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sábado, 22 de março de 2014

Concepções de Topos Uranos

Topos uranos, o mundo das ideias onde nada passa e muda, e que de acordo com Platão viviam as almas antes de encarnar, o víeis da natureza do inconsciente coletivo e de um metaverso relacionado ao Filoversismo. A concepção de organização de textos metafísicos por Platão assim demonstra não somente a colocação dos textos de Sócrates, seu mestre, mas de sua continuidade mais abrangente do discípulo numa peculiar conexão ao próprio conceito em si. A materialização das ideias, assim, a grosso modo, regem o universo conhecido como predito por Agostini.
Obviamente que tal concepção creio ser interagem em feedback a uma natureza ulterior onde se quer o espaço existe e mesmo o tempo não transcorre como em Cronos, mas numa concepção de Kairos que por si só, em seus graus poderia estar simultaneamente no futuro tanto quanto no passado. Algumas relações similares como a de Éter tocam parcialmente tal síntese, mas apenas numa conceitual de memórias, não ideias.
Todavia num sentido mais amplo trás não por menos a concepção de eternidade o que denota justamente uma concepção para nós atemporal e que se virtualmente acessível por um Octonauta poderia nos fomentar vislumbres interpretados por reencarnação ou até mesmo de vidas que ainda não nasceram.
Topos uranos, éter ou até mesmo o limbo poderiam ser visões de um consciente coletivo comum, sobre o mesmo ato em síntese ainda que com interpretações com características próprias dos dogmas e crenças de uma religião e(ou) sociedade e civilização. Sobretudo assim, conforme descrito no mito da caverna de Platão, o mundo cheio de sombras é o universo onde as sombras são as projeções de topos uranos, o qual obviamente advém conceituais morais pertinentes a uma 'bondade' transcendente a esse mundo e por isso comum como padrão a toda humanidade, ao menos normalmente. A matéria em seu mundo assim é uma distorção desse mundo topos uranos.
Todavia ao contrário do pensamento de Platão, relacionado ao estrita e pura razão, tal mundo é habitado por sentimentos em seu estado puro, em suas diversas gamas por compreender que mesmo o conceito de bondade tem relação afetiva e emocional ao vincular-se a tais ideias assim como a pessoas e seres ao redor. Mas ainda assim relacionando-se perfeitamente a noção de espiritualidade e consequentemente a realidade.
Desse mundo ulterior perfeito, surreal, vem um mundo, ou universo inferior, que é este universo material. Num conceito deste se insere as bases teóricas da holografia e similarmente a conceitual do I ching de Fo-Hi, a concepção da informática. Tudo tem relação, porém, mais que sombras, esse espelho é repleto de espelhos - nós - a refletir e ser refletido em vários níveis, podendo altera-lo ou completa-lo.
Obviamente que esse mundo inconsciente tem mais semelhança um estado onírico sem as noções de leis físicas, mas noções de leis emocionais como forma de conhecimento comum determinado como uma psicosofia, pois compreende-se que esse mundo, isto é o material, e racional, ao contrário na natureza inconsciente ao contrario do preterido por Platão e mesmo Aristóteles. Não por menos ele emerge durante estados variados de consciente, mais especificamente o adormecido a mostrar verdades que não são ditas objetivamente por ser perpetuada no subconsciente como previsto por Freud. Psicologia e filosofia assim são partes do mesmo corpo ideológico a exemplificar a religiosidade como fenômeno do mesmo como dependente do homem.
Resumindo há de existir objetos volitivos numa realidade antropocêntrica, mas elas podem sofrer intervenção indireta da natureza humana, não estritamente heteronômico.
Ao transcender a esse mundo, a compreensão nunca será a mesma que de fora dela, pois sua colocação neste o altera, o transforma e o completa. Ainda que a verdade seja transcendente ao mundo material, deferentemente de imanência de Descartes.

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