Me acusar do que me faz e dizer que eu estou invertendo prova ser tão verdade quanto me caluniar e achar que isso prova que sou mentiroso. Chegaremos ao ponto em que para combater o machismo quem nunca molestou, abusou ou estuprou terá que ser obrigado a ser gay para que, adorando o pênis dos machos alheios, se combata o machismo. A falácia está pra antiética que o negacionismo para o anticientificismo, e não por menos os dois frequentemente se cruzam, ou caminham juntos.
Da deontologia ao maquiavelismo advém a instrumentação de políticas, ideias e crenças suplantando mesmo os erros do dogmatismo.
Alguns achando promover a justiça usa da injustiça para se adornar do oposto, como se o caminho para a utopia fosse o distópico. O frenesi disso é a prática que se torna o idealismo do inatingível a proporção que se contradiz do que, por isso, nunca será atingindo no geral. O ápice das práticas das cinzas ergue apenas o idealismo mítico da fênix que na prática será apenas sobre as ruínas do que prestava, o martírio de muitos a benefício de poucos tal como qualquer elite totalitária ou despótica. Melhor morrer por seus princípios do que ser morto em prol do contrário, pois a prática antagônica aos fins é apenas o exercício da busca idealista de esperar plantar males para que venham bens, como estuprar para combater o estupro, ou exercer práticas fascistas e nazistas para combater o nazi-fascismo. A instrumentação política se torna sua própria quimera a que deveria combater.
Todas teorias filosóficas, de morais a política se tornam mera fantasia de ostento ao oposto do que é, um fomento ignóbil que mascara apenas monstruosidades e barbáries de torpeza singulares em sua repetição, tornando tais filosofias no máximo instrumento desse egoísmo primitivista a sua fachada. A hipocrisia e duplo padrão moral é o idealismo de ser o mal se apresentando por bem, altruísmo ou heroísmo. A exemplo da operação lava-jato no Brasil prova que mesmo a lei pode ser instrumentalizada como propaganda narrativa ao ser seletivamente negligente.
A sociedade perfeita se torna a proporção disso um utopismo idealista equacionado equidistante no práxis do contrassenso, motivo do fracasso da maioria de todas políticas, regimes e governos da história. O problema é o poder que sempre rivalizará a liberdade alheia e entorpecerá seus detentores, usando da arbitrariedade a qualquer pretexto em si. Se a sociedade sempre terá indivíduos imperfeitos como eu e você, o despotismo nasce de sua prática sistematizada contra o diverso. Os objetivos de alguns acabam por ser intencionalmente, ou não, o presente troiano recheado pelo ardil do oposto.
Quando não estão integralmente com a verdade dos fatos e a lei, escolher estar de que lado é irrelevante para o justo, pois nenhum destes estarão de seu lado.
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