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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Felicidade Valor: Definições

A filosofia concebeu ao mundo a maioria das ciências que dela fora desmenbrada, todavia ao contrário do que se pensa, a filosofia não está morta pois seu papel não fora transferido as ciências que respondem o 'como' do mundo, não o 'porque', assim sendo o existencialismo somente pode ser uma prerrogativa filosófica assim como a moral e ética. A questão a ser abordada porém, abrange a felicidade.


Não se prega felicidade quando se quer sabe o que ela significa, de sobremodo considero isso mais uma questão filosófica do que psicológica, pois por antagonismo deduzo que se a depressão é a desilusão da vida destituída de sentido, a felicidade seria seu contrário. Ou seja, a felicidade tem relação íntima com o significado da vida, numa questão estritamente existencialista. 

Um signo comum da infelicidade é a imagem da aflição eterna do inferno, algo que reflete a infeliz condição de uma pós vida hostil e da maldade sofrida ainda que neste caso a personificação do inferno seja contextualizada por uma moral punitiva, o que não ocorre na vida de muitos justamente por falta de porquê. Profissionais que lidam com sofrimentos e violências são os mais suscetíveis a depressão e problemas psicológicos decorrente disto, pois, a incompreensão de determinados males ausentes de porquê provoca por empatia as suas vítimas uma desilusão com a vida e assim ausência de felicidade ao contrário da bondade que inspira confiança e fé.

Conhecer o propósito e porquê de tudo é a maior felicidade ante os ausentes de causa.
O grande fracasso ideológico do utilitarismo de Jeremy Betham se dá por isso, não se trata de um objetivo ou vontade, mas a manifestação do conjunto de sentimentos harmoniosos ante um propósito, a felicidade não pode ser um fim, mas uma consequência. Assim é a manifestação da plenitude emocional e da realização e materialização de sonhos de significados de modo que a verdadeira felicidade assim apresenta uma moral que mais relaciona a bondade consumada do que da comparação observativa de contrastes, "sermos felizes em relação a fulano ou ciclano", mas uma felicidade autossustentada.

Medos, incertezas e inseguranças de condições sociais inadequadas que remetem a sobrevivência e privações impedem essa plenitude emocional ao exacerbar sentimentos opostos ao da felicidade pela ausência de significados assim como sua artificialidade. Sobretudo a felicidade é propícia pela sociabilidade, pois não se é feliz sozinho, mas em conjunto.

O consumismo e inversões que destituem o significado original das coisas é um exemplo que infere na felicidade da população assim como a violência. O dinheiro que originalmente seria um meio como moeda de troca, torna-se um fim o que desacerba ao materialismo enquanto a felicidade é uma condição de espírito, de “viver a vida”, não viver em função de algo material.

Por outro lado, religiosos a exemplo de cristãos tendem a serem felizes pois a religião dentro de certos ditames norteia moralmente a vida dos seus conferindo significado e propósito para suas vidas assim como aqueles o qual pouco questionam ou tentam racionalizar o mundo. Questionadores natos como filósofos seguem o caminho oposto por perceberem os problemas do mundo e buscarem racionalizar essas questões de modo a proporcionar significados que nem sempre há. O mal é uma dessas questões existencialistas da filosofia que são de difícil resposta, que não são mensuradas, por exemplo, pela ignorância e pouca inteligência que sendo acrítica não aborda tais questões, ou as aborda de maneira superficial.

A felicidade valor torna-se uma questão moral pois creio que tudo que representa a significância dos propósitos  não se abstém de uma moral.

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