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sábado, 3 de setembro de 2022

Guia do Viajante do Multiverso - Capítulo V

O Império mulçumano que teve começo no Irã, levou o islã a ser levado a outros mundos com a colonização de Marte, donde os marcianos islâmicos todos os anos retornavam a Terra para peregrinar em Meca. A maior mesquita marciana fora aonde a pedra fundamental da civilização humana-marciana fora plantada e aonde todas as colônias de terraformação circundavam. Aquele mundo apesar de tradicional havia atingido um improvável progresso científico e tecnológico, o que, no entanto, algo ainda mais improvável surgiria. Uma invasão de templonautas, como eram chamados os agentes transtemporais do Império Templário que sem menor aviso, diálogo ou motivo adentraram o domínio islâmico a força a trazer falsamente a bandeira duma versão degenerada do cristianismo templariano.

A invasão massiva massacrou de modo indistinto mulheres e crianças indefesas, levantando a fúria de famílias e do Madhi. Dentre corpos estirados ao ar rarefeito da fina atmosfera marciana homens com armaduras ostentando a vermelha cruz templária que vinha trazer o ódio do ferro e fogo além domínio. E dentre os prantos dos poucos sobreviventes, crianças feridas e mulheres que rastejavam empoçadas de sangue donde um homem muito conhecido a caminhar dentre os defuntos levantou o elmo de seu visor desvelando seu rosto que sorria ante os gemidos moribundos e epitáfios derradeiros que imploravam vulneráveis por clemência e piedade, o que eles jamais ofereceriam, senão a servidão ou morte. O rosto era de John Roberts que excitado com tanto sofrimento e morte parecia se emocionar com a expansão cruel de seu domínio através de hediondos triunfos de covardes perversões. Logo sua doutrina funesta lá passou a ser imposta por força e violência, sob pena capital aos que não a seguissem.

– Fazemos isto com naturalidade, Imperador Eterno! Eles nem resistiram! – Conclamou seu escudeiro.

– Cavalo muito montado aprende o caminho sozinho, ir ao caminho do erro de quem o induziu. E é do erro que nasce a razão! – Respondeu ele quase escondendo uma ereção ao pedir para separar algumas sobreviventes para seu culto sexual.

Com o catolicismo convencional abolido, o exercício lúdico e catártico da imaginação e criatividade fora abolida no Império Templário e de Kidland, acelerando o processo de declínio do livre-arbítrio, ao tentarem abolir a subjetividade do mundo. Disso toda expressão artística fora proibida e obras de ficção dos filmes, livros e games abolidos do mundo, levando a abstração apenas ser uma comunicação por meio de indiretas, na destituição total da precisão linguística. Tudo pois o cruel déspota, o imperador John Roberts, acreditava que criações ficcionais da imaginação e criatividade pudessem destituir o anticaos de sua ordem hegemônica a começar por críticas a esse próprio fato.

Tudo que existia era uma versão degenerada do Evangelho numa interpretação deturpada e contraditória de seus valores impostos sob um severo punho de servidão. O Imperador eterno temia que o mero ato de imaginar uma possibilidade pudesse criar variações e instabilidade contra seu poder exercido a força, sobre todos. O pensamento reprimido eram dimensões de possibilidades suprimidas tanto quanto o amor, fidelidade e a família.

Isso seria pois as dimensões vigentes são normalmente acompanhadas por uma dimensão sombra, símiles e uma gêmea, alguns casos não tão incomuns de escritores de ficção (inclusive cientifica) relatam na realidade histórias de dimensões gêmeas ou símiles sem ter consciência disto, apesar de alguns teorizarem que até mesmo seriam capazes de criar tais dimensões mentalmente ou se auto alimentar mutuamente em interação síncrona de pensamento por não haver pensamento 100% símile a qualquer realidade, justificando o porque de qualquer plano, mesmo dando certo, jamais sairá exatamente como previsto conforme o postulado quântico da incerteza de Heisenberg aonde até o mero vislumbre "futuro" são síncronos a de dimensões ressoantes, não necessariamente paralela, mas divergente enquanto as paralelas normalmente são símiles ou gêmeas a dada dimensão. Porém, as demais dimensões símiles são indefiníveis e infimamente incontáveis. Ou seriam todas estas flutuações informacionais da união coletiva de subjetividades?

Seriam enormes as quantidades de dimensões símiles aonde as variações são denotadas de meras escolhas e são assim consideradas por medição de percentual de variação, sendo essencialmente parte integrante de probabilísticas de caos multiversal, porém não ocorrem maiores entradas em bifurcações por não haver consciência de eventos futuros ou pela maior centralização mediante a corda do destino ou âncora do tempo, quando se está em seu centro, o ponto mais reto do mesmo. As concepções probabilísticas que denotam milagres são as percentuais menores possíveis, que pelo grau de inviabilidade a torna em dimensões raras.

As combinações de aproximação dimensionais favorecem mudanças maiores aonde até mesmo a nível quântico pode se notá-las, justificando a necessidade da quanticometria. No mais é observável que correlações mais distantes permite melhor navegar com menos alterações dimensionais. Assim seus cruzamentos podem gerar universos tão diferentes do nosso que até mesmo as leis básicas da física são outras. Combinações ínfimas de cada uma de todas as mil variáveis podem surgir, sendo estas mil as flutuações básicas mediante o grau de interação consequente, as bases interagindo com as joias e as demais e as joias com as demais, menos as bases (e assim por diante) a criar infinitas variáveis.

Sobretudo o tipo de gráfico destas dimensões para sua compreensão mais ampla podem ser da corda ou ancora do destino, donde dimensões divergentes dela vibram; anéis fluídicos que exemplificam suas interações ondulares e alterações interagentes por estes encontros dimensionais e temporais; As ramificações onde um mosaico de ligações de convergências e divergências são estipulados ainda que em constante modificação; e por fim a espelhar o que determina que dimensão ressoa de qual, por uma técnica peculiar a determinar a dimensão vigente da símile ou gêmea.

Fica impossível um gráfico único que demonstre todas estas características por exceder a geometria comum das três dimensões espaciais sendo necessário a visualização de cada uma destas individualmente especificas. Todavia o mais complexo mosaico conhecido encontra-se na dimensão Uno, numa biblioteca de livros ressoantes perdidos.

Sobre seus graus de realidade postula-se uma dimensão o qual seria mais real a vigente ainda que alguns registros de imperionautas indiquem uma dimensão a nós surreal onde a percepção humana não suportaria suas acentuadas qualidades e traços que embaralhariam a mente humana em similaridade ao que acontece se observar uma figura geométrica muito detalhada. Diz-se a partir disto que até mesmo as ditas dimensões vigentes seriam um 'pálido eco' desta, por se acreditar ser uma realidade sobrerreal que seria hipoteticamente de onde viriam os seres multidimensionais.

A relação dentre estas dimensões podem ser mensuradas percentualmente por probabilísticas de acontecimentos divididos entre elas dando um quadro completo e complexo sobre a caótica e estatística o que determina eventos de 'sorte' onde, por exemplo, o percentual de algo acontecer em 0,01, acontecerá apenas em uma dimensão símile de uma das mil vigentes, apesar de ecoar em outras dimensões. Percentuais menores são derivados a subdimensões, sendo notadamente casos sem poder de divergência muito potencial, a salvo exceções quando fixa-se em paradoxo numa dimensão vigente (efeito borboleta). Isso determina a perfeita demonstração da entropia a tornar por fim a probabilística numa ciência exata ao se determinar onde tais acontecimentos percentuais ocorrem, e o seu número de ocorrências percentuais determinar como sendo mero 'acaso' aleatório, síncrono, ou destino, mediante a observação da incidência destes acontecimentos ocorrerem num número percentual de dimensões como pontos de semelhança convergente ou símiles. Não há 100% de certeza num destino, mas seu percentual determina-o. Todavia, o pluriverso de improbabilidade era o contrário as improbabilidades eram garantidas. Disto percebemos que existem tipos de realidades:

Metarealidade: A metarealidade são os combustores que antecedem uma realidade.

Protorelalidade: é uma realidade alternada, paralela, que pode se tornar aderida como parte da nossa realidade.

Tal observação exige-se muita destreza mediante uma técnica somente possível fora da própria dimensão, de modo quântico, a fim de que a incerteza não se acentue numa lógica incerta perpetuando ecos símiles ao infinito, o que no máximo resultaria em percentuais fracionários de curva singular.

Assim tal método de mensuração de previsibilidade não aplica-se como se percebe em adventos de singularidade aonde os percentuais acentuam-se aos 100%, sendo preciso uma conjectura de conhecimento pleno de todas estas dimensões com auxílio de um computador quântico, o que poderá determinar sem o assombro da singularidade não somente a possibilidade de dado evento ocorrer, mas sua certeza, ou não. A tudo se pode prever, não as interseções dimensionais por onde cruza as singularidades, a tudo se prever variações no universo, mas não a singularidades.

Uma vez compreendendo isto, o observador caótico tem que investigar não somente o percentual de ocorrência probabilística nestas dimensões como os tipos que nelas ocorrem. Os síncronos normalmente ocorrem com eventos temporais, não espaciais, sendo muito mais difíceis de se detectar por não achar-se uma relação direta, sendo preciso achar a causa de relação multidimensional normalmente atrelado a partículas como darktrons que convergem na energia escura e matéria escura. O acaso, é o mais simples e curioso onde o percentual sendo pequeno indica por cercado a síncronos precedentes sua concretização. Por fim o destino, sendo notado por um percentual muito elevado de ocorrência na maioria das dimensões, mas em mil dimensões equivalem assim a 100%, porém, do infinito não há 100% sendo sua singularidade a extrapolação percentual e consequentemente probabilística. É de onde surge os conjuntos de improbabilidades.

Todavia, não há consenso sobre o destino mediante o fato de que eventos não descritos na ancora do destino podem remontar a incidentes paralelos como os ocorridos em reflexões por crononazistas que se perpetuaram em número espantoso de dimensões pela técnica espelhar.

Aquilo, no entanto, era contra intuitivo no extraversos uma vez que o destino era oposto ao de nosso multiverso, o que porém soava o alerta nos radares da empresa de Sonja ante possibilidades funestas como aquela intervenção do Império Templário na realidade mulçumana.

Estávamos a meio caminho andado para encontrar aquele grupo de resistência quando o detector dela soou um alarme de alternância do anticaos. Estranhamente nossas pulseiras quântica de medição de caos pareciam voltar a funcionar detectando aquele grupo do qual o nome do líder aludia a uma oposição aquela versão de John Roberts ao qual chamava de “O Homem". Dentre a doutrina funesta do templarismo dizia criar um novo tipo de homem sem as “fraquezas da empatia, remorso, amor e consciência”, não o homem no sentido humano natural.

Anti-man sabia de Sonja, porém, duvidava da origem de John Roberts e de nós. Acreditava que as improbabilidades não permitiam a possibilidade além do previsível.

Ao chegarem ao ponto de controle Sonja teve sua identidade cerebral identificada. Sabendo a existência de clones, ou mesmo variáveis, pelo fato de que cada indivíduo (clonado ou variável) possuía uma leitura cerebral única além digitais. 

Anti-man estava a resmungar numa poltrona sobre a premiação mais improvável do cinema. Wan Moura, o grande artista que havia sido premiado por sua atuação como defensor de minorias vulneráveis em "O Grande Almoço de Camarões". Estava na plateia sentado com uma revista de aliciamento sexual, a PlayKid quando recebeu o prêmio: uma estátua com uma mulher nua enrolada por tentáculos fálicos, semelhante a pênis muito longos.

– Se isso é homem, eu sou Anti-man! – Murmurou ele furioso.

– Sir Anti-man, senhorita Sonja Vera está presente. – Anunciou um homem disfarçado de barman.

Anti-man virou-se em meio ao frenesi do discurso megalomaníaco de Wan, ao enaltecer a pureza das DST entre outras moléstias da extrema devassidão violenta que tornavam o ser humano mais evoluído: “para conhecer a cura temos que provar a doença, apenas ante as moléstia os anticorpos nos fazem mais fortes!”

Ao se levantar seguiu em direção a ela.

– Obrigado pela visita de uma humana natural e original! Senhorita, Sonja! – Comentou ele abrindo os braços para recebe-la, aludindo a imagem do Cristo Redentor que lá não existia.

– Não temos muito tempo. Eles estão tornando o anticaos mais intenso artificialmente. – Comentou ela virando-se para nós. – Estes são Dominic Kaspar, Dayane Conrad e Chang Jin.

Anti-man com um roupão branco levantou-se pegando um aparelho de leituras de frequências quânticas e ficou perplexo.

– Eles realmente existem! A estrutura atômica de seus corpos são caóticas como a teoria da entropia! A ordem natural de um cosmos então não é uma pseudociência! Uma mentira contata por décadas pelo Grande Concílio Templário, o mesmo que queimou na fogueira o último Papa.

– Precisar saber como deter John Roberts mal. – Comentou o chinês em trajes dourados.

– Vocês podem libertar essa realidade! Pois ele está abrangendo outras realidades do anticaos.

– Não saber. Apenas ao deter eles poder descobrir. – Respondeu o chinês em seu português pesado.

– Ele é um imperador eterno, existe desde o século XIV alegadamente de realidades caóticas que acreditamos serem lendas. Coisa de ficção científica. Ele teria sido iniciado a eternidade por seu mentor, o guru templário Ozak Fortuna que o teria feito “evoluir”. Dizem vir de seu multiverso, porém, o último contato dele seria Flaminio de Luna, um dos últimos vampiros draconianos que tentou estabelecer a Ordo Dracul.

– Não tem coordenadas? – Perguntei ele.

– Caso seja no nosso extraversos seria no século XVIII, acho.

Uma vez sabendo que as variáveis naquele mundo diminuíam, alterar o passado sim teria implicações em anular variáveis futuras ao contrário das variáveis alternadas de nosso multiverso, logo ataca-lo no passado impediria o futuro. Todavia ele prosseguiu dizendo.

– Há uma dimensão essencialmente feita de pensamentos e informações do qual é a interseção de todas as probabilidades e improbabilidades. Onde John Roberts deseja atacar, você precisa achar a esposa de um comerciante turco, chamado Mohamed Shariff que ela poderá te explicar.

Essa mulher tinha habilidade de tocar essa dimensão acessível apenas a subjetividade e do qual o objetivo de John Roberts era usar uma webbrain nela construída para destruir essa antrodimensão da subjetividade seria criando um abismo com as camadas mais inferiores (submundos infernais) e as superiores, o que acabaria com a camada da subjetividade do mundo humano e da sociedade como conhecida. Os primeiros ataques foram contra os altos prazeres que ao entrarem em extinção logo passou a estremecer as relações afetivas e familiares, destruído gradualmente tudo que tornava essa camada da dimensão da subjetividade destruída, ao aniquilar tudo que nos fazem humanos, da sinceridade, empatia, afeto, amor, arrependimento e esperança.

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