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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O Destino é um fato científico

A ideia de uma sina, Karma ou destino são comuns a religião porém, numa abordagem filosófica são passíveis de serem comprovados até pela física. Usemos o mais simples dos exemplos, uma singularidade personificada por um buraco negro, nele observamos não somente que as leis da física clássica se comportam de modo diferente mas a própria taxa de desordenação da matéria, a entropia, se modifica radicalmente alterando o que se define por caos. Mas não somente isto, quando se está ao alcance de um buraco negro, a grosso modo, independente do que se faça você será inexoravelmente atraído a ele, ou seja, um evento comum de aproximação a um destino será irresistível, ou seja, um destino de sucessão de eventos é variavelmente traçado.

Para compreendemos melhor comparemos o destino com um rio. Quando nas águas navegáveis observamos que podemos nos dirigir a múltiplas direções, mas a medida que a correnteza se intensifica mediante uma queda como de uma catarata se torna cada vez mais difícil resistir a direção (destino) em que a correnteza corre até que em seu ponto máximo percebemos que todos esforços para impedir o evento são inúteis a menos que você tem meios de conseguir resistir ou sair do curso de destino do rio.

Na física essa causalidade é até desacerbada é chamada de seta do tempo. Mas compreendamos que esse rio tem uma linha visível de seu curso não tornando possível ver para onde vai, mas que algo puxa o fluxo das águas em direção a esse curso. Isso ocorre porque as vezes o elemento atrativo desse fluxo de destino não está visível no horizonte de realidade, quer espacial ou temporal, ai que entra a ideia da Ancora do Destino. Eventos irresistíveis e inexoráveis.

A Ancora do Destino
Toda ideia geral do destino assim toca na concepção de fluxos o qual elementos de padrões podem ser perpetuados pelo caos em ondas, a ideia de uma ondularidade a exemplificar de modo unificado o tempo e caos. Porém, assim como para uma onda acontecer um evento central precisa ocorrer desencadeando os demais, desvelar o consequente decorrer é pertinente ao caos onde o espaço não tem a mesma significância e servindo como elemento repelente de eventos, o contrário da hipótese de uma âncora do destino o qual todos eventos convergem a seu centro. Para compreendermos isso imaginemos uma âncora o qual independente das ondas ela prende determinado objeto, no caso uma embarcação, num ponto fixo e inabalável. Assim como se esticarmos uma corda fixada em dois pontos extremos ela criará variações mas seus pontos iniciais e finais estão fixos, o mesmo seria com eventos presos a uma âncora do destino que poderia estar invisível na nossa linha de horizonte temporal, algo como um buraco negro não no espaço, mas no tempo. Naturalmente que tal hipótese filosófica implicaria numa concepção científica da pré-existência do tempo ao menos em níveis multidimensionais que leva a ser apenas uma conjectura hipotética.


Sim ou não, e a ideia da sincronicidade O destino é uma força invisível atuante no caos e que determina eventos ou padrões de eventos. Na verdade a ideia central é de que o destino seja o fluxo de eventos o qual corre a causalidade podendo ser mediante a ocasião ser variável(sorte) ou não. Por exemplo temos uma antiga ideia de Carl Jung aplicada ao I Ching como uma tentativa de explica-lo. Observa-se que os próprios quesitos filosóficos desse antigo livro pode explicar que as variáveis de eventos são sempre binárias e não por menos base dos códigos binários do computador do qual a combinação de elementos fomenta a variabilidade e caos. O fato é que para Jung eventos poderiam convergir a padrões acima do aleatório e randômica algo que pode ser percebido nas diversas formações fractais, por exemplo, de modo aplicado a eventos. Para ele poderiam ocorrer eventos similares com padrões comuns mesmo que sem aparente relação. Nota-se que isso a nível quântico parece se aproximar filosoficamente de elementos como entrelaçamento quântico, algo como uma relação de comportamento sem relação direta o que aplica-se perfeitamente a ideia do efeito borboleta. Para Jung isso explicava o poder da repetição de padrões de combinações de palitos como se determinados eventos estivessem circundando algo central invisível.

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