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quarta-feira, 9 de março de 2022

A Singularidade Primitiva da Violência Sexual

Arthur do Val equivocadamente vestido de
vagina ao penetrar (sem ser convidado)
um seminário sobre masturbação feminina.


Há coisas que não cabem nem as estatísticas, primeiro por reduzir os valores humanos e da individualidade a números, e em particular a violência sexual, que mesmo ante a cultura do estupro no Brasil, é subnotificada provando que os números são imprecisos, quando não equivocados. Há um verdadeiro apagão jornalístico, histórico e jurídico em aspectos desse tipo criminalidade do que é a singularidade pra física.

Numa zona de guerra então, onde não a lei, não há nem condição da mínima pesquisa estatística raspar a superfície de tais crimes assim considerados mesmo numa guerra. 

O fato histórico em todos tempos e épocas é que havendo condições propícias algozes, aproveitadores e agressores saem do armário, pelo mesmo fato de que aonde há pessoas vulneráveis, fragilizadas, oprimidas, mais suscetíveis a serem molestadas serão subjugadas e usadas por abusadores de todos os tipos. Arthur do Val é apenas uma amostragem em palavras dessa realidade sexualmente atraente a predadores do tipo, guiados pelos prazeres fáceis as custas de posições sociais desfavoráveis as vítimas. O heroísmo fálico que busca aspergir sua semente a fertilidade de fêmeas sem defesa ou um outro “macho alfa" que as arrebanhem.

A desigualdade é escancarada ai, a medida com que tem estreita relação entre o excesso e escassez, vício e trauma por isso, uns tem demais pois alguns tem de menos ou nada. O moral baixo, a autoestima destruída, a esperança dilacerada abre alas para que estas minorias assumam involuntariamente a posição de presas, tanto quando um leão faz uma gazela correr pela vida. 

A qualificação predatória, especialmente do homem, é um resquício primitivista despertado ante potenciais presas sob o agravo de condições sociais e culturais propícias. Do desejo por dominação acrescido a facilidade de subjugar, quanto mais fraco, vulnerável e minoria a vítima é um alvo desse fetichismo do poder.

E não apenas contra mulheres, mas crianças e mesmo outros homens ante uma posição de desvantagem em relação a um grupo dominante por operativos tais. O silenciamento da vítima é o fator chave que fortalece essa prática escusa, não apenas sobre si mesma, mas outras vítimas potenciais e por serem vulneráveis e fragilizadas que são facilmente silenciadas e manipuladas aos interesses do próprio abusador, fortalecendo essa prática pela ocultação, encobrimento e o ato de abafar tais crimes que por isso sempre haverão de existir.

O Brasil mais parece ter entrado na guerra da Ucrânia por bombardear o país com machistas, tiros e explosões em civis são tão crimes de guerra quanto penetrações contra o direito alheio. Precisam de ajuda humanitária, não turismo sexual como fazem nesse país há décadas! Mas agora não basta molestarem as brasileiras, o Brasil agora está exportando machistas para zonas de guerra.


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