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terça-feira, 14 de março de 2017

Loucura, Genialidade e Maldade

Abaixo transcrevo um trecho de um de meus projetos literários ainda não definidos.

A inspiração da genialidade não está tão distante do que os gregos antigos postulavam. A genialidade é o encontro da loucura com o propósito do talento e vocação. Já tive esse encontro algumas vezes. Seria assim a genialidade como achar ordem no caos da loucura, dar-lhe um sentido e porque, a única verdadeira ordem ainda que nem sempre vigente. A genialidade é a loucura canalizada, digo pois a genialidade não é algo permanente, mas como surtos, similarmente ao ato de heroísmo ainda que este seja movido pelas circunstâncias.

A genialidade pode ser como lentes que assim como a loucura enxerga o mundo diferente, mas ao contrário da loucura tem a visão de enxergar muitas vezes ante o óbvio algo inteiramente novo, original e jamais percebido, enquanto a loucura sendo caótica é arbitrária, sem proporção, mas ainda assim está fadada a fazer apenas o que antes era feito, a loucura é a genialidade sem o propósito e originalidade da genialidade. Ser gênio significa ser original, usar da mesma potência da loucura associada a resultados contrários da mesma. A loucura é o meio termo entre a maldade e a genialidade que são diametralmente opostas.

Num outro ponto extremo da loucura podemos observar a maldade que em seu estado mais puro exprime a mesma ausência de proporção e de 'porques' mas concebendo coisas que normalmente era anteriormente existentes, afinal o que há novo na violência a não ser variáveis de perversidade? A maldade é um plágio de si mesma num eterno retorno mesmo a vítima. A maldade é a loucura ritual.

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