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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Uma discussão sociológica do dualismo

O dualismo supõe opostos, luz e trevas, bom e mal, mulher e homem, mas para alguns tudo o quanto é antônimo enquadra-se generalizadamente nisto notando que muitos dos dualismos não coexistem, na verdade nisto resite as inversões que tanto permeiam a degeneração de valores em sua crise, tão comum hoje na sociedade. Mas bondade é mais conhecida por buscar sinônimos do que antônimos.

O dualismo existe em duas instâncias, o auto-anulável e o auto-completável, enquanto seres e elementos simbióticos se integram completando-se a relação auto-anulável é parasita onde o qual um oposto tende a anular o outro. Todavia uma terceira hipótese vinha do contraditório absurdo, pois assim água e óleo não se juntam não se pode estar certo e errado ao mesmo tempo. Ou talvez pior, isso generalizado pode polarizar conceitos de abismos como de extremos, o pobre e o rico, o simples e o intelectual favorecendo o oposto da igualdade. O dualismo realmente existe, mas sua generalização é perigosa e cria mais problemas do que resolve, sendo apenas polarizador da igualdade a anulando plenamente.

Podemos ver um exemplo de dualismos polarizantes nas diferenças sócio-econômicas de classes - O pobre e o rico. De um lado a cidade japonesa onde após a tsunami de 2011 fora totalmente reconstruída e ainda devolveram o dinheiro de empréstimo, enquanto em Nova Friburgo (RJ) o orçamento para a reconstrução da cidade destruída pelas enchentes estourou e o trabalho não fora concluído. No Japão há constituição, aqui papel higiênico tipo importação - pra Venezuela. O Problema todo é ideológico por uma doutrina dualista polarizadora de extremos. Olhem para a favela e vejam a multidão crescente de excluídos e marginalizados criando a piramide moderna das realidades divergentes e servindo de matéria prima para a enorme máquina de moer do estado, na fabricação de bandidos. O processo é industrial de uma cubanização venezuelana aromatizado artificialmente com flores da primavera.


Nessa instância generalista o dualismo se torna uma filosofia bipolar e não menos esquizofrênica, é sádica quando o prazer depende de nossa dor, é parasita quando a riqueza deles é sob nossa miséria. A ideologia do mal é de extremos e deficiente moral onde o um mais um deixa de ser dois e passa a ser onze.

Alegações de que aqui se faz, aqui se paga, são falhas quimeras para justificar justiceiros parciais sob uma visão relativizada de sua própria vontade por vezes ocultada sob a falsa bandeira de Deus. Há pessoas que sofrem sem motivo e assim perecem tanto quanto o que deveria sofrer o que fazem atrocidades, e há aquelas o qual fazem as atrocidades, mas impunes por toda vida e por vezes numa vida de opulência e luxo. Mas o que é a maldade senão aquela conhecida peculiarmente por atitudes de injustiça sem motivo, coerência ou proporção? É "justamente" ela quem faz pagar o inocente que permanece em vida injustiçado. A maldade é a metafísica negativa do livre-arbítrio, a causa primária do desequilíbrio do universo. A maldade institucionalizada se tornou um imposto a ser pago, para estes aqui se paga aqui se paga, depois tente fazer algo. A quem paga o cobrador desses impostos, eis aqui o pseudojustificador dos opostos! Sim, para estes o mundo é divido em duas partes, os que fazem as atrocidades e os que as sofrem, mundo onde eventualmente acontecem casos de verdadeira justiça.

Trecho de 'A Genealogia da Maldade'.

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