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terça-feira, 14 de julho de 2015

Não olhe para trás...

Quando era criança, tive uma visão junto a parentes no céu, a visão nos desvelava de modo impossível um arco como de fogo nos céus, esse arco estando em direção ao bairro de Bangu e Campo Grande se partia em três e suas partes eram reduzidas até restar três pontos e desses três pontos restar apenas um. Perplexo por anos com isso na ausência de qualquer explicação científica plausível isso moveu minha busca assim como as preferências do próprio, me levando a pesquisar da bíblia toda a ufologia até que certo dia num insight tive, como num estalo, a seguinte conclusão...

O povo judeu tem uma relação muito particular com o tempo, tanto que absorveu a ideia de um tempo próprio, mundano, e um tempo próprio de Deus. Tal relação com om tempo se evidência em sua própria língua quando em hebraico diz que o passado, 'temol' é o que está a frente, ou seja, aquilo que fora visto, é conhecido, a história ao passo que o futuro referem-se a 'temol' como o que está atrás sem ser visto. As próprias profecias que trazem a mensagem de Deus são expressões de outro tempo de modo que o profeta tem o insight espiritual de olhar um pouco para trás, desvelando parcialmente um tempo ainda não vivido. Porém, como constata-se tais profecias não são apenas por lábios mas acontecimentos que, a exemplo de Jesus, antecipam o advento de sua vinda. Do cordeiro nos espinhos o mesmo antecipa sua segunda volta. Assim como a língua hebraica dos judeus interpretam o tempo em duas direções, o tempo profético igualmente apresenta duas direções variavelmente. Seria como uma corda que ao ser esticada em suas duas extremidades criam oscilações vibrantes mas que levam ao mesmo destino, assim nas duas pontas está Deus, o Alfa e Omega, o Deus do começo e fim.

Não olhe para trás fora igualmente o pedido de Deus a Ló ao fugir de Sodoma e Gomorra, uma terra corrompida e cheia de crimes e atos libidinosos. "Não olhe para trás", assim expressa não somente o fim da Sodoma de ontem, mas da Sodoma de amanhã, o fim da Sodoma de ontem em fogo será o fim da Sodoma da manhã mostrada no livro de Apocalipse e não por menos chamada de igual modo. Quando Deus falava ver em enigma, por espelho, referia-se a um enigma temporal-profético, esse é o mistério em espelho até vê-lo face a face dado pelo Alfa e Omega, isso justifica o propósito divino do porque de Deus ser o mesmo ontem, hoje e eternamente, pois é o Deus que está simultaneamente no passado e no futuro condenando os mesmos atos, homicídios, mentiras e ladroíces assim como todos os atos de Sodoma. Mais que isso, vendo pelo tempo de Deus, isto é, kairós, as profecias são reflexos do futuro no passado, ecos não somente de palavras, mas de acontecimentos em sincronicidade similar.

A sincronicidade de eventos demonstram o tempo de Deus, o kairós de três tempos do Deus de ontem (passado), hoje (presente) e eternamente (futuro), como se eventos dessa eternidade, o futuro, refletissem no passado criando uma dependência. Isso dá veracidade as profecias como pré-existentes e como destino variavelmente inexorável a medida com que se concretizam com precisão cirúrgica em certo ponto. Não olhes para trás, o passado é o futuro!

Isso deu total sentido a revelação nos céus em minha infância, um mistério no tempo que somente compreenderia no futuro! Ora, as três pontas do arco representam os três tempos, quando duas (a do futuro e presente) desapareciam a do passado as recriava novamente, de eternidade em eternidade como diz na bíblia. Creio haver uma relação disto com descentes, pois sendo de sefardistas, judeus espanhóis, há até mesmo uma cidade do interior, na Espanha, chamada Marchal. Tanto que ela inspirou um livro de ficção do qual sou autor intitulado 'Herdeiros do Destino'...

Trecho de 'Mistérios da Bíblia' de Gerson Machado de Avillez

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