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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Validação do Conhecimento


A honestidade nunca sofre a si mesma, pois o certo não sofre a própria razão, o certo apenas pode fazer mal a quem é errado tanto a verdade ao mentiroso. Ora, a justiça isenta e com transparência é de interesse dos bons, não dos malfeitores que se beneficiam fraudolentamente de crimes e corrupções impunes. Nisso atestamos que uma verdadeira ideologia ou crença tem seu sucesso medido a proporção da valia não apenas pra si, mas todos envolvidos ao contrário do dolo danoso que é benéfico apenas a quem faz, não as vítimas. 

Uma verdadeira teoria ou ideologia não apenas chega as verdadeiras causas de problemas e erros como desconstrói esses problemas sociais verdadeiros sendo capaz de realizar previsões com percentual de precisão, todavia demonstra a capacidade corretiva que impeça ou resolva tais problemas. Ao contrário da máfia, cartel, seitas, quadrilhas ou esquema de pirâmides que buscam apenas o benefício de si através de danos alheios (e por isso mesmo condenadas por lei tanto como pelos povos de bom senso) tais teorias e ideologias não apenas oferecem verdades como paradigmas para o melhor e justo. Uma vez que o oposto busca por meandros que insistem ainda hoje apenas pelo poder de benefício pela impunidade e vítimas sofridas essas tem a grande diferença que se perfaz pela dicotomia desigual dentre as vitimas dela e seus algozes.

Apenas a ideologia, doutrina, teoria ou crença validada por estes meios pode ser configurada como conhecimento legítimo. Ainda que práxis equivocados como exemplo mesmo a ciência ao ser utilizada de modo antiético ou criminoso não invalida o conhecimento deste dimensionado. Ora, a mesma química que pode produzir medicamentos, também pode venenos e drogas debilitantes, o fato de alguém fazer uma bomba de fusão atômica para matar civis não torna falsa a ciência que dela advém, mas sim sua aplicação. O mesmo dizemos de todas mais teorias ou doutrinas conflagradas em práxis de mau uso mesmo quando estas estão embasadas em evidências e fatos que atestam sua funcionalidade de modo que esse conhecimento (a exemplo da ciência) pode não ter valores morais, mas sim sua aplicação e uso.

O ataque por erros a uma ideologia ou crença também não a invalida. A exemplo do cristianismo que não sofria a si mesmo, mas as doutrinas e ideologias alheias se tornou vítima e mártires que aprovaram a si mesma e condenaram os opostos, no entanto, o império pagão romano ruiu e o cristianismo não. Por esse aspecto uma ideologia, doutrina ou crença é apenas medida em proporção ao sucesso do práxis em si mesma, não de alheios em oposição a esta. Ora, se determinada doutrina cria apenas vítimas para ela prevalecer essa contraditória apenas impõe o fracasso que reprova apenas a si mesma ainda que beneficiem exclusivamente os que se valem do dano alheio por mera oposição o que é efeito exclusivo da essência de definição do crime.

Por esse motivo a validação de uma doutrina, teoria ou ideologia passa por estágios tanto de sua aplicabilidade integral como coesão do práxis (a relação entre teoria e prática). Obviamente que um trágico distanciamento da teoria em práticas antagônicas não desqualifica a teoria senão como um charlatão que a aplica, assim como a supressão da teoria por interferência opositora e anulante ou como sabotagem. Todavia se uma teoria não tem viável aplicação em si mesma ou seus resultados em conformidade integral a teoria é negativo, logo concluímos seu fracasso. Toda doutrina condena o que provoca resultados opostos a esta, assim como a quantidade de exceções da mesma a enfraquece. Como uma teoria científica o empirismo falseável e positivista está pra sua confirmação quanto o práxis para a teoria de humanas, de modo que a negação integral de fatos, evidências ou provas em ambas atestam resultados falsificados sendo positivos ou não.

Tais teorias e ideologias sendo automotivas elas sempre terão um motivo legítimo em si mesma para todas suas ações ao contrário de pseudologias ou do uso tendenciosamente instrumentalizado dessas. Logo, uma legítima teoria não produz vítimas envolvidas nesta, pois uma teoria legítima é justa e o que é justo não destrói senão o que lhe é oposto. Basicamente a verdadeira crença, doutrina e ideologia não culpa alheios por si mesma ou precisa de vítimas como doutrina predatória a exemplo de seitas de exploração sexual e sacrifício humanos. Tais crenças, doutrinas ou ideologias a exemplo do nazismo sempre há de ser criminalizadas pelos povos por essa razão, pois uma prática essencialmente cruel arraigada em suas próprias doutrinas (não desvios desta) sempre demonstrarão categoricamente serem nocivas a humanidade. A exemplo do nazismo que deliberadamente pregava matar, roubar e destruir vulneráveis sem que estes nada tenham feito de mal intencional e diretamente a alheios sempre precisará de sofismas, demagogias, mentiras e falácias espúrias para buscar ter justificativas em si mesma. 

Normalmente estas sempre se assentam no medo e ódio, motivo pelo qual o radicalismo e fanatismo sempre é um fator de desvio doutrinário (das crenças aprazíveis) de si mesma por práxis no mínimo tóxicos. Por esse motivo o extremismo, ao contrário do fundamento de uma filosofia ou doutrina, sempre será um fator de desvio a si mesma que a doutrina em si, seja extremista e fanática em práticas a menos que sua teoria e crença assim demonstre em si mesma como o nazismo. Uma ideologia bem-sucedida apenas vence uma oposta não a vitimando como os corruptos que sempre necessitam e precisam de trilhas de destruição e vítimas no caminho para sua Ascenção. Assim como alguém que fora vítima da crendice e doutrina alheia não é fracassada nesta, mas mártir como atestando apenas o fracasso moral da opositora. Ainda que esta por meio do dano ao qualificar o envolvido como vítima sofra a tentativa de cumpabilização uma vez que nem o práxis, lucros ou teoria advém muito menos culpa tem. Qualquer tal que vitimize ou culpabilize alheios por suas próprias práticas e doutrinas é a maior prova de sua ilicitude.

Ainda que tais sempre necessitem de eventuais ajustes, atualizações ou adaptações estas nunca são ao ponto de desfigurar a si mesma numa caricatura uma vez que os objetivos e verdades sejam mantidos de modo integral.

Similarmente intuímos que más teorias, ideologias e crenças como os fundamentos de uma corporação define toda sua posteridade, as ideologias e doutrinas maléficas tem por bases erros ainda que ocultos abaixo da superfície. Assim como as mais funestas masmorras descem ao seio da terra ainda que castelos se elevem sobre, desse modo deduzimos explicações para as obras desta advinda.

Coloquemos um exemplo ilustrativo do qual eu ao defender tanto pra mim quanto qualquer vítima a verdade e direito de todos estes venham a ser ameaçados por injuria, calunia, plagios para depois ser torturado de qualquer maneira e morto. Quem aprovaria a validade de suas ideias, o charlatão que as rouba de mim promovendo o oposto a si mesma ou eu sendo vítima desse? Por esse motivo concluo similarmente que a corrupção denota apenas um práxis comum a todos os quais demonstram-se tais ilegais como falsidade ideológica quanto ideologia falsificada, implicando haver apenas outra doutrina tóxica sob a camada do contrário. Disto pelo fato de características e sintomas comuns ao excederem a mera coincidência tal como Umberto Eco denotou em "Fascismo Eterno". Por esse fato verdadeiros intelectuais incomodam apenas os charlatões que por esses critérios se enquadram. Uma ideologia cruel também se camufla e se adapta, no entanto, para fins escusos.

Uma vez tendo sido observado esses aspectos concluímos que sabemos que pela organização sistematizada da informação emergem suas teorias, doutrinas, crenças e ideologias, que no entanto apenas são validadas como conhecimento mediante tais características indicadas, sendo elas humanas, sociais, biológicas ou exatas. Todavia, ainda que sua origem informacional lhe defina é a prática que resulta em condutas e aplicações (das doutrinas da filosofia e crenças as tecnologias das teorias e ciências). Assim sabemos que que mesmo as ideias dela oriundas sejam informações refinadas pelos conceitos de tais doutrinas, teorias ou ideologias concebemos a concretização de tais elementos em atitudes ou tecnologias por algo que denomino como fenomenologia da informação. Um estudo que busca analisar a materialização emergente das ideias e informações na realidade material.

Fonte: Filoversismo: Manifesto sobre o Conhecimento de William Fontana.

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