Arthur do Val equivocadamente vestido de vagina ao penetrar (sem ser convidado) um seminário sobre masturbação feminina. |
Há coisas que não cabem nem as estatísticas, primeiro por reduzir os valores humanos e da individualidade a números, e em particular a violência sexual, que mesmo ante a cultura do estupro no Brasil, é subnotificada provando que os números são imprecisos, quando não equivocados. Há um verdadeiro apagão jornalístico, histórico e jurídico em aspectos desse tipo criminalidade do que é a singularidade pra física.
Numa zona de guerra então, onde não a lei, não há nem condição da mínima pesquisa estatística raspar a superfície de tais crimes assim considerados mesmo numa guerra.
O fato histórico em todos tempos e épocas é que havendo condições propícias algozes, aproveitadores e agressores saem do armário, pelo mesmo fato de que aonde há pessoas vulneráveis, fragilizadas, oprimidas, mais suscetíveis a serem molestadas serão subjugadas e usadas por abusadores de todos os tipos. Arthur do Val é apenas uma amostragem em palavras dessa realidade sexualmente atraente a predadores do tipo, guiados pelos prazeres fáceis as custas de posições sociais desfavoráveis as vítimas. O heroísmo fálico que busca aspergir sua semente a fertilidade de fêmeas sem defesa ou um outro “macho alfa" que as arrebanhem.
A desigualdade é escancarada ai, a medida com que tem estreita relação entre o excesso e escassez, vício e trauma por isso, uns tem demais pois alguns tem de menos ou nada. O moral baixo, a autoestima destruída, a esperança dilacerada abre alas para que estas minorias assumam involuntariamente a posição de presas, tanto quando um leão faz uma gazela correr pela vida.
A qualificação predatória, especialmente do homem, é um resquício primitivista despertado ante potenciais presas sob o agravo de condições sociais e culturais propícias. Do desejo por dominação acrescido a facilidade de subjugar, quanto mais fraco, vulnerável e minoria a vítima é um alvo desse fetichismo do poder.
E não apenas contra mulheres, mas crianças e mesmo outros homens ante uma posição de desvantagem em relação a um grupo dominante por operativos tais. O silenciamento da vítima é o fator chave que fortalece essa prática escusa, não apenas sobre si mesma, mas outras vítimas potenciais e por serem vulneráveis e fragilizadas que são facilmente silenciadas e manipuladas aos interesses do próprio abusador, fortalecendo essa prática pela ocultação, encobrimento e o ato de abafar tais crimes que por isso sempre haverão de existir.
O Brasil mais parece ter entrado na guerra da Ucrânia por bombardear o país com machistas, tiros e explosões em civis são tão crimes de guerra quanto penetrações contra o direito alheio. Precisam de ajuda humanitária, não turismo sexual como fazem nesse país há décadas! Mas agora não basta molestarem as brasileiras, o Brasil agora está exportando machistas para zonas de guerra.
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