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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A Oligarquia da Legitimidade


“Quem dita e formula as palavras e frases que usamos, quem é dono da imprensa e do rádio, é dono da mente.”
- Joost AM Meerloo, The Rape of the Mind.

"A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa..."
George Orwell

A maior oligarquia que existe é a do monopólio da legitimidade. Quando a busca pela autoafirmação através da diferença leva a institucionalização da desigualdade ocorre uma busca monopolista pela exclusão desse ‘diferente’ aos próprios ditames. Como modo de afirmação de identidade numa variável de etnocentrismo. 

Disso o apelo da falácia da autoridade ao se empoçarem da hipotética e usurpada ‘patente’ da razão e da verdade, ao se tornarem uma instituição da "credibilidade bancária" depositada aos “eleitos e escolhidos merecedores” do status quo, ainda que equidistante dos frutos e obras individuais. A revelia da vontade desses egos complexos tem início assim quando o poder no exercício em si mesmo e a vaidade exibicionista da hipocrisia se tornam os únicos limites criando um profundo abismo entre discurso e prática. Logo, ganham um caráter de dupla identidade, uma oficial e formal e outra informal e clandestina. 

Como as diplomacias pomposas de governo se discernem de órgãos de informação os dois passam a coexistir na prostituição. O princípio da duplicidade assim surge quando a pretexto ideológico este contradiz a si próprio, como pregar combater o suicídio, mas promover eutanásia e mortes (oficiais, sob pena, ou não), ou combater heranças e achar que fraudar propriedades alheias é mais digno. Estes com o tempo passam se achar mais dignos de colher o que não fizeram e avarentos ao racionar direitos à quem muito fez pelo silenciamento e exclusão.

Disso perfaz de sobremaneira a meritocracia, utilitarismo e capitalismo adjacentes, os quais sob muitas mascaras busca apenas os interesses de si próprios ao depender do danoso aos demais, intencionalmente. Assim a imprecisão que tira o contexto e acentuao vago e obscuro é permissivo apenas ao erro tanto como o negacionismo e omissão favorecem a negligência e crimes encobertos a benefício egoísta.

O exercício masturbatório do ego desses grupos passam então a mimar a própria vontade na proporção e poder impune que lhe é agregado. Se a vaidade se torna masturbação ególatra esse poder hipócrita é o estupro. Afinal quando fronteiras e discernimentos são desfeitos em narcisismos ególatras exacerbam em egorragia, tais apenas delimitada pela fachada opulenta de castelo como cobertura a masmorra de seus deficientes de caráter e aleijados morais sobre as vítimas que destroem no caminho. 

Por isso os que nunca entendem nada além do próprio desejo gostam de dizer que nunca aprendemos aceitar seus erros excessivos e de "exceção", por estes que nem a verdade e lei aprendem senão como arbitrária ferramenta ao sabor de seus mimos. Logo, sob muitas roupagens se camuflam seus flagelos segregatícios as vítimas, advogando o contraditório de certificações a licenciosidade legitima a revelia da objetividade da lei, ética e fatos. De todos que ditam serem os únicos a determinar a certeza sobre algo, a legalidade ou ilegalidade, o valor ou o título de tais, sendo tais sob exercício e formação condizente ou não, mas abnegam regras tais ditando que apenas se pode fazer história, filosofia ou artes através deles e sob a permissividade tortuosa destes.

O fato é que passa-se a usar medidas falsas aos fatos e atos, mediante a critérios parciais e turvos a estes egos massivos ao impor a condição satélite aos demais, desde que esse etnocentrismo apenas se perfaça a exaltar de sobremaneira estes em detrimento dos demais. Não se trata de mera defesa da honra, mas a dominação desigual sobre a honra alheia. Todavia, a míngua das vítimas pelo minar dos mimos tentam escrever a força a legitimidade na oficialidade como relés contos de ninar que acalentam apenas uma legião pecuária de ignorantes.

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