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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

A Multidimensionalidade do Fazer Annales

Não apenas uma proposta hipotética de probabilidades a física, o conceito de meu multiverso versa mais possibilidades negativas ou positivas tanto como dos muitos mundos e realidades que disputam domínio etnocêntrico entre si. Na ficção a exemplo do visto pela Marvel, entre outros exemplos, demonstram isso tanto quanto realidades possam se tornar apenas isso, fantasias ou ficções alienadas na busca etnocêntrica. O conceito da História Única, criado pela nigeriana Chimamanda Adichie, demonstra a relação de uma história monocromática que abnega em negligente omissões de fatos e histórias de realidades alheias. Das classes, etnias e culturas diversas. Estes quando não são realidades deletadas ou ocultadas, são mascaradas por estereótipos negativos da discriminação. A exemplo do conto onde o nazismo não subiu ao poder, Anne Frank se torna uma autora famosa ao criticar o movimento nazista que não vingou. Nesse mundo "fantástico" ela passa ser taxada de preconceituosa ao dimensionar a possibilidade (por seus opositores) fantástica de que os nazistas poderiam exterminar etnias inteiras. O arianismo (que nem existe cientificamente) nesse mundo é alvo de uma discriminação invertida e imaginária. 

O fantástico do fantástico nisso critica o absurdo de si mesmo como o contrário demonstrado em "Mil Anos de Escuridão" onde negros, judeus e deficientes físicos e mentais empalhados existem apenas no museu, por serem considerados elementos inferiores que foram extintos pela seleção evolucionária pela raça superior. Na realidade, assim esse multiverso ao apresentar etnocentrismos isolados passam integrar possibilidades de fantasias surreais se tornarem realidade. A crítica as sementes do extremismo que imaginamos caso sua germinação objetivasse êxito em múltiplas variáveis e que hoje mais do que nunca vemos tais possibilidades assombrarem com essas dimensões fantasmas. A negação do holocausto hebreu e de minorias encarna esse universo onde Anne Frank (em nosso mundo uma assombração) assim seria uma implicante ante a possível legitimidade desse holocausto - obviamente negada e a ela sendo a caluniadora. Tanto quanto a 'fantasia' de "Memórias Póstumas de Um Mundo Morto" onde Machado de Assis ao não ser esbranquiçado nunca teria suas obras e talento reconhecidos historicamente. Nesse caso a fantasia paralela encarnada no caucasiano imaginário de sua pele tornou isso possível na história “real”. Em qual mundo paralelo vivemos?

Outro exemplo pode ser visto "Nas Terras do Amanhecer Eterno" onde a pós-história é fato e os sobreviventes são crianças que desconhecendo a bíblia e história acreditam que o Superman é o Deus ao encontrar restos de quadrinhos. O fim da história representa exatamente isso, o predomínio mítico de fantasias!

Em suma, me pergunto qual dimensão de realidade em que vivemos ser a verdadeira por isso, mediante o percentual de verdades e fatos aceitos abertamente como tais. O fazer annales contra a história única é vital a humanidade como diversidade de cor, etnias, culturas e ideias sem negligenciar qualquer verdade em negacionismo. O oposto dessa história única levará a uma pós-história ao tornar a realidade uma fantasia e a fantasia a realidade, o que justamente minha ficção combate a demonstrando como possibilidade. Minha ficção busca justamente criticar os temores possíveis de que estas sejas como tratada como realidade. Pois os melhores escritores das ficções distópicas não desejam contar mentiras e erros como verdades, mas ao contrário, combate-los através disso. A ficção distópica é a ironia crítica a mentira que pode ser tornar verdade.


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