Páginas Sobre

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A Guerra de Informação

A desinformação é uma antiga conhecida da sociedade. Exemplos históricos não faltam, desde Nero no que seria o primeiro ataque de falsa bandeira ao incendiar Roma e culpar os cristãos a casos outros. De acordo com o dicionário Houaiss, a palavra erro é vem de erroris, do latim, que significa literalmente “desvio, engano e falta”.
Mas a desinformação acontece tanto dos intencionais como os não intencionais como a transmissão de rádio de Orson Wells sobre a Guerra dos Mundos vindo a desencadear pânico na população inglesa. Mas o governo nazista que ascendeu ao poder basicamente por meio de golpes, sabia disso e usaram a desinformação a seu favor a exemplo do Ministro da Propaganda Joseph Goebells que chegou mesmo alegar que 'repetir uma mentira cem vezes ela se torna verdade', daí as campanhas pela esterilização, eutanásia e do problema que eram as minorias para a sociedade, e fez mais ao criar um ataque de falsa bandeira onde poloneses teriam supostamente matado alemães a justificar a invasão da Polônia que desencadeou a Segunda Grande Guerra Mundial, todos acreditarão na mentira de que os poloneses mataram nazistas por nada! 
Ainda hoje isso é um recurso ao contrário do que citam, não somente dos desacreditados pela mídia, mas mesmo governos patrocinam até projetos de cinema como propaganda (enganosa) a seus interesses através da ficção, como séries e filmes sobre a CIA. Eventualmente mesmo jornalistas e até cientistas erram (mesmo eu posso me equivocar ainda que não intencionalmente, mas baseado no conhecimento de causa que minhas experiências fomentam no mínimo levanta sérias dúvidas), quando não acabam por propagar tais enganos. A esquerda acusa a direita de fazer isso através da mídia, e a direita o mesmo sobre a esquerda, a Rede Globo mesmo e exemplo de como é alvo frequente dos dois lados! De fato, pelas redes sociais há exemplos claros de exageros ou mentiras de ambos como a manipulação de fotos que alteram os números de participantes de determina manifestação e protesto. 
O problema do hiperpartidarismo que deturpa e distorce fatos a interesses partidários e ideológicos remente não menos a ideia de etnocentrismo ainda que inerente a um conflito. Comprovadamente noticias falsas foram promovidas em campanhas políticas contra opositores, o que alguns alegam que teria levado mesmo Donald Trump ao poder.
Essa informação assim pode ser deliberadamente usada com fins escusos, para manipular o povo ou mesmo alterar a cultura. Um exemplo pode ser visto no Texas onde em 2016 trolls da Rússia criaram um evento a favor do Islamismo intitulado ‘Mulçumanos Unidos da América’ e em seguida marcaram para o mesmo dia e local outro evento contrário intitulado ‘Parem a Islamização do Texas’ o que acarretou em protestos contrários e quase confusão.
A polarização deliberada através do controle da informação a fins dualistas podem ser uma tática que remete a Roma, de dividir e conquistar ou a fins dialéticos. Porém, se for uma deliberação o que ocorre no Brasil assim como no caso dos Estados Unidos denota um maquiavelismo nocivo como modo de defender apenas interesses próprios, desestabilizar, e desestruturar a sociedade. Forçar a abraçar um dos grupos políticos como validação de identificação ou sentir-se parte de algo e seguro significa abrir mão de alguns detalhes divergentes aos princípios de alguns ao colocar a possibilidade de aceitar junto a esse 'pacote' político-ideológico ideias que normalmente não se aceitaria.
Sobretudo o excesso de informação provoca parece mais desorientar as pessoas do que as tornas atualizadas sobre o que realmente acontece na sociedade, especialmente na internet. Mesmo doenças podem ser desencadeadas como a síndrome da fadiga informativa, descrita pelo psicólogo britânico David Lewis . A sensação de velocidade proporcionar pelas aceleradas mudanças provocadas pelo excesso de informação parece de algum modo enfraquecer as defesas de senso crítico da população, as condicionando pela exaustão.
Assim tanto ao verdadeiro historiador como jornalista tem por fim examinar os fatos independente de suas concepções que possam declinar tendenciosamente sua abordagem seja suprimindo erros de suas convicções políticas ou exaltando erros de opositores ao mesmo. Prezado pela objetividade, transparência e total imparcialidade mediante os fatos, o que nem sempre ocorre pelas razões anteriormente citadas.
O fato é que apelo a autoridade sempre será uma falácia por esse motivo, pois mesmo os mais bem-intencionado cientista ou jornalista pode se equivocar e produzir ou reproduzir algo deturpado, equivocado ou inteiramente falso por razões de subjetividade ou política. Mas assim como governos tratam aqueles que expõe ao escrutínio público seus crimes como marginais, Julian Assange de repente vira estuprador. Parcialidade, tendencioso, obscurantismo, exageros e deturpações, seletividades de fatos todos os recursos para esses estão disponíveis. Muito antes de existir as Fake News existia o Hoax estes associados a poderes invisíveis que visavam iludir e enganar as massas.
Se a ideia teoria da conspiração seria a proposta de fatos alternativos a história, o próprio etnocentrismo alimenta essa ideia a exemplo de casos como Tiradentes visivelmente adulterado a fins específicos. O fato é que nesse mundo há de tudo, de policiais que adulteram cenas do crime, plantam provas, as falsas promessas de políticos para angariar votos, pois a mentira é um negócio rentável e "vence" apenas a alegação que prevalece na mídia e internet tal como os que escrevem a história onde o etnocentrismo é o mais clássico exemplo de fake news reputando os vencidos e inimigos como verdadeiros demônios, cruéis e monstros. O que seria se o nazismo vencesse a Segunda Grande Guerra? Provavelmente a sociedade teria ficado "livre" do peso dos deficientes para a sociedade, os negros exterminados por serem bandidos e os judeus pela inferioridade assim como quaisquer opositores e rivais. Haveriam previsões de tempo para anos à frente e todo um mote de pseudociências "verdadeiras" arraigadas no ocultismo a guiar a sociedade. Mas as vezes para estes subjetividade e objetividade de confundem numa projeção de desejos e vontades como verdade tal como Hitler propunha. Não por menos o diabo é considerado pai da mentira e o enganador.
Ainda que de fato hajam teóricos da conspiração do tipo a usarem chapéu de alumínio na cabeça como o típico lunático, ideias que levanta dúvidas não são conclusivas, mas no mínimo hipóteses dignas de suspeita e melhor averiguação dos fatos, afinal a dúvida não comprova como verdadeira ou não, assim como ausência de provas não prova inexistência a não ser que se prova inexistir a veracidade de certa alegação. Lógico que ideias de reptilianos que mudam de forma habitando entre nós, conluios globais de extraterrestres, terra oca ou plana, não passa de outro lado da moeda dos que não acreditam em nada, os que acreditam em tudo. De toda essa confusão apenas uma coisa é certa, o relativismo e meandros que escapa a objetividade tal como o ambíguo ressoam como não menos suspeitas nas entrelinhas de algo más intenções são ocultadas. Afinal o verdadeiro sucesso de um conluio consiste em desacreditar sua existência totalmente ante o público, apenas as que fracassam são expostas e assim como no mundo há tantos crimes impunes por desconhecermos nesse oceano do incógnito procuro ter a mente aberta para o improvável. Quando surgirá o próximo Panamá Papers?
O sucesso de uma conspiração não é divulgado na revista Caras pelo mesmo motivo que operações clandestinas de órgãos de inteligência ocultam seu êxito, apenas os fracassos são conhecidos, quando mortes ocorrem ou espiões são pegos. A verdadeira guerra assim se trava pelo domínio da informação afim de determinar quem é certo ou errado, pois ainda que possa vazar o filtro que deve ser feito não é o apenas entre o verdadeiro e falso, pois mesmo isso pode ser também uma desinformação.
A censura também usa muitas formas de se camuflar quando não abertamente, sendo não menos uma forma de selecionar a informação que desejam vir a conhecimento público. A censura do cientista Li Wenliang, de 34 anos, que alertou sobre o coronavírus ainda que insuficiente para alegar uma suposta deliberação da liberação do vírus levanta suspeita sobre os próprios aspectos benéficos da censura como modo de ocultar aspectos negativos a fins egoístas dos que estão no poder.
Outro exemplo citado anteriormente é o fato de muitas decisões são tomadas as escuras, longe do conhecimento público, a exemplo dos Bildenberg, ainda que atinja interesses do mesmo tornando evidente que o mostrado não é nem uma fração do que realmente acontece. Temos que temer principalmente o que não é mostrado, mas apenas se insinua insidiosamente pelas entrelinhas, como sombras que se avolumam temerariamente.
Tal como os nazistas ou Stalin fizeram é fato histórico que há pessoas que em segredo tramam contra a humanidade as olhando com olhos de desdém e ódio, que desejam o genocídio veladamente, falam de guerras e perpetração da injustiça e desigualdade para dominar o mundo como os velhos vilões clichês de cinema, mas a novidade é que ainda que esses egoístas tenham tramado por séculos cavando posições seus planos estão atrasados, pois os bons assim agem, pois ainda que sejamos como 'mato' ou 'gado' para estes persistiremos.

Trecho do livro 'O Segredo e a Maldade' de Joaquim Anderson.

Nenhum comentário:

Postar um comentário