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quarta-feira, 25 de março de 2020

Pandemia: Medidas Práticas Contra o Medo e a Ignorância

Mediante a situação grave que assola o mundo através da pandemia em 2020 temos que buscar antes de tudo a prudência e lucidez mediante a racionalidade e empatia para com todas vítimas potenciais. No entanto, enquanto um lado parece aludir ao medo e desespero mediante os riscos sérios da pandemia outro lado parece promover um relaxamento ao tentar amenizar a gravidade da situação ignorando verdades substanciais numa clara desinformação. Porém diria que ambos lados são imprudentes, primeiro pelo fato de que alardear os riscos reais de uma doença como sinônimo de desespero não ajuda tanto quando o oposto. Faz-se preciso mais do que nunca uma orientação que vise não apenas medidas preventivas legais como medidas objetivamente eficazes que diminuam o impacto da pandemia, tal como orientar de modo tranquilizador a população.

Medidas simples que valem para todos como evitar contatos físicos próximos são mais que óbvios, hábitos de higiene, e assim uma quarentena se tornam muito importantes. Porém, temos que pensar ainda mais a frente mediante o fato de que a quarentena apresenta seu revés evidente ao acarretar numa crise econômica em decorrência da paralisação da sociedade na maioria dos setores. Os impactos disso talvez sejam tão negativos, ou mais, quanto da Grande Depressão (1929) de modo que se torna preciso um planejamento e medidas urgentes como paliativo a estes problemas, especialmente as camadas mais pobres da população que por si só são mais vulneráveis também a pandemia, num âmbito global a exemplo da África tanto quando nacional a exemplo das comunidades pobres e de risco.

A quarentena se tornou muito importante para salvar vidas ainda que que o confinamento da quarentena tenha esse revés a médio e longo prazo para a economia, ainda que em primeira instância salve vidas. Se torna preciso um planejamento social e econômico à médio e longo prazo para que o mesmo não acarrete em miséria e fome e assim mais mortes.

Na primeira instância temos que ter estimativas e dados da pandemia em si, estimativas do percentual que seria a dos infectados. O percentual que viria a óbito que variam de acordo com classe social, de idade e afins sendo no geral em torno de 3,74. Se por exemplo o percentual for de 1/27 da população ao ser infectado podemos concluir que cerca 3% destes viriam a óbito. Mas isso varia de acordo com a região, concentração urbana, fatores sociais e econômicos. Condições demográficas favoráveis como conduta, informação, higiene, conscientização e cooperação sempre deverão ser promovidas persistentemente mediante os riscos tanto dos assintomáticos quanto das classes menos suscetíveis que são potenciais agentes transmissores. A colaboração de todos é vital!

Outro, se um país com um território e população como Itália teve cerca de quase 1.000 mortos num dia, não podemos esperar estimativas melhores caso tais orientações não sejam cumpridas em cooperação conjunta assim como propostas que venham melhor proteger a população carcereira, povos nativos, ribeirinhos e moradores de rua por serem evidentemente mais expostos ou poderem ser potenciais agentes de transmissão. Assistência prioritária a esses devem ser feitas e em seguida as comunidades pobres, autônomos e por fim trabalhadores paralisados.

Casos de desinformação e ignorância podem levar mesmo animais domésticos sofrerem sendo mortos a exemplo da China enquanto animais que realmente tenham risco da doença sejam primatas de grande porte. Por fim uma assistência humanitária governamental ou de ongs financiadas por iniciativas privadas se tornam mais importantes hoje do que nunca tanto na busca pelo amenizar da pandemia, quando na busca por uma vacina, e da crise decorrente que no mínimo comprometerá todo o ano de 2020.

O fato é que a desinformação, ignorância e fake news tal como senso comum que não ofereçam quaisquer soluções objetivas e verdadeiramente eficazes se tornaram apenas a parte do próprio problema que podem mais matar do que salvar vidas. Especialmente mediante o medo que torna esse período tão propício a discriminação através da redução humana aos instintos primários através do medo algo que historicamente acarretou muitas mortes a exemplo da peste negra que desencadeou a morte de milhares de judeus ao pretexto esdrúxulo que eles eram responsáveis pela praga como castigo de Deus. Caso determinado grupo, etnia, classe não apresentem comportamento de risco esses certamente não possuem qualquer responsabilidade nisso.

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