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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Origens do Pensamento Lógico

Dentre tantos animais do ser humano poderia ser equiparado caso não fosse seu maior diferencial, a inteligência. Longe de ser a mais forte das criaturas do mundo, a com os sentidos mais aguçados, o homo sapiens se destacou dos demais por ser capaz do engenho da tecnologia, o qual permitiu a criação de ferramentas em graus de complexidade crescente que com o advento da linguagem favoreceu o melhor agrupamento de ideias. Basicamente a inteligência surgiu para resolver problemas pelo ato de pensar. O termo razão deriva-se do mesmo radical que raciocínio, tanto do ato moralmente correto, pois quem tem razão está certo quando de sanidade onde o oposto não o discerne e assim a maldade um tipo de loucura consciente. Razão e raciocínio (etimologia) que vem do latim rationem, que significa cálculo, conta, medida, regra. Obviamente denotando o pensamento humano dotado de melhor razão em relação aos demais seres logo deram lugar a uma série de tipos de pensamentos como a lógica. O lógico do grego lógikos que se propõe como dialogo, se divide principalmente em lógica emaranhada, construtiva e Booleana. Definido como "a ciência do raciocínio, prova, pensamento ou inferência" no dicionário Oxford, o lógico é considerado um argumento ou parte de um raciocínio onde se concluí uma dedução correta ou não.
A lógica deu origem a todo emaranhado da sociedade e tecnologia, da filosofia a construção moral das leis elevou o ser humano a avanços inquestionáveis assim como a descobertas monumentais sobre si próprio e o universo que lhe cerca ao contrário do charlatanismo, por exemplo.
A lógica deu lugar a ciência que descortinou o que estava em oculto na natureza ainda que muito ainda não seja descoberto. Sobretudo se percebeu que nem sempre uma ciência necessita ter seu objeto de estudo mensurável diretamente, mas pela observância de padrões circundantes e seus efeitos por uma reversão de causalidade como a utilização de uma engenharia reversa de eventos por silogismas de eliminação, na realidade combinando similarmente a navalha de Ockhan como parte de tais ferramentas. Assim como podemos conhecer um pouco sobre o pintor pela obra de arte pintada e o autor pelos livros escritos, sabemos que, por silogismo, se algo cai é por estar no alto sob efeito da gravidade. Não precisamos ver uma árvore cair para saber que esteve de pé ao encontra-la caída, pois o universo favorece a percepção não somente sensorial pela causalidade. Ainda que mediante variáveis os padrões persistentes denotam uma lei reguladora por de trás como antecedente. Ao invés de deduzir o efeito por uma causa, deduz-se assim a causa por um efeito mediante sua forma razoavelmente padronizada tal como se intui uma doença pelos sintomas e efeitos da mesma. Ora, os efeitos e sintomas não provocam a doença, mas sim o contrário. A mensuração indireta assim trata do diagnóstico por meio dos efeitos indicativos a algo particular que pode estar oculto, mas assim como a dor é precedida por algo que a provocou, ela é sucedida pelo sofrimento e dela outros efeitos na linha de causalidade. Se tratando de sistemas complexos e teoria do caos essa mensuração diminui a medida que retrocede na causalidade, ao se tratar da retrocausalidade mediante a teoria do caos converge a fatores diversos a medida de sua distância limitando assim o alcance da mesma de modo a ser aplicado mais a causas diretas do que indiretas, o contrário implicaria adentrar a uma disciplina holística inviável.
O holístico não é comum disciplina, pois não serve para o estudo do particular como normalmente define a ciência que por isso é reducionista a menos em sistemas complexos comuns a teoria do caos, por exemplo.

Trecho de 'Lógica Para Iniciantes' de Gerson Machado de Avillez

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