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domingo, 9 de maio de 2021

A Menor idade Intelectual e a Pseudociência

Não existe construção de conhecimento lógico na negação dos fatos objetivos, nisso difere razão inteligente de desejo ardente que isto conduz. Mesmo filosofias hipotéticas podem ser construídas sem confirmação de fatos consumados, mas na lógica, mas contra os fatos é pseudociência e negacionismo. O mesmo intui na antiética na construção do saber à sua aplicação dando significado duplo a ausência de razão, não somente associado ao erro lógico e racional, mas ao erro de conduta e sanidade. A exemplo da pseudociência nazista antagônica a esses dois princípios é a realidade da alta periculosidade de charlatões do tipo que arruínam vidas, talentos e sonhos sendo como meio aos fins, ou aos próprios fins.

Caso apenas por discordar, defender a liberdade legal e o direito alheio atrapalha alguns, é por suas ideologias serem fracas demais para serem mantidas sem o uso da violência e medo. Disso comum a pseudociência como modo de se propagar ao contrário da hipóteses e teorias que por se autosustentar não necessitam de tais meandros falaciosos e demagógicos para serem reproduzidos ao contrário do que adere as mentes e corações livremente.

Todavia ainda assim há diferenças entre hipótese, pseudociência, teoria, protociência e ciência. Todas elas por meios de relações lógicas com a realidade, uma hipótese, por exemplo, demonstra a plausibilidade de uma ideia o qual o sentido demonstra uma provável explicação a algo real ainda que ausente de provas, sendo a teoria seu próximo passo de comprovação ao ser capaz de prever fenômenos, o grau preditivo dessa teoria pode transforma-la numa lei física, ou não, ao contrário de uma pseudociência que parte contra os fatos objetivos e predições plausíveis e espontâneas. Nesse sentido mesmo uma ficção ou fantasia pode apresentar sentido, mas não sendo veracidade a verossimilhança por fatores não apenas de incompletude, mas afastamento da realidade a salvo críticas reflexivas ao mesmo . Uma protociência demonstra-se mais expansivo por sua vez demonstrar-se por uma hipótese ou conjunto de hipóteses que aspirem a um campo inteiramente novo da ciência ainda que abrangendo outros existentes.

Sendo assim nenhum conhecimento humano está totalmente livre de enganos e falhas assim como todos haverão de ter algum percentual mínimo de verdade como base ainda que arraigada em intempéries de volições. Assim como Thomas de Aquino e Santo Agostinho viram semelhanças inconciliáveis de Platão e Aristóteles com o cristianismo tais semelhanças assim se cruzam por serem verdades tal como inspirações inegáveis do Marxismo com muitos preceitos cristãos adaptados a época da industrialização e capitalismo.

Porém, sobre as falhas práticas similares podem ser falhas podem ocorrem na utilização do mesmo a fins egoístas de si e um grupo, fato que sempre será exposto pela desigualdade comum com que é aplicado em parcialidade e assimetria ou simetria negativista. O egoísmo é a volição desalinhada a verdade e ética legal, dos direitos alheios.

Tal ocorre por um pensamento menor que se atém as percepções equivocadas por esse ardil subjetivo, sendo seletivo a critério arbitrário do momento, volições ou meramente preferências sendo estes mais artes do que ciência, mais sofista retórico do que filosofia metódica. Há diferença entre a pareodolia de enxergar desenhos em nuvens a discernir seus tipos através do estudo meteorológico, o primeiro exterioriza padrões inexistentes na projeção de sua própria vontade, outros percebem padrões tangíveis exteriores a si.

Os mesmos meandros de construção cultural discriminatórios e de preconceitos patosóficos. Ainda que a nível inconsciente estes recaem a toda pseudociência ao não buscar a verdade em si mesma como fim, mas suas crenças e vontades numa verdade manipulada e adulterada a se adaptar as suas vontades.

Assim a mediocridade dos pequenos pensamentos sofistas necessitam serem compensados por enxertos irreconciliáveis do contraditório expressos apenas por aventureiros pseudointelectuais. As falácias sempre serão recorrentes por isso, afim de suprimir a verdadeira desonestidade intelectual da mediocridade na menor idade do pensamento na ausência de emancipação intelectual em detrimento de cegas volições e de ideologias e crenças cristalizadas como relés senso comum. 

A legítima filosofia é emancipada das volições alienadoras, sua grandeza é forjada na solidez da isenção dos fatos e da ética exteriores a própria vontade ao contrário do inchado charlatanismo  da qual a fraqueza das rudimentares ideias incongruentes se sustentam nas volições da força bruta e do medo. Disso o vício substitui a virtude no inato da mediocridade acrítica ao contrário da legitimidade de uma filosofia apenas possível pelo autodomínio e do qual o práxis seja a maior prova de sua superioridade qualitativa.

A prova da própria menoridade intelectual desse pensamento está no ato antiético do rebaixar alheio num comparativo ato que atesta a própria pequenez de insuficiência a si mesma, sendo sobretudo fonte de desigualdades. Toda retórica é sofista quando necessita de apelos a falácias, chantagens, mentiras, enganos e mesmo ofensas caracterizadas como prova de um pensamento pequeno ainda que taxativo.  Se na ausência de habilidade na refutação silogista de argumentos variam falácias, de um lado o pedantismo gramatical e doutro acusações da verborragia rebuscada, provável que o autor não sobreviva, mas as ideias sim ao contrário das demagogias vazias que perduram apenas enquanto tolos viverem para impô-las através da mera força da ameaça, terror e ódio, não de igual argumentação conscientizadora.

O insulto é o trampolim da pequenez, já para insulta-los basta dizer a verdade como isto. A desigualdade e a injustiça é a única glória possível para charlatões e parasitas donde não existe o bom, mas apenas o aumentativo pra si e o diminutivo para suas vítimas.

Disso frequentes remendos serão necessários afim de tapar os inúmeros buracos de exceções e incongruências que caracterizam estes como trapos demagógicos, logo a fragilidade desse pensamento menor e arcaico em sua artificialidade simplória por não sustentar-se a si mesmo precisa de força física e agressão tanto como na supressão de críticas e oposições justificadas nisso. Os frutos e resultados disso falam por si, uma tragédia dicotômica que gera apenas arquétipos de vítimas e vilões, tanto como das crises como perdedores e vencedores, presas e predadores.

Adaptado o livro 'Filoversismo' de William Fontana.

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