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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Roda das Desgraças

Roda da Fortuna numa gravura de 1165. Ilustração no livro Hortus Deliciarum (Jardim das Delícias)

Uma vez que em 'Os Signos Universais do Ethos' fora abordado padrões cíclicos de crises e conflitos na sociedade aqui abordo sua perspectiva meramente social e política.

O povo não pode ser mensurado e governado por cálculos utilitaristas que como Betham negligencia excedentes minoritárias, muito menos como uma máquina onde a promoção de minorias sirvam como engrenagens para as maiores rodas da fortuna. Antes a lama que logo corre entre estas engrenagens torna finita a sua durabilidade e assim uma obsolência social que favorecem apenas novas rodadas de conflitos, crises e guerras. Obviamente que a ideia do 'bem comum' promovidas como 'bem maior' ou 'bem geral da nação' favoreçam apenas àqueles que lhe são opostos, e a medida que não interessa na prática o bem-estar de todos, do indivíduo a saúde coletiva, torna essa demagogia expugnável em si mesma como como a idealização utópica inatingível. Antes os que a todo custo promovem tais exceções amargas de injustiça torna preciso igual desagrado a seus promotores, de maneira que mesmo a justiça não é aprazível ao contraventor, a não ser a vítima. É justo dizerem assim que a exemplo do fascismo ser uma cadela sempre no cio, pelo mesmo motivo que vampiros necessitam do sangue de vítimas sem culpa. O fato é que historicamente alguns em astúcia sinistra observaram por séculos as estruturas sociais a fim de disso destilar a deliberada sistematização de seus problemas a seus fins e interesses e torna-los intrínsecos ao próprio sistema construído sobre deliberadas falhas e brechas. 

A exemplo do nazismo derrotado, seu modus operandi nunca foi vencido, antes adaptado e maquiado sob outras fachadas tanto quanto as designações de Umberto Eco sobre as modificações do fascismo em "O Fascismo Eterno". Para isso ele se tornou eclético e multiforme ainda que hegemônico em todas tentativas variáveis e camaleônicas, todavia os sintomas sempre estarão lá, ainda que maquiado e travestido, masmorras pintadas como castelo e calabouços como centros altruístas. O problema é que este poder cancerígeno por justamente estar muito bem instalado em seus aparelhos e maquinários corruptores torna impossível destrui-lo sem igual revés, antes se incumbiria de um estrago ainda maior que seu rotineiro cio vicioso. Isto é o que torna de fato uma impossibilidade todo e qualquer utopismo legítimo. Obviamente que uma vez equacionado a seus próprios meandros intuímos que os excedentes chegarão a um ponto de inexorabilidade destrutiva pelo mesmo motivo que pontos de regulagens são necessários em horas e dias em anos bissextos. Porém, aqui expurgos e destruições serão deliberadamente cíclicas ante esse mal ante a quantidade de resíduos que produz, e uma vez acumulados serão aniquiladores ou aniquilados. Da males quando se tornam parte intrínseca a realidade produz seus próprios algozes como seus zeladores, e as vezes a própria vítima se torna o mal que sofre por longa exposição a males socialmente degenerativos, muitos vilões e algozes foram vítimas antes de se tornarem o que são. A medida que isto cresce os resíduos se tornam cumulativos, ao ponto culminados a regressão e retrocesso se tornaria inexorável como a construção econômica de esquemas de pirâmide. A bondade desses é o excesso da produção de notas de dinheiro ilusórios num inchaço que gera apenas a própria desvalorização.

Uma vez sabendo que desde de Maquiavel a Durkheim a ideia da promoção e deliberação direcionada do crime é desejável a interesses políticos ou dos dominantes, impedi-los leva a igual dilema do uso de força. Ainda que o primeiro seja um ato de legitimação e autopromoção ao enxugar gelo, o segundo é efetivo porém impossível em sua totalidade por razões anteriormente explicitadas. 

De modo que mesmo esses males seja suplantados inteiramente em sua estrutura numa região ou nação, as nações que prevalecem por essa arte sombria tentaram suplanta-las em sua adequação, por infiltração e conflito até que apenas um cataclismo de guerra global seja inevitável. Fato histórico os investimentos da CIA em tráfico de drogas para desestabilizar regimes, as higienes étnicas e o próprio holocausto feito pelos nazistas, dentre tanto outros meandros insidiosos em conluio sendo elementos incorrigíveis que cedo ou tarde eclodirão em tragédias de larga escala e a mortandade será generalizada.

No Brasil fatores de letargia e graus conformistas de tolerância aliviam pressões que tais acúmulos favoreçam ainda que o aumento da corrupção e criminalidade seja sensivelmente percebida além escala percentual ao aumento da população.

Preciso se tornar um nível de despertar que quebre os grilhões desse reproducionismo por meio da educação. A educação política desejada apenas é possível pela política da educação que começa  através da ética e filosofia moral, no micro mundo do indivíduos em suas relações ao macro de sua relação ao coletivo.

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