismo

"Pudera compreender que a solidão é inabilidade de viver consigo mesmo. A solidão é uma laceração nenhum pouco reconfortante em sua alma. E a dor apenas nos ensina a fugir dela.

Assim padeci no deserto do espaço, pois na solidão tive por companhia o abismo e o lugar não leva a lugar algum. Debrucei-me diante dele e apenas ecoou o medo ante o inexistir.

Assim vivi e sobrevivi a mim mesmo, pois somente temi o inexistir por existir ainda que por resistir! Não há diferença dum abismo ao mal, pois o maligno é um abismo amoral. Meu vilão, meu companheiro, pois anseio correr de mim mesmo.

O mal é o inexistir a tentar existir, a mentira insistente ante a bondade existente. Assim vaguei a topar com o mal que me definha, pois pelo vazio do espaço caminhei e seu caminho encontrei, e minha esperança era um lugar chamado passado.

Debrucei-me ao futuro do presente, mas nada vi, olhei ao passado e encontrei a nostalgia, pois a muito meu lar e minha terra acabara, tornei-me órfão de mim mesmo! Dialoguei com o abismo, mas ele rebateu minha voz.

Dialogo então comigo mesmo, mas apenas conheço a loucura a submergir. Fora nestes dias estranhos que algo ouvi, seria o passado a ecoar no espaço pelo tempo?

Sim, ouvir aquela voz, que presente, seu nome Ferdinando tornou-se minha fé em encontrar um semelhante pois agora sei o que sentia Deus antes de criar o homem! Não queremos mundos, queremos espelhos!

Medo, medo, mentira, mentira, onde está a diferença? O medo é o engano do abismo a existência. 

Mas assim estive despido da hipocrisia dos que reverenciavam o abismo por seu vazio amoral.

Longe dos olhos a não ser do próprio abismo, e ele não parava de olhar para mim, voyeur doente e pervertido, velho rançoso a me cutucar com a bengala da loucura numa quase moléstia sexual."

Manuscritos do Tempo - Gerson Avillez

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Os 37 Protocolos de Segurança Temporal

Criado para a especulativa TEMPUS que guiada por princípios morais e éticos imparciais exemplifica o modus operandi da mesma em sua transparência em seu tempo de origem onde as viagens no tempo são realizadas abertamente.
Atribuído a Apocon em cooperação do CEET e Herbet Stoneset são uma série de regulamentos éticos e morais de como se deve proceder nas abordagens temporais em missões de campo. Estipulando em semelhança complementar ao manual da CEET este estipula na realidade leis de legislem sobre as viagens no tempo sob domínio regulador majoritária da TEMPUS como órgão oficial desta ciência, a única autorizada a tais viagens mediante o CEET. Porém, provou-se que algumas vezes alguns critérios falhavam pelo fato de criar algumas anomalias a exemplo da Lei um responsável por um tipo de bóson temporal conforme o incidente da ZT de Londres (Crônicas Atemporais)

0 – Lei Zero da singularidade: respeitar a linearidade de todos eventos em sua reatividade natural procurando harmonizar de modo auto-completativo todas as nuances como elos quando paradoxos, procurando estabelecer a uniderecionalidade dos eventos atribuídos as missões de campo. Toda e qualquer forma de negação a está será criminalizada e julgada de acordo com os critérios vigentes da CEET.

1 – Da linearidade da agência: Uma vez estipulando-se ligação continua a outro tempo, a ZT (Zona Temporal) deverá criar seu campo de eventos lineares próprios a fim de não transtornar-se a si própria do qual com sua cronologia própria deverá ser respeitada em legalidade a salvo casos julgados pela CEET, pertinentes a segredos não oriundos a mesma.

2 – Da Linearidade individual: Cada individuo quer temponautas ou agente de base deverá essencialmente ter sua linearidade cronológica pessoal respeitada, não se passando conhecimentos adiantados diante da mesma evitando lapsos temporais. Especificamente Chronologos e temponautas é expressamente próprio informações futuras sobre o desfecho de suas missões ou mesmo de sua vida pessoal.

3 – Dos encontros consigo mesmo: Mediante consenso pelo CEET do artigo 35 do código temporal mediante a Convenção do Tempo de 2076 fica expressamente proibido quaisquer tentativas de encontros consigo mesmo sobrepondo sua própria existência mediante a lei avançada a termodinâmica que propõe que não se pode viver duas vezes o mesmo tempo, de modo que somente estarão aptos agentes que não são oriundos a tal tempo para missão em campo.

4 – Das missões no Tempo: Toda e qualquer missão, quer de observação, observação avançada ou de intervenção temporal deverá ser aprovada pela CEET antes de qualquer prática da mesma de modo que fica-se sujeito a penalização sua eventualidade não permitida e sem prévio planeamento.

5 – Das missões de observação temporal: Fica-se claro que as Missões de Observação Temporal (MOT) deverão ser planejadas e estudadas detalhadamente seus impactos assim como assinaturas quânticas antes da realização da mesma mediante aprovação do CEET. Somente é permitido o uso da Sonda Temporal para observação de eventos inerentes ao relativo tempo.

6 – Das Missões de observação Temporal Avançada: Somente mediante a provação do CEET ante a inevitabilidade de que se é necessário o envio de um Chronologo, crononauta ou Temponauta para se observar eventos relativos a dado tempo sob o fato de que uma sonda (MOT) não seria o bastante. Mediante detalhado estudo temporal e devidamente portando a tecnologia de isolamento mediante constante monitoração temporal paralela a fim de evitar quaisquer impactos no tempo visitado.

7 – Das Intervenções Temporais: Mediante aprovação avançada do CEET e devidamente monitorada por um supervisor em base mediante timestream a missão será permitida após um exame de MOT para analisar impactos e mudanças necessárias no tempo visitado mediante o protocolo 3.

7b – Somente será permitida tais Intervenções Temporais para correção temporal, conclusão de elo paradoxal, ou investigação de linhas ressoantes mediante desvios controlados pela TEMPUS, que não quebrem quaisquer protocolos de segurança temporal assim como delitos mediante o tempo o qual é oriundo. Quaisquer outros casos ou exceções deverão ser analisados anteriormente pela CEET, do qual fora este critério deverá ser considerado crime.

8 – Do Turismo Temporal: Mediante casos contratados por magnatas oriundos do tempo da TEMPUS, missões analisadas e estudas previamente pela CEET com o objetivo de entreter serão aceitas mediante um montante de manutenção e salário dos equivalentes funcionários envolvidos assim como quaisquer despejas. Tal missão deverá vitalmente ser realizada mediante a rígida norma da CEET e seus 37 protocolos mediante o acompanhamento de um Chronologo designado e sob tempos de intervenção limitado e distante: áreas temporais longínquas cujos momentos posteriores serão destruídas por eventos desastrosos, cataclismos e tragédias como vulcões, terremotos, queda de meteoros e maremotos a fim de proteger qualquer possível interação temporal futura.

8b – O Turista temporal tem por direito escolher também visita as bases temporais criadas pela TEMPUS ao longo dos tempos, tal como a visita ao Restaurante Temporal onde será servido a cozinha do Tempo, sediada no período de 10 anos nas mediações onde um dia será o Flamengo, no rio de Janeiro.

9 – Do Resort Temporal: Os pontos de descanso e turismo temporal serão exclusivos a Chronologos e turistas temporais mediante o agendamento e consulta temporal podendo ser efetivada apenas uma duas vezes em períodos diferentes da mesma em sua carreira conforme o Protocolo 3.

10 – Da Documentação em timestream: Fica-se claro que a permissão de exibição em timestream assim como de quaisquer dados pertinentes aos documentários temporais poderão ser exibidos apenas no tempo oriundo a origem da TEMPUS mediante o Protocolo 37, assim como qualquer sinal pirata do mesmo será considerado crime mediante a legislação temporal tanto quando a do tempo oriundo e mediante a tecnologia adequada para a sofisticada transmissão do mesmo.

11 – Legitimação Temporal: Todo e qualquer caso, ato, informação e conhecimento do qual a origem seja comprovada deverá ser respeitada em sua linearidade de tempo oriundo não sendo aceito quaisquer documentos que tente legitimar falsamente uma outra origem ou que tente tirar a qualidade da mesma de acordo com o protocolo zero. Os casos em que a origem é desconhecida será tratada por anomalia caindo na malha fina da CEET e seus envolvidos investigados, assim como as que tente tirar sua qualidade criminalizados penalmente.

11b – Em casos de furto de informação comprovadamente mediante detalhada investigação documental ante o oriundo de outro tempo, o caso deverá ser analisado e julgado pelo CEET e os atos abusivos qualificados mediante o protocolo 37.

12 – Da incidência de Dopplers: Todo caso de doppler, quer de indivíduos, atos e conhecimentos assim como de origens duplas, deverão ser relatados diretamente a CEET e investigados pelo mesmo a fim de que fora o caso de mundos ressoantes sejam sanados, corrigidos e anulados (permitindo apenas a permanência do objeto original)  impedindo lapsos temporais e paradoxos negativos e que possam comprometer a lei de termodinâmica avançada.

13 – Da Igualdade: Todo e qualquer caso interno e em campo em que o agente temporal procure submeter um equivalente ou mesmo oriundo temporal, tirando vantagem de seu conhecimento, posição, status e poder deverá ser afastado do cargo e suspenso mediante concessão da CEET assim como qualquer ato de insubordinação injustificada mediante a hierarquia ou abuso hierárquico contra os demais protocolos e contra o direito e liberdade do individuo.

14 – Da Lei de todos Tempos: A Tempus considera todo e qualquer individuo portador dos mesmos direitos indistintamente ao tempo em que vive e é oriundo todo tipo de atitude que diminua, humilha, ou agrida de qualquer forma os direitos destes serão considerados criminosos ainda que em caso de oriundos de dado tempo não sofra suas penalizações.

15 – Do recrutamento, seleção e aprovação de temponautas: agentes temporais deverão ser recrutados, quer oriundos do tempo da TEMPUS em sua sede, tanto quanto de outros tempos mediante a analise de seu perfil a salvo exceções que completem elos temporais em paradoxos. Estes deverão ser necessariamente da linha de Seth a salvo exceções estudadas pela CEET e submetidos a uma bateria de exames psicológicos, físicos e morais a fim de aceitar-se apenas o perfil adequado ao ofício, sendo vedada a entrada de quaisquer que possuam TPA (Transtorno de Personalidade Antissocial) a salvo exceções determinadas pela CEET, mesmo este tendo o gene setiano miscigenado.

15b – Mediante o protocolo 16 somente poderão ser recrutados agentes em que em seu tempo seriam mortos de modo que não deixem pistas da interferência temporal mediante o protocolo 7 e 7b.

15c – O treinamento deverá ser estipulado conforme a norma da CEET não sendo passível que quaisquer agentes viagem temporalmente em campo se tais, a salvo exceções estipuladas pela CEET em consensão temporária de viagem temporal (CTVT) sendo permitida apenas mediante orientação de um Chronologos.

16 – Da Proteção Setiana e exilados temporais: Mediante investigações que indicam que a anomalia tende a anular os seths todos os recursos quando necessário devem ser desviados aos mesmos independente do tempo, a fim de protege-los e resguardar a linhagem-mãe ante a linha temporal. Em casos de alteração de consciência conforme o protoloco 20 e 20b estes poderão ser acolhidos assim como quais quer outros que ao serem mortos podem colocar em risco a linha temporal vigente de algum modo. Tais deverão ser direcionados a base do futuro onde seus casos serão analisados pela CEET podendo ser integrados ao corpo de membros e funcionários da TEMPUS mediante o protocolo 15.

17 - Da proteção e investigação de lugares secretos do Tempo: Mediante o estudo e busca por lugares inatingíveis do tempo, quer ressoantes ou da linha temporal vigente devem ser resguardadas quaisquer interferências de entidades temporais hipoteticamente superiores e igualmente relatadas diretamente a CEET assim como a localização de quaisquer entradas naturais (brechas do tempo ou wormholes naturais) a estes pontos desconhecidos do Tempo.

18 – Dos bugmans e outros seres anômalos: Toda e qualquer visualização pelo Chronologo ou temponauta de um transgressor temporal deverá ser relatado imediatamente e diretamente a CEET por considerar risco de anomalia iminente assim como de transgressão temporal, assim como de qualquer ser aberrante a legislação do tempo ou aos protocolos de segurança temporal. Sendo humanos segue-se o protocolo 36, sendo não humano sujeita-se o protocolo 18 desde que não interfira nos demais protocolos.

19 – Da Anomalia: Será considerado anomalia tudo o quanto difere as leis naturais assim como da termodinâmica avançada e o protocolo zero, como ponto de singularidade negativa que tende a se aglutinar a fenômenos similares. O encontro com um dos pontos de sua entrada, uma das origens (pois normalmente apresenta muitas origens pela essencial existência de uma central) assim como os que dela fazem parte deverão ser direta e imediatamente relatados a CEET e amostras colidas. Os agentes que isto fizer será premiado e reconhecido mediante o protocolo 23 de benefícios temporais.

20 – De criminosos do Tempo: Todos e quaisquer que cometam o dolo temporal em contradição a estes protocolos, quer por intervenção de consciência, ato ou informação deliberadamente quer direta ou indiretamente, e uma vez comprovado mediante investigação da CEET, deverá o individuo ser encaminhado e julgado mediante as leis vigentes do tempo da TEMPUS em sua sede, de maneira pública e transparente a população oriunda, e este ser penalizado de acordo com o delito cometido. A captura destes deverá ser de acordo com o protocolo 36.

21 – Da intervenção Temporal por consciência: Mediante tecnologia experimental todo tipo de manifestação de consciência divergente quer induzida ou acidental, temporalmente lateral (marginal ressoante) ou passadinha ou futurista, ou provocada por narcose temporal deverá ser analisada pela CEET e o paciente quando comprovada a deficiência tratado.

21b – Em caso de paciente de outro tempo ou linha temporal de modo que ponha em risco a mesma, este deverá ser abordado mediante o protocolo 7 e mediante a decisão da CEET podendo ser tratado ou exilado no tempo futuro quando de acordo com o protocolo 16.

22 – Da Comunicação Temporal: Mediante o protocolo 37 o cumprimento de linearidade temporal sob o escoro dos protocolos um, dois e três devem ser respeitadas e feitas sob vedamento temporal impedindo quaisquer vazamentos fora do tempo em que é oriundo de modo que gerem anomalias como a dos protocolos 11 e 12. Tais deverão ser realizadas exclusivamente para interesses da missão em campo em questão e gravadas tanto em base quando em memória interna do equipamento de campo para registros de analise posterior. Toda a comunicação deverá ser realizada de modo claro e breve, sem duplos sentidos, sarcasmo, indiretas ou quaisquer outros subjetivismos podendo o comunicante ser advertido administrativamente pela CEET.

23 – Da âncora Temporal: Mediante estudos experimentais da TEMPUS pedidos de âncora temporal que se qualifiquem com a ligação de um objeto ou ser de modo temporal numa linha de tempo a influir nos eventos numa só direção, deverão ser analisados como exceção aos 37 Protocolos mediante a CEET, por considerar-se um tipo de engenharia temporal ainda não plenamente desenvolvida pela mesma.

24 – Dos benefícios e prémios temporais: Em conformidade com a lei 25.786 do tempo da TEMPUS todos que possuem deveres deverão ter direitos proporcionais assim como a responsabilidade do cargo oferecido pela TEMPUS sob vigilância de corregedoria da CEET, de modo que fora o equivalente salário em medita de seu dom utilizado, deverão ter prémios e pontuação mediante o cumprimento dos 37 protocolos de segurança temporal, especificamente a das notificações diretas a CEET mediante a seus equivalentes protocolos. Sendo estes pontos acumulados e usados a critério do possuidor.

23b – O Temponauta tem o direito de gastar seus pontos mediante a seu critério, podendo ser os seguintes benefícios a seres escolhidos:

- Pedido de investigação temporal: o temponauta poderá se valer de uma detalhada pesquisa de sua linhagem assim como de eventos quer em sua infância ou de algum descendente mediante a pontuação alcançada necessária. Tais informações desde que não sendo classificadas pela CEET (mediante um dos protocolos de informação) podem ser publicadas no tempo da TEMPUS.

- Férias Temporais (vedado apenas a Chronologos): Estes podem optar mediante pontuação equivalente viajar a pontos temporais de turismo estipulados pela TEMPUS e aceito pela CEET assim como o resort temporal.

- Solicitação de captura temporal: Mediante pontuação adequada o agente poderá pedir a captura de ser ou objeto de algum tempo desde que siga as áreas de turismo temporal do protocolo 8 e 8b. Tais deverão passar pela verificação de segurança do tempo da TEMPUS em caso de contaminação de quaisquer tipos. A permissão de adoção de animal doutro tempo, quer extinto ou não, deverá ser realizado junto a órgãos governamentais deste tempo.

- Pedido de viagem ressoante ou ao futuro: Mediante a pontuação máxima o temponauta poderá solicitar uma viagem de férias ou visita a um tempo futuro ou mesmo ressoante desde que não altere e anule um dos protocolos.

25 – Protocolos de conduta moral e da verdade: Mediante a ética temporal a CEET como representante presente da corregedoria da TEMPUS indefere no caso da ausência de compromisso factual, empírico, objetivo e moral de seus agentes quer de campo ou de serviço interno apresentando conduta sem transparência a fim de resguardar de quaisquer conflagração de conspiração ou trama oculta na eminência de que no presente tempo o sigilo protetivo não mais se faz necessário por se vencido os males governamentais e industriais. Sendo estes compromissados com a verdade mediante a lei da transparência 25.887 de 2072 estipulados que todos os segredos devem ser revelados - a salvo os considerados privacidade individual não delituosa - quer do passado ou de mundo ressoante, no dia da verdade: 25 de abril do tempo oriundo da TEMPUS, tendo seu status de sigilo apenas pertinente e abrangente apenas ao passado mediante os demais protocolos.

26 – Do Abandono de base ou de missão: O agente independente de seu grau ou hierarquia, quer de serviço interno ou de campo temporal, tem por obrigação finalizar os serviços e destruir quaisquer materiais, informações que não sejam do tempo oriundo, assim como a vedação de campo temporal para evitar quaisquer fugas de informação, objeto ou conhecimento através do tempo, sendo estes majoritariamente avisados a CEET e caso não possível deixado sob prova cifrada ao futuro, quer carta ou quaisquer outro meio de transmissão de mensagem desde que codificada.

27 – Da Criação de desvios e realidades alternativas: Não está autorizado sob qualquer proposta a salvo casos de exceção previamente aprovados pelo CEET a criação de quaisquer desvios temporais cujos propósitos sejam de atingir certo conhecimento ou pessoa, por não ser considerado seguro mediante a linha vigente e ser uma ciência plenamente experimental.

28 – Dos contatos desconhecidos: Todo e qualquer contato com entidade quer supostamente extraterrestre ou ultraterrestre não descrito no protocolo 18 e 19 devem ser imediatamente de igual modo relatado diretamente a CEET, se possível no momento do caso. Leituras preliminares deverão ser feitas e passadas diretamente a mesma e qualquer tipo de contato físico evitado.

29 – Da quarentena – Após todas as incursões temporais, especificamente tempos desconhecidos os temponautas e cronologos devem ser submetidos a uma detalhada varredura física, mental e psicológica a fim de atestar as condições do mesmo para futuras missões e se mediante algum contato conforme os protocolos 28, 18 e 19 ocorrer ser resguardado numa quarentena. Caso apresente quaisquer sintomas quer de narcose temporal ou doenças desconhecidas este deverá ser encaminhado a um dos hospitais quânticos no tempo oriundo da TEMPUS em sua sede mediante o plano de saúde dos membros da TEMPUS e seu caos investigado detalhadamente pela CEET.

30 – Do seguro, plano de saúde e aposentadoria: Todo o membro da TEMPUS assim como da CEET tem o direito a seguir carreira mediante sua condição física e genealógica se aposentando de acordo com as normas comuns do tempo oriundo da TEMPUS em sua sede. Os chronologos e temponautas tem o direito a aposentadoria integral após 15 anos de serviço em campo caso este assim deseje, tendo direito integral a plano de saúde e seguro em caso de morte a ser dado aos seus contemplados.

31 – Do Julgamento de hipóteses: Toda e qualquer teoria e plano temporal deverá ser irremediavelmente composta pelo coerente julgamento silogista e ockanista dedutivo na ausência de comprovação direta e empírica do teorizado negando-se qualquer tipo de falácias e o ato de ignorar fatos que possam mostrar outro caminho. Contradizendo estes estatutos tal poderá se enquadrar no protocolo 25. Todas as teorias devem ser apresentadas a CEET e deverão essencialmente responder as perguntas ‘como’, porque’ e ‘pra que’ ou ao menos ligar o mínimo de duas destas perguntas amarrando fatos sem aparente explicação.

32 – Dos guardiões honorários temporais: Mediante a absorção ante a linha temporal vigente considerar-se-á mediante constante verificação de segurança temporal, permitido a transferência hereditária de conhecimentos pertinentes a viagem no tempo de qualquer natureza, assim como a revelação a membros da Ordo Christianistas Ad Tempus sob juramente de sigilo a fim de resguardar os demais protocolos de Segurança Temporal, podendo seu descumprimento está suscetível as sansões da CEET conformes os mesmos protocolos como o 37. Os portadores de tais conhecimentos tem por obrigação zelar pelo destino da linha temporal oriunda mediante o Tratactus Ad Venuts.

33 – Das Correções Temporais: Mediante o protocolo 7 de intervenção temporal correções do tempo somente serão permitidas mediante sua assimilação a linha vigente constatadamente de modo a corresponder o fechamento de um elo de paradoxo, não sendo permitido para isto qualquer abuso de recursos como iludir, enganar e sobrepujar quaisquer dos oriundos temporais envolvidos, utilizando-se da tecnologia ou conhecimento da TEMPUS. Tais casos de abusos deverão ser relatados e julgados pela CEET de acordo com os demais protocolos.

34 – Da legitimação de autoridade: Toda hierarquia deve ser respeitada mediante o período e local de atuação do mesmo membro da TEMPUS e CEET, desde que não quebre um destes protocolos, especificamente o protocolo 13. Quaisquer pessoas ou membros que considera-se com maiores conhecimentos deverão ser respeitados e ouvidos como superiores independente de sua linha temporal ou tempo oriundo desde que não conflitando com os demais protocolos.

35 – Do plano Temporal: Todo planejamento quer de campo ou mesmo de linearidade dos protocolos 1 e 2 deverá apresentar começo, meio e fim, quer de operações de bases temporais ou de missões de campo, sendo estes obedecidas a risca e qualquer rompimento do mesmo ser minunciosamente estudado pela CEET. Todo e qualquer posto temporal avançado deve se ter um plano de término das atividades a salvo as concessões dos protocolos 26 e 32, sendo o 26 pressupostamente considerado por ato hediondo.

36 – Da captura de delituosos e adversários: Quaisquer adversários e ou delituosos destes protocolos capturados pelo rompimento destes protocolos, quer, em linha temporal presente, passada ou ressoante deverá ser encaminhado para a sede da TEMPUS em seu tempo oriundo e tratado de acordo com as normas de conduta deste tempo. Este deverá ter seu perigo neutralizado e sendo vedado o uso de força apenas quando necessário e sempre proporcional.

37 – Do sigilo de informação e tecnológico: Todo e qualquer furto de informação, conhecimento, ciência a outro tempo assim como passado a romper os protocolos 0, 1, 2 e 3 que não sendo permitido pela CEET serão considerados crime temporal inafiançável, assim como o furto da origem de qualquer tempo o qual é oriundo categorizado do mesmo modo, tal como furto de autoria, origem e quaisquer que considere-se contra o detrimento da lei avançada da termodinâmica estipulada de acordo com o protocolo 11.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Vídeo sobre a linhagem dos Seth

O autor define em suas próprias palavras a definição conceitual da mítica linhagem de Seth como constantes temporais.

Características dos verdadeiro herdeiros de Seth
Os não corrompidos, os quais dentre estes dar-se-á valor apenas equivalente ao que se produz, cada um colhe apenas os próprios frutos pois ao plantar apenas o que comiam deu origem a metáfora para suas atitudes como responsabilidade por seus atos que são suas obras como lei única. Eruditos e astrônomos que relacionam as posições futuras das estrelas com profecias de tempos vindouros, harmonizados com a natureza coexistem extraído apenas o necessário a se manterem. Preza as memórias até mesmo as do futuro pelas profecias. Concebível que ao contrário da linhagem de Caim que prosperou eles não eram materialistas e muito menos se conhece homicídios vindo deles antes do dilúvio ao contrário da linha de Caim o qual mesmo Enoque teria dado luz a magia enoquiana enquanto o Enoque filho de Jarede seria o que andou com Deus concebendo profecias mencionadas por apostolo Paulo no novo testamento.
Visível que mesmo em seu livro profético relaciona a corrupção geral do gênero humano (novamente) onde o qual não se colhe mais o que se planta em relação aos que querem que nos responsabilizem apenas pelo que não fizemos e enquanto eles não se responsabilizam por seus atos.


Consegue decifrar esse enigma? A descrição dos Seth em suas tradições por eles mesmos:

"Deus do destino com uma pedra nós o tiraste ante as tranquilas águas, com mais seis o fizeste antes águas turbulentas, como a seta do tempo nos firmaste, a espera do renovo e nosso destino, pois uma onda é o caos, mas sete a perfeição, que varra todo caos."
Gerson Avillez - Manuscritos do Tempo

Fale com o autor:
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Email: gersonavillez46@hotmail.com
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segunda-feira, 10 de junho de 2013

sábado, 8 de junho de 2013

Artes conceituais das capas


Certo que não se julga um livro pela capa, mas uma boa arte pode realmente ajudar bastante numa primeira imagem positiva do livro, assim o autor não ama apenas um ótimo conteúdo, mas como artista desenvolve ele próprio algumas capas de seus livros. Clique nelas para ampliar, se quiser saber as sinopses clique na página Projeto Corpus Ad Ventus.





sexta-feira, 7 de junho de 2013

Por dentro da Ordo Christianita Ad Ventus

A Criação da fictícia Ordo Christianita Ad Ventus fora feita para o livro 'Crônicas Atemporais' com a proposta inicial de ser uma versão arcaica da TEMPUS em tempos medievais, servindo-se dos seus para proteger determinados segredos e conhecimentos que pertinentes ao tempo vindouro não fossem revelados antes do mesmo criando transtornos, assim apresentando um funcionalmente moral e retroativamente reativo (não fútil, como a exemplo de seitas) era científico ainda que buscasse defender os valores e morais cristãs, conforme submetida ao catolicismo da época, selecionando seus pares por hereditariedade de tal conhecimento alguns deles bispos do Vaticano que teriam enfrentado inclusive o arqui demônio do tempo intitulado Chronos. A conceitual abaixo trás os detalhes de sua concepção e graus condizendo ao conhecimento presente nela sempre com a conotação de influência temporal em vários sentidos/direções em paralelo justamente com a rosa dos ventos num conceito em paralelo ao relógio analógico apenas muitos anos após surgido. Como protetora do destino, assim ela tinha virtualmente o poder de alterar o tempo por ter em posse conhecimentos do futuro e sobretudo de proteger a linhagem desconhecida dos seths que eram muito perseguidos até tempos modernos. Clique a foto para ampliar.