O que mais tornou-me interessado na pedagogia fora o fato
dela ser um amálgama da prática da psicologia e filosofia, duas áreas que
sempre me interessei e que por isso me levou a escolher a psicopedagogia como especialização.
Mas sobretudo um incômodo conhecimento de causa que orientou ante experiências
pessoais a formar ideias sobre o que passei como um desajustado e problemático
que me tornei. A latência de um autoconhecimento tardio me proporcionou
problemas sobretudo ante um meio opressor. Por de trás dos desajustados há um
brilho intenso encoberto por uma ignorância de si mesmo.
Os desajustados, rebeldes e muitas vezes marginais surgem do descontento, a
sensação de inadequação a um papel social, do imobilismo, impotência
ocasionando depressões, frustrações, baixa estima, ansiedade e insatisfação ante
um meio opressor que deforma a essência do que o indivíduo de fato é. Essas
opressões geram pressões do externo ao interior, e seus meios que instintivamente
buscam turvar o autoconhecimento à ignorância self para que, por fim, o meio,
externo a si próprio imponha o que ele é de modo nada harmônico. Assim o
conhecimento externo não pode sobrepor o conhecimento self ocasionando pressões
de modo que a verdadeira educação o alinha adequadamente favorecendo o
desenvolvimento pleno do indivíduo e assim o adequando ao coletivo, mas para
isso representações transformadoras devem acontecer em feeback da relação do
indivíduo ao meio.
O assédio velado, as indiretas venenosas e a violência simbólica são ruídos que
como interferência atrapalham o autoconhecimento de sua essência, como se uma
força diabólica buscasse puxar para baixo e me definir pelo meio. Assim o
autoconhecimento igualmente se torna uma ferramenta de resistência ante o
externo que deseja dizer quem você é.
Não haverá perfeita inclusão ao coletivo e um papel a desempenhar na sociedade
em harmonia tendo esses atritos do externo e self que eclipsam o
autoconhecimento ocasionando deficiências em si próprio e consequentemente na
sociedade, o coletivo. A exemplo da depressão e baixa estima são escamas aos olhos
do autoconhecimento turvando à uma ignorância de si mesmo em suas
potencialidades muitas vezes tornando o indivíduo seu próprio inimigo e
consequentemente inimigo de todo mais.
Assim o verdadeiro autoconhecimento odeia a comparação e outras distorções,
pois a individualidade é sua identidade customizada do conhecimento de si
próprio como do mundo externo, em última instância o autoconhecimento é a
definição da identidade individual que possibilita todo o mais, tal como
reconhecer seu lugar na sociedade externa. Somente se pode saber seu verdadeiro
lugar na sociedade a partir do perfeito autoconhecimento.
Quando o autoconhecimento atesta-se no indivíduo em sua plenitude as pressões
externas apenas o transformará em diamante capaz de cortar todo o mais.
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