Páginas Sobre

domingo, 18 de julho de 2021

Trecho de 'Vício & Traumas'


A diversidade respeita a diferença sem desigualdade, mas a discriminação diversa tem apenas esse fim. Sobretudo independente da discriminação os meandros de escurecimento e exclusão são sistematicamente comuns através da passividade imposta, sob o viés social, ou não, ela sempre terá um viés de perversidade sexual. Isto pois tudo o quanto demonstra-se estranho ao comum e ao ordinário, diferente a sociedade ao não se ater aos padrões normativos tornam-se sinônimo de marginal e inferior ainda que não seja mero crime. A exemplo do Bradley Manning responsável pelo vazamento de documentos comprometedores ao governo americano através do Wikileaks o ato fora associado a sua homossexualidade por Tyler Watkins. Ainda que cientificamente não exista provas que associe caráter ao homossexualismo tal condição similarmente sob viés espelhado assim se impõe imanente a passividade de sujeitos odiados pela sociedade. 

Mesmo o autor por não aceitar situações criminosas e por outras circunstanciais criminosamente discriminatórias o homossexualismo é imposto como uma severidade depreciativa a passividade sexual como signo social. Dos camisas pardas para a Ascenção do Reich nazista que foram usados em campanhas como noite dos cristais e faca longas, estes associados a degeneração foram prontamente usados e descartados, literalmente mortos ou presos com a Ascenção de Hitler ao poder em 1933. 
Tal como a misoginia se torna signo da passividade social a estes indivíduos pela sujeição a carregar os deméritos e penalizações dos maus os quais os camisas pardas foram exemplo tal como aquelas sendo empurradas para a prostituição. 

Certa vez ouvi de uma "médica homeopática” que mesmo se tivesse carro o modo de me portar nas ruas deveria de dar preferência a todos passarem minha frente, de sempre ter uma conduta de passividade e sujeição. Mesmo que ainda sem nunca ter cometido um crime grave comprovadamente o papel condizente aos indesejados pela sociedade a exemplo do nazismo para deficientes, judeus, ciganos é de abaixar a cabeça, andar as margens das ruas, não entrar em certos comércios o que deixava claro esse papel de cidadania de segunda classe. O problema sagregador tornava-se uma profecia de autorrealização a solução das câmaras de gás mesmo que em sua maioria sem a menor prova de crimes que justificassem. O condicionamento da população e penalizações a quem os ofertasse suporte tornaram eles um problema real aos cidadãos por meramente viverem. Todo práxis estratégico comum parece seguir assim o mesmo script universal, da marginalização mitomaníaca, a esterilização, eutanásia ao confisco de bens. Ao contrário das elites dominantes da época ao serem substituídas como rivais, estes lograram um longo e amargo sofrimento de exclusão, ocultação até que o discurso de ódio desses círculos fechados dessem cabo deles.

O Combate a discriminação é uma luz que precisa adentrar tais recantos escuros do medo e ódio ao expor os erros grotescos que geram apenas os próprios monstros.

Toda luz é ofuscante e pode cegar do abrupto findar da escuridão, pois das diferenças contrastantes nascem os extremos dicotômicos ao contrário do suave alvorecer que desfaz as nevoas e as trevas em sinfonias visuais. Porém, ao oposto como no súbito lumiar da explosão apenas desnorteia e destrói na indelicadeza do extremo o qual a estética dos extremos paira o caos aos sentidos. Assim são aqueles pelo qual pela dicotomia desigual necessitam para parecerem brilhar mais, porém, certamente por isso a beleza paira no amanhecer como o suave meio termo entre a noite e dia, como um suave convite para o dia despir a noite dos segredos que oculta, pois os opostos querem brilhar no contraste das trevas dos segredos e o ofuscar do oposto como desgosto que no máximo cega e produz sombras.

Na terra da dicotomia a política governamental é uma “podecracia", um regime de desigualdade opressora onde há apenas duas classes a dos que “podem” e dos que “não podem”, a elite que possuem apenas lucros, direitos e impunidade (privilégios sem menor responsabilidade) e os que apenas tem prejuízo, deveres e culpa (os que sempre devem). Dessa oneração sustenta a base da elite como esquema de pirâmide. E quanto mais extorque e comete crimes pra cobrar e punir pela justiça, mas iremos buscar pela última. A extorsão é o extravio oficial do capitalismo ao tornar o direito punível de modo igualmente capital.
Porém, os que não aceitam que não faça nada, muito menos farei por estes...

Assim como o conhecimento de causa ante enormes privações e perseguições passadas pelo autor forjou meu  abranger nesse estudo, o mesmo podemos dizer o quão vão e tolo é negros, mulheres e pobres defender a direita de elites misóginas e racistas que fazem da desigualdade privilégio sobre esses, tal como comigo. Não devemos levar sal para o mar e pás para os abismos, como defender nosso segregador e inimigo a espera de migalhas.

O poder direto é o do mando, o indireto no de influência, e a menos que  o influenciador instigue o ódio e medo não há qualquer responsabilidade pelo ato de influenciar ao contrário de quem manda e ordena diretamente. Assim estes que buscam ser boas influências não buscam a fama por sim mesma, mas a blindagem dos holofotes onde escondem-se na frente de todos. Porém, não apenas por sobrevivência, mas para existir nas memórias ante o oposto do abismo das trevas do desconhecido, permissiva aos males ocultos, e donde habitam não por menos os mais tenebrosos devaneios do terror.

Nenhum comentário:

Postar um comentário