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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Prologo de 'Além do Universo'

Abaixo posto um trecho do projeto literário 'Além do Universo' de minha autoria, lembrando que o texto por ainda estar em desenvolvimento não fora totalmente revisado.

Há muitos bilhões de anos surgiu um universo numa explosão de átomos, um universo dentre tantos em quatro dimensões. Neste universo existem galáxias e dentre as galáxias a via láctea o qual em sua periferia há um sistema solar onde há um pálido ponto azul, um planeta chamado Terra, nesta terra a um sofisticado sistema ecológico onde a vida floresce e dentre estas espécies de vida a um mamífero bípede chamado homo sapiens o qual é dominante neste planeta, seu corpo feito de sistemas, como circulatório, respiratório que é formado por tecidos, e seus tecidos de células e suas células de partículas e estas partículas de átomos. Mas quem poderia deduzir que na imensidão desse complexo de sistemas entrelaçados algo incomum pudesse convergir a padrões muito mais do que aleatórios como uma centelha de destino no caos, mas que dentre humanos igualmente pareciam indicar padrões, por sua vez numa conspiração dentre seres para usurpar e ocultar segredos, verdades que não queria se fazer conhecer...
Thomas Stanley, 32 anos, jornalista de um suspeito tabloide do Reino Unido, do alto de seus 1,92 metros via-se frequentemente espremido, curvado sobre uma cadeira a passar longas horas de seu tempo a redigir notícias sobre a sexualidade de celebridades e eventuais casos considerados enfadonhos. De cabelos castanhos e olhos azuis o homem era uma espécie de Clark Kent dos tabloides onde o trivial era notório a seus leitores acostumados a discutir escândalos sexuais, e eventuais casos mais inusitados. Mas Thomas Stanley não estava abrasado com sua carreira ao seguir uma rotina ao longo de 10 anos após se formar, o homem todos os dias acordava pela manhã via seus e-mails com pautas para notícias a seres escolhidas e então, ainda de casa, iniciava seu trabalho. Assim começou mais aquele dia onde ao observar sua caixa postal virtual selecionou algumas pautas relevantes a serem desenvolvidos, eliminando um por um: Elton John é pego com dois seguranças num hotel; seria o premier russo homossexual?; Homem afirma ter feito sexo com 1000 mulheres; Duas crianças desaparecem ao voltar da escola, seriam alienígenas?
Não havia nada de interessante, Stanley moveu o cursor e viu as fotos das crianças, dois loirinhas de 6 e 7 anos. Nada, apenas inúteis discutindo superficialidades humanas em suas nulidades morais como inócuas tentativas de relevância, mas naquele instante, como de escanteio Thomas Stanley viu uma notícia incomum: avistamentos de OVNIs em sítio arqueológico sumério, no Iraque.
Thomas Stanley ouviu um relutante alarido dentro de sua mente como quem temesse pegar mais uma daquelas notícias o qual postulava que Rhiana fosse uma reptiliana, por exemplo. A contragosto, mas movido por um fiapo de esperança clicou na notícia mesmo sabendo ser aquém de um Pulitzer, seu híbrido de curiosidade e esperança de se redimir em sua carreira distante de seu sonho original o seguiu a ler as anotações da redação.

“Dois objetos voadores não identificados sobrevoaram um sítio arqueológico sumério no Iraque. Os arqueólogos temendo ser um ataque de sunitas temeu pela segurança, mas após averiguações de segurança se constatou se tratar de algo sem explicação perante a ciência. Aparentemente um relógio que marcava a hora no interior do sítio apresentou posteriormente a aparição a defasagem de espantosos dois minutos e quarenta e seis segundos. O rigor com o qual as escavações são feitas exige o ajusto frequente dos relógios por uma questão de agenda, mas no local encontraram também sinais de radiação. A arqueóloga Marjory Magda disse que as luzes incialmente aparentavam drones, mas realizavam evoluções e movimentos superiores a 3G em curvas fechadas o que é inviável a tecnologia atual. O aeronáutica iraquiana não se pronunciou sobre o caso.”

Ao ler aquilo Thomas Stanley sentiu-se como Koldiak* e imediatamente abraçou a possibilidade de investigar o caso talvez saindo do pais como há muitos anos não fazia, aquilo lhe abria perspectivas futuras de quem sabe conseguir uma notoriedade maior do que as comuns a um tabloide. O inusitado lhe dava frio na barriga, algo que lhe moveu originalmente a carreira jornalística.
Sobretudo Thomas Stanley era um entusiasta pela Ufologia, procurava a centelha original que explicasse os fenômenos pois havia sido originalmente fisgado ao presenciar um caso de Ufo no interior do Brasil quando estava viajado as férias com seus pais. Acreditava que Hollywood recebia investimento de corporações a fim de produzir propaganda que denegrisse os supostos seres extraterrestres, pois nove em cada dez filmes os alienígenas eram malignos. Assistia com frequência documentários, lia livros e procurava a todo instante porquês para responder o porquê do fenômeno. Assim Thomas Stanley ligou para a redação na esperança de que ao ser atendido seu chefe aceitasse despacha-lo para outras terras a fim de ficar livre de seus burburinhos desdenhosos na redação.
Apenas 4% do universo é observável, e dessa parte observável apenas uma ínfima fração, ainda menor, é conhecida pelo homem podendo ser frequentemente monitorada por projetos como SETI. Assim quem poderia garantir que eles próprios não eram monitorados como seres primitivos que apenas lutam contra si próprios estando cheios de traições, guerras, pestes, ganância, sem dúvidas a espécie humana não era lá muito digna de confiança.
Confiança que o patrão de Thomas Stanley não compartilhava com seu funcionário, não que ele fosse um charlatão como um ex-jornalista pego plagiando a matéria de um jornal rival e ao postular uma pauta o qual um jovem perseguido e marginalizado supostamente copiava histórias futuras ainda não escritas por autores famosos num plágio temporal, mas pelo fato de que Stanley considerava todo o jogo do poder e o uso feito do jornal totalmente tolo e superficial. Na verdade, o patrão dele temia que o próprio, assim, sabotasse eventuais noticiais patrocinadas na surdina para que promovesse um ou denegrisse outro. Mas Stanley era do tipo que abria a mente, mas não abria a mão dos valores.
Ao chegar na redação, Thomas Stanley fora recebido pela estagiaria que era um convite aos clichês do assédio por tão bela ser, mas ignorando as possibilidades do ‘E se’ adentrou adiante e sentou-se a sua mesa informando da pauta escolhida por ele. Pegou uma agenda e selecionou um nome aparentemente bizarro, Eurípedes, um pseudônimo de um informante o qual o próprio somente havia visto uma vez. Eurípedes, era um homem que se ocultava na aparência de austeridade mas que em seu íntimo lhe soprava detalhes do jogo do poder, o mesmo que mantinha jornais como aqueles. Certa vez em seu único encontro este lhe disse que o governo buscava tirar a credibilidade de relatos OVNIs pedindo publicações sensacionalistas para isso. Aquilo acontecia pelo fato dos poderosos daquele mundo medíocre serem totalmente impotentes ante o fenômeno global.
Mas porque Stanley então escolheu aquela pauta num jornal daqueles? Uns compravam para rir, outros para usar como papel higiênico ou discutir a sexualidade alheia como inúteis que eram. Sem saber a resposta sua fé repousava na busca pela verdade que movia seu idôneo ímpeto jornalístico, de modo que ao dirigir-se ao patrão, o chefe da redação, decidiu-se por preparar as malas após ser dispensado pelo mesmo a fim de ir até o suposto sitio arqueológico, na certeza de que fosse o que fosse era algo fora do nosso universo conhecido.

Algum lugar da Rússia, 1997
Havia apenas estática no começo, mas então surgiu um ruído intercalado por eventuais falas sem aparente nexo. Números e palavras desconexos repercutiam ecoando como num projeto. Imediatamente ao ouvir aquele sinal o tenente Cole Bronwen dos marines fora enviado a Rússia secretamente a mando da inteligência a procura de uma triangulação do sinal peculiar. O homem como turista seguia pelas ruas secretamente com um monitor a fim de conseguir identificar a portadora do sinal que irrompia fronteiras continuamente, 24 horas por dia atormentando a inteligência americana que não compreendia seu propósito a não ser o aparente inócuo.
Cole Bronwen, parou num bar nas mediações vizinhas de onde o sinal vinha. Caminhou um pouco mais após tomar uma dose de tequila e seguiu com uma maquina fotografia como todo bom turista faz. Caminhou por meia hora até chegar num conjunto de apartamentos residenciais. Seguiu firmemente adentrando o recinto e após solicitar a seus pares na base o nome de um morador o deu na portaria para adentrar, e assim o fez.
Quando ultrapassou a entrada conseguiu identificar uma parte do prédio em construção onde o sinal vinha com toda intensidade, Cole Bronwen no auge da juventude, com 23 anos ficou entusiasmado quando adentrou o lugar e procurou por qualquer tipo de transmissor, mas sem sinal de antenas. Caminhou angustiado a procura disto quando chegou ao limite da portadora e sentiu náuseas incomuns. Cole parou e observou uma parede de concreto que dava a lugar algum, pegou o rádio e ligou na sintonia do sinal quando ouviu perplexo uma voz que lhe era familiar dizer algo soletradamente.

- S-T-A-N-L-E-Y-2-0-1-5, impedir.

Aquela mensagem de significado inócuo se repetiu sucetivamente por seis minutos até que o sinal anterior normalizou. O telefone dele então tocou tirando a atenção de Cole do sinal quando perplexo ao pegar o telefone ouviu a voz do outro lado.

- Cole, o que você fez?
- Nada! Não tem nada aqui, não sei como mais o sinal ...
- Maldição era sua voz.
- Isso não é possível. Não é possível... – Completou Stanley desligado o telefone.

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