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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Utilitarismo e os Números da Servidão

Serviçalismo ou Ética Serviço: Na contraposição do cálculo quantificado do utilitarismo que contaminou a todos os mesmos ao produzir residuos e rejeitos a ética serviço a entende como causa de males por excessos e vítimas como colateral minorias a quem devem ser atendidas.

Stuart Mill, um dos criadores
do utilitarismo
.

Quando números indistinguem individualidades que acrescidas no cálculo utilitário a substancialidade é descartada a pretexto de um 'bem maior' que contrapõe direitos individuais e abnega o bem comum. O problema maior é o grau infeccioso dessa cepa virótica de ética ao se tornar dogma e este instrumento indo da meritocracia, capitalismo, máfias, criminalidade e mesmo contaminando idôneos elementos de esquerda. Curiosamente se tornou o contraditório ao produzir as próprias minorias que destrói a exemplo do autor que vos escreve. "Dos males o menor" aos "fins que justificam os meios" parecem ter reunido de modo cancerígeno de elementos maquiavélicos a ditados populares se tornando uma máquina industrial pulsante e pungente em através da objetificação e desumanização útil do ser humano. Mesmo no nazismo consta seu uso ao esterilizar inválidos e deficientes até a morte benevolente, assim como a todos que para o Reich se tornaram "elefantes brancos", dos judeus a ciganos.

Curiosamente sob a roupagem de linho fino da meritocracia serve de ornamento a posições elevadas onerosas aos pobres, e o colateral útil é percebido mesmo nas Bombas de Hiroshima e Nagasaki contra mulheres e crianças indefesas em prol da vitória. Maquiavel teria visto com estupefaz temor a aparente evolução de seu maquiavelismo ao cálculo utilitário tão impregnado na sociedade onde a todos fins qualquer meio vale, caso compense... para os beneficiários, lógico. 

As minorias em si são o colateral agora quantificado e noticiado como meros números da miséria e morte por serem exatamente isso, um resíduo equacional na aritmética dos poderosos que utilizam-se dessas pesquisas apenas para ajustes que atenuem ou maquiem os números. Do capitalismo sempre soubemos disso, desde Marx percebemos que os meios de produção, matéria prima e mão de obra se misturam, pois no final tudo se tornam números, dos preços aos gastos. A relação custo benefício aos que podem ser prestar a isto sempre serão os que mais se beneficiam.

Ante isso um serviçalismo o qual o enfoque seria o qualitativo destitui essa massa de números a individualidades, pois o ‘6’ pode ser substituído por outro ‘6’, assim como o indivíduo tal como os numerados como gado aos campos de concentração ignoram rostos, sentimentos e memórias mas, tinham suas vidas estendidas a proporção do que poderiam serem utilizados em trabalhos forçados. A matemática do utilitarismo fria é a mesma usada por psicopatas, uma lógica destituída de afeito empático, do 'filos' filosófico ou 'ágape' cristão senão a que isto pode lhe ser útil, do qual não havendo "consequências" para este, tudo vale. Certamente é por isso que no neoliberalismo o utilitarismo é mais vivo do que nunca, pois através deles mesmo todas relações se tornam mero comércio a pretexto da utilidade, levando contraditoriamente estes de nada serem úteis e os usados a mera servidão de fazer e deixar de ter o que não podem usufruir.

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