Páginas Sobre

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Conhecimento Instintivo do Condicionamento

Abaixo publico um trecho do projeto literário em desenvolvimento 'The Signs of Ethos' de minha autoria. O livro é uma continuação de 'Psicosofia'.

A maioria dos instintos humanos são animais e exterioriza-los sem inibição sempre evocará problemas a comunidade. Ser civilizado seria essencialmente suprimi-los ante um senso de comunidade e convívio. Assim a civilização se torna o meio humano pelo qual tira o homem da selvageria para suprir suas necessidades cooperativamente em sociedade. Não anula a ordem natural, mas a reforça ainda que por vias de domesticação o qual o oposto afeta diretamente tudo que a perfaz. Sendo assim supervalorizar os instintos da natureza inferior humana contradiz a natureza social e sentimental, a única verdadeiramente melhor ante os resquícios na natureza animal e pecaminosa.
Todas ações humanas têm valor moral e ético, de modo que apenas mediante valores essas ações são norteadas não somente ao bem próprio, como o bem comum, seu e de todos. O consenso entre filósofos é que o máximo objetivo seria a felicidade. Seu antagonismo as ações moralmente aceitas expressa uma resultante niilista como uma das origens do crime normalmente expresso daquele o qual o bem vem do dano alheio.
De certo isso tem origens vitais do ser humano. Maior parte dos prazeres saudáveis, naturais, são direcionados a vida como supressão da morte enquanto seus opostos, o sofrimento e a dor são direcionados sinalizadores da morte, da dor emerge apenas uma necrosofia justificando a necrofobia. Indicam que algo está errado com seu corpo ou mente, seja um ferimento, dor ou abstinência das essencialidades vitais. Sendo assim a procedência da origem moral visa abster harmoniosamente isto com base numa aproximação de moderação hedonista como bem comum, ainda que o hedonismo exacerbado se apresente um desequilíbrio tanto como seu oposto, especialmente quando essa fonte de prazer se torna artificialmente a busca pela dor alheia.
Ao contrário do que propõe a ideologia de gênero nem tudo é construção cultural e social, mas biologia. O amor é um desses fatos biológicos que não por menos associa-se a produção de enzimas próprias. Mas o engano seria associar o amor romântico com a ideia de possessão, quando tem fundo na empatia como outro fator biológico inerente ao ser humano. O conceito de amor entre casais assim demonstra-se como fato biológicos inerente a busca de fidelidade ao contrário de outras espécies como os macacos bonobos.
A fidelidade se demonstrou uma necessidade entre outras espécies como as araras, sobretudo se atém a questões de saúde arraigadas nos hábitos de higiene que impeçam a proliferação de doenças. O engenho da natureza assim se justifica. Ou seja, o sentimento do amor está arraigado nos instintos de sobrevivência não somente do indivíduo, mas do grupo família desses.
Ainda que mediante a menor incidência dos instintos e da influência do biológico nos seres humanos como comum caminho de afastamento mediante a evolução cultural da civilização, compreendemos que a medida com que as necessidades básicas são supridas melhor desenvolve-se a consciência humana. Todavia essa influência não é inexistente podendo ser presente mediante maiores necessidades não supridas assim como fatores propriamente culturais que favorecem e condicionem os instintos primordiais. Não obstante, ainda que não se possa sistematizar padrões, notável como podemos herdar trejeitos, reações e outros aspectos geneticamente ainda que em graus sutis. Por exemplo, minha mãe costuma dizer que quando minto abro as narinas tal como fazia meu avô materno ainda que não me recorde disto na minha infância. Similarmente ainda não é consenso na biologia de que animais não desenvolvam alguma cultura como aparentam ter algumas espécies de símios. 
Por fim, ainda que o ser humano tal como animais sejam condicionados observamos esse mesmo aspecto como uma reação instintiva tal como o senso comum a permear a cultura de modo reprodutivo. Ora, o condicionamento que mais se aproxima do adestramento animal visa um aprendizado que naturalmente estar arraigado na repetição condicionadora o que não é tão diferente da memória muscular proporcionada por similares exercícios de musculação ainda que o cérebro não seja um mero músculo. Ou seja, assim como o homem pode aprender ser humano civilizado ele também pode aprender a ser animal estritamente condicionado aos instintos.
Isso ocorre toda vez quando se evidenciam alguns sinais e padrões comuns a um retrocesso aos aspectos mais míticos da cultura assim como uma degeneração comportamental muitas vezes expressa em sua ilicitude. Não devemos mudar a natureza humana em algo que lhes seja inferior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário