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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Anarquia: O Problema crítico do poder e suas classificações

A centralidade do poder num grupo ou indivíduo favorece a não aplicação imparcial das leis onde os poderosos privilegiam-se da impunidade, algo que é comprovado hoje em dia praticamente sem exceções, pois o poder, tem se provado, ter a capacidade inigualável de corromper numa quase autocracia. A corrupção considera-se outro problema central nas esferas de poder mais precisamente, problema que nunca fora completamente resolvido ao longo do curso da história humana.
Mais pensadores antigos nutrem ideias semelhantes relegando a ideia de que não existem governantes incorruptíveis mas que são corruptos a medida do poder que detém a exemplo de Diógenes de Sínope, os cínicos e Zenão de Cítio, o fundador do estoicismo.
A conceptualização moderna teria tido seus preceitos formulados por Jean-Jacques Rousseau ainda aproximado de ideias iluministas mas somente levando a auto-intitulação pelo filósofo e político francês Pierre-Joseph Proudhon a quem coube o título de fundador do anarquismo moderno.
Assim em tempos modernos tentou-se aplicar o anarquismo em vários momentos históricos levando-os a papéis importantes em conflitos, normalmente através da revolução. Ainda que nunca tenha conseguido êxito ele emergiu na revolução ucraniana, espanhola e russa o qual Nestor Makhno tentou implanta-lo.
Não sendo qualquer forma de religião ou doutrina o anarquismo respeita seus mestres sem reverencia-los de modo que ignora qualquer tipo de guru do movimento e apesar de alguns terem vínculos com o marxismo preza por um socialismo libertário, não autoritário como vem sendo praticado no mundo.
Não podemos falar de anarquia sem mencionar e discutir o poder, ponto crítico da humanidade e a raiz de todos problemas assim como sua possível resolução, o poder de forma centrada num grupo ou indivíduo sempre leva a hierarquia que o anarquismo combate. O poder humano divide-se em quatro tipos: o político, o de força, o capital e o de conhecimento. A interação entre eles numa sociedade é comum de modo que um poder de força sem política ou conhecimento é ignorante e bruto (comum a de ditaduras, por exemplo) de modo que possam se completar. Mesmo a religião demonstra-se como um tipo de poder político, pois ensina normas de conduta e comportamento em sociedade mas que centrado em hierarquias podem levar a elementos fanáticos. Assim a anarquia não seria ausência de poder, mas sua diluição homogênea em liberdades de modo que mesmo o poder do conhecimento - assim como supôs o manifesto hacker - está presente, mas não pela imposição como o poder da força, mas pela influência, pois fluí como numa onda caótica.

Poder Político: Pode ser descrito como poder social-coletivo e estabelecem normas de convívio podendo assim também ser descrito na religião, regime governamental e etc. Por isso eles frequentemente flertam e se influem mutuamente.

Poder de força: O poder de força isolado é violência, imposto, todavia a exemplo de uma democracia deve ser subordinado a um poder político como de repreensão a crimes e a violência, por exemplo. Porém, quanto menos político mais sem proporção apresenta-se a exemplo das ditaduras onde determinadas coisas são impostas sob coação de força. O poder mais hierárquico assim como primitivo.

Poder de conhecimento: O poder mais presente e onipresente, ele normalmente não é imposto, mas influenciatório, pode apresentar-se numa hierarquia mas sendo dialógico. Um dos poderes mais importantes pois altera a percepção, compreensão e consequente comportamento.

Poder capital: O poder financeiro que ao lado do político pode ter maior capacidade de abismos. Ainda que seja normalmente por influência ele demonstra-se como facilmente corruptor.

Para lerem o ensaio de Gerson Machado de Avillez completo clique aqui.

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