Como alguém que não é responsável nem pelos próprios atos pode ter responsabilidade sobre a segurança alheia, pública e do povo? Os poderosos ao longo dos tempos usaram todos os pretextos oportunistas possíveis para justificar sua posição de poder sobre alheios. Um destes são dos problemas que estes mesmos promovem para nos fazer pagar social, ética ou financeiramente a motivo de resolve-lo o que nos leva a percebermos que apenas estes se beneficiam a cada problema, crise e conflito como prova disso. Ante fracassados contratualistas como o expoente de Jeremy Bethan a tacanhos de Thomas Hobbes, talvez poucos filósofos se salvem como Kant das vertentes iluministas que deram ao mundo o liberalismo, utilitarismo e ética dever. O caos social, de criminalidade, corrupção e impunidade hoje fala escancaradamente por si, a medida do autoritarismo dos agentes públicos é a medida com que o crime prevalece, sendo pelas mãos de quem deveria zelar pela constituição ou seus supostos antagônicos.
Esse contratualismo que se tornou faustiano em prol do draconiano e despótico é quase um pacto com o diabo. Não assinemos! O contratualista Thomas Hobbes torna prosaico o totalitarismo e ditadura ao dizer uma verdade para justificar outra mentira e promover apenas a centralização de poder por dominantes que sob alegação de que os conflitos são gerados por disputas de interesses motiva tirar apenas de nós a liberdade pelos próprios interesses egoístas dos destes, contra nossos direitos. A história prova isso. É preâmbulo da prisão e servidão social que apenas sistematiza uma cadeia alimentar classicista a pretexto de autoridades que nunca zelaram por nossos direitos, vide integridade física e mental. Sou prova disso como centenas de milhares de outros brasileiros, que mesmo cumprindo seu papel como cidadão ao denunciar o crime, não apenas não veem justiça como nem tem pra si.
Se para Sartre o homem está condenado a ser livre, para o fracasso contratualista em seu utilitarismo despótico nós mesmos nos condenamos livremente a pretexto de segurança e paz, como se a opressão predatória garantisse algo senão apenas isso ao poder dos dominantes.
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