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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Genealogia da Moral

A moralidade é um objeto de estudo filosófico, não somente bíblico e social. Mesmo o genial Nietzsche realizava uma detalhada engenharia reversa de seus conceitos a fim de compreende-lo ainda que com isso fosse de encontro a eles os desconstruindo - Vide "A Genealogia da moral'. Defino a moralidade como o porque das atitudes humanas inerente a causalidade do livre-arbítrio lhes atribuindo valores, não sendo somente o campo ético e de como se portar (afinal existe o imoral) mas assim pertinente a discussão de características boas ou más. Conceitos maquiavélicos aqui soam como maquiagem moralista pois no hábito comum humano (tirando a dos psicopatas) os fins não justificam os meios, pelo contrário, os meios denunciam moralmente os fins, afinal quantos assaltos e furtos vemos diariamente para alimentar criancinhas ou simplesmente cuidar de um parente com leucemia? Ocorrem eventuais casos, porém, estes são raridades mundiais e alvo de estudo antropológico onde o maquiavelismo se faz valer como exceção. A Maioria esmagadora dos casos são para sustentar vícios ou simplesmente ter uma vida esbanjadora, ou seja, por egocentrismo. Os fins não justificam os meios pois nega-se colher o que plantou.
Mas porque normalmente fins bons associam-se a meios corretos? Porque esse não se contradiz e como se sabe mesmo na criminologia o ato de se contradizer é entregar os pontos de dado delito, e(ou) maldade. Aqui entra uma questão de refutação filosoficamente bíblica: o pai da mentira (e sucetivamente do contradizer) no livro sagrado todos sabem quem é, de modo que o ato de contradizer demonstra essencialmente ao menos uma mentira, e como se sabe pode servir para demonstrar um mal pois demonstra algo a esconder (que deduz-se ser mau, por isso esconde-se) e o de aparentar ser algo que não é, afinal a hipocrisia é o ato de pregar o que não se vive nos levando novamente ao moralista.
Na realidade o ato de se contradizer nada tem de ilógico, mas antes segue ou por uma falha ou lógica egocêntrica que tirando-se elementos de um paradoxos completivo, a exemplo do paradoxo da perspectiva, sempre está a se anular a uma das afirmações, pois não existem verdades contrárias, mas sim visões, perspectivas.
Naturalmente que a simples definição da maldade é aquilo que faz o mal, ainda que a definição de mal muitas vezes soe ambígua para alguns. Porém defino como a relação de moralidade ou sua ausência, ou seja, o porque daquilo, afinal não se pode dizer que uma pessoa está fadada a ser condenada para depois lhe atribuir sermões moralistas. Ora, o B a Bá da filosofia propõe que a ausência de livre-arbítrio lhe isenta da moralidade (e culpabilidade consequentemente) de seus atos, assim condenar arbitrariamente alguém a esmo é consentir que no mínimo cometa um ato que lhe justifique.
Aqui entra a discussão do filme 'Minority Report', como alguém poderia ser preso sem ter consumado o ato do delito? Mesmo que demonstre a intenção de comete-lo o ato não consumado não caracteriza como delito. Talvez novamente aqui tenha uma relação bíblica: enquanto na lei de Moisés a ideia de delito era o ato consumado, na graça é tido como a simples intenção. Será isso que quiseram dizer? A discussão aqui entra em campo metafísico e por isso essencialmente filosófico pois é inerente a natureza humana e seu livre-arbítrio e de importância moral irrecusável, afinal condenar alguém por pensar seria moral? Naturalmente que prever algo mau ou mesmo intenciona-lo indiretamente como "acidente" demonstra culpabilidade ao nada ser feito para tentar impedir. Esse é o filoversismo moral.

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