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terça-feira, 5 de outubro de 2021

A Ideologia Falsificada da Falsidade Ideológica

Há piratas que mudam de navio, mudam a bandeira, mas continuam sendo piratas, a falsa bandeira é antes e depois. É como um paradoxo de Teseu ao contrário, mas muda-se tudo, muda-se nada. Alma suja não se lava. A rapina está no espírito, a caveira e ossos sob a máscara, pois as vezes os ratos abandonam o navio para outro habitar, apenas inventam um capitão para com ele antes afundar. 


Há quem diga que em terra de cego quem tem olho é rei, mas quem enxerga isso como todos visionários pelos reacionários são crucificados, é o sisifismo estoico de Jesus no eterno fascismo românico, as cavernas de seus desejos são mais aprazíveis a linguagem rupestre das sombras do que a defesa de Platão ao seu mentor Sócrates. A visão é individual, tal como a visão interior de si mesmo, disto nasce a autonomia autoconsciente ao contrário da mágica que como ilusionismo faz-nos enxergar apenas o que desejam. Passamos ser apenas parte do truque, e enxergamos apenas o que querer, antes Themis de vendas enxerga apenas os fatos, melhor o cego do que o que enxerga errado. A miopia social é a lente dos poderosos as massas.

Disto a falsidade ideológica formalizada na uniformidade homogênea mais que clonagem social passa a ser substituição não apenas da identidade e individualidade original, mas da honestidade dos direitos de ambos. Disso ao passo da falsidade ideológica é o da ideologia falsificada que em suma é a representação do direito alheio usurpado como dublê dos manjares e deleites alheios, mas sem igual responsabilidade na destituição da autenticidade, não somente da cópia como do copiado. É o plágio social, a cola de quem não aprende a ser si próprio. A destituição da autonomia sob essa estratégia é a do pensar em si e por si, é o arrebanhamento do uniforme onde a identidade de um está firmada na de todos, não em si mesmo. A independência é a ilusão quando de todas relações depende si próprio, e a ruptura do indivíduo em suas fronteiras (mentais e sociais) como massa de modelar ao sabor do dominante. O coletivo é um tecido que sem a célula do indivíduo passa a ser cancerígeno, a harmonia das relações espontâneas passam a ser uma organização reprodutora, desordenada e radicalizante. Nessa massa a semelhança é igualdade e a diferença desigualdade. Logo, o ódio discriminatório passa a se tornar assimilador ou neutralizador. Ou o normativo é absoluto, completo e total ou o oposto radicalizante, do pensamento diverso, a todas mais diversidades. Aceitar tudo, concordar com tudo é a única possibilidade de "paz", um paz negra, opressora, repressora do ser. Assim a individualidade mesmo em seu direito legitimo tornou-se uma patogenia da loucura a ser combatida enquanto a doença mainstream é a nova saúde sã. 

Disso não é a abstração e subjetividade a raiz dos mitos arquétipos, mas a derivação instintiva do 'eu' irracional disso, por isso tais arquétipos normalmente pertencem ao inconsciente coletivo, pois os instintos e anseios são as únicas coisas universais possíveis na humanidade, tanto como seus mitos e arquétipos derivados. Na realidade é a falsidade ideológica a concretização do arquétipo, pois está na destituição do ser autoconsciente, per si, por si. Não se tratando de imitar os bons exemplos, imita-se a identidade em antagonismo aos exemplos do original, este agora socialmente imolado, como do Anticristo para Jesus Cristo onde se nega apenas sua identidade autônoma, não sua irracionalidade do 'eu' animal que perfaz apenas os nós da forca a democracia.

A democracia tem sido substituída por uma deimocracia fobocrata por isso. Quando os direitos individuais são subjugados sabemos que quando não são os criminosos comprovados a terem seu lugar determinado na prisão eles é quem ditam o mesmo ao cidadão. Pois há apenas um modo de ditar o lugar do cidadão, pelo crime e a perseguição. A democracia é do povo, para o povo, é o povo! O oposto é opressão! Pois toda exceção (ou generalizada) é a o átomo do indivíduo.

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