Páginas Sobre

quinta-feira, 3 de março de 2022

"O Mal Primordial"


"A paz genuína surge através da compreensão mútua e do respeito pelo bem-estar de cada um."
Dalai Lama

O homem primitivo como os animais que vivem em bandos sempre teve uma cabeça de liderança. Das tribos antigas, os líderes da caça (que passam ser os mais viris) não mudaram nada. Com o passar dos séculos a sociedade evoluiu em técnicas e complexidade. Tal dando lugar a sistemas políticos sempre sem abandonar esse aspecto predatório do predomínio do poder do homem do qual fundamentou quase todos regimes e religiões antigas dentro desse contexto cultural primitivo. Disso o mito como desde Ninrod, a Ascenção do caçador hábil ao trono, o qual o apogeu hierárquico da Babel visava cortar os céus, levando-os a encarnar arquétipos divinos do qual o apogeu fora no Egito através dos faraós, aos babilônios que reivindicavam pra si a condição de divindade. Desde então a "cabeça" como caput passou ser a capital, lugar donde assenta esse poder do macho primitivo em seu exercício viril de mando dotando do privilégio de haréns do qual indesejados apenas poderiam se aproximar sendo eunucos. 

O obelisco ser ergueu numa ereção eterna necrosando a moral do bem comum que culminou no Império Romano. O Imperiumnanium como o nome alude é a mania do poder, poder que apenas possível sobre alheios em cerceando suas liberdades como exacerbar de todo imperialismo, sendo no declínio do Império romano (em particular), a origem de todas vertentes fragmentárias do exercício autoritário de poder. Se antes o cajado que apascentava agora quebrado deu lugar a vara que açoita, uma vara fálica não bastava, sua união em fasces inspirou o fascismo. Maquiavel apenas compilou o resto classificando a realidade dura desse poder autoritário na soma de todos deméritos humanos. Do despotismo, oligarquia, aristocracia, tirania, mesmo Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande, teria morrido de desgosto ao ver a sistematização filosófica do destronar apenas das virtudes e honras ante os poucos bons (e duradouros) governantes que a história humana teve. Após o Império Romano a ruína humana continuou a perseguir sob a riqueza templária ou reino de terror iluminista, do feudalismo absolutista ao nazismo que todos esses males escancarou.

O legado do Império Romano em ruína ante o cristianismo insistiu sob a alcunha do imperialismo, um fantasma aspirante a demônio mítico o qual o possuído tem a coroa do poder no capital e o cetro do medo, o trono a ordem despótica e draconiana sob o verniz ideológico diverso e
onde mesmo a "cabeça" ao tornar a moeda de troca como um fim em si, leva o capitalismo se tornar uma oroboros a devorar uns aos outros. 

Empresas que se sabotam (tirando sites do ar ou desvalorizando-as), espionagem industrial, fraudes e todo jogo sujo que a história testemunha num tribunal sem juiz justo. O homem no poder passou de libertador a conquistador, sob seus próprios demônios primitivos como das alcatéias predatórias onde as liberdades e direitos individuais não possuem vez, senão impondo-lhes como presas. Sou o eunuco social relegado a passividade massacrante. Podemos compilar todas as atrocidades humanas do qual ainda assim a humanidade as duras penas avançou na ciência, cultura, tecnologia, direitos humanos, e democracia, mas do qual esse fantasma primal sempre ameaça puxar nossos pés debaixo da cama numa madrugada qualquer. É um mal primordial duma época enevoada onde a humanidade tribal era guiada apenas pelo medo do sobrevivencialismo. Milhares de anos após o medo e o ódio continua a ser nosso maior inimigo contra nós mesmo sob todos veios de divisões e contendas.

Gostou? Comente, compartilhe, siga e clique nas propagandas para auxiliar o autor! Não aceitem imitações, custam caro ao trabalho do autor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário