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terça-feira, 14 de setembro de 2021

A Loucura da História

O verocentrismo é o cerne objetivado do aletológico da legitima filosofia, tanto como da ciência ou história. Todavia a verdade não bastando haver tipos, como de estado, percepção, sensação e permanência  há dos meandros que as perfazem, não sendo a verdade em si, mas a verdade de seu 'motivo' (porquês) e 'meio' (como), tanto da ética pra estética. Disto a verdade ainda que vista originalmente como estática e absoluta em seus níveis relacionais, percentuais ou ad momentum apresentam facetas de abordagem numa aletologia da verdade em movimento. A verdade do verbo em ação donde erros perceptivos concebem neosofismas do relativismo não passam de concepções embaçadas, não embasadas, de interpretações anedóticas apenas verdadeiras nas volições subjetivas. A ética similarmente é um exemplo aletológico da filosofia na busca pelo capturar esses movimentos da verdade sob o viés comportamental e social. Similarmente o filoversismo analisa de perto essas concepções que sempre se dão por vias relacionais, ainda que numa abrangência ontológica.

Do mesmo modo que palavra do justo pode não ser lei, a do mentiroso e ofensor pode ser crime. A palavra do sincero ao corresponder as verdades podem assim valer muito, enquanto a do oposto apenas a ilusão.

Assim quando Max Weber fala de um desencantamento do mundo mediante a tentativa da ciência ocupar o lugar de Deus ao responder as questões básicas da vida e do universo negligencia o fato de que não apenas o respondido, mas que a ausência de respostas as questões especialmente morais e humanas levam a esse aspecto de desencantamento. Uma vez que a ciência responde o 'como' a religião se ocupa de responder o 'porque'. A ciência busca validar explicações fenomenológicas do mundo e a religião seus motivos. Todas almejam abordagens diferentes das verdades abrangentes.

Disto temos coordenadas que são os dados e dados coordenadas, e com eles no mapa achamos lugares e coisas, similarmente numa pesquisa refinada num rotor de buscas da internet achamos mediante determinada combinação de palavras-chave sites e notícias do que interessa. O mesmo fazem na ciência. Ainda que na busca por algo específico no horizonte de realidade você possa topar num achado inesperado, como descobertas imprevistas, quando você sabe o que procura a possibilidade de achar aumenta em proporção as aproximações de dados que coordenem a busca ou descoberta.

Enquanto a mentira e demagogia levam ao engano ou geram a ilusão, o amor ganha vida não somente fisicamente, mas podendo ser conceitualmente. Nisso diz que biblicamente ainda que alguém esteja morto, mas crendo, viverá. Do verbo ao universo são as previsões semânticas e argumentativas que trazem as palavras ao real.

A mente é o terreno fértil da imaginação, mas apenas com as bases sólidas da verdade e do certo construímos as paredes do discernimento e definição que perfazem a casa do legítimo conhecimento.

Porém, o deflorar semântico do conhecimento tem mesma conotação do adultério de adulterar, o que gera impureza no conhecimento, das incongruências filosóficas as morais. Como no português ao discernir sujeito oculto de inexistente, pois filosoficamente não ver não prova inexistir, caso contrário oculto seria sinônimo de inexistente.

Disso construímos a história entre mesclas dessas verdades relacionais do conhecido ou do que se deseja conhecer, torna a história passível de enganos e percepções a exemplo do etnocentrismo. A parcialidade da história em parte negligencia o desconhecido como inexistente e muitas vezes torna a loucura historia e história a loucura.

A loucura da história nasce do sentido, onde o mero sentir da volição declina abaixo da ideia de verdade, sendo apenas erupções compartilhadas da subjetividade, fragmentos etnocêntricos da vontade dominante. Assim como a loucura inconsciente dos fatos objetivos e exteriores desse coletivo similarmente nasce uma história da loucura,  ainda que permutada pela intencionalidade. É o afastamento do verocentrismo aletológico para o egocentrismo egorrágico onde a loucura mainstrem é normatizada pelo etnocentrismo combatendo a 'doença da loucura' da  sensatez e bom senso moderado da isenção e transparência dos fatos. O negacionismo dos fatos antecedem a negligência com a lei, pois o erro pode apenas se respaldar na mentira e engano.

O etnocentrismo é a frenologia e fisiogonomia pseudocientífica da história, usa a vontade dos dominantes como a medida de realidade e verdade, como do circunstancial do aparente e superficial a causa. Por isso no triunfo etnocêntrico os dominantes são sempre os mais honestos, heroicos, bonitos, são, inteligentes e os vulneráveis e excluídos o exato oposto.

A discriminação excludente é o apagão social e histórico ao lançar as trevas todos assim rejeitados e esquecidos, o etnocentrismo apenas traz a luz do conhecimento o próprio louvor.

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