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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Quando o Sonho do Oprimido é se Tornar Opressor

O reproducionismo demagógico sempre será uma hipocrisia delimitada e falsamente definida em discernimentos apenas aparentes por títulos e letreiros ideológicos, políticos ou de crença quando não passam de variáveis do mesmo moralismo hipócrita, no que sempre tem escapismo apenas a responsabilidade moral e social dos fatos, éticas e leis objetivas. Constitui na verdade a deliberada imposição classicista camuflada sob as muitas máscaras meramente míticas de um menticídio paulatino por narrativas menos falseáveis que a ficção.

O negacionismo dos fatos é percurso do mesmo a injustiça, inclusive social, da repetição de nulidades éticas do qual o único modo de combater uma injustiça sofrida é perpetra-la sobre alheios. É a consumação de tudo o quanto Paulo Freire combatia na máxima da educação libertadora, de que quando a "educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar opressor". É o conceito de que o combate a luta de classes é reforça-la. Exemplos desse materialismo histórico (que Marx combatia) é claro como práxis da tragédia catastrófica, dos alemãs a míngua da derrota pós guerra no tratado de Versalhes que culminou na Ascenção do Nazismo, aos próprios judeus que sendo dizimados, hoje possui um estado sionista igualmente opressor no Oriente Médio, ou um exemplo ainda mais contemporâneo e conterrâneo, a ascensão de Bolsonaro e sua trupe contra a "funesta corrupção" exclusiva dos 'degenerados comunistas'. O fato é que a hipocrisia é a única religião da ideologia falsificada independente da máscara, encarnada na doutrina do duplo padrão moral exprimida há décadas pelo senso comum de ditados populares como "faça o que digo, não faça o que faço". O embotado discernimento destes são meramente titulares e rotulativos, não éticos por isenção, se tratando, por exemplo da luta entre direita e esquerda, perdedores e vencedores, do que entre o certo e errado, o crime e a lei, contra a desigualdade e injustiça.

Parece um conto de fadas permeado por fantasias que tem de real apenas as tragédias provocadas. Como os três porquinhos alternam as casas das ideologias, mas como escapismo dos próprios atos ao temerem o 'lobo mau' da verdade e justiça isentas, ou falando em termos selvagens, caranguejos dos charcos pantanosos dos mangues da cultura da corrupção.

Entre estes o denominador mais comum como motivador, é advogar a meritocracia ante os males sofridos como pretexto para reproduzi-los sobre alheios e deter privilégios na substituição plena e total da justiça e legalismo, ainda que sob a fachada moralista e projecionista desse, como marco apenas regressivo a civilização.

O principio da suspeita na ausência de provas não condena, mas também não inocenta. Antes um indício isolado denota acaso, a sucessão deles pistas, pois o princípio de que para proteger um crime grave, mais crimes se devem cometer, pois assim como a mentira e a omissão visam esconder (por motivos suspeitos) o crime e a vítima. Um crime isolado mediante a gravidade não denota intensão, mas a sucessão comprovada desses comprovam a discriminação ou perseguição. Por isso os defensores da lei desejam que falem, os bandidos silenciam, pois para os criminosos o silêncio é direito, mas o silêncio imposto a vitima crime. Os que calam sempre serão mais suspeitos dos que falam, pois as palavras dos maus servem apenas de prova se forem calúnia, chantagem e injúria. Uma teoria não é mentira, mas o negacionismo factual é sucedido pela negligência ética e legal, pois se o oculto provasse a inexistência do crime quadrilhas anunciariam em revistas seus planos de assaltos, latrocínio e fraudes. Por isso nos recantos da escuridão as trevas do crime crescem no silêncio onde a luz pública e do Estado não adentra em juízo de isenção. Toda minoria é vulnerável por ser negado seus direitos, mas se tornam parte do problema quando a reproduzem sobre alheios.

A verdade das ideias para estes podem ser mais perigosas do que suas armas, ao menos para os que apenas são perigosos contra os direitos alheios, pois elas representam asas que podem libertar do peso opressor que empurra ao rebaixamento classicista da inferiorização.

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