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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Alquimia das Ideias

O Projeto filosófico do Departamento de Filosofia:

A lógica aristoteliana sistematiza o conhecimento, a informação, de modo que não cria algo novo mas dá novos significados ao organizar ideias anteriores e existentes de um novo modo. A ideia é que quando não for possível criar algo original, ao menos conceba uma visão de um ponto de vista original do existente.

Existe um método pseudo-criativo em voga principalmente em Hollywood que é uma trapaça intelectual, por crer que um plágio determina-se pelo percentual de ideias iguais a outros filmes e livros parte do principio que, de fato, nada é 100% original. Todavia isso torna-se justificativa para que suas histórias peguem um pedaço de tantas mais limitando-se a realizar uma colagem de retalhos costurados a lá Frankstein. O resultado normalmente é uma sucessão de maneirismos e clichês tendo por única identidade o estilo apurado por uma conceito visual e sonoro a fim de replicar formulas exitosas anteriores. Mas a criatividade nunca será uma ciência exata, tem nuances e variáveis demais para serem captadas mecanicamente, a não ser pelo ímpeto da busca pelo original assim como da ciência pela verdade. A verdadeira fonte da originalidade, consiste não necessariamente no singularmente inédito, mas de converter o existente transformando as ideias anteriores. Mas tais histórias hollywoodianas mesmo programas de computador poderia escrever melhor caso programados.

Não se trata disso a criação, ainda que não haja formulas o fator criativo segue uma lógica construída sob preceitos que, derivados da arte, envolve afetividade, estética e sensações. Sem a razão, conforme diz Platão, não se pode compreender o mundo das ideias, mas e da comunhão dos sentimentos com a razão poderíamos ampliar a consciência numa compreensão de coisas que não tem medidas humanas e universais? Enquanto o amor da alma platônica anseia tocar novamente o mundo das ideias do qual é oriundo não seria enganoso afirmar o que mesmo a bíblia concorda, somente o amor sabe o que é verdade. Não falamos do desejo e emoção, mas do sentimento que nortearia assim uma compreensão não somente cognitiva mas da busca pelo singular. A razão compreende medidas e para todas medidas há parâmetros, mas não para a compreensão do infinito que é singular em sua extensão. Tais conceitos amplamente discutidos nos originais 'Neuroversus' e em mais livros da coleção 'Corpus Ad Ventus' parte do principio que tal compreensão nortearia a consciência humana a um 'sentido perdido' seria a ideia de que acima da razão um sentido tornaria possível se compreender a singularidade do infinito. A partir disto surgia a capacidade criadora verdadeiramente de ideias, capas de transformar as ideias em sua base, sem medidas, a alquimia das ideias. Enquanto a razão é o juízo comum do universo o sentido perdido seria a habilidade construtora de realidades pela 'alquimia de ideias'. Tal conceito é o sentido mais progressivo da síntese do Filoversismo que tem por intensão elevar a capacidade criativa dando um equilíbrio sintético de arte com ciência tendo íntima relação com o ethos e o mundo ideal de Platão.

O argumento é conciliar a razão platônica do mundo das ideias com o sentir de Aristóteles como resultado da junção de uma tese e antítese pois o infinito (sentido) e não plenamente compreendido pela razão encontra-se nas fronteiras do horizonte de realidade o qual somente se pode idealizar como junção da realidade e o mundo essencial das ideias. Uma habilidade de criar que mescla a dedução lógica de especular.

"Na originalidade reside a incerteza."
Lana Watchowisk

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