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segunda-feira, 8 de março de 2021

Dia da Mulher: Pouco a Comemorar, muito para ser feito

Nesse dia Internacional das mulheres ainda que os avançados progressos conquistados pelos direitos da mulher ainda permanece inegável que estamos ainda muito longe de conquistar a emancipação e respeito de um gênero em termos de igualdade na ainda predominante cultura falocêntrica e do estupro. Por esse motivo compartilho a seguir um trecho de um ensaio do qual sou autor sobre uma visão marxista das relações de vício e traumas estabelecidas entre opressoes e oprimido, urge a ênfase  no caso a mulher:


Os prostíbulos e zonas de prostituição populares devem ser encarados como "cracolândias do sexo" donde surge a decadência de todos esses vícios na materialização de problemas sociais, culturais, econômicos e mesmo de vigilância sanitária por condições de higienes tão alienadas quanto a identidade e direitos das mercadorias do sexo lá negociadas. Lugares que funcionam como ópio mesmo ao trabalhador comum que usa do ato sexual dissociado da cidadania das prostituídas como escapismo e reafirmação de potência sexual da cultura machista. Um circo do picadeiro falocêntrico do qual o termo "termas" alude as antigas religiões onde o fumo de tabaco e gases de regiôes vulcânicas eram inspiradoras a deuses fálicos onde serviam escravos sexuais onde o serviço oferecido faz do próprio corpo a personificação materialista de mercadoria.

Visitar esses lugares associados justamente com o termo "inferninho" deixa claro o acesso as diversões baratas dos instintos alienadores na total dissociação social e afetiva das relações sexuais promovidas por uma cultura hiperssexualizada. Dos outrora conhecidos como travestis que as margens da sociedade se prostiuíam e obrigados eram mesmo a incorrer a crimes para sobreviver reforçando uma cultura dicotômica em si ao apenas alimentar a criminalidade. Por isso conscientizar significa mais que dissipar a discriminação, mas interromper o ciclo pela cidadanização de suas vítimas antes que se torne o próprio mal que as induz numa moto perpétuo de realimentação classista de realidades hostis dos quais alimentam apenas relações perversas e corruptoras. As garotas de programa são pouco mais que autômatos que seguem programações de fantasias sexuais simuladas custeadas por moedas de desvalor social, pois mesmo o seu dinheiro recebido vale menos, tal como suas vidas.

Interromper os motores dessa degeneração atroz é libertar seres humanos de serem transformados na mastigação de uma máquina que apenas fábrica objetos sem menor valor moral e dignidade humana.

Ser vítima gera apenas pena, mas o cair não importa, pois é o levantar que pode te fazer guerreira.

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