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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Assertivas Sobre o Destino Telesófico

Até onde o livre-arbítrio humano é capaz de influir em seu próprio destino e no destino do mundo?

A clara demonstração do falso consequencialismo utilitário e maquiavélico pode ser demonstrada de modo filosoficamente sucinto a exemplo do efeito dominó. O ato de uma pequena peça ser capaz de derrubar uma maior e essa outra uma ainda maior denota que impedir a peça menor não impede a verdadeira razão das demais caírem, as forças exteriores que operam nela. 

Ainda que aqui a gravidade seja o demonstrativo por ser um fato científico newtoniano, ao sabermos que esta gravidade reage de modo igual na queda de objetos de pesos diferentes, o mesmo prediz o suposto hipotético de outros influxos inescapáveis do destino, do qual independendo da peça que desencadeie a força exercida sobre as demais é sempre igual. O que submete e sucede na natureza, a minha pessoa, sucede a alheios, como a morte, cedo ou tarde - variando de acordo com situações que aumentem a probabilidade de morte.

Ou seja, assim como não tem menor importância o que você faça para fugir de dentro de um horizonte de eventos de uma singularidade de um buraco negro, é inútil remar quando apenas estiver as aias da queda d'água de uma corredeira. O mesmo se aplica a pandemias que mediante o postulado do caos nenhum evento de patogenia teria poder de varrer a humanidade da Terra, a salvo caso forças exteriores isso favoreça - a que suponha o destino - ou cataclismos combinados. 

A razão pandêmica de uma doença é a mesma de populações, ter seu ápice e dispersão, pois a extinção total e completa de ambas apenas em casos de eventos de magnitude astronômica. Tais preceitos podem ser perigosamente inversivos a sofismas, num outro exemplificativo paralelo de incêndios florestais. Um fósforo pode causar um incêndio tanto como um raio caso o clima seco e quente favoreça. Assim é o conjunto das ações e condições que tornam possível algo pequeno desencadear um evento grande, que desviem o curso geral do fluxo de realidade e seu destino, ou fora apenas um incêndio que desencadeou o aquecimento global? Não, a ação conjunta por décadas de economias exploratórias e industriais onerosas a própria natureza. Logo, mesmo que um sujeito possa ser o estopim ou chave para dado evento, este ocorre apenas por haver condições propícias a este, sendo ele ou outrem.

Adolf Hitler em seu intelecto medíocre acreditava que uma fissão nuclear poderia desencadear o fim do universo, quando sabemos que apenas o uso massivo e mútuo desses aparatos nucleares daria fim ao próprio mundo. Podemos ainda citar o caso o qual o Imperador chinês abandonou as navegações anteriores as europeias após perdas provocadas pela queda de um raio em seu palácio. Porém, quem pode provar do qual não fosse o raio, seria outra coisa? Não podemos aqui provar a existência ou inexistência do destino em razão disto logo quantificar alguns falsos consequencialismos indiretos, como alegações esdrúxulas de que me creditar por tais teorias levaria ao fim do mundo, a mesmos que forças externas trabalhem em prol disso a exemplo de patéticas profecias auto-realizáveis.

Trecho de "Verbogonia do Filoverismo".

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