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terça-feira, 1 de março de 2022

Ferramentalismo e Instrumentalismo Ideológico


Ao contrário do que supõe Friedrich Nietzsche a moralidade enquanto valores civilizatórios mantém a ordem social por tradições sociais, e mesmo parte da identidade de sua cultura e etnia. Porém, quando usada a interesses de controle e poder passando a ser instrumentalizado declina ao moralismo vindo a se tornar fonte agressiva de supersticiosos preconceitos e estereótipos. Ora, ainda que a ética circulando compreende similares valores sociais não estagnados, de modo quando meramente reprodutivo pelas volições sempre exacerbam ao declínio estereotipados e de projeções de arquétipos preconceituosos. Disso o tendencioso e parcial levado por um fechamento em si mesmo exacerba a potencial círculo de ódio o qual a medida da radicalização se torna a proporção de inimizade ao que lhe é diferente e externo, a exemplo do fanatismo. Disso, das dicotomias a toda forma possível de poder que favoreça o controle dos dominantes garantidos pela instrumentação sobre os dominados são usados com fins politiqueiros, da cultura, sexo, entretenimento, informação, tecnologia, religião, lei e afins. Nietzsche é exemplo próprio de como fora instrumentalizado após interpretado no nazismo. Dito isto uma vez que toda instrumentação guia uma interpretação própria a justificar a si mesma, o que nem sempre ocorre numa interpretação racional.

Filosofias radicais tem raízes na solidez da razão ainda que inovadoras, filosofias extremas se automutilam. A instrumentação de uma filosofia ou política usa prerrogativas legítimas a fins ilegítimos (tanto como o oposto) levando-a ao uso maquiavélico ao destituir-se ao despotismo, a exemplo do extremismo. Tornar-se-á desfigurada ao moralismo podendo se tornar uma filosofia armamentista ao utiliza-la como pretextos de morte, destruição e violência. Nesse sentido a filosofia declinada a mero idealismo déspota impõe  aos povos uma marcha etnocêntrica uníssona a uma única direção coletivista. O contrário temos no ferramentalismo, quando uma filosofia não utilizada como um fim em si mesma, é usada para consertos e correções de problemas ao qual professa sendo genuína ao contrário do taxativo generalista, ausente de abertura. Tais ferramentas das quais as que servem para detectar problemas, falhas e as que servem para ameniza-las ou conserta-las ao contrário da instrumentação que na prática apenas enverniza e pinta algo como não é na prática. Por outro lado enquanto a ferramenta tem fins transitórios o finalismo pode se valer da manutenção perpétua como agravo da instrumentação ou armamentismo ideológico. A deontologia demonstra parte desse processo tanto como o maquiavelismo o oposto.

A subordinação destes como meio a fins oligarcas, despóticos ou draconianos provam isso. A exemplo da relação do indivíduo com sua etnia é um matrimônio como a igreja a noiva de Cristo, mas quando o relacionamento se torna abusivo e tóxico tal conceito se torna uma orientação de um matrimônio cultural ao patrimônio etnocêntrico monopolista (de patriarcado) quando não se impõe a força, mas pelo consenso e mútuo. A instrumentação ocorre assim apenas por meios agressivos de relação a sujeição e submissão da pessoa a este instrumento, dentre eles a moralidade declinada ao moralismo, sempre hipócrita, parcial e tendenciosa. Ao contrário da acusação ad hominem de Olavo de Carvalho, o problema de Friedrich Nietzsche não é ser broxa, mas do "filósofo" que é "estuprador" como qualquer ideologia, crença, doutrina e política imposta por meios evasivos e violentos.


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