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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Conto "O Perfume da maldição"

Num mundo aonde a perfumaria importava mais que resolver problemas sociais, do quais estes por isso mesmo se alimentavam, havia um mago chamado Sefati. E nesse mundo vivemos num tempo em que o problema tenta nos dar uma solução.

E Asne Sefati era um psicopata que designava miséria torpe as vítimas que odiava para obter riqueza aos seus clientes. Dotado de uma funesta magia negra mesmo outros magos opostos o temiam e alardeavam o perigo que era. Isso até o dia que uma vítima ao ver a vida de sua esposa ser destruída por um encantamento vil fora até ele se passando por cliente. Afim de vingar-se onde a justiça dos homens não inquiria e a de Deus ele parecia se proteger, foi munido dum revolver. Carregando seu panfleto adentrou o recinto aonde uma secretária exageradamente maquiada o recebeu com um sorriso de dentes podres.

– Pai Sefati dos sortilégios divinos, boa tarde? – Comentou a secretária agora ficando séria.

– Tenho uma sessão marcada com o Grande Mago das Luzes Negras. – Comentou ele. – Sou Joel Vieira.

A mulher abriu um caderno negro com caveiras brancas e passou o dedo por uma longa lista donde incluía mesmo algumas celebridades e políticos. Porém, em seguida ela balançou o dedo em negativa, recusando ter encontrado seu nome.

– Sefati atende apenas com hora marcada e seu nome não está na lista.

Naquele momento a porta se abriu e saiu um homem rindo e disse.

– Sim, vou avisar ao Ozak. Os ingredientes que encontrou fizeram efeito na antiga poção de Sodoma.

O homem passou encarando Miguel e sorriu sádico para a secretária se retirando com ela dizendo.

– Obrigado, Adalberto. Espero que feche logo aquele garoto, é necessário dar cabo do Gerson.

Adalberto que era cliente preferencial de Sefati, sorriu concordando ao assentir com a cabeça. Ele tinha relações estreitas com Sefati, pois este era um fornecedor de poções antigas ao bruxo que em troca buscava ingredientes raros para seu patrão, Osak.

Joel ao ver a porta entre aberta passou pela secretária num rompante e empurrou a porta dando de cara com um sujeito de feições mongóis, vestindo trajes negros com um capuz. O bruxo, que dizia encarnar os poderes de Barjesus e Gengis Khan, o olhou com severidade penetrante nos olhos negros de ambos. Sob sua escrivaninha escritos ocultistas dos mais variados, dentre eles um pergaminho com poções mágicas da antiga Sodoma. Ele pegou um charuto e deu uma baforada furiosa sobre Joel que lhe abriu o verbo sobre o que sucedeu sobre sua esposa meramente em troca da prosperidade para um cliente seu, um concorrente na sua empresa de criptografia quântica. O fumo subiu ao rosto de Miguel como uma nevoa cinza ao exalar odores tenebrosos o levando a pigarrear e tossir.

– Sinais ancestrais indicaram sua possível vinda aqui. Mas mesmo as profecias que não acontecem aqui num mundo infernal se tornam reais.

– Você irá pagar pelo que fez! – Vociferou o homem abanando a tosse e pegando uma arma por de traz dele.

– Essa magia infere apenas na metafísica indireta do caos. De modo tal aonde em nossos insanos mistérios divinais a lei não pode tocar. Apenas temos responsabilidade sobre o que agimos diretamente.

– Você ordenou crimes, desejou eles em troca de benefícios e dinheiro!

Joel pensou em atirar, mas ficou tonto e cambaleou para trás quando o homem se levantou e começou a rir ao perceber que naquela fumaça algo havia feito efeito.

– Nosso deus pede sangue para elevar nosso mundo. A roda do mundo é um moinho de sofrimentos! Sempre será assim e no mundo que edificamos será o novo sistema!

– O que é isso? Algum tipo de lança perfume maldito?

– Sim, e capaz de enfeitiçar em possessões demoníacas todos que tem contato num culto ancestral ao ato sexual de Sodoma, assim como para qualquer coisa que conquiste. Uma receita muito antiga dada por um suposto imortal parasita por aquele homem que daqui saiu.

Joel, trocando os pés como drogado, recuou vendo tudo girar ao seu entorno enquanto o Sefati gargalhava ao ver os resultados de sua nova poção misturada ao tabaco. Viu ele tossindo ir porta a fora acompanhado por Sefati que virou-se para a secretária falou.

– Prepare o novo carregamento de lança-perfume com essa poção. Temos ingredientes o bastante para duas levas. Aproveitemos o carnaval.

Ao sair na rua Joel viu o surreal como alucinação. Primeiro cães cruzando na sua frente e em seguida uma mulher atacando um homem aos beijos. Caiu ao chão, na sarjeta, em miséria sob aquela alucinação quando ao virar para o lado viu um homem transando com uma mulher que ao vê-lo gargalharam. E então tudo se apagou.

Ao acordar ele havia perdido totalmente a noção de qual lugar e quanto tempo havia se passado, estava num leito hospitalar quando ao se levantar pensou tudo se tratar de uma alucinação.

– Senhor, respire de vagar. Ficou muito tempo fora de si.

– Onde estou? O que aconteceu?

Naquele momento ele colocou as mãos no pescoço notando haver uma coleira que soava um alarme.

– O senhor esta sendo muito crítico! Muito questionador, e sua cota de ar e água nesse mês estourou. Joel, você falava como se estivesse num mundo onde infelizes como você ainda faziam badernas que chamavam de direitos democráticos. É um surto delirante como o livre-arbítrio! Não há espaço para isso no regime pancrático.

Joel fora para a janela do hospital e viu um mundo totalmente diferente do seu. Ficou em pânico, era um verdadeiro pesadelo! Era o perfume da maldição! Joel tentou clamar a Jesus, seu Deus, mas lá Ele não estava!


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