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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O Abismo entre Palavras e Práticas

Ainda que numa democracia oposições devem coexistir, alianças entre opostos sempre geram prostituições ou traições. Por isso acredito nas ideias de alguns, não nas suas atitudes, pois não acredito no ser humano, mas na verdade. Afinal da atitude da exceção nasce o contrassenso e discriminação ainda que camuflado na ausência de provas que justifique. Um exemplo disso é que se sou nada e ninguém ao reputar-me como parte do todo e dos direitos, também o serei na hora do dever, favor e apoio, isso prova de que estes é quem não são confiáveis ao dizerem o oposto. Ao contrário deles vivo o que prego, pois, minhas palavras não são ferramentas do oportunismo que sempre será seletivo e por isso egoísta, este sim. Apenas a imparcialidade e integridade não conhece o egoísmo, mas o abismo entre teoria e prática apenas se faz pela hipocrisia entre palavras e atitudes.

Desses se faz a distância entre teoria e prática ante as palavras esvaziadas de atitudes correspondentes do qual sou exemplo e prova. Muitos veem, mas poucos enxergam, muitos falam, poucos praticam, pelo motivo de que não aceito ser exceção de mim mesmo, do que prego. Qual negro pregou ser escravizado para lutar contra a escravidão? Quem ajuda se não é capaz de se ajudar? Quem deve mergulhar no mar de lama da areia movediça para salvar os demais? Mesmo Jesus que se deixou crucificar ressuscitou, mas a loucura toma muitas formas e as mais comuns é a da normalidade hipócrita! Por esse motivo minhas palavras nunca servirão para vocês hipócritas que usam dela mesma como exceção ao seu autor, por serem incapazes de vencer minhas palavras as roubam para fazerem delas uma vergonha, isto sim.

Tal livro fora feito para os que acreditam não em mim, mas na verdadeira igualdade, dos que desejam um mundo melhor e mais justo a todos não apenas aos próprios interesses. Não dos que se dizendo detentores de prerrogativas ideológicas do verdadeiro ativismo permitam que destruam o elefante ocultado ante todos na sala para construírem sua torre de marfim de onde almejam ostentar tais ideias e palavras roubas como signo da razão. A falsificação ideológica em muitos sentidos. 

Trecho do Posfácio de 'Signos Universais do Ethos'. 

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