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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Da Autoria a Propriedade


Se o crime em comunidades carentes muitas vezes surge da revolta ante a passividade social e econômica o crime das classes altas é pelo efeito Lúcifer das facilidades e impunidades que detém em privilégios licenciosos e elitistas.

O mesmo podemos dizer sobre a responsabilidade de suas atitudes sobre alheios tanto como bens. Uma vez que somos responsáveis por nossos atos como pais a seus filhos, nossas obras são extensão nossa, ou melhor, ainda que os meios para a produção ou atos individuais sejam coletivos sempre haverá a parcela individual mediante seus feitos. Assim quando a propriedade disto advém é justo ao contrário dos grandes acúmulos desiguais, fruto de exploração sem serem justamente, taxados ou mesmo provenientes de fraudes. Somos herdeiros imediatos de nossos próprios atos e se há ônus nisto o bônus também é proporcionalmente inalienável, ao contrario de deixar de ter para que outro tenha mais, compartilharem seus bens e propriedades e não compartilharem contigo. 

O egoísmo exploratório nasce daqueles que sendo interesseiros só se importam em nos usar, quando somos úteis apenas para se promoverem e sermos apenas acusados e cobrados a desigualdade é auto evidente. Quando a produção é coletiva a propriedade dela é coletiva, quando individual é proporcionalmente individual. Por isso quando produzimos mais que recebemos menos somos explorados, quando produzem nada ou pouco e lucram muito estes são exploradores. 

Caso mesmo ideias produzidas fossem mero lixo, mas levem a lucrar 500 milhões de dólares em Hollywood por qual motivo não jogam no lixo 100 milhões de dólares para quem as produziu? Quando estes delegam pra si apenas o bônus sobre o domínio de alheios nunca a responsabilidade sobre a falta de seus direitos e danos, estes são opressores. Como para o verdadeiro cristão a obra da fé é dar a que comer ao faminto, dar de vestir ao nu e visitar o enfermo como os únicos  'cristos', para a subversão disto é o oposto ao serviço caridoso e beneficente, há os que viram no sangue de Jesus ressurreto redenção ao seu arrependimento e aqueles que como vampiros apenas se alimentam de seu sofrimento e sangue. Há o cristão e o Iscariotes! Os que sacramentam o milagres e os que o impedem para sacramentar apenas o erro! Os que precisam dos mendigos para serem ricos e os que precisam de ricos para dar aos mendigos. Pois há os que desejam apenas ganhar o que lhe são direitos e os que desejam apenas lucrar e ter privilégios desiguais com a exploração alheia.

A objetificação nasce disso, quando deixamos de ter dignidade e direitos individuais e humanos para sermos apenas propriedade de uso (e descarte) pois um objeto é ausente de direitos e necessidades, antes o “dono” negligente com a propriedade não assume qualquer ônus ou responsabilidade em danos a este, caso não se beneficie, mas apenas o contrário, o bônus. Logo, mesmo a mão de obra barata passa ser o próprio meio de produção e mesmo o assalariado passa a produzir sem conseguir custear o que a própria escravidão oferecia, sendo apenas um agravo a escravidão travestida do oposto.

Não pagues caso não ganhes, pois não deves caso não tenhas direitos, não dê o que não tenha pelo mesmo motivo que não se prega o que não vive.

Trecho "Verbogonia do Filoversismo".

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