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domingo, 15 de maio de 2022

A Filosofia da Ordem dos Ventos

A seguir discorro um pouco sobre a filosofia da Ordem dos Ventos (do qual mais pode ser visto nas tags) criada por mim no final da década do ano 2000 no livro 'Crônicas Atemporais' e amplamente abordada como tema central nos livros 'Herdeiros do Destino' e 'Herdeiros do caos'. Para saber mais sobre esta clique aqui. Não confundir o nome com de uma gangue de motoqueiros e com membros de seitas sombrias (todas posteriores a esta).



O Caminho dos Ventos
"Quem não cria o próprio vento pode ser levado por este". O vento é um evento da natureza, mas apenas a destreza extrai dele força e a tecnologia energia, o tolo é apenas a biruta. Do navegar disto os antigos sabiam, não ditamos a direção ao vento, pegamos caronas até suas curvas ao lugar que lhe apraz. Dos ventos sabemos de adventos e eventos, do clima a tempestade, da direção o destino. Assim não seguimos ao sabor do vento, antes escolhemos a que sabores seguir. Os ventos são caminhos invisíveis que conduzem a direção e intensidade que lhe condizem.
O vento é a água da baixa densidade, a água que não pesa, o líquido que nos adentra a vida, ela também molda e modifica. Podemos ficar um dia sem beber água, mas não uma hora em respirar. Porém, ninguém pode detê-lo como o destino, podemos apenas usa-lo com reverente respeito. Similarmente o ar quando estagna não apenas o vento morre, mas o ar apodrece e a vida empobrece.

A Seleção dos ventos

O vento leva embora o que é leve, e o que demasiado pesado afunda. Apenas o moderado permanece no prumo. Assim selecionamos aqueles que servem ao vento para serem servidos dele. Do sopro divino a vida, do vendaval a morte, da brisa a bonança. Todavia para o avanço o vento tem que deter a centelha da mudança, as folhas mortas são carregadas e as firmes permanecem, as sementes viajam para pleitear novo domínio de rizomas. Disto o selecionado é discípulo do vento tanto como de quem o sopra na réplica do vento perfeito e primordial, da vida.
O discípulo dos ventos se move com ele, o tutor lhe assopra. O melhor discípulo é aquele que supera seu mestre que lhe ensinou, o mal discípulo apenas o destrói, pois nada aprendeu, apenas copiou (não em atitudes de virtudes). A prática condizente é a prova do aprendizado, quem apenas imita apenas dissimula o saber tanto quanto o ser.
Nisso conhecemos não apenas o talento, mas a honestidade: trate um justo e honesto em necessidades com humanidade e terá sua fidelidade canina, já do desonesto e injusto apenas tratando como apraz sua obra canina de opróbrio e corrupção, pela coerção adestradora por identificar apenas a língua que lhe apraz, o medo e ódio - o que tem efeito oposto no justo e honesto que se rebelara-la contra a injustiça em insurgência. Isto pois, este último aprende por relações de simétrica simbiose sociais, o convívio, o segundo apenas por condicionamento, proliferam com encéfalos extremófilos em razão da mera imposição ambiental e sobrevivencialistas, não social. 
Assim a pressão na medida expõe o mau caráter  e refina o bom em suas características intrínsecas, valorizando e abrilhantando o bom caráter e tirando as escamas das máscaras do que não presta. O que pode ser carvão valendo menos que um quartzo vira diamante, e o cristal simplesmente quebra. A pressão é a diferença geológica (e social) entre os valores de cada qual. Um quartzo vale mais que um carvão, porém, sob pressão o primeiro vem a ruir e o segundo vira diamante.
Disto na ausência de qualidade a supressão é pela quantidade, vide em espaço na falta de destreza, porquanto a mira certa duma pequena pedra mata um gigante, mas o tolo apenas mata gerando uma avalanche de pedregulhos contra os bons. A calmaria estagna navegações o excesso de vento advém de furacões.
Pedregulhos ocupam mais espaço valendo menos do que diamantes que cabem numa pinça. Ocupa-se mais espaço e menos tem serventia dele, maior a destruir, menor os benefícios a não ser ao sadismo. Tamanho não é documento, a verdade dos fatos sim e a qualidade o valor. Qualidade é valor, quantidade sem este apenas ocupa espaço. Disto a seleção é o pré-treinamento, apenas o trigo que resiste a erva danosa é colhido, os requisitos garantem a qualidade do que dispõe. Tanto como as árvores de raízes más não resistem aos ventos das provações seletivas.

Os treinamentos;
Caso a seleção seja um pré-treinamento, o treinamento é a seleção formadora, o que apara o erro e refina o acerto, delineia o talento. O valor de um diamante não está no tamanho, mas no quilate. Similarmente a destreza não é operar a força, porém o jeito, é ter sensibilidade ao menor e coragem ante o maior. Subir ao monte carregando uma folha de ardósia prova os dois, tendo sensibilidade ao frágil ao subir com força o maaior. Como o discípulo vento dança na leveza do ritmo do vento. A habilidade de carregar algo menor e frágil ante o maior e bruto expressa o domínio próprio de sua despreza.

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